texto de Dr. Francisco Carlos Ruiz*
Dr. Francisco Carlos Ruiz (psiquiatra) e Dr. Argemiro Früet Júnior (médico do trabalho)
Não é possível se precisar quando se iniciaram as
atividades do Pronto Atendimento de Médicos de Indaiatuba.
O colega Dr. Argemiro Früet Júnior lembra
que foi no ano de 1991. Recuperei uma escala de
plantão de agosto de 1991 na qual constavam além
de mim, o próprio Dr. Argemiro, Dr. Edmir, Dr. Valdir, Dr.
José Joaquim, Dr. Rufi no, o falecido Dr. Renato Riggio
Júnior, Dr. Manuel, Dra. Sueli e Dr. Paulo na Clínica Mé-
dica. Na Pediatria havia o Dr. Sérgio Nitsch, Dra. Maria
José, Dra. Maria de Lourdes, Dr. Rubens, entre outros.
O Pampi foi uma iniciativa dos médicos da APM
de Indaiatuba com o apoio da Unimed Campinas
pelo fato de não haver um serviço de pronto atendimento
para os usuários da Unimed além do Pronto
Socorro do HAOC. Médicos de diversas especialidades
prestavam atendimento na Clínica Médica e até
na Pediatria.
Inicialmente foi escolhida uma casa na Rua Siqueira
Campos onde funcionavam o escritório da Unimed
durante o dia e o serviço de pronto atendimento à
noite e nos fins de semana. Nos fundos da casa estava
localizada uma pequena sala que era a sede da
APM de Indaiatuba.
Havia sempre uma enfermeira
que fazia o trabalho de enfermagem. Realizavam-se
pequenas suturas, atendimentos para alguns tipos de
urgência e pequenos procedimentos.
Os casos mais graves eram encaminhados ao
hospital, uma vez que não havia estrutura para atendê-los.
Entre casos de crises asmáticas, hipertensivas,
cólicas renais, havia situações excêntricas como os
famosos pedidos de atestados, lavagem do ouvido
e pacientes que chegavam na madrugada pedindo
guias para realização de exames.
O caso mais surreal
foi de uma paciente que me procurou no plantão e
falou: “Doutor, vou ser muito sincera. Estou aqui para
lhe pedir um dinheiro emprestado porque meu problema
é apenas falta de dinheiro”. Eu achava que estava
preparado para qualquer emergência médica,
mas aquele pedido foi surpreendente. Se eu tivesse
alguma predisposição teria tido uma crise hipertensiva.
Apesar do improviso, foram anos de atendimentos
à população de Indaiatuba e de experiências interessantes
para os plantonistas. Em 1999, com a aquisição
da carteira de clientes da Samil pela Unimed Campinas,
o Pampi deixou de existir, mas deixou também
muitas saudades.
.....oooooOooooo.....
Texto originalmente publicado na revista APM News da Associação Paulista de Medicina de Indaiatuba de Abril de 2018 - ANO XXI - Nº 233
Nenhum comentário:
Postar um comentário