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quarta-feira, 30 de julho de 2025

Penna celebra seus 80 anos com novo livro de contos e exposição

Lançamento acontece dia 3 de agosto, no Bosque do Casarão Pau Preto

Texto de Fábio Alexandre


Fábio Alexandre

Fotógrafo, historiador, memorialista, poeta, cronista e agora contista, Antônio da Cunha Penna, um dos mineiros mais indaiatubanos que se tem notícia, está prestes a lançar seu quinto livro, O Último Natal e Outras Histórias, em evento que acontece dia 3 de agosto, das 9h às 12h, no Bosque do Casarão Pau Preto em Indaiatuba (SP), cenário de outros lançamentos e projetos do sempre artista.

“Vamos celebrar meus 80 anos de vida e lançar duas novidades: meu primeiro livro de contos e a exposição O Menino que Queria Ser Artista: Uma Trajetória de Vida, com fotos e outras peças que marcaram minha vida e trajetória na cultura de Indaiatuba”, conta Penna.

Prestes a lançar seu quinto livro, o autor se envereda, pela primeira vez, na seara dos contos. “Já escrevi uma crônica e três livros sobre o cotidiano de Indaiatuba. Mas desta vez quis mudar, exercer a imaginação misturada à memória, já que escrever sobre a história exige muita pesquisa. Na ficção, você pode mentir”, brinca o autor.

O livro de contos natalinos, porém, nasce da história pessoal de Penna. “É claro que O Último Natal e Outras Histórias é ficção, mas vou dar um spoiler aqui: um dos contos é autobiográfico. Porém, por via de regra, conto é ficção. Mas quem me conhece, vai saber”, desafia.

Para auxiliar na composição dos contos, o livro conta com diversas ilustrações de Ivan Lima. “Este novo livro é totalmente dedicado a Santa Bárbara do Mato Dentro, em Minas Gerais, e a Indaiatuba, onde moro há quase 70 anos, sempre militando na parte cultural e artística”, enfatiza Penna.

Exposição

O Menino que Queria Ser Artista: Uma Trajetória de Vida promete celebrar vida e obra de Antonio da Cunha Penna. “Tive uma infância pobre em Santa Bárbara do Mato Dentro. Éramos 13 irmãos e meu pai era carpinteiro. Por isso, não tínhamos Natal, não ganhávamos presente”, recorda, remetendo às lembranças e revelando, em partes, a escolha do tema de seu novo livro.

“Aos 9 anos ganhei meu primeiro presente, de um de meus irmãos: um revólver de Roy Rogers”, lembra, mencionando o cowboy do cinema que fazia sucesso com crianças e jovens na década de 50. “Era sofisticado, mesmo sendo de plástico. Mas havia uma falha técnica: ele era verde. A moçada não me respeitava e acaba sendo sempre o vilão. O famoso Pé de Couve”.

É claro que o malfadado revólver não poderia ficar de fora da exposição, assim como outros itens que compõem sua história. “Sou preservacionista, mas a exposição não conta com um décimo do que tenho guardado. Por isso, escrevo histórias”, conta.

Sobre o título da exposição, Penna é enfático. “Sempre quis ser artista, mas nunca fiquei em uma arte só. Por isso, nunca fui excelente em nenhuma delas”, resume. O evento contará ainda com a Roda de Choro do Núcleo Musical Nabor Pires Camargo e é aberto ao público.

O Último Natal e Outras Histórias será vendido por R$ 60 e poderá ser encontrado também na Banca do Jair (Avenida Presidente Vargas, 457), Revistaria Gavioli (Praça Dom Pedro II, 187) e na Colonial Presentes (Rua Candelária, 733, Centro).



segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Rua Antônio Zoppi

 



Antônio Zoppi nasceu no dia 23 de outubro de 1904, filho do imigrante italiano Cesari Zoppi e da senhora Teodora Cerqueira Leite e faleceu no dia 6 de abril de 1961 em sua residência, após ser confortado pelos santos sacramentos da Igreja Católica, onde sempre frequentou. Teve os filhos Gentil Zoppi, casado com Alayde Zoppi, Maria Mercedes Zoppi Bonito, casada com Rubens Bonito e Waldyr Zoppi, casado com Anita Zoppi.


No centro da imagem, Césare Zoppi e esposa. Os demais são os dez filhos: os homens Themístocles, Antônio, Rêmulo, Vitório e Homero e as mulheres: Duilia, Itália, Leonor Fausta e Ercília.
Antônio Zoppi é o de terno branco.


Foi construtor como o pai e, entre suas muitas obras em Indaiatuba, destacam-se o Cine Rex e o Cotonifício Indaiatuba.

Em 1996, o memorialista Nilson Cardoso de Carvalho escreveu que ... "presenciou o desmonte de uma de suas obras, que foi o prédio do Cotonifício Indaiatuba; quanta dificuldade e sacrifício para derrubar as formidáveis paredes internas, as colunas e vigas de concreto, o mesmo acontecendo no Cine Rex, também uma obra sua, pois era um dos principais projetistas-construtores de Indaiatuba, e não só construiu indústrias como também uma infinidade de residências."

Construção do Cine Rex, obra feita por Antônio Zoppi

Como vários membros da família Zoppi, Antoninho, como era chamado, tinha "uma vocação musical que cultivou desde menino". Quem afirma isso é Arquimedes Prandini, que conta ainda que "ele aprendeu música com o saudoso maestro Esterlino Minioli com a idade de treze anos e, após um ano, já tocava sax na Corporação Musical Internacional. Essa banda tocava num cinema de zinco chamado Cine Teatro Íris, que ficava onde mais tarde seria o Hotel Savioli, na Praça Prudente de Morais.

Hotel Savioli, ficava do lado esquerdo de onde atualmente é o Bradesco (Cine Rex) na Praça Prudente de Morais.

Cine Rex, construído por Antônio Zoppi e, do lado esquerdo, o Hotel Savioli


Os filmes que passavam no Cine Teatro Íris eram mudos, então uma banda musicalizava a obra ao vivo. Conta Prandini que "o músico tinha que tocar de ouvido porque o cinema era escuro e naturalmente não havia luz para ler a música e o Antoninho, nesse ponto era grande, pois era capaz de tocar dois dias seguidos sem repetir uma só música só de ouvido.

Em 1930 deixou de existir o cinema mudo e o Antoninho foi tocar na Corporação Musical 7 de Setembro cujo mestre era o grande músico Paschoalino Boffa. Nesse tempo começou a tocar trombone de harmonia, depois gênis e por fim tocava todos os instrumentos, exceto baixo e clarinete.

Lembro-me de que na família havia cinco irmãos e quatro eram músicos de banda: um é o senhor Themístocles, violinista e cantor; Rêmulo tocava o primeiro trombone, Vitório o primeiro pistão, Homero o primeiro clarinete e o Antoninho o primeiro bombardino. Os quatro faziam parte do canto.

Em um concerto que a nossa banda realizou na cidade de Itapira, o Antoninho fez um perfeito solo de gênis na música clássica 'Eva', arrancando calorosos aplausos de uma enorme assistência. Outra ocasião, na cidade de Salto, terra de grandes músicos, ele chamou a atenção de uma multidão que assistia um concerto com a nossa Banda ao executar, no bombardino, um solo quando da execução da ópera 'Aída": foi grandemente aplaudido.

O Antoninho gostava de tocar na procissão do enterro da Sexta-feira Santa e muitos ainda lembram se que seu irmão Rêmulo fazia com seu trombone, o canto; e o Antoninho o contracanto naquelas marchas fúnebres que que emocionavam qualquer cristão - por mais duro de coração que fosse.

Foi merecidamente presidente da Corporação Musical Sete de Setembro. Mas em 1942 por necessidade de extrair os dentes, nunca mais soprou um instrumento e assim também nunca mais tivemos o prazer de ouvir e sentir na alma aqueles acordes maviosos que saíam da alma daquele grande indaiatubano. Mas não parou nisso. Dedicando-se ao jornalismo amador saiu-se esplendidamente. [...] Era um grande humorista, inventava as piadas às vezes de improviso e quando saía com as suas era um estrondo, arrancando risadas do mais sisudo ouvinte."


quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Indaiatubana SILVANE LEITE lança livro sobre História da Educação em Indaiatuba

 


Na quarta-feira, onze de dezembro, a historiadora Silvane Leite Poltronieri que é funcionária pública municipal da Secretaria da Educação, vai lançar o livro "Primórdios da Instrução Pública no Brasil - O caso de Indaiatuba - 1854-1930".

O evento acontecerá  no Teatro Antônio Carlos Boldori dentro do Colégio Objetivo, na Rotatória do Parque - Avenida Eng. Fábio Roberto Barnabé no. 1400, no Jardim Esplanada.

O evento é aberto e a obra será vendida no local.

 A autora trabalhou como arquivista na então Fundação Pró-Memória de Indaiatuba logo no início, quando o Arquivo Público Municipal ainda era incipiente. Junto com outros funcionários públicos, organizou os primeiros documentos e as primeiras coleções, advindos de locais diferentes  e em estados de conservação que variavam com características como umidade, pós, detritos de animais e outros resíduos.

Enquanto fazia esse trabalho de limpeza e conservação, foi elaborando sua pesquisa com o que seria, mais tarde, sua tese de mestrado na UNICAMP, produzindo o material que agora é publicado neste livro.

Em uma obra imperdível para quem gosta e pesquisa sobre a história de Indaiatuba, a autora desenha todo o cenário local desde o fim do período colonial, passando pela República, até 1930, ano que deu início a "Era Vargas".

Você terá a oportunidade de conhecer os primeiros educadores de nossa cidade, as primeiras escolas e o relacionamento da Educação local com as áreas da política e economia. 

Embora seja uma tese de mestrado, a autora discorre sua narrativa em uma linguagem acessível e elegante, nos transportando para os ambientes onde se davam as "primeiras letras" dos indaiatubaninhos e a complexa relação que a Educação sempre teve (e tem) com o cenário emoldurado pela política, quer seja ela municipal, estadual ou federal.

PRESTIGIE O PESQUISADOR LOCAL.



domingo, 24 de novembro de 2024

Centro Acadêmico Esperanza Garcia da Faculdade de Direito da Anhanguera, OAB e CONI promovem evento em alusão ao NOVEMBRO NEGRO

Nesta terça-feira dia 26 de novembro, em alusão ao NOVEMBRO NEGRO, o Centro Acadêmico Esperanza Garcia promove, no Plenarinho na Câmara Municipal discussão e debate sobre o livro "Gramática negra contra a violência de Estado", do indaiatubano Paulo César Ramos.


Em novo livro, pesquisador do AFRO-Cebrap realiza reconstrução inédita das denúncias do movimento negro sobre violência de Estado

 Resultado da tese de doutorado do sociólogo Paulo César Ramos, “Gramática negra contra a violência de Estado” sai pela Editora Elefante e consolida trabalho do autor na área de memória negra, linha de pesquisa do AFRO que é pioneira no país.

No Brasil, as pessoas negras têm 3,8 vezes mais chances de morrer em uma intervenção policial do que pessoas brancas, de acordo com a última edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. O fenômeno no entanto, já tem longa data: há décadas, organizações e ativistas do movimento negro denunciam que a violência de estado no Brasil possui um indicador racial determinante. 

É o que apresenta o livro “Gramática negra contra a violência de Estado”, trabalho pioneiro do sociólogo e coordenador de pesquisa do AFRO-Cebrap, Paulo César Ramos. 

Resultado da sua tese de doutorado, o livro propõe uma linha do tempo sobre as mudanças das palavras utilizadas para denunciar a violência de Estado nos últimos 50 anos, demonstrando quais ações contra a população negra ganham destaque conforme transcorrem os capítulos da história da política brasileira. “Há uma nítida elevação no tom da violência policial denunciada pelo movimento negro ao longo das últimas décadas, e uma progressiva atenção dada ao par vida/morte no conteúdo dessa denúncia. Se, inicialmente, tal violência policial era equiparada à proibição da entrada de atletas negros em seu próprio clube esportivo, em um segundo momento a violência contra o corpo físico se tornou o drama central da população negra. Na sequência, o Estado apareceu como o protagonista geral de um ato que intentava a morte da população negra no Brasil, sob o nome de ‘genocídio’”, explica o autor na introdução da obra.


Resgate da memória negra 

Para a pesquisa, Paulo César Ramos realizou um trabalho minucioso de pesquisa de acervo de organizações, além de entrevistas com militantes que protagonizaram momentos emblemáticos de denúncia. A metodologia de trabalho também foi emprestada à criação do AFRO-Memória, projeto de pesquisa do AFRO que, há cinco anos, realiza a coleta e digitalização de arquivos da memória negra em parceria com o Arquivo Edgard Leuenroth, centro de pesquisa da UNICAMP. Para além da etapa de disponibilizar o acervo para o público, o projeto também se preocupa com a disseminação do conhecimento, por meio das publicações do Caderno AFRO, que reúnem textos de pesquisadores e ativistas que explicam a importância de cada acervo resgatado. “Pode-se dizer que a minha tese, agora transformada em livro, é o primeiro trabalho de fôlego que vamos disponibilizar ao grande público em que não só apresentamos o resultado de uma pesquisa baseada na memória negra, mas buscamos consolidar a importância de emprestar rigor e nome científico a uma linha de pensamento que é fundamental para entender o passado e o presente do país. Isto tudo, em torno de um tema central para a democracia brasileira que é a violência policial contra pessoas negras”, destaca Paulo Ramos.


Sobre o autor 

Paulo César Ramos é doutor em sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), mestre e bacharel em sociologia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com pós-doutorado na Universidade da Pensilvânia, Estados Unidos. Também é coordenador de pesquisa do Núcleo Afro do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e coordenador do Projeto Reconexão Periferias da Fundação Perseu Abramo. Tem se dedicado ao estudo das relações raciais, violência, memória, movimentos sociais, juventude e políticas públicas. É autor do livro “Contrariando a estatística”: genocídio, juventude negra e participação política (Alameda, 2021). Sobre o AFRO O Núcleo de Pesquisa e Formação em Raça, Gênero e Justiça Racial, ou Afro-Cebrap, é um núcleo de pesquisa, formação e difusão sobre a temática racial que busca contribuir para o fortalecimento das pesquisas acadêmicas sobre desigualdades, relações raciais e interseccionalidade. O núcleo tem como prioridades a produção de pesquisa com alto rigor metodológico, a formação de novos pesquisadores e a divulgação científica. São desenvolvidas pesquisas de caráter multidisciplinar visando a produção e a análise de dados de natureza quantitativa e qualitativa.

sábado, 16 de novembro de 2024

Avaliação do ato contra a escala 6x1 em Indaiatuba no dia 15 de novembro de 2024

       Caio Silva, Denis Rodrigo e Paulo Cesar Ramos

       

Crédito das imagens: @psolindaiatuba e  @joelmasabino


No último feriado, 15 de novembro, ocorreu em Indaiatuba um ato contra a escala 6x1, realizado no Parque Ecológico, na altura do Parque Temático. A manifestação, marcada para as 10h, sofreu com a baixa circulação de pessoas no local, contando com a participação de, no máximo, 40 pessoas ao longo do evento.

O ato faz parte de uma ampla mobilização nacional em apoio à PEC da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), que propõe o fim da jornada de trabalho de 44 horas semanais. Essa proposta dialoga com iniciativas já apresentadas por figuras como o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) e o senador Paulo Paim (PT-RS). Erika Hilton, no entanto, trouxe um diferencial ao alinhar-se com o influenciador Rick Azevedo, vereador no Rio de Janeiro com 30 mil votos em uma campanha de baixo custo. Rick lidera o movimento Vida Além do Trabalho, conhecido por sua forte atuação nas redes sociais, ampliando o alcance do debate sobre a redução da jornada sem perda de direitos.

No ato de Indaiatuba, militantes dos partidos de esquerda tiveram papel central na organização. O evento contou com a presença do PT, PSOL e UP, embora este último não tenha um diretório formal na cidade. Apesar disso, a UP destacou-se pelo envio de jovens dirigentes que marcaram presença significativa. Entre os petistas, havia 11 pessoas, incluindo duas crianças, e três fizeram discursos utilizando o microfone, sendo o presidente uma delas. Um dos militantes petistas destacou os abusos enfrentados pelos trabalhadores submetidos a esse regime e os impactos negativos na vida familiar, qualidade da criação dos filhos e acompanhamento emocional e escolar das crianças. Também a fala de outro militante petista indicou a necessidade de prosseguir com aquela mobilização e construção de uma audiência pública sobre o tema na cidade.

O evento, que se estendeu até as 12h, teve uma programação modesta, com circulação pelo parque até as 11h30 e discursos dos participantes a partir deste horário. No entanto, foi evidente a ausência de apoio institucional das centrais sindicais da cidade, mesmo havendo uma diversidade de representações sindicais em Indaiatuba. Com exceção do presidente do SINPRO, nenhuma direção sindical parece ter mobilizado ou enviou representantes, tampouco levaram materiais, bandeiras, panfletos ou demonstração de apoio formal.

Apesar das dificuldades de mobilização e da baixa adesão popular, o ato em Indaiatuba demonstra o compromisso das bases militantes locais com a luta pela redução da jornada de trabalho. O protagonismo da UP, junto com outros partidos de esquerda, evidencia a persistência de movimentos sociais em pautar temas transformadores, mesmo enfrentando desafios como a pouca participação popular e o silêncio das lideranças sindicais. O debate sobre o fim da escala 6x1, inserido em um contexto mais amplo de redução da jornada, pode se consolidar como uma marca importante do terceiro governo Lula, caso avance com o apoio da sociedade.
















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domingo, 13 de outubro de 2024

Eleições 2024 e o futuro das políticas públicas sobre nossa História

Eliana Belo Silva

 

Patrimônio Cultural  é definido como um conjunto de bens móveis e imóveis  cuja conservação é de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história, quer por seu valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico.


Desde a extinção da Fundação Pró-Memória feita através da Lei Complementar 71 de 23/03/2021, de autoria do prefeito Nilson Gaspar e aprovada por todos os vereadores da Base, o patrimônio cultural de Indaiatuba passou a ser de responsabilidade da Secretaria da Cultura, mais especificamente de uma estrutura denominada Departamento de Preservação e Memória, formada por três gerências, a de Gestão do Arquivo Público, a de Gestão da Biblioteca Municipal e a de Gestão do Museu Municipal e um Conselho de Preservação. Desde então, pouco tem-se visto de ações de divulgação das ações do novo Departamento/Conselho e nada foi planejado, divulgado e feito com inovação, seguindo o DNA da extinta Fundação que, além da organização do Arquivo Público (seu maior legado), da viabilidade da construção da Casa da Memória e do tombamento de alguns bens depois de muita pressão popular, também pouco realizou quando se considera a estrutura funcional que teve por praticamente 27 anos.

Passada a eleição municipal de 2024, com a vitória do candidato Custódio Tavares (MDB), necessário é inferir sobre o cenário futuro da História, Memória e Patrimônio de nossa cidade, (1) com  base nesse passado de ações mornas, (2) com base nas ações dos vereadores da Câmara Municipal e (3) com base nos compromissos declarados pelo futuro prefeito, tomando-se como referência suas promessas de campanha, registradas em seu Plano de Governo.

Dos atuais doze vereadores (muito pouco, pelo número de eleitores), nove foram reeleitos e apenas as duas únicas mulheres, Ana Maria dos Santos (da Oposição) e Silene Silvana Carvalini (da Base) não foram. Nove vereadores voltarão para a Legislatura de 2025/2028 com apenas três novos nomes: Clélia Santos e Túlio José Tomass do Couto (Base) e Danilo Bertipáglia Barnabé (Oposição). Os nove vereadores reeleitos foram questionados sobre o trabalho que já haviam feito na Câmara Municipal de Indaiatuba em pról da História, Memória e Patrimônio de Indaiatuba e apenas o vereador da oposição Du Tonin se posicionou (em texto que você poderá ler, em breve, aqui). Os demais vereadores da Base - Adalto, Alexandre Peres, Cebolinha, Hélio Ribeiro, Indio da 12, Leandro Pinto, Othniel e Prof. Sérgio,  não responderam à questões feitas pelo blog, o que nos leva ao direito de inferir sobre o descompromisso ou com o desprezo pelos temas.  Resta-nos acompanhar a próxima legislatura, principalmente na viabilidade das ações propostas o que é muito diferente das muitas tentativas feitas por alguns vereadores - sempre os mesmos: Du Tonin, Prof. Sérgio e Alexandre Peres - que apresentaram propostas, mas que não foram viabilizadas pela Secretaria da Cultura.

No Plano de Governo protocolado pelo então candidato Custódio Tavares, há, timidamente e sem nenhum desdobramento em ações, o compromisso de (...) "no desenvolvimento da cidade, garantir o uso sustentável (...) do patrimônio cultural e histórico" - o que é obrigatório por Lei e nem deveria ser citado como promessa de campanha. Lamentavelmente, apenas isso. No capítulo sobre compromissos com a Cultura, o assunto não foi citado em nenhuma ação. Em outras palavras: "cumprirei a Lei, mas com foco no desenolvimento da cidade". Notem bem: o assunto foi citado tendo "o desenvolvimento da cidade" como sujeito da frase. Mais do mesmo em um governo de quase 30 anos que sempre privilegiou a expansão territorial em detrimento do desenvolvimento sustentável, e a falta e problemas com a qualidade da água é a maior testemunha que temos disso. 

A Secretaria de Relações Institucionais e Comunicação (RIC) da Prefeitura Municipal de Indaiatuba foi questionada sobre o teor do conteúdo do Plano de Governo do prefeito eleito Custódio, uma vez que ele foi apresentado amplamente como o "candidato do atual prefeito Nilson Gaspar", mas não houve resposta.

O Plano de Governo do candidato eleito Custódio, quando comparado aos demais, só não é pior do que o do candidato Fabrício Salvaterra (NOVO) que citou os assuntos em duas oportunidades de seu planejamento: inicialmente afirmando que (1) a polícia iria guardar o patrimônio histórico (...) além de combater o tráfico de drogas (tudo na mesma linha). Em seguida (2) atribuindo à iniciativa privada a responsabilidade pelo desenvolvimento do setor da Cultura que iria "reconhecer e valorizar as referências históricas, culturais e identitárias" cabendo a prefeitura o papel de incentivador. Esses dois itens são "incomentáveis".

A título de nota, os demais candidatos ao pleito registraram os seguintes itens em seus Planos de Governo, por ordem alfabética:

Professora Bel (PT):

  • Restaurar e revitalizar espaços históricos de Indaiatuba, transformando-os em pontos de interesse cultural e turístico, preservando o patrimônio e criando novos atrativos para residentes e visitantes;
  • Destacar e preservar a memória e o patrimônio cultural negro, promovendo ações que combatam o apagamento histórico e valorizem a contribuição das comunidades negras para o desenvolvimento da cidade;
  • Criar roteiros turísticos temáticos que valorizem a história, cultura e natureza de Indaiatuba, atraindo visitantes e fomentando o turismo local; 
  • Implementar programas educativos nas escolas municipais que promovam a história e a cultura afro-brasileira, além de combater o racismo e a discriminação racial. 


Bruno Ganem (PODEMOS):

  • Reorganizar o Sistema Municipal de Cultura de Indaiatuba, priorizando as culturas  afro-brasileira, indígena e dos muitos migrantes (nordestinos, riograndenses e paranaenses, principalmente) e imigrantes (suíços, alemães, libaneses, italianos, japoneses, coreanos, bolivianos, entre outros) e artistas locais, propondo um Plano Municipal de Cultura - em consonância com o Conselho Municipal de Política Cultural - que estimule a produção inovadora, mas também mantenha as tradições do passado de tal forma que fomente uma identidade cultural local, que proporcione exponencialmente a percepção de pertencimento de cada cidadão ou cada coletivo à nossa Indaiatuba, mitigando as exclusões e valorizando uma cultura de paz. (ODS 11) 
  • Instituir um Programa de Formação Cultural, realizando periodicamente cursos, oficinas, fóruns e seminários de qualificação de gestão cultural, linguagens artísticas, patrimônio cultural e demais áreas da cultura, capacitando assim os agentes públicos e agentes culturais independentes, incluindo todos os tipos de arte, sem detrimento de nenhuma: música, dança, pintura, escultura, teatro, literatura, cinema, fotografia, história em quadrinhos (HQ), jogos eletrônicos e arte digital. (ODS 4)  
  • Promover o turismo rural, através de meios que valorizem os produtos, história e memória das famílias camponesas bem como a promoção e outras atividades como: trilhas, passeios a cavalo, observação de aves, pesca, colheitas participativas e outras experiências que promovam as tradições rurais locais, incluindo festivais e feiras. (ODS 8)
  • Dinamizar o Calendário Municipal já existente e ampliá-lo, com programação diversificada priorizando a participação dos locais, que façam apresentações artísticas que retratam as tradições culturais locais, incluindo a história, a memória e os saberes de Indaiatuba. (ODS 16) 
  • Criar o Sistema Municipal de Museus, integrando as ações do Museu do Casarão Pau Preto “Antonio Reginaldo Geiss”, Museu da Água, Museu Ferroviário, Museu do Mirim e Arquivo Municipal “Nilson Cardoso de Carvalho”. (ODS 11)
  • Criação do evento “Noite nos Museus”, na qual os museus oferecem visitas noturnas. (ODS 11)
  • Elaborar Planos Expositivos – inclusive virtuais - que priorizem a História, Memória e Patrimônios locais, considerando a pluralidade dos munícipes indaiatubanos e suas diversas origens e saberes: etnias afro-brasileira, indígena e dos muitos migrantes (nordestinos, riograndenses e paranaenses, principalmente) e imigrantes (suíços, alemães, libaneses, italianos, japoneses, coreanos, bolivianos, entre outros). (ODS 11)
  • Disponibilizar conteúdo do acervo do Arquivo Público Municipal de forma virtual. (ODS 11)
  • Firmar parcerias com museus e colecionadores particulares. (ODS 11)
  •  Implementar o Programa Memória Pró-Idosos garantindo a visitação de idosos aos espaços de cultura e patrimônio da cidade. (ODS 10)     
  • Estimular a geração de conteúdo para visibilizar diferentes rotas: Rota das Nascentes, Rota Gastronômica, Rota dos Produtos e Saberes Rurais, Rota Histórica e outras que possam gerar desenvolvimento econômico e social. (ODS 8) 
  • Ressignificar o sistema de tombamento do patrimônio material e imaterial do município: prover especial ações aplicáveis aos patrimônios históricos já tombados e em fase de indicação para tombamento; entre outras ações, rever a Lei sobre Tombamento, fazer reserva financeira para fazer manutenções nos bens públicos tombados e equipar o Conselho de Preservação com profissionais técnicos. (ODS 11)
  •   Valorizar a cultura popular local: Carnaval, Jongo, Folia de Reis e outras a serem inventariadas. (ODS 11) 
  •  Produzir e publicar livros sobre a História de Indaiatuba e sobre Educação Patrimonial para o público infantil e para Educadores explorarem os patrimônios da cidade. (ODS 4)
  • Desenvolver materiais de divulgação dos patrimônios locais aos turistas. (ODS 11)
  • Estabelecer políticas de aquisição de acervo para os museus municipais e arquivo público. (ODS 11)
  • Produção de um catálogo online do patrimônio material e imaterial da cidade. (ODS 11) 

Frodo (PSTU)

  • Construir políticas afirmativas de produção e difusão de arte e cultura dos grupos sociais minoritários, como Negros e Negras, Comunidade LGBTQIA+, Povos Originários, Pessoas com Deficiência, entre outros;
  • Construção de um Centro de Memória da História negra, indígena e de outras minorias sociais a cidade;
  • Apoio aos movimentos culturais e sociais das pessoas negras, indígenas e de outras minorias sociais, em especial com apoio para infraestrutura, formações e debates; 
  • Reconhecimento do histórico social e econômico da maioria das crianças e suas famílias, para adequação do ensino a essas realidades, e assim promover uma educação emancipatória;
  • Estruturar e conferir um ordenamento ao (...) Sistema de proteção do patrimônio cultural.

O blog acompanhará a próxima legislatura divulgando as ações dos vereadores que forem viabilizadas pela Secretaria da Cultura, assim como continuará a divulgar as ações feitas na nossa cidade em pról à História, Memória e Patrimônio.









sexta-feira, 12 de julho de 2024

Coletivos Culturais e Sociabilidades Juvenis: um olhar sobre Indaiatuba - SP

Um grande conjunto de referências importantes no estudo das juventudes aponta que espaços de sociabilidade e de criatividade consistem em um indicador fundamental para a compreensão das juventudes contemporâneas. 


Os grupos culturais juvenis expressam relações locais e permitem uma leitura própria dos contextos em que os jovens se inserem. 

A partir desta perspectiva, esta dissertação de mestrado tem como objetivo principal descrever e analisar as trajetórias de alguns jovens integrantes de coletivos culturais de Indaiatuba - SP. 

Para tal, apresenta, em diálogo com a literatura nacional sobre o tema, reflexões sobre juventudes, cultura e tecnologia; e situa-se na cidade de Indaiatuba em termos sociais, históricos e demográficos. 

Inspirado nas abordagens metodológicas da pesquisa-intervenção, este estudo conta com a participação de vinte e um jovens articuladores e integrantes de coletivos culturais da cidade de Indaiatuba-SP que foram surpreendidos em seis lives interativas na plataforma de streaming Twitch. 

Essas entrevistas foram elaboradas e realizadas com a participação de espectadores da plataforma. A partir das referências metodológicas da análise de conteúdo, este trabalho aborda a relação dos jovens interlocutores da pesquisa com a cidade em que vivem, identificando os circuitos que constroem a parte de suas narrativas de pertencimento em relação aos vínculos que estabelecem com seus pares, em relação com sua dimensão criativa e contestatória. 

Conclui-se que a relação dos jovens com os espaços e com as instituições da cidade é atravessada por tensionamentos e pelo sentimento de não-pertença. Esses conflitos são enfrentados por narrativas de pertencimento de jovens aos grupos e coletivos, que constituem importante experiência de participação, reconhecimento identitário e mobilização afetiva. Juntos, os jovens criam práticas culturais que atribuem novos sentidos aos espaços da cidade e expressam desejos, denúncias e possibilidades de transformação.

Leia  a tese completa aqui: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8161/tde-20072023-120406/publico/2023_DorothDeAssisSchimidtDoi_VCorr.pdf


Palavras-chave:
Sociabilidade
Jovens
Culturas Juvenis

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

O vigário, o relógio e o sino

Texto de Francisco Nardy Filho*


O relógio da Matriz Nossa Senhora da Candelária de Indaiatuba era uma verdadeira maravilha, funcionava muito bem; contava as horas, não só indicando-as com os seus ponteiros, como assinalando-as com o bater do seu martelo no sino da grande torre - e não assinalava somente as horas, mas as meias horas e quartos.

Àquela hora, a antiga gente indaiatubana não necessitava de relógios para saber as horas, para servi-la lá estava o relógio da Matriz indicando-as com seus ponteiros e batendo-as no sino.

O vigário Padre Antonio Cassemiro da Costa Roriz julgava que aquele bater constante do martelo no relógio no sino acabaria por rachá-lo e depois, como conseguiria ele um sino assim tão bom para a sua Matriz? 

Ordenou então ao Sacristão que amarrasse o martelo do relógio para que então não mais batesse no sino, o que o Sacristão prontamente executou.

E assim passou um dia, passou outro, sem que o relógio batesse as horas, o que causou estranheza àquela boa gente, pois esse relógio jamais faltara em bater as horas. 

Alguns bons indaiatubanos foram se entender com o vigário, se prontificando a concorrerem com o que fosse necessário para o concerto do relógio, a fim de que este continuasse a bater, como vinha fazendo há tantos anos.

Agradeceu-lhes o Padre Antonio Cassemiro esse oferecimento e lhes declarou que não havia desarranjo algum no relógio e que fora ele, temendo que o bater constante do martelo do relógio no sino viesse a rachá-lo, e depois quem daria um sino assim tão bom para a Matriz? Mandara ele amarrar o martelo do relógio.

Alguns desses bons indaiatubanos aceitaram como bem acertado o que o vigário fizera, outros não; e para estes o motivo pelo qual o vigário assim procedera era o seguinte: o padre Antonio Cassemiro embora já avançado em anos, gostava de orelhar a sota (1) e de uma patuscada e, assim, quando o rano verde ia parte animada a festança, atrasava uma hora seu relógio e, quando algum amigo escrupuloso vinha lhe dizer que faltavam poucos minutos para a meia-noite, ele calmamente tirava o relógio do bolso e dizia: "cá no meu relógio ainda faltam tantos minutos para as onze e é por este que me regulo". 

E continuava, calmamente, a apreciar a funçonata ou a orelhar a sota. Quando o relógio da Matriz dava as doze batidas da meia-noite, percebia ele, entre os presentes risotos e cochichos, que ele bem sabia o que significava e bem o aborrecia; e que foi para se livrar desses aborrecimentos que ordenara ao Sacristão amarrar o martelo do sino, pois assim, sem essas badaladas, à meia-noite passaria despercebida - assim diziam os velhos indaiatubanos. Se verdade, não sei.

Passados os dias sem que o relógio batesse as horas, alguns indaiatubanos dirigiram uma representação à Câmara de Itu para que esta ordenasse ao vigário Antonio Cassemiro a fazer com que o relógio voltasse a bater as horas.

Recebendo a Câmara de Itu essa representação, ficou sem saber como proceder. Primeiro, porque Indaiatuba já tinha sua Câmara e era à essa que deveriam se dirigir e não a Itu e, em segundo porque não sabiam se tinham ou não poder para obrigarem os senhores vigários a fazerem com que os relógios de suas igrejas batessem as horas. Era verdade serem as Câmaras que atestavam a boa conduta dos vigários no desempenho de seus deveres, para que com esse atestado o recebesse, suas côngruas; todavia quem deveria atestar a boa conduta do vigário de Indaiatuba era a Câmara dessa Vila e não a de Itu.

E, nesse embaraço, sem saber como proceder, resolveu a Câmara de Itu enviar a representação dos indaiatubanos ao Presidente da Província para que este deliberasse, e assim o fez.

Dias depois recebeu a câmara um ofício da Presidência da Província determinando que a Câmara ordenasse ao vigário de Indaiatuba a fazer com que o relógio da Matriz continuasse a bater as horas.

A Câmara de Itu enviou cópia do mesmo ao vigário de Indaiatuba. 

Recebendo cópia desse ofício, o Padre Antonio Cassemiro coçou a nuca, sorveu uma boa pitada de rapé e disse lá com os seus botões: "o Senhor governo quer que o martelo do relógio continue a bater no sino, pois que bata, e se este rachar, ele que nos dê outro".

E o relógio da Matriz Nossa Senhora da Candelária de Indaiatuba voltou a bater as horas.

Muita coisa tenho ouvido dos velhos indaiatubanos com referência ao Padre Antonio Cassemiro, alguns até o desabonaram, creio, todavia, que há muita fantasia, pois o Padre Antonio Cassemiro foi por três vezes vigário de Indaiatuba, onde residiu por muitos anos e gozou de estima.


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1) "Orelhar a sota" é um termo usado por Machado de Assis, e significa jogar cartas, jogar baralho.

2) Texto reproduzido do acervo do Museu Republicando de Itu - USP, originalmente divulgado pela Dra. Anicleide Zequini aqui

3) Se você gostou deste texto, também poderá gostar deste: https://historiadeindaiatuba.blogspot.com/2011/11/o-tempo-abstrato-nosso-patrimonio-e-o.html

4) Para que você possa ter a percepção da temporalidade na qual essa narrativa aconteceu, considere que o Padre Antonio Cassemiro da Costa Roriz foi o segundo pároco da Igreja Matriz Nossa Senhora da Candelária e ficou entre 05/09/1841 à 1884.

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Coleção de ensaios sobre Luiz Gushiken é lançada na Câmara Municipal

A Câmara Municipal de Indaiatuba sediou, na noite de ontem, o lançamento do livro “A nova ordem: Luiz Gushiken” organizado pela jornalista Fernanda Otero.


Fernanda Otero, 
 que também é autora do livro que biografa o Padre Xico (veja aqui).

O livro foi editado pela Fundação Perseu Abramo e pode ser acessado neste link para baixar em pdf. : https://fpabramo.org.br/publicacoes/estante/a-nova-ordem-luiz-gushiken/




O presidente da Casa de Leis, Jorge Luiz Lepinsk (Pepo) deu boas vindas à organizadora Fernanda Otero e aos convidados. Destacou a importância de Luiz Gushiken para a viabilização de programas habitacionais em nossa cidade.


O Prof. Gentil Gonçales da Sinprovales, um dos autores dos textos do livro, destacou que sentia-se  honrado em poder homenagear este grande republicano e estadista que foi Luiz Gushiken, que por anos também residiu em Indaiatuba e foi um grande mecenas das artes indaiatubanas. 



O livro é um repositório de vários textos feitos para registrar as histórias e memórias daqueles que conviveram com ele. 

O volume reúne textos de 67 autores, entre eles Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambas lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT), frei Betto, entre outros, que descrevem a convivência com Luiz Gushiken, que foi um notável homem público e também Cidadão Indaiatubano.

De Indaiatuba, tivemos a colaboração de artigos de Gentil Gonçales Filho, Manoel de Melo dos Santos e Marcelo Antunes Martins, todos presentes no lançamento, com palavras de homenagem e saudade.



Autoridades, amigos, familiares (irmã e esposa)
estiveram no lançamento do livro em Indaiatuba na noite de ontem.















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