terça-feira, 30 de junho de 2015

B. Bastos - O poeta indaiatubano de 1873


Ao distincto poeta da viola, Sr. Mariola

Indaiatuba, 21 de novembro de 1873 *
(mantida a grafia original)


Isso é pancada na bola,
Está desorganisada a caxola,
Meta-se em uma camisola
Quando não vá para a escola.

Parece-me o viajante universal
Com as suas pilheiras sem sal.
E é como lhe digo tal e qual
Pula lá para o curral!

Isto é altas congonhas
Da família das cegonhas
Podem fazer carautonhas
Com essas caras de pamonhas.

Deixe correr o marfim
Lá d´essa estrada sem fim
Porque é que se põe assim?
Com geitos de galopim?

Longe vá o urubu
Que anda agourando a estrada de Itú
Quando fala, parece-me um perú
Que quando canta, faz grú,grú,grú!




* Publicado no Jornal CORREIO PAULISTANO

domingo, 28 de junho de 2015

Casarão é retratado por participantes da "Oficina do Patrimônio"

Neste sábado, dia 27 de junho de 2015 foi realizado, no Casarão Pau Preto, o primeiro dia de trabalhos da Oficina do Patrimônio organizada pela Fundação Pró-Memória de Indaiatuba em parceria com a Unicamp denominada "Educação, Patrimônio e Meio Ambiente" ministrada pelo Professor Doutorando André Graziano da Faculdade de Educação da Unicamp.

O objetivo desta oficina é apresentar conceitos básicos e históricos sobre o nascimento dos jardins e do paisagismo, com ênfase especial em sua formação, evolução formal e características, visando aplicações educacionais no ensino fundamental e médio. Para começar a cumprir este objetivo teórico, na manhã de hoje o professor Graziano começou a discorrer sobre a história de grandes jardins, desde o Éden bíblico, até os jardins de Burle Marx, passando por todos os jardins de destaque de grandes civilizações, inclusive as pré-colombinas, destacando estilos e profissionais considerados relevantes.

Em seguida, os participantes da oficina partiram para uma atividade prática no páteo no Casarão Pau Preto. O desafio era que cada participante gerasse um registro do local, a partir de uma planta, utilizando todos os seus sentidos possíveis. O objetivo era iniciar a percepção que cada um têm daquele local para buscar dar abertura à discussão de aspectos urbanísticos que permitam uma compreensão dos conceitos de espaço e paisagens urbanos. 

Pela qualidade dos registros gerados pelos participantes, tem-se a noção do quanto a sensibilidade de cada um foi aflorada pela condução da aula do professor, como também, pela exposição espontânea do talento e habilidades da grande maioria. Veja!
















































A oficina terá outras aulas práticas: no Jardim Botânico Plantarum em Nova Odessa, nos Parques Urbanos e Pinacoteca em São Paulo e no Parque Ecológico de Indaiatuba.

Participando de todas as atividades, os alunos, grande parte deles arquitetos e estudantes de arquitetura da CEUNSP, estarão capacitados para utilizar definições relativas ao espaço urbano, a paisagem e aos espaços livres de edificação, além de tópicos da história do paisagismo nacional e internacional até a contemporaneidade. A Oficina dará ainda, como parte do conteúdo, foco nos jardins botânicos como mantenedores de patrimônio sociocultural e de biodiversidade da humanidade.


sexta-feira, 26 de junho de 2015

FAZENDEIROS DE NOSSA TERRA - Totó Sampaio de Pimenta

 Eliana Belo Silva

26.06.2015

FAZENDEIROS DE NOSSA TERRA (1) – Totó Sampaio de Pimenta

Antônio de Almeida Sampaio foi um dos fazendeiros influentes de Indaiatuba no final do século 19 e início do século 20, sendo que todos o chamavam de “Coroné” Totó Sampaio. Seu nome constava sempre na lista dos eleitores do século 19 (privilégio para poucos na época), era suplente do delegado de Indaiatuba, onde também participava da organização das eleições para vereadores e juízes de paz, mas tramitava politicamente também em Itu - onde foi presidente da Câmara - e em São Paulo, então capital da província, onde foi negociar para conseguir cravar uma estação ferroviária em suas terras, a Estação Pimenta, cujo prédio, inaugurado em 1899, ele ajudou a construir.


Riqueza e Inovação

Talvez tenha sido o maior proprietário de terras da região, dono das fazendas Pimenta, Grama, Santa Rita, Ingá-Mirim e Sitio Grande tendo seus cafezais somado mais de 1 milhão de pés. Trabalhou desde menino na lavoura de maneira tradicional com seu pai e avô, mas não hesitou em inovar: foi um dos primeiros cafeicultores a utilizar o “phosphato de cal” como adubo quando poucos o faziam, e não hesitou em comprar a máquina “Luiz Barreto” para matar formigas, quando a maioria nem sonhava em usar esses artefatos no campo. Escravocrata, incentivou também a vinda de imigrantes espanhóis para trabalhar em suas lavouras. Por muitas vezes expôs seus produtos em feiras agrícolas, sendo premiado muitas vezes. Faleceu em sua fazenda Pimenta em 3 de novembro de 1910, após ter sido presidente da câmara de Itu.

Para saber mais

Leia o livro “Clarita da Pá Virada”, escrito por Maria Clarice Marinho Villac, neta do “Coroné”, onde ela narra a meninice dela, vivida entre os anos de 1908 e 1913 na Fazenda Pimenta.  Além de narrar o cotidiano da vida rural no início do século XX na zona rural de nossa cidade, ela dá o testemunho de um dos fatos mais emblemáticos da história de Indaiatuba: o avô dela, o Coroné Totó Sampaio, doou terras de sua propriedade para alguns dos “pretos” após a libertação oficial dos escravos. Um exemplar do livro encontra-se na Biblioteca Pública Rui Barbosa.



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No jornal  "Lavoura e Commercio (SP) publicado no dia 14 de março de 1900 o coroné Totó Sampaio tem uma correspondência sua publicada, na qual descreve o uso de fertilizante e máquina para matar formiga em sua propriedade. Abaixo, texto na íntegra:









segunda-feira, 22 de junho de 2015

Propagandas - Décadas de 1950-60

FOLHA DE INDAIÁ DE 04/01/1953



FOLHA DE INDAIÁ DE 18/10/1953



FOLHA DE INDAIÁ DE 18/10/1953



TRIBUNA DE INDAIÁ  16/07/1961



TRIBUNA DE INDAIÁ 06/08/1961



TRIBUNA DE INDAIÁ 06/08/1961



TRIBUNA DE INDAIÁ 06/08/1961



TRIBUNA DE INDAIÁ 15/10/1961



TRIBUNA DE INDAIÁ 06/08/1961


TRIBUNA DE INDAIÁ 03/12/1961



TRIBUNA DE INDAIÁ 03/12/1961


TRIBUNA DE INDAIÁ 17/12/1961



TRIBUNA DE INDAIÁ 17/12/1961



TRIBUNA DE INDAIÁ 17/12/1961



TRIBUNA DE INDAIÁ 24/12/1961


TRIBUNA DE INDAIÁ 11/01/1962



                                                   TRIBUNA DE INDAIÁ 11/01/1962




TRIBUNA DE INDAIÁ 11/01/1962



 TRIBUNA DE INDAIÁ 07/01/1962



TRIBUNA DE INDAIÁ 11/01/1962



TRIBUNA DE INDAIÁ 11/01/1962



TRIBUNA DE INDAIÁ 11/01/1962




TRIBUNA DE INDAIÁ 21/01/1962






TRIBUNA DE INDAIÁ 17/04/1963


(continua)

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