Trabalhou no HAOC por muitos anos, sendo inclusive médico residente.
Foi também prefeito de Indaiatuba, entre 1943 e 1947.
Homenageado em 1969, através do Decreto 773, teve seu nome perpetuado em uma avenida da cidade.
Na década de 1970 foi instalado uma sala de pré-primário no Largo São Benedito - Praça Rui Barbosa, carinhosamente chamado pelos "novos" indaiatubanos de Praça dos Peixes. O local também recebeu o nome de Parque Infantil Jácomo Nazário.
Jornal "O Município" de fevereiro de 1937
Dr. Jácomo Nazário com paciente no HAOC, década de 1930
Políticos de Indaiatuba, imagem da década de 1960. Entre outros, estão o Dr. Jácomo Nazário, Oswaldo Stein, Antero Santiago, Carlito Albertini, Rafú, Odilon Ferreira, deputado Gustavo Martini
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Abaixo, relato de Vanderlei Wittckind, publicado originalmente no Facebook, no grupo Indaiá- Dinossauros:
"Os médicos do meu tempo, eram acima de tudo, uns sensitivos experimentais; receitavam, mas recomendavam que em caso do paciente não apresentar melhoras, que trouxessem a receita de volta; com isso, ele lia o que prescrevera e receitava outros medicamentos, isso acontecia até que houvesse uma cura. Mas no tempo em que não havia o SUS, em que o popular não tinha condições de bancar uma consulta, eles recorriam ao famoso Posto de Saúde do Estado, que ficava ao lado da Delegacia de Polícia, cujo dirigente mor, era o Doutor Jácomo Nazário. O Doutor Jácomo, tinha dois potes cheios de bolinhas: Um de cor branca, e outro de cor rosa. Ele consultava o paciente, logo após, apanhava um saquinho de papel, desses do tipo de pipoca, e com uma conchinha adrede preparada, colocava essas pílulas no saquinho, conforme o caso; em seguida, com aquela voz fanhosa que ele tinha, recomendava a dosagem, repouso e muita laranjada. Ninguém jamais ficou sabendo para que servia essa ou aquela bolinha de cor diferente; talvez fosse até um placebo, mas o fato é que funcionava, não sei se por força da auto sugestão ou pela confiança em seu carisma. Em todo caso, ele fez o que muitos médicos não sabem fazer hoje, o poder de inspirar confiança. A confiança no médico, é fundamental para a psique desse ou daquele paciente. Aqui em Indaiatuba, com o advento do INPS, (Instituto Nacional de Previdência Social), contávamos com uma só agência dessa referida Instituição, muito pequena, apertada, e sem qualquer conforto. Era capitaneada pela saudosa Beti Hass, que enfrentava com coragem as feras que não se conformavam em ter que esperar por uma consulta médica num outro dia. Quem precisasse de uma consulta médica, tinha que dormir na calçada para garantir uma guia; muitos como eu, tiveram que pagar para alguém fazer esse expediente, custava em torno de cinquenta cruzeiros, muitos deles ganhavam a vida fazendo isso. Levavam colchonetes, água, cobertores e algo para comer. Os madrugadores que passavam por lá, viam essa cena; dezenas de pessoas, dormindo na calçada, as vezes até a esquina, para no outro dia bem cedinho, estarem nos primeiros lugares da fila e conseguirem a tão esperada guia médica. Esse vexame, essa vergonha, o nosso povo passou; Todos trabalhadores, que por conta de governos indiferentes, tivemos que passar. Hoje, melhorou muito o atendimento, apesar dos pesares. Ainda assim, o contribuinte dispõe de lugar para sentar, longe das intempéries, água gelada e muitos atendentes.
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