quarta-feira, 27 de julho de 2022

Por que temos tão poucas mulheres na Câmara Municipal de Indaiatuba?

Eliana Belo Silva

No dia 29 de junho p.p. a Câmara Municipal de Indaiatuba, inaugurou a Galeria de Vereadoras, contendo fotos de legisladoras do gênero feminino eleitas diretamente (sete) e que assumiram o cargo como suplentes (duas) no parlamento municipal.

Na foto (abaixo) feita no evento estão: (1) as duas vereadoras atuais, Silene Carvalini e Ana Maria, (2) três vereadoras eleitas em 1996: Celi Aparecida Brandt, Rita Francisca Gonçalves e Rosana de Souza Magalhães e (3) a pioneira eleita em 1982, Itamar da Silva Maciel. Elas são seis entre apenas um grupo de nove mulheres que ocuparam o cargo desde 1836, somando o ínfimo percentual de pouco mais de menos de 2%.


A homenagem para o gênero feminino foi ideia do vereador Hélio Ribeiro e foi viabilizada pelo atual presidente da Câmara Municipal Jorge Lepinsk, o "Pepo", que entre outras ações de reforma no prédio, garantiu acessibilidade para pessoas cadeirantes, adequação para pessoas obesas e adaptações para atender às atuais exigências para obtenção do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).


Porque tivemos tão poucas vereadoras mulheres?

Para tentar fazer um painel dos motivos que determinam esse número tão baixo de vereadoras em nossa Câmara Municipal o blog fez um painel das justificativas e/ou percepções (veja no final da publicação) advindas das homenageadas e de outras autoridades - do gênero masculino - presentes no evento. Todos os entrevistados foram pegos de surpresa e responderam da mesma forma - de sopetão - o que garante que as respostas são legitimamente deles (pessoais) e não foram trabalhadas pela assessoria ou pelo tempo de reflexão. Relevante ressaltar essa questão para destacar que as opiniões (gravadas) - apresentadas abaixo por ordem de entrevistados - foram emitidas de forma orgânica e imediata por cada um deles.

A pergunta feita foi a mesma para todos os entrevistados:  "quais os motivos que fazem com que tenhamos tão poucas mulheres eleitas na Câmara Municipal de Indaiatuba?"

 

Resposta da vereadora Silene Silvana Carvalini (PP)

"Essa é uma questão muito debatida não só em nosso município, mas em nosso país, pois hoje as mulheres ainda ocupam muito pouco os cargos públicos. Percebo que na última eleição houve um aumento de mulheres eleitas, mas ainda pequeno comparado ao número de mulheres no país. Ainda é difícil para as mulheres optar pela política como carreira, pois existem inúmeros empecilhos que se colocam no âmbito familiar, seja pela resistência dos maridos, seja pela forma de lidar com questões domésticas, com filhos e cuidados com a casa, família. Não há dúvida de que a presença de mulheres nas câmaras municipais, estaduais e federais, transformam as relações e ainda existe o medo de enfrentar. Eu acredito que que nunca foi tão necessária a presença da mulher na política, não só por questão de direito e igualdade, mas de sensibilidade. Hoje as mulheres chefiam famílias, são sensíveis, organizadas, preocupadas com o outro e isto se torna cada vez mais necessário."


Resposta do vereador Hélio Ribeiro (Republicanos)

"Embora as mulheres de hoje possuam representatividade, ela é muito maior em vários setores e em várias áreas do Brasil como um todo, mas na política falta ainda maior participação, tanto que eu defendo que fosse estabelecida uma cota não só de candidatas, mas também uma cota de eleitas por acento, por exemplo vinte ou trinta por cento de vereadoras teria que ser obrigatoriamente de mulheres. Solicitado para que justificasse a cota obrigatória, o vereador respondeu que a mulher pode contribuir de forma diferenciada para a política por serem mais inteligentes que os homens por isso eu tiro o chapéu para elas. Eu visitei várias Câmaras Municipais e em algumas cidades eu vi uma galeria homenageando as mulheres, e então tive a ideia de trazer para nossa cidade para 'dar honra a quem já tem honra': trabalhar como vereadora já é honroso e fazer isso em Indaiatuba é uma honra em dobro."


Resposta do vereador Alexandre Peres (Cidadania)

"Eu acho que existe um pouco de preconceito e, embora existam muitas leis para atrair as mulheres, na minha interpretação ainda está faltando um pouco de interesse de grande parte delas. Há recursos direcionados, há porcentagem mínima direcionada e mesmo assim a gente percebe que pouquíssimas conseguem atingir o objetivo que é ganhar uma eleição. Elas precisam se engajar cada vez mais, uma vez que é um campo também delas. As mulheres estão conseguindo seu espaço cada vez mais na sociedade brasileira e mundial; demorou, eu acho que até deveria ter acontecido antes e elas são importantes para colocar suas ideias em prática, não só na questão de leis, mas também na questão de costumes. Assim, acho que essa galeria deveria ter existido até antes, a política vai melhorar com os benefícios que as mulheres podem trazer."


Resposta do Secretário de Governo Luiz Alberto Cebolinha Pereira (MDB)

No alto de sua experiência com sete (7) mandatos, o Secretário Cebolinha lembra que "não temos apenas poucas mulheres na política em Indaiatuba, nós temos poucas mulheres na política de uma maneira geral. Aqui em nossa cidade eu com essa galeria que está a servir como incentivo para que mais mulheres mais mulheres venham trazer os seus pensamentos e as suas Ideas aqui na Câmara Municipal. Eu acredito que esse número ainda pequeno é uma questão cultural, é uma questão histórica que vagarosamente não só vai mudando, como deve mudar".



Resposta da ex-vereadora Rita Francisca Gonçalves, mandato de 1997-2000 

"Tudo começa com as dificuldades específicas que as mulheres possuem para participar de um espaço bastante masculino e que, para mim, foi trilhado atráves do sindicato, onde também é um espaço mais masculino. Demorou para a mulher ter financiamento específico e a todas essas dificuldades soma-se o fato histórico de que demoramos para participar efetivamente na política - o voto feminino foi aprovado só em 1932. Em Indaiatuba, onde eu moro há mais de 40 anos, nota-se que as mulheres não são minoria apenas na Câmara Municipal, mas nos espaços públicos como um todo um todo, incluindo os cargos de liderança. Ainda hoje temos apenas duas vereadoras, no meu mandato foi o único que éramos três: a Celi (Celi Aparecida Brandt), a Rosana (Rosana de Souza Magalhães) e eu."

 

Resposta da ex-vereadora Rosana de Souza Magalhães, mandato de 1997-2000 

"Por mais que exista modernidade, por mais que a tecnologia avance, a discriminação ainda é forte. Hoje a mulher trabalha como um homem ou até mais que o homem e o salário não é igualado. A mulher, além de trabalhar fora, cuida dos filhos, do marido, da casa, cuida de tudo e ainda sofre discriminação, a mesma que existe contra negros, probres, índios. Acredito que até estamos evoluindo, mas eu acho que poderia ser muito mais. Quando eu fui vereadora eu trabalhava com música e tive muita dificuldade principalmente pela minha imaturidade - eu tinha 18 anos) para conciliar as duas coisas. Quando eu descia do palco sempre tinha alguém pedindo cesta básica ou pedindo para que eu resolvesse o problema em um jazigo no cemitério... Meu salário ia todo para ajudar essas pessoas, ainda mais naquela época que o Jardim Morada do Sol estava apenas começando, com muita carência. Eu era um 'bebê' na política e essa situação me incomodava muito; eu achava que tinha que 'ajudar' todo mundo e, pela minha imaturidade, ficava constrangida por não ter recurso para 'ajudar' a todos que esperavam eu descer do palco. Foi um conflito muito grande, na minha percepção a população não percebia que uma vereadora pode trabalhar para aprovar uma escola, uma creche; as pessoas só viam sua bondade se você desse alguma coisa, uma cesta básica ou outra coisa.  Me deparei com leões e, ao mesmo tempo com  pessoas que viviam na minha porta; a gente tinha que viver como uma assistente social e isso me assustou muito e me afastou da política; talvez hoje eu agiria diferente. Atualmente eu cuido do meu bebê que tem 1 ano e 10 meses, continuo cantando e trabalhando com um grupo de jovens para combater os vícios, as drogas, mas faço por amor ao próximo, talvez se tivesse um convite eu voltaria - agora com mais maturidade - para a política."


Resposta da ex-vereadora Celi Aparecida Brandt, mandato de 1997-2000 

"Eu acredito que a vida politica para a mulher é muito difícil foi por ser um universo machista, é um universo só de homem. Eu tive a honra de participar do único mandato com três mulheres aqui em Indaiatuba, inclusive tive um embate com um vereador onde eu defendi justamene isso: a minha honra em ser uma dona de casa e estar com um advogado como ele, em resposta a uma tentativa dele em querer me humilhar justamente por essa condição. Outro motivo relevante é que 'mulher não vota em mulher',  porque se voltasse esta Casa estaria com muitas. Na minha época, não tinha cotas para mulheres, a gente fazia por amor. Mesmo as mulheres sendo um pouco mais da metade do eleitorado, as pessoas ainda continuam achando que  'lugar de mulher é dentro de casa', que 'o papel da mulher é ser mãe' e por isso elas não tem lugar na política. De alguma maneira as leis ou emendas aprovadas estão mudando isso, e é importante na política a olhar da mãe, da dona de casa, da mulher - para mudar o mundo. Eu tenho orgulgo de ter participado desta Casa como uma dona de casa que veio de um bairro periférico -  hoje graças à Deus é um bairro muito bem desenvovlido, o Carlos Aldrovandi. Imagina uma pessoa de lá estar aqui dentro da Câmara? A mulher tem que ter força e coragem para isso, por mais que ela esteja em um universo masculino, ela tem que ser autêntica e colocar suas opiniões, contribuir com sua visão de dona de casa."

 

Resposta do prefeito de Elias Fausto Maurício Baroni (segundo mandato) MDB

"A dificuldade partia da própria mulher que no passado não se interessava em participar da vida pública, agora, no presente, é diferente. Hoje a gente viu o exemplo que tivemos poucas vereadoras aqui e as poucas que foram não deram continuidade na sua carreira política. Hoje a gente vê uma participação muito maior das mulheres na vida pública, o que é fundamental. Eu enxergo como uma evolução, a mulher passou a participar mais, não só na vida pública, mas na vida privada nos cargos de alta chefia. Se considerarmos um passado próximo, as empresas não contratavam mulheres para serem CEO, ou para serem diretoras, hoje o cenário mudou. Achei bonito as mulheres ocupando espaços na vida privada - mas na vida pública, embora acompanhe a tendência, foi com um pouco de atraso;  a iniciativa privada sempre é mais avançada, mais ágil. A gente vê que hoje aumentou muito, a força feminina, o movimento feminino buscam a igualdade e acho que em pouco tempo as mulheres vão estar ocupando ainda mais os cargos de mais expressão."

 

Resposta do prefeito de Indaiatuba - Nilson Alcides Gaspar (segundo mandato) MDB

"Na verdade eu acho que não há dificuldades, mas são poucas que tem coragem: coragem de se expor, coragem de querer fazer a diferença, coragem de querer fazer o bem para a população. Em um país ainda machista o que temos são mulheres que se sentem um pouco acanhadas; mas aqui em Indaiatuba todas estão tendo a oportunidade e hoje a Câmara Municipal mostrou  a valorização da mulher e do trabalho que a mulher faz para toda a nossa comunidade. Foi uma homenagem feita para valorizar a mulher que tem a coragem de sair candidata, de vencer uma eleição e de fazer a diferença na nossa população."

 

Resposta da vereadora Ana Maria dos Santos (Podemos)

"Para ser mulher hoje na política e chegar ao ponto de receber uma Galeria em homenagem, ela tem que ter muito amor ao próximo em primeiro lugar e tem que ter muita empatia (se colocar no lugar do outro). Tem que saber se realmente é isso que ela quer,  porque ser vereadora  não é só representar as mulheres, mas é representar o povo e isso é uma carga que requer muito amor; eu sou politica hoje por amor. As dificuldades existem da mesma forma como nós temos dificuldades em casa. Na vida social, na comunidade, a mulher é sempre vista com um ser muito frágil e a política requer muita força, sabedoria e determinação que às vezes a gente acha que só o homem tem; mas a mulher também tem e quando ela se olha, quando ela se enxerga, reconhece que dentro dela havia força, ela pode agir na política, no social, na comunicação, no bem-estar, tudo sem fazer discriminações. Quero agradecer ao Presidente Pepo - o Jorge Lepinsk - por essa Galeria, por essa linda homenagem; não é todo ser humano que sabe reconhecer o valor de uma mulher, não é todo o ser humano que sabe enxergar que aquela mulher que está na política está ali realmente para defender e representar o povo. Eu estou aqui para isso: política por amor.


Resposta do Presidente da Câmara Municipal Jorge Lepinsk - Pepo (MDB)

"O que dificulta a presença de mais mulheres na política é a História do Brasil, coisa que precisa ser mudada urgentemente, e a História da Câmara Municipal reflete isso: apenas 9 mulheres foram eleitas. A dificuldade delas começa com o número desproporcional de candidatas, mesmo hoje, com a obrigação de 30% do partido ser de candidatas mulheres. Outro fato é o preconceito: da mesma forma que existe preconceito racial, preconceito contra o deficiente físico, existe o preconceito contra a mulher, todos inaceitáveis e também por isso sou favorável as cotas. As dificuldades das mulheres na política são maiores desde o momento da campanha: imagina - ainda hoje - uma mulher entrar em um bar para pedir votos! Se conseguir entrar, vai ouvir piadonhas ou brincadeiras. Como presidente, ressalto que é importante a homenagem que fizemos para ressaltar e valorizar as mulheres e espero que essa homenagem possa ajudar na mudança. Sei que mudanças maiores tem que vir da esfera federal, mas nós 'aqui embaixo" vamos fazendo nossa parte.

 

TABELA DE MOTIVOS ELENCADOS PELOS ENTREVISTADOS QUE JUSTIFICAM A BAIXA QUANTIDADE DE MULHERES ELEITAS COMO VEREADORAS EM INDAIATUBA









terça-feira, 26 de julho de 2022

Raízes é tema de exposição que Museu Municipal recebe em agosto

 Projeto 'Semeando Arte' reúne artistas dos mais variados estilos


Com apoio da Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e do Departamento de Preservação e Memória, o Museu Municipal ‘Antônio Reginaldo Geiss’, no Casarão Pau Preto, recebe entre os dias 6 a 24 de agosto a exposição Raízes, com curadoria de Márcia Ribeiro. Organizado pelo projeto Semeando Arte, a exposição conta com 16 obras de arte em tela, dos mais variados estilos. A entrada é franca.

O projeto Semeando Arte reúne um grupo de artistas de Indaiatuba e região que, por meio das telas e tintas, retrata sentimentos e mensagens com um propósito. São obras de diversos estilos como pintura em acrílico, aquarela, grafitti, lettering, espatulado, entre outros.

Em Raízes, o coletivo reflete nas telas muitas cores e formas de tudo aquilo que os artistas vivenciaram na jornada das artes e na vida. Assim, propõe ao público uma reflexão: onde estão fincadas as suas raízes?

Participam da exposição os artistas Ana Luiza Basso (Indaiatuba), André Ramos (São Bernardo do Campo), Beatriz Guedes (Indaiatuba), Didi Pirinelli (Itupeva), Flávia Norte (Santo André), Francielle S. Xavier (Indaiatuba), Júlia Gaspar (Indaiatuba), Kaká Chazz (Minas Gerais), Karina Henriques (Indaiatuba), Larissa Fernandes (São Bernardo do Campo), Marcia Ribeiro (Indaiatuba), Monique Romeu Caporossi (Mogi Mirim), Natalia Munhos Bandeira (Indaiatuba), Nathaly Vieira (Indaiatuba), Pixote Mushi (Diadema) e Vitor Foco (Santo André).

A abertura da exposição acontece no dia 6 de agosto, às 14 horas, e as obras ficarão expostas no Museu Municipal ‘Antônio Reginaldo Geiss’ até o dia 24. O Casarão abre de terça a sábado, das 9h às 17h, e aos domingos, das 9h às 12h.

...Serviço...

Exposição Raízes

Data: 6 a 24 de julho
Local: Museu Municipal ‘Antônio Reginaldo Geiss’, no Casarão Pau Preto
Endereço: Rua Pedro Gonçalves, 477, Centro
Informações: (19) 3875-8383

Augusto e Leonor fazem doação para construção de pavimento para leprosos de Indaiatuba e Itu

 


Jornal "A Cidade" de 1o. de novembro de 1925



quarta-feira, 20 de julho de 2022

Corporação Villa-Lobos promove festival em homenagem ao professor Moacyr Martins

Moacyr Martins

Inscrições são gratuitas e interessados devem possuir conhecimento musical prévio

A Sociedade Mantenedora da Corporação Musical Villa-Lobos está com inscrições abertas para o Festival Professor Moacyr Martins, voltado a alunos do projeto Banda Escola, promovido pela entidade, além de pessoas com conhecimento musical prévio no instrumento de escolha. A inscrição é gratuita e a iniciativa conta com apoio da Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.

As inscrições terminam no dia 24 de julho e devem ser realizadas por formulário online (confira abaixo). A divulgação dos selecionados acontece no dia 25, por e-mail e pelas redes sociais da Corporação. As aulas e ensaios acontecem de 28 a 31 de julho, no Casarão Cultural Pau Preto e na Estação Musical.

Para participar, é preciso ter no mínimo 12 anos. “Existem duas formas de participar do Festival: como aluno ativo ou ouvinte. Todos são bem-vindos”, destaca o maestro Samuel Nascimento. Os alunos receberão certificado de participação com frequência igual ou superior a 75% das atividades.

Um dos expoentes do choro em Indaiatuba por mais de 50 anos, Moacyr Martins faleceu em 3 de maio de 2021, aos 88 anos de idade. Em 2017, foi homenageado no 25º Maio Musical, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura.  

O concerto de encerramento do Festival Professor Moacyr Martins acontece dia 31 de julho, na Estação Musical, com entrada franca.

...serviço...

Festival Professor Moacyr Martins

Data: 28 a 31 de julho
Locais:
Casarão Cultural Pau Preto - Rua Pedro Gonçalves, 477, Centro
Estação Musical - Rua Convenção, 1, Jardim Pompeia
Inscrições
https://forms.gle/JdtF1Mhhj1XEszov8
Material didático: https://drive.google.com/drive/folders/1aIOLUvWyC762FA0Wj0tDRq-5nXnx4mb6

PROGRAMAÇÃO

28 de julho

18h às 19h, no Casarão
Ensaio de Naipe – Metais
Aula – Flauta, Carinete e Saxofone

18h às 19h, na Estação Musical 
Aula – Percussão

19h às 20h, no Casarão
Ensaio de Naipe – Madeiras
Aula – Trompete, Trompa e Metais Graves

19h às 20h, na Estação Musical 
Aula – Percussão

20h às 21h, na Estação Musical 
Ensaio Tutti – Banda Acadêmica

21h às 22h, na Estação Musical 
Ensaio Tutti – Banda Jovem

29 de julho

18h às 19h, no Casarão
Ensaio de Naipe – Metais
Aula – Flauta, Clarinete, Saxofone

18h às 19h, na Estação Musical
Aula – Percussão

19h às 20h, no Casarão
Ensaio de Naipe – Madeiras
Aula – Trompete, Trompa, Metais Graves

19h às 20h, na Estação Musical
Aula – Percussão

20h às 21h, na Estação Musical
Ensaio Tutti – Banda Acadêmica

21h às 22h, na Estação Musical
Ensaio Tutti - Banda Jovem

30 de julho, na Estação Musical

8h às 12h
Ensaio Geral – Banda Acadêmica e Banda Jovem

12h às 13h
Intervalo

13h às 16h
Ensaio CMVL + Banda Acadêmica + Banda Jovem

31 de julho, na Estação Musical

8h às 10h30
Passagem de som

10h30 às 12h
Concerto de encerramento do Festival Prof. Moacyr Martins


QUEM FOI MOACYR MARTINS


Moacyr Martins nasceu e viveu toda a sua vida em Indaiatuba, era casado e pai de duas filhas. Exerceu a profissão de barbeiro durante 74 anos, mas também foi professor de violão por cerca de 50 anos. 

Como apaixonado por música, fundou o "Grupo de choro Moacyr Martins", que durante 30 anos encantou diversos públicos com audições realizadas em Indaiatuba e também em outras cidades. 

Em seu confessionário, como chamava sua cadeira da barbearia, Moacyr Martins recebeu muitos artistas, políticos, religiosos e figuras que fazem parte da história da cidade. Era muito carismático, leitor assíduo e excelente contador de histórias e piadas. São Paulo, seu time do coração, era sempre colocado em pauta nas conversas. 

Viu muitos filhos e netos dos seus clientes crescendo, trocando com eles informações sobre o desenvolvimento de Indaiatuba, contribuindo para manter viva a história e memória da cidade.  

Inseriu no mercado de trabalho muitos jovens, ensinando a eles o oficio da profissão de barbeiro e proporcionando uma forma de sustento. Sua única gratificação era vê-los adquirindo a arte do ofício.

Em outra atitude altruísta, Moacyr Martins regularmente ia ao Lar de Velhos Emmanuel para cortar os cabelos e fazer a barba daqueles que ali residiam, sem cobrar nada por isso. Muitas noites, domingos e feriados sua presença era solicitada por fregueses por estarem sem condições de saúde para irem até a barbearia. Com muito respeito, carinho e dedicação Moacyr atendia os chamados dos seus clientes, indo até às residências ou aos hospitais. Não era incomum ele ser chamado também para corrigir o 'corte' de cabelo feito por universitários que aplicavam trote nos calouros.  


Moacyr Martins, cortando cabelo de Rubens Bonito


Talento musical 


Desde jovem Moacyr Marfins sempre demonstrou sua paixão por atividades artísticas e culturais. Ainda era adolescente quando atuou em algumas apresentações teatrais. 

Mais tarde, foi vendedor de balas e lanterninha' (profissional que orientava as pessoas quanto às localizações dos assentos, fiscalizando e inibindo atitudes inconvenientes nos cinemas) nos extintos Cine Santo Antônio e Cine Rex, em Indaiatuba. Mas foi na música que Moacyr realmente destacou-se.

O talento musical foi herdado do pai, Basílio Martins, que foi presidente da Câmara Municipal de Indaiatuba em 1955 e maestro da banda de Indaiatuba. Ainda menino, aos 7 anos, começou a sua participação nos eventos musicais no coro da Igreja Nossa Senhora da Candelária e da Escola Professor Randolfo Moreira Fernandes, onde estudou. Continuamente sua barbearia tornava-se um verdadeiro polo cultural, reunindo diversos músicos que aproveitavam para ensaiar, compor, treinar e fazer belas apresentações para os apreciadores da mais tradicional música popular brasileira. 

Seresteiro dos tempos áureos desse estilo musical no país, fez audições em vários locais de Indaiatuba. Foi também fundador do "Grupo de choro Moacyr Martins", que durante 30 anos fez diversas apresentações, inclusive em outras cidades. 

Em 1975 fundou a Escola de Violão Clássico Moacyr Martins, ensinando muitos jovens arte de manusear o instrumento. Compôs a música do Hino de 150 anos de Indaiatuba com o poeta Irineu Rocha, e que, na época, foi apresentado pelo coral do Conservatório Maestro Eleazer de Carvalho.

Moacyr tinha uma memória privilegiada. Um pouco de sua atuação e informações podem ser conferidas nos três livros de autoria do fotógrafo e escritor, Antônio da Cunha Penna, sobre o cotidiano indaiatubano: "Nos tempos do Bar Rex", "Tipos Notáveis da Popularidade e algumas histórias mal contadas" e "Retrovisões". 

Por tantos feitos, Moacyr Martins é uma personalidade que marcou a história recente de Indaiatuba, desempenhando diversos papéis importantes. Como barbeiro realizou muitas ações sociais, incluindo o ensino do ofício para jovens menos favorecidos. Suas contribuições para a área artística e cultural foram ainda mais marcantes. Além das centenas de apresentações feitas, ensinou a musicalização e a arte de tocar violão para muitos jovens e iniciantes no meio musical. 

Reconhecimento 


A contribuição de Moacyr Martins para a cultura de Indaiatuba foi tamanha, que em 2010 ele recebeu a maior comenda da municipalidade dada a personalidades que desempenham serviços relevantes ao município: a Medalha 'João Tibiriçá Piratininga'. 

Em outro grande reconhecimento por suas ações, Moacyr foi o grande homenageado na 25a. edição do Maio Musical, realizado em 2017, com a seguinte justificativa: O chorão Moacyr Martins merece ser cultuado pelo incrível trabalho que vem desenvolvendo, preservando a linhagem do choro e formando músicos que, ao longo dos anos, estão mantendo vivas as raízes da autêntica música popular brasileira. Por isso, o 25a. Maio Musical presta essa homenagem a Moacyr Martins, estabelecendo uma programação que faz a ponte entre o passado-representado pelo choro — e o presente — com uma diversidade de jovens que passeiam com desenvoltura tanto pela música popular quanto pela erudita. 

Também teve seu trabalho reconhecido com homenagens recebidas do Rotary Club de Indaiatuba e da Câmara Municipal de Indaiatuba. Uma delas foi uma moção de minha autoria feita em 2017 pelo reconhecimento feito à Moacyr como homenageado do 25o. Maio Musical.

Através da LEI Nº 7.803, DE 27 DE MAIO DE 2022 (PL de autoria do vereador Alexandre Carlos Peres) o notável indaiatubano recebeu uma homengem póstuma:  o Teatro Municipal de Indaiatuba, a ser construído na Avenida Visconde de Indaiatuba, 1.250 no Jardim América receberá a denominação de "Teatro Municipal Moacyr Martins". 


O prefeito Nilson Gaspar e Moacyr Martins em homenagem na abertura do 25º Maio Musical 





segunda-feira, 18 de julho de 2022

Indaiatuba Clube - 65º aniversário

 Eliana Belo Silva
Jornal Indaiatuba 107.1 FM
Ano 1 - Edição 19 de 15 de julho de 2022


O Indaiatuba Clube comemorou, dia 09 p.p. - em noite engalanada - seu 65º aniversário. 

A festiva foi em alusão a uma assembleia registrada em ata feita pelos rotarianos na qual decidiu-se fundar um clube social no dia 1º de julho de 1957. No mesmo ano da fundação oficial, em novembro de 1957, o clube social passou a funcionar em um local alugado na Praça da Matriz, onde eram realizados eventos festivos e culturais. Dez anos depois, em 1967, foi inaugurado o Clube de Campo com as primeiras piscinas coletivas – ou melhor, para associados - da cidade e em 1969 a sede social foi transferida do local alugado para a sede própria, na esquina da Rua Cerqueira César com a rua 15 de Novembro.

Mas engana-se quem pensa que a história do Indaiatuba Clube é uma sucessão de inaugurações e eventos festivos, culturais, esportivos e de laser; muito pelo contrário. O Indaiatuba Clube e o Clube 9 de Julho foram resultados de intensa rivalidade entre o Rotary, que fundou o primeiro; e o também clube de serviços Lions, que fundou o segundo.

Há uma sucessão de fatos narrados entre os dois grupos – rotarianos e leões, afinal, filhos e netos dos fundadores de ambos os clubes estão vivos e possuem memórias afetivas e subjetivas próprias, cada um enaltecendo seu ancestral no cenário todo, o que é normal quando se trata de memórias. Mas quando se trata de História, embora ela seja construída também com as memórias, a resenha fica outra e está originalmente – pasme o leitor – relacionada à História da Saúde em nossa Indaiatuba.

Você consegue imaginar uma Indaiatuba – ou melhor, um Brasil - sem o SUS? Pois esse foi o pano de fundo para explicar de forma mais objetiva a rivalidade entre os grupos e a fundação dos clubes. Vejamos.

O majestoso Hospital Augusto de Oliveira Camargo tinha na época, como gestor, o campineiro Dr. Guilherme Paulo Deucher, que propunha soluções inovadoras, inclusive aumentar o atendimento para a população carente, fato logicamente aprovado pela população, imprensa, rotarianos, um grupo de médicos comandado pelo Dr. Mário Paulo e parte pequena dos leoninos, com exceção do Dr. Pedro Maschietto e seus amigos - inclusive médicos - mais próximos, justamente a pequena porção mais elitizada e tradicional de Indaiatuba urbana na época, que passou a discordar e depois hostilizar o D. Deucher classificando suas ideias como populistas e inviáveis (com certeza hoje ele seria classificado de forma rasa e simplória como esquerdista - por pensar em justiça social). Oswaldo Stein, presidente do Lions, até tentou mediar o conflito, mas foi em vão. 

O confronto, que era por poder econômico, social, político e principalmente pela reserva de mercado na área da saúde se agravou, Dr. Deucher foi embora da cidade e os grupos que já eram divididos entre leões e rotarianos passaram a ficar divididos também entre sócios do Indaiatuba Clube e sócios do Clube 9 de Julho, agremiações que fundaram separadamente, cada um tentando demarcar seu território e influência. Essa rivalidade, pelo menos nesse grau, passou e tomou outra característica muito mais saudável com o passar do tempo: apenas esportiva, tanto que muitos sócios de um clube também passaram a ser de outro.




Esta e outras histórias e memórias dos 65 anos do Indaiatuba Clube você pode conferir no 10º episódio do BODEcast – a Indaiatuba que você não conhece.

sábado, 9 de julho de 2022

Indaiatubanos na Revolução de 32

                                                                                                                                       Eliana Belo Silva

COLUNA DEMANDAS NA NOSSA HISTÓRIA

Jornal Indaiatuba 107.1 FM

Ano 1 | Edição 018  | Indaiatuba, 09 de julho de 2022


Em julho de 1932, eclodiu no estado de São Paulo um movimento armado contra o governo varguista, instalado em outubro de 1930, quando Getúlio deu um Golpe de Estado, impedindo a posse do presidente eleito, Júlio Prestes (paulista do PRP), que havia sido eleito em 1º de março de 1930. Nessa eleição, 304 indaiatubanos votaram em Prestes e 24 votaram em Vargas. O golpista agiu como tal: tornou-se líder centralizador, passou a governar por decretos após ter revogado Constituição Republicana, dissolveu o Congresso Nacional, os Congressos Estaduais e as Câmaras Municipais, querendo ser o que todo tirano sonha: soberano, absoluto.

A chamada Revolução de 1932 não foi uma ‘revolução’, embora tenha posto fim a política do “Café com Leite”, foi uma guerra civil que teve seu embrião na formação da “Frente Única” que em São Paulo uniu, contra Vargas, dois grupos que até então eram adversários: o Partido Democrático e o Partido Republicano Paulista. Ambos queriam o fim do governo provisório, convocação de eleições e uma Assembleia Constituinte.

Como em outros municípios do Estado, formou-se em nossa cidade a “Frente Única de Indaiatuba” resgistrada em documento assinado por João de Paula Leite (PD) e Luiz Emilio Banwart (PRP) e divulgada em praça pública com festa, rojões, banda e longo discurso de apoio do Major Alfredo Camargo Fonseca, incluindo presença de seus oponentes políticos, liderados por Scyllas Sampaio; todos favoráveis à uma nova constituição que moderasse o poder ditatorial de Vargas. Não demorou para a estratégia de gabinetes e papeis ter um fim e após intensa campanha para alistar voluntários para o confronto em campos de batalha, os paulistas foram à guerra. Voluntários civis contra as forças armadas nacionais. Previsível o fim que isso daria: foi um massacre.

Scyllas Leite Sampaio foi escolhido para ser o presidente do MMDC de nossa cidade, grupo formado por João de Paula Leite, Gentil Lopes, José Teixeira de Camargo e Luiz Emilio Banwart. Cinco dias depois de formado o grupo, seguiu para Itu no dia 19 de julho, pela estrada de ferro, após emocionante festa de despedida - na frente de operações levando um contigente de voluntários que foram para o campo de batalha: João Pereira dos Santos, Abramo Bernardinetti, Angelo Bego, Antenor de Quadros, Antônio Lopes Fontes, Armando Camargo e seu irmão Juca Camargo, Armando de Matos (Ventania), Benedito Avelino Correa, Demerval Viana, João Abel Filho, João de Souza Aranha, João Rezende, Joel Ribeiro Escobar, José Antônio Germano, Marcilio de Campos, Oswaldo Groff, Silvio de Barros e os três irmãos da família Duarte Bertoni, Darcy, José e Ary (que faleceria uma ano após o fim do confronto, vítima de tuberculose que adquiriu no campo de batalha), o que deu direito ao patriarca sr. Alonso Bertoni de discursar na despedida dos pracinhas indaiatubanos: “Os carajosos partem, os covardes ficam!”

Um deles – o voluntário João Pereira dos Santos, foi morto no dia 10 de setembro sendo um em um total oficial de 934 mortos em 87 dias de combate. Pode-se entender que a Guerra Paulista, a Revolução Constitucionalista, a Revolução de 32 ou qualquer que seja o nome atribuído a esse evento, feriado no estado de São Paulo que comemora essa terrível guerra civil, consolidou o poder de Vargas ainda que, apenas alguns meses depois, ele acabasse por convocar a Assembleia Constituinte. 

A nova Constituição promulgada em 1934 trouxe consequências para Indaiatuba. 

Como a nova Carta proibia a reeleição de prefeitos e governadores para o período imediato, o Major Alfredo foi substituído pelo prefeito nomeado Scyllas Leite Sampaio, que assumiu o poder local de 4 de setembro de 1934 até 18 de janeiro de 1936.


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"Hoje é feriado estadual em São Paulo, por conta da "Revolução Constitucionalista de 1932". Em 1930, Júlio Prestes (SP) foi eleito presidente, e Getúlio Vargas (RS) ficou em segundo; embora direto desde 1891, o voto secreto ainda não existia, e os dois lados alegaram fraudes. Inconformado, Getúlio armou um Golpe de Estado, com amplo apoio das elites paulistanas e paulistas, desde cafeicultores arruinados, passando por empresários, banqueiros e setores da imprensa. Boa parte dessa elite acreditava que, em troca do apoio ao Golpe, Vargas lhe daria o controle do governo estadual, os altos cargos federais no estado e o controle da máquina pública. Entretanto, Getúlio nomeou um nordestino como interventor para governar SP, e não lhes deu os cargos esperados; diante disso, as elites se voltaram contra ele, dando origem à "Revolução", na qual foram derrotados pelas tropas federais em apenas três meses, inclusive com bombardeio aéreo contra a capital, São Paulo; alguns dos pequenos aviões biplanos decolavam de um campo de pouso próximo à Indaiatuba. Um historiador com fino humor, Leôncio Basbaum, observou que não seria preciso disparar um único tiro para Vargas derrotar os paulistas; bastaria cortar o fornecimento de massa para pizza para a capital... Derrotadas, essas elites, jornal Estadão à frente, não perdoaram o ex-presidente: até hoje São Paulo é a única capital onde nenhum imóvel público importante ou uma grande avenida tem o nome de Getúlio Vargas. Em nossa cidade, isso não acontece; à época, a elite daqui era mais benevolente. (Carlos Alberto Rezende Lopes 'Linho" - Historiador).

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Há um capítulo detalhado sobre toda a participação dos indaiatubanos na chamada "Revolução de 32" no meu livro "História de Indaiatuba na Perspectiva biográfica de Antônio Reginaldo Geiss".

quarta-feira, 6 de julho de 2022

Itu e a Revolução de 32

 

No feriado estadual dedicado à Revolução Constitucionalista de 1932, dia 9 de julho, acontece a abertura da exposição "Itu e a Revolução de 32" organizada pelo Museu Republicano de Itu em parceria com o Museu da Música – Itu, a partir de documentos textuais, jornais, livros e peças de acervo das duas instituições ligados a esse período histórico, no Centro de Estudos do Museu Republicano.

O espaço abrirá as portas às 10h, quando começa a programação da cerimônia de abertura que contará com palestras, leituras de poemas sobre o tema e o lançamento do volume 5 da série que conta sobre o poeta Guilherme Almeida, também conhecido como o “Poeta da Revolução”. 

Aproximadamente 300 jovens de Itu se juntaram para formar o 3º Batalhão de Caçadores Voluntários Paulistas e lutar na Revolução Constitucionalista de 1932. De farda e capacete que foram usados pelos soldados a partituras e hinos para as tropas compostos durante o período, a exposição "Itu e a Revolução de 32" também vai apresentar como foi a participação das mulheres na luta, entre outros aspectos do movimento.

Com entrada gratuita, a exposição "Itu e a Revolução de 32" poderá ser visitada todos os dias, de segunda a domingo, das 10h às 17h. 

O Centro de Estudos do Museu Republicano fica na Rua Barão de Itaim, 140 – Itu. 

É obrigatório o uso de máscara de proteção e apresentação do comprovante de vacinação contra a covid-19 (Jornal Cruzeiro - Sorocaba)




Voluntários de Itu participaram da Revolução Constitucionalista de 32 (Crédito: Divulgação/Museu Republicano de Itu)

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Uso de segurança particular no século XIX e o tratamento contra negros

O texto abaixo é do jornal "O Ytuano", publicada no dia 19 de janeiro de 1873. 

Trata-se da descrição de dois casos em que, após dois negros serem agredidos fisicamente, houve diligência (escoltas contratadas) contra os agressores. As escoltas particulares dos proprietários dos negros foram dar voz de prisão aos agressores, fatos contestados pelo jornal. Esses fatos são penas dois dos muitos conflitos que já existiram entre os limites da Segurança Pública e da Segurança Privada no Brasil.


Capturado o preto Jacintho

Notícia publicada no jornal "O Ytuano" do dia 22 de fevereiro de 1874

Traballhador escravizado em Indaiatuba, fugitivo, foi capturado e detido em Itu.

 


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