quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

O Mito da Caverna de Platão em quadrinhos

O Mito da Caverna, ou Alegoria da Caverna, é um texto do filósofo grego Platão, parte do Livro VII de A República. 
Através de um diálogo entre as personagens Sócrates e Glauco, Platão faz uma parábola para demonstrar como a escuridão e as trevas da ignorância podem ser superadas pela busca do conhecimento, da verdade.
As sombras projetadas pela pouca luz que entra na caverna representam o senso comum, a crença acrítica no relato anedótico, nas tradições e nos dogmas. É literalmente a visão parcial e limitada, mas vista pelos homens da caverna como sendo todo o mundo.
Por outro lado, a saída da caverna e a busca da luz é a busca pelo conhecimento, pela verdade. No início pode assustar e até fascinar, mas é a única forma de viver plenamente.
Esta versão, do estúdio de Maurício de Souza, é de 2002 e nos traz uma bem humorada visão dessa parábola. No final, o trecho de A República que contém a alegoria.



















sábado, 23 de fevereiro de 2019

História da APCD - Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas de Indaiatuba

 A entidade de classe odontológica APCD Regional Indaiatuba nasceu fruto da necessidade de se construir efetivas relações entre os odontólogos estabelecidos em Indaiatuba visando a união da classe através do aprimoramento científico, o congraçamento social e o estabelecimento da ética. O primeiro encontro de cirurgiões dentistas em Indaiatuba aconteceu em 1968 por iniciativa do Dr Adib Pedro, sendo realizado uma reunião no consultório do Dr Álvaro Camargo Andrade contando com a presença dos colegas citados , Guilherme Cibim e Clóvis Brunetti surgia ali o germe da associação. 

Aconteceram ainda mais dois encontros informais, em 20 de maio de 1979 um almoço organizado por Nancy R. Rosa esposa do colega Célio Rosa contando com a presença de 32 Cirurgiões Dentistas e outro em dezembro de 1982 organizado por Dr. José Eugenio Scanavino realizado no Indaiatuba Clube.

No início de 1983 por iniciativa dos colegas Drs Guilherme Cibim, Rogério Wanderley Riggio e Isamu Murakami surgiu a idéia de oficializar de fato a entidade ; ao longo do 2º semestre do ano, o grupo procurou visitar todos os consultórios odontológicos existentes na cidade , cerca de 42 na época , e disseminar a idéia junto aos colegas da formação de uma associação de classe, foi realizado um trabalho corpo a corpo junto a todos os cirurgiões dentistas desta cidade, essas visitas e a receptividade encontrada , motivaram ainda mais o grupo a realizar o sonho da fundação da associação; paralelamente a este trabalho, o Dr Isamu Murakami procurou a ACDC - Associação dos Cirurgiões Dentistas de Campinas, para solicitação de apoio dessa entidade para fundação da associação de classe em Indaiatuba e através de seu presidente da época, Dr Nelson Barthelson , a ACDC prontamente se colocou à disposição para orientações, eventuais auxílios e suporte jurídico necessário para a fundação da futura entidade.

Novos colegas foram se incorporando ao grupo inicial, entre eles o Dr Caio da Costa Sampaio que teve como incumbência a elaboração do estatuto social da futura entidade, finalmente em 22 de novembro de 1983, com a presença de 35 cirurgiões dentistas , nas dependências da antiga sede do Indaiatuba Clube, foi fundada a ACDI - Associação dos Cirurgiões Dentistas de Indaiatuba.

A primeira diretoria ficou assim constituída : Presidente – Guilherme Cibim , Vice-presidente – Rogério W. Riggio, 1º Secretário – Caio da Costa Sampaio, 2ª Secretária – Rosângela Pedrina, 1º Tesoureiro – Isamu Murakami, 2º Tesoureiro – Edson L. Zanluchi. Esta primeira diretoria permaneceu entre 1983 e 1985, procurando iniciar a organização da entidade e a realização de atividades sociais, esportivas e principalmente científicas, o primeiro curso realizado pela ACDI foi em 14 fevereiro de 1984 ministrado pelo Dr José Luis Cintra Junqueira, cujo o tema foi "Técnicas radiográficas na clínica odontológica e realizado na antiga sede social do Indaiatuba Clube. 

Como qualquer outra associação , enfrentou ao longo de sua existência inúmeras dificuldades, sejam financeiras, sociais ou administrativas, porém com muita determinação daqueles que participaram e a dirigiram, esses obstáculos foram gradativamente vencidos... muitos colegas se tornaram sócios, muitos a deixaram , porém o espírito classista sempre prevaleceu entre aqueles que conviveram em seu cotidiano. 

Ao longo de seus mais de 25 anos de existência inúmeras conquistas foram alcançadas pela “Associação” , entre as mais significativas podemos citar: a doação do terreno pela Prefeitura Municipal de Indaiatuba em 1992, a construção da sede própria num incansável trabalho do Dr. Robson G. Altero e Dra. Rosângela Pedrina, a luta para a transformação em Regional da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas), em 1991, a inauguração da sede em 13 de junho de 1997, as inúmeras atividades científicas realizadas, as inesquecíveis confraternizações que muito contribuíram para aproximação da classe e mais recentemente as campanhas de prevenção realizadas anualmente , mas a maior conquista da APCD – Regional Indaiatuba é subjetiva ou seja é a conquista do espírito ético, do coleguismo e do profissionalismo que ela trouxe consigo, e que permeia a comunidade odontológica de Indaiatuba. Hoje a Regional de Indaiatuba, é considerada um exemplo dentro da APCD, pela sua trajetória, pela maneira como ela é administrada, pela sua efetiva participação dentro da entidade odontológica paulista e principalmente pelos trabalhos desenvolvidos à classe odontológica do município.

Fonte: https://www.apcdindaia.com.br/p/a-entidade-de-classe-odontologica-apcd.html

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

ESCOLA SEM PARTIDO: ORIGENS E IDEOLOGIAS

O movimento Escola Sem Partido se fortaleceu nos últimos anos e se espalha em projetos de lei Brasil afora, na tentativa de implementar a censura em sala de aula e dar um fim ao Estado laico. O tema está cada vez mais presente na imprensa, nas redes sociais e nos discursos dos políticos e suscita um debate bastante polarizado. Apesar disso, o desconhecimento sobre o que está por trás desse movimento ainda é grande. Este artigo discute como nasceu e quais ideologias sustentam o Escola Sem Partido.


 texto de Fernanda Pereira de Moura
Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Ensino de História,
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro
Originalmente publicado aqui.


Temas como Escola Sem Partido e as chamadas ‘ideologia de gênero’ e ‘doutrinação ideológica’ entraram de vez para o repertório de conversas dos brasileiros nos últimos meses. Apesar da popularização e da polarização desse debate, que está na imprensa, nas redes sociais e nos discursos dos políticos, o desconhecimento sobre o que está por trás desse movimento, que se fortaleceu nos últimos anos, ainda é grande. E as expressões escolhidas para apresentar essa pauta conservadora iludem muitos simpatizantes, pois significam o exato oposto do que o movimento é na realidade. Ou seja, existem sim ideologia e partidos na raiz e no crescimento dessa onda de ‘desideologização’ das salas de aula.

Uma breve história do movimento

Para entender essa história, é preciso voltar ao não tão longínquo ano de 2003, quando o movimento começou. Segundo o seu fundador e também coordenador, o procurador do Estado de São Paulo Miguel Nagib, o professor de história de uma de suas filhas teria comparado Che Guevara, um dos líderes da revolução cubana, a São Francisco de Assis. Tudo teria nascido da simples revolta de um pai… Mas não é bem assim.
O que a história contada pelo movimento não diz é que Nagib foi membro do Instituto Liberal de Brasília, cuja missão é defender e difundir valores neoliberais com o apoio financeiro de grandes grupos econômicos. Foi nesse espaço seu maior contato com as teses de Nelson Lehmann da Silva e Olavo de Carvalho, ideólogos da concepção de ‘doutrinação’ na educação brasileira. Também foi nesse espaço que Nagib conheceu o sociólogo Bráulio Porto de Matos, hoje vice-coordenador do movimento Escola Sem Partido (ESP).
Outra parte não contada da história é que Nagib era articulista do Instituto Millenium, outro que defende e trabalha pelo neoliberalismo e para o qual escreveu, entre outros, um artigo intitulado ‘Por uma educação que promova os valores do Millenium’. Nesse artigo, de 2007, deixava claro que, para ele, a educação deveria ser lócus de difusão dos ideais neoliberais. Discurso muito diferente do que faz quando fala como coordenador do movimento ESP (desde 2004 até hoje) e diz que seu objetivo é combater a doutrinação nas escolas.

Um movimento com partidos

Apesar de seu coordenador fazer parte dos círculos do poder, como o Instituto Liberal e o Millenium, o movimento foi insignificante por praticamente 10 anos. Apenas em 2014, o ESP começou a ser levado a sério, quando o deputado estadual Flavio Bolsonaro encomendou a Nagib um projeto de lei de censura aos professores, que o próprio político sugeriu batizar de Programa Escola Sem Partido. O deputado foi então o primeiro a apresentar um projeto de lei que trata de ESP em uma casa legislativa, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o que foi imediatamente copiado por seu irmão Carlos Bolsonaro, em nível municipal, na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro.
Em 2016, o ESP decidiu influir mais abertamente nas eleições e divulgou, na página da internet onde listava seus anteprojetos de lei, santinhos de candidatos que assinassem o termo de compromisso com o movimento. Assim, com representantes eleitos, o ESP pôde se espalhar ainda mais por todo o país. No dia 15 de agosto de 2017, o Movimento Brasil Livre (MBL) criou um dia nacional de mobilização pelo Escola Sem Partido, que foi responsável por dobrar o número de projetos de lei (PL) sobre o tema naquele ano.
Começou então a corrida presidencial de 2018. Nestas eleições, já com mais de 150 projetos em todo o Brasil e a crença difundida na sociedade de que há doutrinação de esquerda e de gênero acontecendo nas unidades escolares, o ESP voltou a atuar abertamente nas eleições. Desta vez, inclusive, declarando apoio a um candidato à Presidência, Jair Bolsonaro, do PSL, mesmo havendo outros dois postulantes que também defendiam seus ideais – Henrique Meirelles (MDB) e Cabo Daciolo (Patriota). Ainda durante a campanha e nos dias imediatamente posteriores à eleição do candidato do PSL, houve uma enxurrada de denúncias contra professores. Um início do que está por vir: se aplicarem o que está sendo declarado, o Escola Sem Partido se tornará uma política de governo.

Afinal, o que dizem os projetos de lei? 

O projeto com nome Programa Escola Sem Partido que tramita em nível federal é o PLn.o 867/2015, de autoria do deputado Izalci Lucas (PSDB/DF), e “inclui, entre as diretrizes e bases da educação nacional, o ‘programa escola sem partido’”, ou seja, incide sobre a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Para tanto, o projeto de oito páginas sugere, assim como os outros projetos de lei sobre o Escola Sem Partido, afixar nas salas de aula e nas salas dos professores das escolas um cartaz supostamente divulgando a “liberdade de aprender” dos alunos. Na verdade, o cartaz contém apenas uma série de proibições (desnecessárias) aos docentes.
Em seu artigo 7º, o projeto de lei estabelece que as secretarias de educação criarão um canal de comunicação destinado ao recebimento de reclamações relacionadas ao descumprimento dessa lei, assegurando o anonimato do reclamante, ou seja, um disque-denúncia contra professores. Ainda segundo o projeto, a lei aplicar-se-ia também aos livros didáticos e paradidáticos, às avaliações para o ingresso no ensino superior, às provas de concurso para o ingresso na carreira docente e às instituições de ensino superior.Ou seja, sobre a totalidade das políticas públicas para educação.
Como sua principal base legal, projeto evoca o artigo 12 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, segundo o qual “os pais têm direito a que seus filhos recebam a educação religiosa e moral que esteja de acordo com suas próprias convicções”. Segundo o projeto de lei, “cabe aos pais decidir o que seus filhos devem aprender em matéria de moral” e “um Estado que se define como laico – e que, portanto, deve ser neutro em relação a todas as religiões – não pode usar o sistema de ensino para promover uma determinada moralidade, já que a moral é, em regra, inseparável da religião”. Apenas não menciona que esse mesmo artigo 12 refere-se à liberdade religiosa e à esfera privada e não à educação e à esfera pública.


Um projeto de ‘desinformação’ em curso

Como o discurso da ‘doutrinação ideológica’ e da ‘ideologia de gênero’ se retroalimentam, vale a pena conferir outro projeto do deputado Izalci Lucas, o PLn.1859/2015, que acrescenta o seguinte parágrafo único ao artigo 3º da LDB: “A educação não desenvolverá políticas de ensino, nem adotará currículo escolar, disciplinas obrigatórias, ou mesmo de forma complementar ou facultativa, que tendam a aplicar a ideologia de gênero, o termo ‘gênero’ ou ‘orientação sexual’”.
Ao longo de 16 páginas,o projeto traz em sua justificativa, de mais de 14 páginas, argumentos que são repetidos em inúmeras falas conservadoras sobre gênero. Citam-se os nomes de Karl Marx, Friedrich Engels, Kate Millett, Max Horkheimer, John Money, Michel Foucault, Judith Butler e Shulamith Firestone e do padre José Eduardo, de Osasco (SP), que propaga a ideia de que todos o intelectuais anteriormente citados defendiam o ‘totalitarismo’ da ‘ideologia de gênero’. Citam-se também supostos trechos de A ideologia alemã, de Marx e Engels, e de A origem da família, da propriedade privada e do Estado, de Engels, seguidos de longas interpretações. As citações não trazem nem a edição da obra e nem a página, porque simplesmente não existem.
O historiador José Luís Derisso, professor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná(Unioeste), já demonstrou como frases dos livros originais são deslocadas e recontextualizadas no projeto, sendo colocadas lado a lado para criar um novo significado que passe a ideia de que Marx e Engels planejaram uma conspiração comunista para destruir a família, base da sociedade e, assim, acabar com o Estado e o sistema capitalista. A teoria da conspiração continua quando se explica que essa “revolução cultural sexual de orientação neomarxista” foi tramada pela Organização das Nações Unidas (ONU), pela delegação dos Estados Unidos e pela própria ex-primeira-dama americana e ex-senadora Hillary Clinton, candidata à Presidência pelo Partido Democrata em 2016.

Conservadorismo e fundamentalismo religioso

A maioria dos propositores de PLs de censura à educação faz parte da chamada ‘bancada da Bíblia’, isto é, são membros da Frente Parlamentar Evangélica ou da Frente Parlamentar Mista Católica Apostólica Romana. Como destaca o deputado Givaldo Carimbão, criador e líder da frente católica, os dois grupos atuam juntos politicamente na defesa de algumas das pautas mais reacionárias no Congresso Nacional hoje. São contra a ‘ideologia de gênero’, defendem o Escola Sem Partido, são contra o aborto, a eutanásia, a pesquisa com células-tronco, defendem ‘comunidades terapêuticas’ religiosas como espaço adequado para tratamento de dependentes químicos, a volta da educação moral e cívica nos currículos escolares e o ensino religioso confessional nas escolas públicas.

Negação do Estatuto da Criança e do Adolescente 

O educador Luiz Antônio Cunha, professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, aponta a existência de um projeto reacionário para a educação que se daria em duas frentes: uma teria o objetivo de fazer a contenção da laicidade do Estado e da secularização da cultura, como o Escola Sem Partido e outros projetos similares de censura à educação que vedam a discussão de gênero na escola; a outra teria o objetivo de impor a moral cristã e seria marcada pelo ensino religioso (mormente confessional) e por disciplinas como a moral e cívica, em que a moral ensinada é sempre a moral cristã.Esses grupos fundamentalistas naturalizam o modelo de família nuclear (pai, mãe, filhos), que é uma construção social, e o apresentam como criação divina. Essa origem extraterrena daria à família direitos superiores aos do Estado e também superiores aos dos seus próprios membros, principalmente quando se trata de mulheres e crianças. A própria utilização do artigo 12 da Convenção Americana dos Direitos humanos (citada anteriormente) para restringir o acesso das crianças e adolescentes apenas a informações que sejam do desejo das famílias deixa evidente que o projeto se baseia na negação da criança e do adolescente como sujeitos de direitos.

Em um país onde 70% dos casos de estupro têm como vítimas crianças e adolescentes e, na maioria das vezes, o agressor é um conhecido ou membro da família, esses grupos querem negar o acesso dos jovens às discussões sobre gênero e sexualidade, alegando que estas resultam em uma “sexualização precoce”. Também defendem que o aborto deve ser proibido em qualquer caso, inclusive em gravidez decorrente de estupro ou que represente perigo para a vida da mãe, como é o caso das gestações de adolescentes e pré-adolescentes. São, ainda, os mesmos grupos que trabalham pela redução da maioridade penal, alegando que um jovem de 16 anos tem plena consciência de todos os seus atos. Em suma, adolescentes podem ser pais e mães, podem ser presos, só não podem ter garantido o seu direito constitucional à liberdade de aprender.

Os efeitos já são sentidos nas salas de aula

É importante destacar que, apesar da enorme quantidade de projetos apresentados, o ESP só está em vigor em um número ínfimo de municípios; e no único estado em que foi aprovado, Alagoas, teve sua validade suspensa por uma liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que reconheceu a inconstitucionalidade dos projetos de lei do ESP. O julgamento definitivo ainda vai acontecer. Entretanto, os efeitos já são sentidos. O discurso de ódio contra os professores está difundido e são muitos os docentes que estão sendo perseguidos, filmados e expostos nas redes sociais, linchados virtualmente e ameaçados de agressões, morte e estupro. A categoria já está, nesse momento, sofrendo perseguições típicas de regimes autoritários. São comuns as comparações com a situação de medo vivida por professores no período do macarthismo nos Estados Unidos, na ditadura militar brasileira e no regime nazista.
Muitos professores já estão se autocensurando e desistindo de abordar temas polêmicos na visão do ESP, como teoria da evolução, Big Bang, aquecimento global, reforma agrária, inquisição, nazismo, ditadura militar, dentre outros. É a liberdade de aprender, ensinar e divulgar o saber que está em risco, e, consequentemente, a própria democracia. Os ataques, que já haviam se tornado comuns na educação básica, se alastraram também para a universidade no período eleitoral. E a fórmula anunciada como capaz de acabar com a suposta doutrinação na educação é o ensino à distância e a privatização das instituições de ensino públicas, incluindo as universidades. O Escola Sem Partido é também uma estratégia de desmonte da ciência brasileira.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

CURSO: As narrativas e os sujeitos nos museus de história: mulheres, cultura afrobrasileira e indígena

O Museu Republicano da USP em parceria com a Diretoria de ensino da região de Itu oferecerá curso para educadores entre fevereiro e agosto de 2019.

 

Em 2019, contemplando os interesses e as solicitações dos educadores, preparamos o curso As narrativas e os sujeitos nos museus de história: mulheres, cultura afrobrasileira e indígena, com intuito de refletir sobre as narrativas construídas nos museus e lugares de memória.

Desde 2016, o Serviço Educativo do Museu Republicano, em parceria com a Diretoria de Ensino Região de Itu, oferece cursos sobre os temas Patrimônio, Museus, Memórias e inventários participativos, com objetivo em desenvolver o conceito de patrimônio cultural de forma multidisciplinar e participativa nas unidades escolares da Diretoria de Ensino da Região de Itu, Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.  Também foram abertas inscrições para educadores que não lecionavam em escolas públicas estaduais, ampliando o público e o diálogo.



Dia 16 de fevereiro

9h às 10h – Apresentação do curso, com Aline Zanatta (Educativo do Museu Republicano), Bruna Capóia Trescenti (Coordenadora de Geografia - Núcleo Pedagógio/DERITU) e Rodolfo Jacob Hessel (Coordenador de História - Núcleo Pedagógio/DERITU)

10h às 12h - A formação do Museu Republicano, com Mariana Esteves Martins.

Dia 23 de Fevereiro

9h às 12h - O Samba Rural Paulista: considerações sobre a pesquisa de Mário de Andrade e Octavio Ianni, com Daniel Martins Barros Benedito.

13h30 às 15h30: Oficina de samba rural paulista. 

Dia 30 de março

9h às 12h - As mulheres nos museus e na história da arte, com Ana Paula Cavalcanti Simioni.

13h às 15h – Vivência e roda de conversa com a Mestra Cristina Bueno e o grupo de cultura popular Caixeiras das Nascentes.

Dia 13 de abril

9h às 12h - O ensino da cultura afro-brasileira, com Marina de Mello e Souza.

Dia 27 de abril



9h às 12h -   Da ponte pra cá: Capoeira Angola como epistemologia da resistência, com Mariana de Sousa Lima.

Dia 18 de maio

9h às 11h - A história dos meus ancestrais, com Fátima do Carmo Silva.

Das 11h às 12h e das 13h30 às 15h30- História e acervos negros em Itu e região, com André Santos Luigi.

Dia 15 de junho

9h às 12h - Os acervos arqueológicos indígenas no Museu Histórico Sorocabano, com Sonia Nanci Paes.

Dia 29 de junho

9h às 12h- Memória viva indígena paulista, com Dirce Jorge Lipu Pereira, Susilene Elias de Melo  e  Marília Xavier Cury.

Dia 03 de agosto

9h às 12h - Meu bairro, minha cidade: as exposições inaugurais dos CEUs e as representações urbanas das periferias - Eliane Aparecida Jardim.

Dia 17 de agosto

9h às 12h - Cartografia Social e projetos educativos- Juliana Siqueira.

Dia 31 de agosto

14h às 17h – A República e os Museus: desafios e perspectivas - Mario de Souza Chagas. Diretor do Museu da República do Instituto Brasileiro de Museus.

  

Informações e inscrições:

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Clique aqui para saber mais sobre os palestrantes


As palestras/aulas acontecerão no Centro de Estudos do Museu Republicano. Rua Barão do Itaim, 140. Centro - Itu/SP.

Carga horária do curso: 40 horas (37 h aulas e 3h Atividades de pesquisa e leitura) 


Curso Gratuito

(11) 4813 7672 ou 4813 7669, Núcleo Pedagógico/ Diretoria de Ensino Região de Itu, com PCNPs Rodolfo ou Bruna.

(11) 4023 0240, menu 3 - Setor Educativo do Museu Republicano de Itu/ USP, com Aline Zanatta e Cristina Nizzola. Rua Barão de Itaim, 67, Centro, Itu/SP.


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