segunda-feira, 28 de maio de 2018

PAMPI – PRONTO ATENDIMENTO DOS MÉDICOS DE INDAIATUBA

 texto de Dr. Francisco Carlos Ruiz*



Dr. Francisco Carlos Ruiz (psiquiatra) e Dr. Argemiro Früet Júnior (médico do trabalho)


Não é possível se precisar quando se iniciaram as atividades do Pronto Atendimento de Médicos de Indaiatuba. O colega Dr. Argemiro Früet Júnior lembra que foi no ano de 1991. Recuperei uma escala de plantão de agosto de 1991 na qual constavam além de mim, o próprio Dr. Argemiro, Dr. Edmir, Dr. Valdir, Dr. José Joaquim, Dr. Rufi no, o falecido Dr. Renato Riggio Júnior, Dr. Manuel, Dra. Sueli e Dr. Paulo na Clínica Mé- dica. Na Pediatria havia o Dr. Sérgio Nitsch, Dra. Maria José, Dra. Maria de Lourdes, Dr. Rubens, entre outros. 


O Pampi foi uma iniciativa dos médicos da APM de Indaiatuba com o apoio da Unimed Campinas pelo fato de não haver um serviço de pronto atendimento para os usuários da Unimed além do Pronto Socorro do HAOC. Médicos de diversas especialidades prestavam atendimento na Clínica Médica e até na Pediatria. 

Inicialmente foi escolhida uma casa na Rua Siqueira Campos onde funcionavam o escritório da Unimed durante o dia e o serviço de pronto atendimento à noite e nos fins de semana. Nos fundos da casa estava localizada uma pequena sala que era a sede da APM de Indaiatuba. 

Havia sempre uma enfermeira que fazia o trabalho de enfermagem. Realizavam-se pequenas suturas, atendimentos para alguns tipos de urgência e pequenos procedimentos. Os casos mais graves eram encaminhados ao hospital, uma vez que não havia estrutura para atendê-los. Entre casos de crises asmáticas, hipertensivas, cólicas renais, havia situações excêntricas como os famosos pedidos de atestados, lavagem do ouvido e pacientes que chegavam na madrugada pedindo guias para realização de exames. 

O caso mais surreal foi de uma paciente que me procurou no plantão e falou: “Doutor, vou ser muito sincera. Estou aqui para lhe pedir um dinheiro emprestado porque meu problema é apenas falta de dinheiro”. Eu achava que estava preparado para qualquer emergência médica, mas aquele pedido foi surpreendente. Se eu tivesse alguma predisposição teria tido uma crise hipertensiva. 

Apesar do improviso, foram anos de atendimentos à população de Indaiatuba e de experiências interessantes para os plantonistas. Em 1999, com a aquisição da carteira de clientes da Samil pela Unimed Campinas, o Pampi deixou de existir, mas deixou também muitas saudades.


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Texto originalmente publicado na revista APM News da Associação Paulista de Medicina de Indaiatuba de Abril de 2018 - ANO XXI - Nº 233


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