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domingo, 29 de outubro de 2023

Pai Pirá - o bandeirante de Itaici

Quer conhecer uma parte da história do bandeirante de Itaici Pai Pirá?


Leia este excelente texto da pesquisadora ESTEFANY AMORIM VIANA DE CASTRO, publicado em 2023, neste link: https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/36866/1/Negocia%c3%a7%c3%b5esAgencimentosAldeamentos.pdf


NEGOCIAÇÕES E AGENCIAMENTOS NOS ALDEAMENTOS DE RIO DAS PEDRAS E SANTANA DO RIO DAS VELHAS NO TRIÂNGULO MINEIRO 

ENTRE OS ANOS DE 1742 E 1751 


RESUMO:

Este trabalho busca compreender as relações entre o sertanista Antônio Pires de Campos e os indígenas Bororo por ele aldeados na região do atual Triângulo Mineiro, e como essa política indigenista dos aldeamentos entrou em choque e em acomodação com a política dos indígenas. O objetivo é analisar parte de uma documentação histórica do século XVIII, com destaque para o período entre 1742 e 1751, tendo em vista desvelar os processos de negociação dos índios aldeados com a estrutura da administração colonial. Colocando em diálogo duas áreas, História e Antropologia, os documentos históricos e a bibliografia sobre o tema foram analisados a partir da perspectiva da alteridade, tendo como base o paradigma indiciário do historiador Carlo Ginzburg. O trabalho também se apoiou na perspectiva da chamada Nova História Indígena. Por meio das fontes documentais e bibliográficas já escrita sobre a temática, foi possível perceber que os indígenas Bororo aldeados na região negociaram sua existência e participação de acordo com seus próprios interesses e signos. 

Palavras-chave: História Indígena; Política Indigenista; Política dos Indígenas; aldeamentos; Triângulo Mineiro




segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Casarão Pau Preto participa da 17ª PRIMAVERA DOS MUSEUS com o tema MEMÓRIAS E DEMOCRACIA - Pessoas LGBT+, Indígenas e Quilombolas





O Museu ‘Antônio Reginaldo Geiss’, no Casarão Pau Preto, vinculado ao Departamento de Preservação e Memória da Secretaria Municipal de Cultura, participa da 17ª Primavera de Museus, que acontece de 18 a 24 de setembro, com o tema Memórias e Democracia: LGBT+, Indígenas e Quilombolas e a abertura do espaço expositivo dedicado a Cultura Popular e Etnografia com peças que compõe o acervo do Museu.


Podem ser conferidas peças indígenas compostas por potes e tigelas de cerâmica, machadinhas, cestas de vime de povos indígenas do Centro-Oeste brasileiro. Nesta coleção, o museu também abriga três bonecas de cerâmicas do povo indígena Karajá, denominadas Ritxòkò.

As bonecas Karajá Ritxòkò foram declaradas patrimônio cultural do Brasil em 2012 e são uma referência cultural significativa para o povo Karajá. Além disso, o acervo também possui uma expressiva coleção de esculturas de cerâmica popular de Pernambuco, que foram adquiridas pelo Museu através de doação, no ano de 1997, por Maria Teresa Chiara Monteiro Inácio, sobrinha do colecionador Afonso Dante Chiara.

As esculturas em cerâmica - muitas comercializadas na Feira do Caruaru - foram produzidas por artistas populares de Pernambuco como Mestre Vitalino, João Vitalino, Manuel Antônio Vitalino, Lauro Ezequiel, Luiz Antônio, Lauro Ezequiel e Ana das Carrancas, de Petrolina, entre outros.

O Casarão Pau Preto está localizado na Rua Pedro Gonçalves, 477, Centro, e o Museu está aberto para visitação de terça a sábado, das 9h às 17h, e aos domingos e feriados, das 9h às 12h

quarta-feira, 19 de abril de 2023

"Dia do Índio" dá lugar ao "Dia dos Povos Indígenas"


Pela primeira vez, Brasil celebra Dia dos Povos Indígenas, atualizando nomenclatura dos anos 1940. Para escritor Daniel Munduruku, "índio é palavra vazia; indígena é palavra cheia de significado".


O Brasil dedica o 19 de abril aos povos originários desde os anos 1940 — a data foi criada por decreto em 1943. Mas se antes era Dia do Índio, a partir deste ano o nome foi atualizado para Dia dos Povos Indígenas.


O projeto de alteração na nomenclatura oficial da data havia sido apresentado em 2019 pela então deputada federal Joenia Wapichana, hoje presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) — antes chamada de Fundação Nacional do Índio.

Depois de aprovado no Senado, acabou vetado integralmente pelo então presidente Jair Bolsonaro. Em sessão conjunta no Congresso Nacional, os parlamentares derrubaram o veto presidencial e a lei finalmente entrou em vigor.

Tanto estudiosos do assunto como representantes de povos originários consideram a mudança positiva, pois o termo "índio" historicamente acabou assumindo um papel pejorativo. "A palavra 'índio' acabou perpassando a história e foi colocada na escola como uma data a ser comemorada com um viés ideológico, como que para convencer as pessoas que não existiam mais os tais ‘índios', que estavam extintos ou próximos da extinção. Era uma política de Estado e nas escolas se passava a figura do índio como alguém ligado ao passado ancestral do Brasil", comenta o escritor e ativista Daniel Munduruku.

"O correto é sempre chamar o indígena pelo nome. Eu sou Munduruku, mas sou indígena de origem. Índio é uma palavra vazia de significado, indígena é uma palavra cheia de significado. Índio não significa nada, indígena significa originário", acrescenta ele.

História

A data foi instituída na América Latina porque entre 14 e 24 de abril de 1940 ocorreu no México o Congresso Indigenista Interamericano. Os representantes de povos indígenas inicialmente decidiram boicotar o evento, temendo ficarem sem participação ativa. No dia 19, contudo, compareceram e passaram a integrar as discussões.

"Ali começaram os esforços para a celebrar a cultura e a história dos povos indígenas", afirma o pedagogo Alberto Terena, ex-coordenador da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).

Participaram do congresso 55 delegações oficiais. O representante brasileiro foi o médico, antropólogo e etnólogo Edgar Roquette-Pinto (1884-1954) — ele não era indígena, mas estudava povos originários na região amazônica. O evento mexicano acabou definindo medidas em defesa de indígenas e o estabelecimento do "Dia do Aborígene Americano em 19 de abril". O Brasil foi um dos países que não aderiram inicialmente às deliberações do congresso — e a data acabaria criada por aqui apenas três mais tarde.

Outro fruto importante do evento foi a criação do Instituto Indigenista Interamericano, uma entidade que depois se tornaria órgão ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA).

"O indigenismo [desde então] vem contribuindo muito para o fortalecimento do direito e da cultura indígena, mas muitas vezes cai no contraditório, porque falar ‘índio' é falar apenas uma categoria, e hoje somos mais de 300 povos no Brasil, mais de 200 línguas diferentes. E com diversas culturas", diz Terena.

"Os colonizadores colocaram o nome de 'índio' nessas populações e virou uma alcunha, um apelido para todas as pessoas que pertenciam a povos de origem", diz Munduruku. "Não se falava em diversidade, mas sim em uma unidade. E essa palavra unificada todas essas culturas, na figura do 'índio', desse 'índio' genérico."

No Brasil, o termo "índio" para designar os povos originários começou a ser questionado a partir dos anos 1970, com o surgimento de forma mais sistemática de um ativismo indígena. Para o historiador André Figueiredo Rodrigues, professor na Universidade Estadual Paulista (Unesp), o principal ponto é que a denominação, embora "usada até hoje", causa "uma impressão errada dos povos originários, como se uma única palavra designasse um único povo, com uma só cultura e até com o mesmo tipo físico".

"O nome 'índio esconde centenas de nações independentes, que falavam ou ainda falam línguas diferentes, muitas delas não-intercomunicantes entre si”, ressalta ele, lembrando que estimativas demográficas indicam que quando os portugueses chegaram ao Brasil, em 1500, havia pelo menos 3 milhões de nativos, distribuídos entre mais de 1 mil etnias distintas — de acordo com o último censo, de 2010, hoje são 897 mil indígenas, de 305 etnias.


O professor Rodrigues enfatiza que o termo "indígena", por significar "originário" ou "uma pessoa que é nativa de um local específico", define com "mais exatidão os povos que habitam o nosso país desde antes da chegada do europeu em terras americanas". "O termo 'índio', hoje, evidencia uma carga de preconceito e discriminação", afirma.

Aquilo que os une

Embora o termo "povos indígenas" pareça ser o mais consagrado hoje em dia, ainda é possível dar um passo além. "'‘Indígena' tem sido usado há bastante tempo, mas considera-se mais correto dizer povos originários devido ao fato de que formam no seu conjunto a origem deste país continental", salienta o escritor e ambientalista Kaká Werá.

Werá ressalta que dentro da diversidade de todos os povos originários, é possível determinar elementos em comum que formam, segundo ele, "uma base de princípios e visão de mundo”. "Destaco três princípios: a Terra é viva e somos filhos da Terra; a nossa ancestralidade inclui o reconhecimento de que as comunidades dos animais, das plantas e dos minerais também fazem parte de nossa matriz de origem; e cuidar da natureza é cuidar do futuro", explica ele.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Indaiatuba antes de Indaiatuba

texto de Maria Luisa Costa Villanova


Há um mês (09/12/22) Indaiatuba completou 192 anos, é jovem se pensarmos que o Brasil terá oficialmente - agora em abril de 2023 -  523 anos.

Não podemos dizer que seja uma cidade pequena do interior, afinal com seus 311.545 km², é maior que Malta, país próximo da Itália, por exemplo, que possui 301.230 km².

Como sabemos, Indaiatuba localiza-se a noroeste da capital do estado, a 23º05'24" de latitude sul e 47º13'04" de longitude oeste, a uma altitude média de 700 metros acima do nível do mar. Mas, muita coisa aconteceu por aqui antes de 1830, quando nossa cidade foi fundada.

Pertencente a uma parte do Estado de São Paulo chamado de Depressão Periférica, a região caracteriza-se pelo relevo pouco desgastado, clima quente e úmido e manchas de solos férteis — uma soma de condições naturais que ajudou o nosso desenvolvimento econômico, principalmente no período das culturas do tomate, batata e do açúcar.

Esse solo se formou cerca de um bilhão de anos atrás, período em que os continentes estavam se formando (período Neotroterozóico, ou Pré Cambriano). No final desse período geológico que varia de 635 a 541 milhões de anos atrás e representa um ponto de virada na história da vida com o surgimento dos primeiros grandes e complexos organismos multicelulares de corpo mole, que inclui esponjas e cnidários¹, além de vários grupos representados por macrofósseis e microfósseis. Alguns desses fósseis são tradicionalmente considerados restos de precursores dos animais cambrianos (e modernos), enquanto outros são vistos como um reino completamente extinto. Foi um tempo de imensas mudanças geológicas e biológicas, e registra a transição de um planeta amplamente dominado por organismos microscópicos para um mundo cambriano repleto de animais. É, portanto, um dos períodos mais fascinantes e únicos da história da vida na Terra e é de grande importância para a nossa compreensão de como e por que os primeiros animais evoluíram e se diversificaram.

Falando em animais, por aqui também andaram alguns, como:

O Ibirania parva, um titanossauro do grupo saurópode (possuíam corpos enormes, com um pescoço muito comprido que terminava em uma cabeça muito pequena), com cinco a seis metros de comprimento e herbívoro. Ele foi considerado o primeiro dinossauro-anão das Américas.

O Baurubatrachus santosdoroi uma espécie de rã que viveu com dinossauros, há 90 milhões de anos.

Os Titanossaurosgrandes dinossauros herbívoros, saurópodes quadrúpedes que pesavam quase 10 toneladas e mediam cerca de 12 metros;

Os Carnossaurosdinossauros carnívoros, terápodes ( pescoço geralmente mais curto que o tronco, membros anteriores com dois ou três dedos, e posteriores com três, todos dotados de garras) bípedes que pesavam de duas a três toneladas e mediam de três a quatro metros de altura;

 Kurupi itaata teria braços pequenos, assim como outros abelissauros (carnívoro, cabeça grande, focinho arredondado, e relativamente dentes pequenos), teria vivido há cerca de 70 milhões de anos.

 Arrudatitan era leve e resistente viveu há, mais ou menos, 85 milhões de anos, media cerca de 20 metros de comprimento, considerado o terceiro maior dinossauro do país. Herbívoro, ele pertencia ao grupo dos saurópodes.

 Thanos simonattoi, o dinossauro predador era um abelissaurídeo que tinha cerca de 5 metros de comprimento e disputava com os megaraptores o topo da cadeia alimentar na região, há 80 milhões de anos.

Amabilis uchoensis , uma tartaruguinha de 15 centímetros de comprimento viveu entre ferozes crocodilos e dinossauros gigantes há 85 milhões de anos, 

Crocodiliformes mais próximos de um lobo-guará que de um jacaré moderno, diferentes dos gigantescos encontrados na região amazônica.

Muito tempo depois desses animais, nosso território começou a ser habitado por humanos.

Sabemos que havia uma tribo por aqui, qual, não sabemos, uma urna funerária foi encontrada aqui perto, em Monte Mor e segundo diziam quando me mudei para cá (lá se vão 35 anos), a Praça Prudente de Moraes foi feita sobre um cemitério indígena e os prédios da antiga prefeitura e dos correios eram assombrados, apesar de perguntar muito, nunca consegui muitas informações.

O nome Indaiatuba vem do tupi-guarani, porém, o termo tupi-guarani não designa uma nação específica, trata-se de uma expressão genérica que contempla um variado grupo de línguas indígenas. Os guaranis se dividem em guarani-kaiowáguarani-ñhandeva e guarani-m'byá. E apesar de possuírem mesma origem histórica, linguística e cultural, esses povos possuem especificidades no uso da língua, práticas religiosas e uso de tecnologias para se relacionar com o meio ambiente

São tupis os seguintes grupos: tupinambá, tupiniquim, tamoio, temiminó, tabajara, potiguara, caeté, viatã, amoipira, aricobé, tupinaé ou tupiná. Os mais poderosos entre os tupis eram os tupinambás e os tupiniquins. Todos os outros povos que não falavam o tupi foram denominados tapuias. Os tapuias pertenciam a vários troncos culturais e linguísticos, alguns grupos eram os jês, os caraíbas e os cariris. A maioria dos tapuias habitava o interior, assim tiveram menor contato com os portugueses nos primeiros anos da colonização.

Com os colonizadores chegaram os bandeirantes, os tropeiros com o comércio com São Carlos (hoje Campinas), a vila que pertencia a Ytú e de 1830 para cá já sabemos o que aconteceu.

 


¹Cnidários ou celenterados (filo Cnidaria) surgiram há aproximadamente 680 milhões de anos, são organismos pluricelulares que vivem em ambientes aquáticos, Existem mais de 11.000 espécies de cnidários em todo o mundo. Os principais representantes do grupo são as águas-vivas, os corais, as anêmonas-do-mar e as hidras. 


Bibliografia:

https://pt.wikipedia.org

https://pt.wikipedia.org/wiki/Indaiatuba

http://www.cprm.gov.br

https://www.bbc.com/portuguese/brasil

https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/museugeologico


segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Igaçaba com mais de 300 anos é encontrada em Salto

 

Urna está sendo catalogada e será exposta no Museu de Salto
Crédito da imagem e texto: Jornal Taperá


Equipes da Secretaria da Cultura e da GCM do município de Salto (SP) acompanham a remoção dos restos de uma igaçaba (urna funerária indígena) encontrada em obra em um condomínio da região Noroeste, inclusive com restos mortais dentro. 

O caso foi informado à Delegacia de Polícia e a igaçaba será catalogada e futuramente exposta no Museu. Foi a terceira encontrada na cidade, nos últimos anos.

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Urna funerária indígena com mais de 300 anos é encontrada em Salto

 


Equipes da Secretaria da Cultura e da GCM acompanham a remoção dos restos de uma igaçaba (urna funerária indígena) encontrada em obra em um condomínio da região Noroeste, inclusive com restos mortais dentro. O caso foi informado à Delegacia de Polícia e a igaçaba será catalogada e futuramente exposta no Museu. Foi a terceira encontrada na cidade, nos últimos anos.


O post Urna funerária indígena com mais de 300 anos é encontrada em Salto apareceu primeiro em Jornal Taperá.

terça-feira, 9 de agosto de 2022

Escolas municipais realizam trabalhos comemorativos ao Dia Internacional dos Povos Indígenas

 Temática é trabalhada de forma interdisciplinar e como Tema Transversal na Rede Municipal

Hoje, 9 de agosto, é comemorado o Dia Internacional dos Povos Indígenas. Para comemorar a data, as escolas municipais promoveram diversos estudos sobre a cultura indígena, que acontecem de forma interdisciplinar e como Tema Transversal na Rede Municipal. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e tem como objetivo garantir condições de existência dignas aos povos indígenas, principalmente no que se refere a preservação das condições de vida e cultura, bem como a garantia aos direitos humanos.

Na Emeb “Profª Sylvia Teixeira de Camargo Sannazzaro”, para aprofundar o tema, um indígena Xavante, Aldeia São Marcos, no Mato Grosso, foi entrevistado. O material foi publicado no Jornal Sannazzaro Notícias. A experiência proporcionou a descoberta de muitas informações sobre a cultura indígena, além de colocar em prática o estudo do gênero textual estudado nas aulas de Língua Portuguesa.

Já a Emeb Professora Cleonice Lemos Naressi, desenvolveu um projeto com a temática, em que as crianças tiveram acesso as tradições orais, a cultura e formas de viver dos povos indígenas. Através de uma exposição os alunos puderam experimentar alimentos, como a mandioca e seus derivados, produzir adereços com os materiais que eram usados pelos indígenas, ouvir lendas e histórias desta etnia e conhecer as brincadeiras, músicas e danças para aprender um pouco mais da Cultura dos Povos Indígenas.

 

Jornal Sannazzaro Notícias com a entrevista indígena Xavante

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Em meio a inúmeros retrocessos que o Brasil enfrenta com o desgoverno de Bolsonaro, os direitos dos povos indígenas devem ser prioridade em pautas informativas, culturais e educativas com o objetivo de garantir  os direitos básicos dos indígenas estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007.

segunda-feira, 30 de maio de 2022

Os indígenas na história de Indaiatuba

                                                                                                                                                             Eliana Belo Silva

COLUNA DEMANDAS NA NOSSA HISTÓRIA

Jornal Indaiatuba 107.1 FM

Ano 1 | Edição 012  | Indaiatuba, 27 de maio de 2022


Uma das funções práticas da História é entender o presente para que os erros cometidos no passado sejam evitados no futuro. 

O ataque aos legítimos donos de Pindorama – nome de nossa terra antes da chegada dos portugueses - ocorre desde 1500 e há poucos dias, mesmo depois de tanto tempo – nos deparamos com notícias de abusos sexuais e mortes de crianças e adolescentes Yanomami, cenário que está se multiplicando sob a negligência do governo federal que continua permitindo que grupos criminosos e milícias invistam contra os povos originários para usurpar – como sempre – a terra e suas riquezas que, por lei, já estão demarcadas e deveriam ser protegidas. 

Oficialmente Indaiatuba foi fundada no dia 9 de dezembro de 1830, quando a capelinha rural católica existente no até então bairro rural de Itu passou a ser curada, mas a ‘origem’ de nossa cidade é bem distinta dessa efeméride, e a maior prova disso é a palavra tupi-guarani “Indaiatuba” (yinayá´tyba) que significa “terra com muitas palmeiras indaiá”.

Mas... onde estão os indígenas em nossa história? 

Essa lacuna, pela primeira vez, foi discutida no mês passado em nossa Câmara Municipal. O vereador Arthur Spíndola apresentou uma Indicação solicitando que sejam feitas ações de conscientização acerca da origem indígena em Indaiatuba, proposta aceita por unanimidade por todos os vereadores. 

Provavelmente a região do atual município de Indaiatuba começou a ser ocupada por grupos caçadores-coletores e agricultores há cerca de 5000 anos. 

Esta afirmação é feita com base em pesquisas arqueológicas desenvolvidas em nossa região, que apontam para a existência de diversos sítios por toda sua extensão, sendo registrados (até o momento) 39 sítios arqueológicos, distribuídos por Itu (13), Campinas (05), Indaiatuba (03), Monte Mor (04) e Salto (14). 

Os três sítios arqueológicos de nossa Indaiatuba – até agora – são: (1) Buruzinho, identificado em 2005, nas proximidades do Córrego Garcia ou Córrego Buruzinho, (2) Cambará (?), localizado nas proximidades do rio Capivari-Mirim e identificado em 2018, e (3) Capivari-Mirim também descoberto em 2018 às margens do córrego Jacaré. 

Nenhum desses três sítios teve seus materiais datados, mas é possível afirmar que foram ocupados no mesmo contexto de outros sítios já estudados nas diversas microbacias hidrográficas a diferentes pontos do Rio Tietê.

Estudar esses sítios históricos, atendendo a demanda aprovada na Câmara Municipal é dar à História sua mais nobre função: evitar, através do conhecimento e das ações advindas dele, que os indígenas sejam desumanizados em nosso país sem nos sensibilizarmos profundamente a ponto de evitarmos isso - como voltou a acontecer intensivamente nos últimos três anos, em ações violentas de ataques não só à eles, mas nos biomas onde vivem, que vimos em sucessivas labaredas criminosas, tanto na Amazônia, como no Pantanal. 

Só cuida quem conhece. 


Cunhambebe ilustrado por André Thevet
um cosmógrafo francês que acompanhou a expedição de Nicolas Durand de Villegaignon


NOTAS COMPLEMENTARES DO BLOG:

(1) Relevância do Sítio Histórico do Buruzinho de Indaiatuba, categorizado pelo Iphan: ALTA, conforme você pode conferir aqui: http://portal.iphan.gov.br/sgpa/cnsa_detalhes.php?17859 (Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos - Sitio Buruzinho - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 2005. Consultado em 30 de maio de 2022).

Sítio Arqueológico do Buruzinho
(cortesia Charles Fernandes - 30/05/2022)
Fonte: SIC G  do Iphan (Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão do Iphan)



Sítio Arqueológico do Buruzinho
(cortesia Charles Fernandes - 30/05/2022)
Fonte: SIC G  do Iphan (Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão do Iphan)



Sítio Arqueológico Buruzinho
https://sicg.iphan.gov.br/sicg/bem/visualizar/10699


(2) O Sítio aqueológico Cambará (?) , localizado nas proximidades do rio Capivari-Mirim, também conta com presença de instrumentos líticos e fragmentos cerâmicos de uso comum entre populações indígenas, assim como vestígios de ocupação do século XIX, mais especificamente do período imperial brasileiro. Esse último sítio foi identificado em 2018, durante as atividades de acompanhametno arqueológico de um empreendimento residencial (Park Gran Reserve) sendo que os materiais encontrados (já bastante fragmentados) foram posteriormente enviados ao Museu Raphael Toscano, localizado no município de Jaú.

(3) O Sítio Capivari-Mirim, foi descoberto em 2018. No local foram identificados instrumentos líticos feitos em quartzito, no que provavelmente foi um antigo acampamento de caça. Localizado próximo às margens do córrego Jacaré, afluente do rio Capivari-Mirim, esse sítio arqueológico é mais um testemunho da recorrente presença de grupos indígenas na região de Indaiatuba. veja mais sobre esse sítio aqui: https://sicg.iphan.gov.br/sicg/bem/visualizar/23776 (Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão - Sítio Capivari-Mirim 01 - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, consultado em 30 de maio de 2022)

Sítio Arqueológico Capivari-Mirim 01
(cortesia Charles Fernandes - 30/05/2022)
Fonte: SIC G  do Iphan (Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão do Iphan)


Sítio Arqueológico Capivari-Mirim 01
(cortesia Charles Fernandes - 30/05/2022)
Fonte: SIC G  do Iphan (Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão do Iphan)



Sítio Arqueológico Capivari-Mirim na Chácara Haras
https://sicg.iphan.gov.br/sicg/bem/visualizar/23776


terça-feira, 19 de abril de 2022

19 de abril - Dia do Indígena

Pela primeira vez em sua história, Câmara Municipal apresenta demanda sobre o estudo dos indígenas na região de Indaiatuba

Crédito: Jaime Trindade, óleo sobre tela

Estima-se que a população indígena no Brasil era de 8 milhões na época do descobrimento - hoje, chega a 10% disso

O "Dia do Índio" foi criado pelo presidente Getúlio Vargas - após muita insistência do Marechal Rondon - através Decreto-lei nº 5.540, de 2 de junho de 1943 em referência ao dia 19 de abril de 1940, em que lideranças indígenas das Américas decidiram participar do Primeiro Congresso Indígena Interamericano, realizado em Patzcuaro, no México.

Temos, em nossa cidade uma herança indígena incontestável, que é o nome "Indaiatuba"(yinayá´tyba) cuja topologia de origem tupi-guarani significa "local com muitas palmeiras de indaiá".

coquinho da palmeira de indaiá

Apesar desse vínculo com a população indígena, temos poucos estudos publicados sobre os indígenas em nossa cidade. Há o texto da historiadora Maria Luisa da Costa Villanova (que você pode ler aqui), o artigo da também historiadora Adriana Carvalho Koyama que propõe reflexões sobre o assunto com base em algumas pistas (leia o texto aqui) e um texto no site wikipedia (que você pode ler abaixo)

Há portanto, uma lacuna a ser preenchida neste campo do conhecimento e embora essa demanda proporcione um vazio em nossa história, há também alguns avanços para diminuir esse silêncio na historiografia local.

Trata-se da Indicação nº 695/2022 proposta ontem, 18 de abril de 2022 na Câmara Municipal de Indaiatuba, que foi apresentada pelo vereador Arthur Spíndola, que solicita ao Poder Executivo para que sejam feitas ações de conscientização acerca da origem indígena em Indaiatuba. O vereador consultou dois cientistas da UFRJ que pesquisam sobre o tema e justificou o pedido da seguinte forma:

        A formação territorial, cultural e política do Brasil é matéria de debate há vários séculos e mobiliza uma série de grupos sociais, histórias e matérias sobre o assunto. Nessa discussão, alguns elementos configuram pauta obrigatória e central. Um deles, que é o tópico dessa Justificativa, diz respeito à nossa origem Indígena. Para auxiliar-nos na compreensão – e seguinte indicação de campanha de conscientização – dois Antropólogos da Universidade Federal do Rio de Janeiro –UFRJ, Igor Ramos¹ e Helena Young² comentaram, em entrevista: “Conhecido como Pindorama, o território que hoje compõe o nosso país abrigava milhões de indígenas, organizados em diferentes sociedades, que influenciaram a cultura brasileira em termos amplos. No quesito linguístico a marca indígena é profunda, nos legando palavras utilizadas até hoje, seja através do nome de alimentos, de utensílios, de animais e plantas ou de partes do território, como a nomenclatura de rios e cidades”. O nome “Indaiatuba”, em tupi-guarani, significa “região coberta de indaiás”, sendo “indaiá” uma palmeira de pequeno porte. O indaiá é um dos elementos presentes no brasão da cidade, à qual formalmente esta câmara de vereadores serve.   

Sobre nossas florestas e matas, que muitas vezes são consideradas “dadas” e frutos do acaso, os pesquisadores comentam que, na realidade, são grandes jardins, cultivadas ao longo de milhares de anos por populações Indígenas no território onde, hoje, é o Brasil. Além disso, Ramos e Young chamam nossa atenção sobre o caráter indígena de uma série de atividades que chamamos de “rurais” e “religiosas”: “A influência indígena sobre as diversas formas de tradição popular também é importante. O encontro entre indígenas e as várias partes da população gerou práticas sociais que existem até hoje: algumas das tradições de coco, seja de influência indígena mais delimitada ou inserida no contexto quilombola; a absorção da ontologia indígena na religiosidade bantu, viva hoje no candomblé angola; ou então os saberes práticos da vida na mata de forma geral, que sobrevive em muitas comunidades do interior do Brasil. Além disso, os próprios ecossistemas das terras baixas-sul americanas estão intimamente ligados aos povos indígenas. A Amazônia tem sido apontada por ecologistas como uma floresta antropogênica, formada ao longo do tempo pela ação humana. Práticas como a difusão de sementes e espécies diversas através das migrações, originalmente muito comum entre os povos originários, foram fundamentais na formação do ecossistema como ele veio a ser.”

Arthur Spíndola concluiu, ainda, que indica o estudo para que "sejam feitas campanhas de conscientização sobre a origem indígena de Indaiatuba composta por território, linguagem. atividades econômicas, religiosas e culinárias". Essas campanhas podem visar um público de todas as faixas etárias (...) e podem valer-se de pesquisadores para a produção de materiais didáticos e informacionais. Por fim, a possibilidade de mutirões educacionais para o plantio da palmeira de indaiá em áreas previamente planejadas e autorizadas.


Povoamentos pré-coloniais

A região do atual município de Indaiatuba provavelmente começou a ser ocupada por grupos caçadores-coletores e agricultores há cerca de 5000 anos. De acordo com as fontes históricas disponíveis, indígenas falantes de idiomas relacionados ao tronco linguístico Tupi-guarani[7][8] habitavam a região quando as primeiras expedições europeias começaram a cruzar os caminhos terrestres e fluviais do atual estado de São Paulo. Por conseguinte, as pesquisas arqueológicas desenvolvidas nessa região apontam para a existência de diversos sítios por toda sua extensão, sendo registrados (até o momento) 39 sítios arqueológicos, distribuídos por Itu (13), Campinas (05), Indaiatuba (03), Monte Mor (04) e Salto (14).

Identificado em 2005, o sítio arqueológico Buruzinho[9] está localizado nas proximidades do Córrego Garcia (Buruzinho), sendo caracterizado pela presença de ferramentas de pedra (também conhecidos como instrumentos líticos) e fragmentos cerâmicos de uso cotidiano de populações indígenas associadas a tradição cerâmica Tupiguarani, assim como, vestígios de ocupação histórica colonial e imperial (séculos XVIII e XIX, portanto), demostrando ao menos dois momentos históricos de ocupação do local. Apesar das informações esparsas, acredita-se que o material deste sítio se encontra no Museu Elizabeth Aytai, localizado no município de Monte Mor. O sítio arqueológico Cambará, localizado nas proximidades do rio Capivari-Mirim, também conta com presença de instrumentos líticos e fragmentos cerâmicos de uso comum entre populações indígenas, assim como vestígios de ocupação do século XIX, mais especificamente do período imperial brasileiro. Esse último sítio foi identificado em 2018, durante as atividades de acompanhamento arqueológico de um empreendimento residencia,sendo que os materiais encontrados (já bastante fragmentados) foram posteriormente enviados ao Museu Raphael Toscano, localizado no município de Jaú. Embora nenhum dos dois sítios arqueológicos foi alvo de pesquisas que determinassem a idade do material pré-colonial, é possível afirmar que toda a região se encontrava no entorno da rota que ligava diversas microbacias hidrográficas a diferentes pontos do rio Tietê, a qual foi utilizada por séculos pelas populações indígenas.[10] Dessa forma, é provável que os sítios de Indaiatuba façam parte do mesmo contexto de ocupação.

O último sítio, denominado Capivari-Mirim, foi descoberto em 2018. No local foram identificados instrumentos líticos feitos em quartzito, no que provavelmente foi um antigo acampamento de caça. Localizado próximo às margens do córrego Jacaré, afluente do rio Capivari-Mirim, esse sítio arqueológico é mais um testemunho da recorrente presença de grupos indígenas na região de Indaiatuba.[11]

terça-feira, 23 de novembro de 2021

I Jornada de Estudos “São Paulo colonial em perspectiva”


Mapa da Capitania de São Vicente. 1641. 
João Teixeira Albernaz. 
Mapoteca do Ministério das Relações Exteriores. Imagem: Domínio público


A I Jornada de Estudos “São Paulo colonial em perspectiva” reúne pesquisadoras e pesquisadores dedicados a investigações sobre as antigas capitanias de São Paulo e de São Vicente. 

As renovações historiográficas – marcadas pelo pluralismo teórico, temático e regional – têm produzido um conjunto de novas leituras, mobilizado acervos documentais antes inexplorados, além da criação de agendas de pesquisa que ampliaram o campo da história.

Entre os dias 23 e 25 de novembro, acontecerá a I Jornada de Estudos “São Paulo colonial em perspectiva”. 

Os encontros reunirão pesquisadores dedicados ao estudo das antigas capitanias de São Paulo e de São Vicente, que discutirão temas como: 

  • a História Indígena; 
  • Gênero e História; 
  • Cultura Escrita; 
  • Família e Domesticidade; 
  • Cultura Material e Arqueologia; 
  • Negros Livres e Escravizados; 
  • Religiosidades; Cartografia, 
  • Fronteiras e Território; e Política e Negócios. 

A proposta das reuniões é trocar conhecimentos e experiências sobre a história de São Paulo. 

O evento é organizado pelos professores Maria Aparecida de Menezes Borrego (USP), Alberto Luiz Schneider(PUC/SP) e José Carlos Vilardaga (UNIFESP).

Inscrições gratuitas por meio do link: https://bit.ly/3k4ErOw

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Fundação Pró-Memória de Indaiatuba e estudos arqueológicos

A maioria das crianças já brincou de ser arqueólogo. Desde pequenos somos instigados por filmes, jogos e desenhos a escavar em nosso quintal, buscando por tesouros antigos, múmias e até mesmo dinossauros - estes na verdade são objetos de estudos de outra ciência, a Paleontologia.

Existe toda uma mística que envolve o imaginário da Arqueologia.

Mas o que essa ciência estuda de verdade?

A Arqueologia estuda a cultura material dos povos. Ou seja: tudo o que foi criado e/ou modificado pelo ser humano. Desde a mais simples ponta de flecha até o mais complexo vídeo-game, todos os artefatos que produzimos são passíveis de serem objetos de estudos da Arqueologia.

Mas não é qualquer pessoa que pode realizar uma escavação arqueológica no Brasil. Em 2018 foi sancionada a lei que regulamenta a profissão do arqueólogo, sendo uma profissão privativa para quem estudou na área - ou quem atua há muito tempo nela. Tão pouco qualquer pessoa pode se apossar de objetos frutos de escavações arqueológicas.

A nossa Lei nº 3.924 de 26 de julho de 1961, em seu artigo 17, é bem clara nesse sentido: “A posse e a salvaguarda dos bens de natureza arqueológica ou pré-histórica constituem, em princípio, direito imanente ao Estado”.

O Brasil é um país com um solo riquíssimo em Arqueologia, mas ainda pouco aproveitado nessa área, havendo aqui basicamente dois tipos de campos de atuação: a “acadêmica” e a “de contrato”.

Por “acadêmica” queremos dizer as escavações realizadas com viés necessariamente científico, sobretudo por instituições como universidades, museus ou grupos de pesquisa. Já a chamada “Arqueologia de contrato” (conhecida também como “preventiva”) é a mais atuante no Brasil, e trata-se da contratação de profissionais arqueólogos, por parte de empresas públicas ou privadas, para realizarem escavações com o intuito de se obter o licenciamento.

No Brasil, para a construção de grandes empreendimentos, é necessário que se obtenha uma licença ambiental. Para isso, é preciso realizar um estudo que, dentre outras questões, prevê a pesquisa do contexto arqueológico e etnohistórico referente à área de influência do empreendimento e, consequentemente, a escavação propriamente dita. Muitas vezes esses dois campos citados se cruzam e em qualquer hipótese de escavação é preciso obter uma autorização prévia junto ao IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que é o órgão responsável pelo Patrimônio Cultural Brasileiro e, portanto, pela Arqueologia.

No interior de São Paulo é possível citar diversas regiões onde existem sítios arqueológicos. Por exemplo, na cidade de Monte Mor, durante a década de 1970, foram encontrados muitos vestígios de materiais produzidos por indígenas que habitavam nossa região.

Em Indaiatuba, a primeira escavação sistemática que se tem registro data de 2005. A partir daí outras escavações foram sendo feitas, havendo um aumento considerável durante a década de 2010 por conta da especulação imobiliária.

Em 2017 a Fundação Pró-Memória criou uma linha de pesquisa voltada para estudos arqueológicos e encontrou um relevante potencial no município, principalmente por meio do acesso à relatórios de escavações locais feitas por “empresas de contrato”.

Com apoio de algumas dessas empresas, a Fundação está abrindo um novo leque em seus trabalhos e logo irá ofertar novas informações a respeito da memória e da história de Indaiatuba por meio de sua cultura material, advinda de tais pesquisas.




Crédito: Divulgação da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba, via página do Facebook em 08/07/2020.

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