A
UNIÃO DA MOCIDADE PRESBITERIANA - U.M.P. DE INDAIATUBA
E
SUA HISTÓRIA
Texto de Fernando Stein (1996)
A história da União da
Mocidade Presbiteriana – U.M.P. de Indaiatuba se confunde com a própria
existência da Igreja Presbiteriana de Indaiatuba.
Ela está registrada nas 222
atas (368 páginas) das suas reuniões plenárias, em 2 livros, e nas 85 atas (100
páginas) das reuniões da diretoria, e nas 18 edições dos periódicos “O Atalaia”
e “Recado Legal”.
GRÊMIO
EVANGÉLICO ERASMO BRAGA – PRECURSOR
Precedeu-a o Grêmio Evangélico
Erasmo Braga, fundado em 30 de janeiro de 1944 numa assembleia geral presidida
pelo Rev. Paulo Villon, realizada no tempo da Igreja Presbiteriana de
Indaiatuba, à Rua Bernardino de Campos, 644, com a presença dos seguintes
sócios: Henrique Krahembuhl (que a secretariou), Dolores Steffen, Christiano
Eduardo Stein, Francisco Henrique Krahembuhl, Anésia Steffen, Isaura de
Almeida, Eduardo Volpi, Milton Inhauser, Lúcia Steffen, Alda Inhauser, Olga
Fahl, Walter Fahl, João Fahl, Paulo Fahl, Ema Fahl, Mathilde Fahl, Nicolau
Fahl, Arnoldo Fahl, Natanael de Almeida, Oswaldo Stein, Nair Paratelli Stein,
Alberto Stahl, Ada Stahl, Geni Stahl, Iolanda Stahl, Sarah Stahl, Vicente
Benedito de Almeida, Paulina Pacheli e Nair Santos.
O estatuto social do Grêmio é
aprovado aos 7 de maio de 1944.
O Grêmio, que levava o nome de
um dos evangélicos mais ilustres (conhecido a nível nacional pelo seu trabalho
na área do ensino), sem personalidade jurídica própria, funcionava como uma
sociedade interna da Igreja Presbiteriana de Indaiatuba.
Tinha por objetivo o
desenvolvimento espiritual, intelectual, social e físico dos seus sócios,
especialmente da juventude, auxiliando a Igreja no trabalho de evangelização.
Sua primeira diretoria ficou
assim constituída: Presidente: Milton Inhauser, Vice-Presidente: Lúcia Steffen,
1º Secretário: Anésia Steffen, 2º Secretário: Henrique Krahembuhl, Tesoureiro:
João Fahl.
O Grêmio realizava suas
atividades através de suas Comissões, nomeadas pela Diretoria: Comissões de
Evangelização ou Missionária, de Visitas, e Social.
Para 1945 foi reeleita a mesma
diretoria do ano anterior.
Nesse ano o Grêmio se
associava à Associação Evangélica Beneficiente, passando a arrecadar e mandar
contribuições esporádicas para a mesma.
Para o ano de 1946 foram
eleitos: Francisco Krahembuhl para presidente, Paulo Fahl para secretário e
Nicolau Fahl para Tesoureiro.
Nesse ano o Grêmio participava
da Convenção da Mocidade em Sorocaba com os delegados Milton Inhauser e Nicolau
Fahl, e criava a Escola Dominical no Bairro Mirim.
A
U.M.P. – SEU INÍCIO
Na histórica reunião do dia 21 de julho de 1946 os sócios presentes decidiram alterar a denominação do Grêmio para UNIÃO DA MOCIDADE PRESBITERIANA – U.M.P. DE INDAIATUBA, adotando os Estatutos Sociais apresentados pela Confederação da U.M.P. (a nível nacional), o Hino 134 do Salmos e Hinos como hino oficial, e o MOTO: “alegres na esperança, fortes na fé, dedicados no amor e unidos no trabalho.”
A U.M.P. era, então, e até o
início da década de 50, constituída por sócios que, na sua maioria, eram mais
adultos do que jovens propriamente ditos.
A U.M.P. a exemplo do Grêmio,
atuava com vários departamentos de trabalho: espiritual, intelectual,
recreativo e de ação social.
Em 1947 a U.M.P. foi presidida
por Lúcia Steffen, até 20 de setembro, quando pede demissão do cargo e é
substituída por Milton Inhauser (vice-presidente). Atuaram como secretários
Paulo Fahl e Olga Fahl e como tesoureiro Nicolau Fahl.
Em razão de dificuldades, a
UMP, em reunião realizada aos 08/05/1948, presidida pela Vice-Presidente Lúcia
Steffen, se auto dissolveu, em votação secreta, por 6 votos contra 1.
Mas um mês depois o pastor da
Igreja, Rev. Matatias Campos Fernandes, revertia a situação. Em reunião por ele
presidida aos 13/06/1948, a UMP era reorganizada. Lúcia Steffen era eleita
presidente, Oswaldo Stein 1º secretário e Dolores Steffen 1ª tesoureira.
Em 1948 a UMP fazia
contribuições para a Campanha Pró Missão Caiuá em Dourados (Mato Grosso do Sul)
e participava das campanhas para a construção do novo Seminário Presbiteriano
do Sul, em Campinas, e para a construção do Pavilhão Social da Igreja.
Para o ano de 1949 foram
eleitos: Nicolau Fahl para presidente, Oswaldo Stein para secretário e Dolores
Steffen para tesoureira.
A partir de 1949 a UMP
iniciava sua fase de crescimento, com atividades mais acentuadas.
Participava de vários
congressos de jovens presbiterianos, enviando delegados para os mesmos:
Congressinho em Itu (Benedito de Lima, Nilza Candello e Esbelta Stahl),
Congresso de Votorantim (Benedito de Lima e Cleodomiro Leite) e novo Congresso
em Itu em 14 e 15 de abril de 1949 (Lúcia Steffen e Nilza Candello).
Realizou a Festa das Estações,
com renda destinada à construção do Pavilhão.
Realizou o Natal dos Pobres
pela Comissão constituída por Lúcia Steffen, Benedito de Lima, Dirce Fahl e
Oswaldo Schroeder.
Nesses primeiros 4 anos de
atividades a UMP contava com poucos jovens, mas foi aos poucos ganhando
experiência em suas atividades.
Para melhor abordar a história
da UMP dividimo-la em quatro períodos: seu início (acima), década de 50, década
de 60, e seu final.
A
UMP NA DÉCADA DE 50
Nesta época a UMP contava com a participação de mais de 20 jovens, sócios ativos que compareciam regularmente às reuniões. Mas as atividades da UMP normalmente envolviam toda a Igreja.
Os novos sócios eram admitidos
nas reuniões plenárias, por aclamação geral. Haviam dois tipos de sócios: o
ativo e o auxiliar; este participava esporadicamente, auxiliando quando
solicitado.
Quem se casasse desligava-se
da sociedade depois de um ano. Mas essa regra não era rigorosa, pois alguns
jovens permaneciam ativos na UMP por vários anos depois de seu casamento.
No início da década de 50 a
primeira geração dos primeiros membros da Igreja vai atingindo a juventude e,
ao se incorporar à mocidade organizada, vai lhe dando novo impulso,
transformando-a em Igreja atuante, e no braço direito da direção da Igreja
local.
É a época em que surgem,
depois do início difícil conduzido por Milton Inhauser e Lúcia Steffen, nova e
notáveis lideranças, no pastorado do Rev. Miguel Orlando de Freitas (1949 a
1958), tais como: Dirce Fahl, Gelsy Krahembuhl, Nilza Candello, Ana Carlota
Klinke, Ida Klinke, Amires Candello, Miriam de Freitas, Orlando Rodrigues,
entre outros.
As moças predominavam em
relação aos rapazes, que eram poucos. O equilíbrio surgiria na década de 60.
Na década de 50 ocuparam os
cargos de presidente, secretário e tesoureiro da UMP de Indaiatuba os seguintes
jovens:
A partir de 1950, com a
conclusão do Pavilhão, um amplo salão social, construído nos fundos do terreno
onde estava construído o templo, as atividades sociais, recreativas,
intelectuais e espirituais da mocidade eram intensificadas.
A UMP tinha seu grupo teatral,
que encenava peças e promovia atividades artísticas no palco do Pavilhão.
Realizava inúmeras festas,
tais como: do Amigo Secreto, das Flores, dos Meses, da Amizade, da Toalha, dos
Corações, da Quermesse.
A Festa do Natal e das Mães
eram preparadas e levadas a efeito pelo trabalho intenso de várias comissões
designadas pela direção da UMP.
Mas o trabalho de ação social
não era esquecido. Realizavam-se as campanhas do quilo, a “mala da boa
vontade”, levando-se roupas e alimentos a algumas famílias pobres.
Realizavam-se outras
atividades especiais denominadas Mensageiro do Amor, Concurso da Simpatia, Bola
de Neve, Colcha de Retalhos, etc.
Na década de 50 a UMP
participava de diversos congressos a nível regional e nacional, enviando seus
representantes.
- Em 1951 Dirce Fahl e Gelsy Krahembuhl participavam, em Sorocaba, do Congresso Presbiterial.
- O VI Congresso da Mocidade era realizado em Indaiatuba, em julho de 1955. Os delegados locais foram: Nilza Candello, Laura Fahl, Ana Carlota Klinke, Gelsy Krahembuhl e Júlio Carlos Stein.
- Ao IV Congresso Nacional das UMP’s em Salvador-BA, em 1955, compareciam as seguintes delegadas: Nilza Candello, Gelsy Krahembuhl e Ana Carlota Klinke.
- Congresso Presbiterial da Mocidade em Bragança Paulista, de 3 a 7 de julho de 1957 (delegados: Amires, Júlio, Laura e Miriam).
- Congresso Nacional em 1957 (Nilson Sales, sócio da UMP, era o representante da Federação da Mocidade de Sorocaba).
- Congresso Nacional em 1959 (delegadas: Oscarlina Wolf e Laura Fahl).
- Congresso em Bragança Paulista em 1959 (delegadas: Ana Helena e Marta de Freitas; presentes Amires Candello e Miriam de Freitas, que foram eleitas, nessa ocasião, Presidente e 2ª Secretária, respectivamente, da Federação da Mocidade do Presbitério de Sorocaba).
Em 1959 a UMP participava
ativamente das comemorações do Primeiro Centenário do Presbiterianismo no
Brasil, tendo à frente dos eventos a jovem Miriam de Freitas.
Nessa década a UMP inicia os
encontros de confraternizações com outras UMP’s da região: recebia a UMP de
Sorocaba em 16/10/54 e visitava a UMP de Jundiaí em 29 e 30/10/55.
Nessa época cada departamento
realizava suas atividades num dos domingos de cada mês. As reuniões recreativas
eram realizadas semanalmente às sextas-feiras, à noite, no Pavilhão.
A UMP manteve,
permanentemente, um representante junto ao JORNAL MOCIDADE, editado pela Confederação
da Mocidade Presbiteriana, para todo o país, desde maio de 1944. Foi
distribuído aos jovens até 1960, quando foi substituído pela revista Mocidade
Presbiteriana em Revista.
Era comum a realização de
piqueniques pela UMP; deles participavam não só os jovens mas também os
adolescentes e adultos. Os registros nos dão conta dos seguintes: na Fazenda
Boa Vista em 1º/05/51, na Fazenda Santa Eliza em 21/04/54, na Fazenda Cachoeira
em 21/05/55, na Fazenda Cruz Alta em 30/05/57, na Fazenda Campo Grande em
21/04/58, e no Sítio Mirim em 21/04/59.
Financeiramente a UMP ia até
bem, pois destinava verbas de sua tesouraria para as Festas de Natal e para a
reinauguração do templo em 1953.
Eram marcantes, nessa época,
os seus trabalhos de evangelização e de participação nas atividades gerais da
igreja local.
Em 1957 a UMP iniciava um
trabalho de evangelização na Vila Georgina.
Realizava cultos no Bairro do
Mirim (família Almeida), em Itaicí (família Stein), e em outras localidades.
Recebia a colaboração
esporádica de Arlete Martins Barbosa, da Igreja de Jundiaí.
Dirigia o culto dominical, no
templo, uma vez por mês.
Realizava retiros espirituais
(em 05/03/57 foi em Friburgo) e concursos bíblicos.
Oferecia atividades culturais
aos jovens, através de palestras, concurso de leitura e diversos cursos.
Aos 06/06/54 começava a
funcionar a Biblioteca Daria Sarmento de Barros. Ela contava com 165 volumes em
1958. Os concursos de leitura movimentavam a biblioteca, proporcionando cultura
e instrução religiosa aos jovens. Hoje seus volumes estão guardados e
esquecidos.
Em janeiro de 1958 a UMP
criava o seu próprio jornal, o periódico O ATALAIA, que tinha teve em Miriam de
Freitas e Amires Candello as primeiras redatoras. O tablóide, inicialmente
mimeografado, passou a ser impresso na Tipografia São José, da família Miranda,
a partir de 1960, e iria circular durante 13 anos, até ser substituído, como
veremos adiante.
As atividades sociais e
recreativas eram realizadas quase que semanalmente, no Pavilhão, onde os jovens
se reuniam para as brincadeiras de salão, cânticos, jogos de ping-pong,
peteleco, etc.
Nos eventos sociais e nas
festas, que contavam com a presença de toda a comunidade, a mocidade
apresentava peças teatrais, esquetes, cânticos, etc.
No fim desta década era notável
o talento teatral de alguns dos participantes do Grupo Teatral Simonton, criado
pela UMP, como a Ana Helena Krahembuhl, a Amires Candello, a Lúcia Steffen, a
Belmira Miranda, a Teresinha Miranda, o Ismael de Lima, a Vera Lúcia Narezzi, e
tantos outros.
Época de intensa atividade dos
jovens, os quais participavam diretamente de todos os eventos importantes
realizados pela Igreja. A intensa vitalidade da UMP se deve principalmente pelo
empenho e pelo apoio constante do então pastor Rev. Miguel Orlando de Freitas,
e pela colaboração direta e incansável dos presbíteros Milton Inhauser e Carlos
Klinke.
Contava-se ainda com a
colaboração de alunos do Seminário Presbiteriano do Sul, de Campinas.
Na década de 50 colaboraram
com a UMP, entre outros, os seminaristas José Cordeiro, João Emerick, Obedes
Cunha, Silvino Nogueira, Rubens de Almeida, Samuel de Paula, Ademar Godoi, José
de Ataíde, Mateus Benevenuto, Naor Garcia, Daniel Silveira, Joaquim Silveira
Costa, Lemuel Nascimento, Antonio Tomaz da Costa, Graciano Chagas dos Reis,
Nilo R. Junior, José Calixto, Ismael Leandro, Silas Jorge, e muitos outros
cujos nomes não ficaram registrados.
Na década de 50 vários
pastores de outras igrejas também colaboraram com as atividades da UMP: Alfredo
Thone Stein, Jader Gomes Coelho, Frank Backer, José Cordeiro, entre outros.
Nesse período continuavam a
existir duas categorias de sócios: ativos e auxiliares. Auxiliares eram aqueles
que colaboravam esporadicamente com as atividades da UMP, não participando de
todos os trabalhos, em razão da idade, porque já eram casados, ou por qualquer
outro motivo.
Em 1955 eram sócios ativos da
UMP: Adriano Manoel Francisco, Oscarlina Wolf, Orlando Krahembuhl, Dirce Fahl,
Laura Fahl, Irene Fahl, Gelsy Krahembuhl, Holanda Stahl, Júlio Carlos Stein,
Miram de Freitas, Milton Inhauser, Maria de Lourdes Papa, Nilza Candello,
Ondina Berti, Wanda Albrecht, Janira Bohmé e Silas Stahl.
Eram sócios auxiliares: Lúcia
Steffen, que ocupava o cargo de Secretária Presbiterial da Mocidade, Dolores
Steffen, Gertes Krahembuhl, Ida Klinke e Oscar Petrait.
No início da década de 50
ainda passaram pela UMP, como seus sócios: Idalina Benetti, Eduardo Volpi,
Leonor Volpi, Abel Ims, Silvério Fahl, Alice Azal, Leonilda Krahembuhl, Olga
Krahembuhl, Waldemar Stahl, Idalina Stahl, Esbelta Stahl, Carlos Klinke,
Gustavo Klinke, Matias Klinke, José Belarmino Alves, Helenice Stahl, Débora de
Lima, Cleodomiro Leite e Oswaldo Schroeder.
Ingressaram como sócios da
UMP, ainda, até o final da década, os seguintes jovens: Joel de Lima, Homero
Alexandrino de Souza, Haroldo Lesler Krahembuhl, Carlos Daniel Krahembuhl,
Orlando Manoel Rodrigues, Jandira Rodrigues, Lenira Vieira Paes, Nilson Salles,
Antonieta Zacarias, Marta de Freitas, Jorge Fahl, Zenilda Pereira, Reginaldo
Bearzotti, Geraldo de Almeida, Nadir Paratello, Denise Stein, Dora Alice Stahl,
Raquel Pazini, Nilte Pereira, Ivani Laudite Candello, Wilma Ims, Ivone Ims,
Darcí Ferrari, Dalva Fahl, Leonardo Wolf, Edson de Oliveira e outros cujos
nomes não chegaram a ser registrados. Alguns mudaram-se de Indaiatuba, outros
frequentam outras igrejas e álbuns abandonaram o convívio cristão na igreja.
DÉCADA
DE 60
Na década de 60 a UMP cresceu e continuou participando ativamente das atividades da igreja local.
Em 1961 contava com 26 sócios;
30 sócios ativos em 1964; 45 sócios em 1968 (24 rapazes e 21 moças, dos quais
35 ativos).
Nesse período surgiram novas
lideranças que foram sendo preparadas pelo então seminarista Ataídes Antonio da Costa, que assumiu os trabalhos da
Igreja Presbiteriana de Indaiatuba em 1961. Ordenado ao ministério em 1962,
aqui permaneceu até o fim do ano de 1968, dando prioridade absoluta à mocidade,
acompanhando-a em quase todas as suas atividades, incentivando os jovens em
todos os seus trabalhos, e chegando a convidá-los um por um sempre que a UMP
programava eventos espirituais importantes, como os retiros espirituais.
A UMP continuou contando com a
colaboração importante dos presbíteros Milton Inhauser, Carlos Klinke e
Benedito de Lima.
Nos anos 60 ocuparam os cargos
de presidente, secretário e tesoureiro da UMP de Indaiatuba os seguintes
jovens:
Em 1961 a UMP realizava a
Campanha da Bíblia, levando-a aos presos e a inúmeras famílias da cidade.
Nesse mesmo ano, incentivados
pelo Milton Inhauser, invernizavam os bancos do templo e pintavam o Pavilhão.
Se a década de 50 correspondeu
à época dos congressos, a década de 60 foi o período das confraternizações com
outras UMP’s. Entre as visitas e os encontros, uns breves, outros prolongados,
com mocidades presbiterianas, presbiterianas independentes e metodistas,
localizadas neste Estado, foram realizados os seguintes encontros e visitas
nessa época:
- 16 e 17/06/60 – vinda da UMP de Votorantim;
- 31/01/61 – visita da juventude luterana local;
- 21 e 22/10/61 – vinda da UMP de Americana;
- 26/05/62 – visita à UMP de Monte Mor;
- 01, 02, 03 e 04/11/61 visita à UMPI de Santos;
- 04/11/61 – visita à UMP da Igreja Unida de São
Paulo;
- 25/08/62 – visita à UMP de Hortolândia;
- 24/11/62 – vinda da UMP de Hortolândia;
- 03/03/63 – visita à UMP de Itu;
- 21 e 22/09/63 – visita à UMP de Jundiaí;
- 26 e 27/10/63 – vinda da UMP da Igreja Unida de
São Paulo;
- 29/02 e 01/03/64 – visita à UMP da Igreja Unida
de São Paulo;
- 01, 02 e 03/05/64 vinda da UMPI de Vila Yara de
Osasco;
- 15 e 16/08/64 – visita aos jovens da Igreja
Metodista de Piracicaba;
- 1965 – vinda da UMP de Limeira e da UMPI de
Santos;
- 1965 – visita à UMP de Vila Yara de Osasco;
- 1966 – vinda da UMP central de Campinas;
- 19 e 20/08/66 – visita à UMP da Penha, em São
Paulo;
- 1966 – visita à UMP de Itu;
- 24, 25 e 26/03/67 – visita à UMPI de Santos;
- 21/01/68 – visita à UMP de Salto;
- 09 e 10/03/68 – visita à UMP de São João da Boa
Vista;
- 28/04/68 – visita à UMP de Itu;
- 20 e 21/07/68 – vinda da UMP da Igreja Ebenezer
de Campinas;
- 17/08/68 – visita à UMP de Jardim Proença em
Campinas;
- 08 e 09/03/69 – visita à UMP de Jundiaí;
- 16 e 17/08/69 – visita à UMP de Santos; e
- 02 e 03/08/69 – vinda da UMP de Jundiaí.
A UMP
fazia ainda várias visitas aos jovens da congregação presbiteriana de Elias
Fausto, vinculada à Igreja Presbiteriana de Indaiatuba.
Essas
viagens e encontros entre as UMP’s incentivavam os jovens da UMP local e
constituíam uma fonte de inspiração para os seus trabalhos especiais. A UMP
sempre contava com a colaboração da SAF (Sociedade Auxiliadora Feminina) na
realização de almoços ou jantares em conjunto, quando os encontros de
confraternização eram realizados em Indaiatuba.
Destaque-se
ainda que aos 29/06/63 a UMP realizou uma festa social no Pavilhão em conjunto
com jovens luteranos, batistas e marianos, todos de Indaiatuba, e com a
presença da UMP de Itu e jovens da congregação de Elias Fausto.
Em
1966 foi demolido o antigo Pavilhão, criando-se uma dificuldade para as
atividades da UMP. Entretanto, sempre que necessitou de um salão social para a
recepção de outras UMP’s, recebeu-se a colaboração da Igreja Luterana local,
que sempre cedia à UMP o seu salão à Rua 11 de Junho.
A
partir daí as reuniões recreativas eram realizadas na garagem da casa pastoral,
às quintas-feiras à noite.
Os
retiros espirituais eram promovidos anualmente, sempre com a presença do pastor
titular da Igreja, de seminaristas e de outros pastores preletores.
As
atas registram a realização dos seguintes retiros: em 23/04/61 no sítio de
Christiano Eduardo Stein; aos 08/04/62 no sítio de Inácio Ambiel, com jovens da
congregação de Elias Fausto; em 28/04/63, num sítio em Monte Mor, com jovens de
Monte Mor e Elias Fausto; em 27/05/64 na “Vila Presbiteriana”; em 20/02/66 na
chácara de Inácio Ambiel; em 07/08/66 num sítio de Elias Fausto. Outros foram
realizados em 1967 e 1968 mas não ficaram registrados.
A UMP
organizava e treinava seu time de futebol de salão. O primeiro jogo era
realizado contra o Esporte Clube Estrela do Mar da Congregação Mariana de
Indaiatuba (9 x 7 a favor da UMP aos 08/03/62).
A
partir daí, até o fim da década, a UMP praticou essa atividade esportiva,
participando de inúmeras competições com outras UMP’s, com os seminaristas de
Campinas e com agremiações esportivas locais. Jogavam pela UMP, entre outros:
Manoel, José Luís, Eloy, Ismael (goleiro), Jorge, Francisco, Moacir, Fubá
(goleiro), Milton Rodrigues, Gilbertinho, etc. Treinava-se e disputava-se na antiga
quadra do TEJUSA.
Só em
1969 a sua equipe de futebol de salão disputou 10 partidas sem perder nenhuma
delas. Algumas delas: UMP Indaiá 10 X UMP Santos 4; UMP Indaiá 6 X UMP Jundiaí
0. Artilheiros do ano: José Luís: 30 gols; Manoel: 29 gols.
Em
1969 a UMP participou da II Olimpíada Evangélica em Campinas (nível estadual)
em várias modalidades, mas só obteve a 4ª colocação no futebol de salão.
A
idéia de se construir um acampamento que se denominou “Vila Presbiteriana”, a
partir de 1963, foi apenas um sonho. Chegou-se a executar serviços de
terraplanagem na área localizada junto ao cruzamento da rodovia com a ferrovia.
A idéia de Milton Inhauser, defendida inicialmente pelo pastor, foi abandonada
pelo Conselho da Igreja em 1967, para se prosseguir nos planos de construção do
prédio de educação religiosa e do novo templo, pois a Igreja não contava com
salas para as aulas de Escola Dominical e o templo estava pequeno.
Nessa
ocasião o Pavilhão, construído em 1949, já havia sido demolido (1966).
A UMP
colaborava com a construção do Edifício de Educação Religiosa, arrecadando
fundos.
Os
piqueniques nessa época, promovidos pela UMP, tinham a participação exclusiva
dos jovens. Eles eram costumeiramente, precedidos de uma devocional. Consta
terem sido realizados os seguintes: em 21/04/61 na Fazendinha, em Monte Serrat;
em 21/04/66, na Fazendinha, com as UMP’s de Salto e de Itu; 02/02/67 na Fazenda
Amstalden; em 07/09/67 e 02/11/67, na Fazenda Itaóca; em 02/02/68 no Sítio
Porteira de Ferro, no Morro Torto; em 01/08/68 no Acampamento Palavra da Vida,
em Atibaia; em 02/02/69 na Fazenda Itaóca; e em 21/04/69, no Recanto Ebenezer,
em Jaguariúna.
Na
década de 60 a UMP continuou a participar de alguns congressos regionais:
· 12 e 13/08/61: Encontro de Líderes em Bragança
Paulista. Representantes enviados: Dora Alice Stahl, Laura Fahl, Oscarlina
Wolf, Belmira Miranda e Leonardo Wolf;
·
31/03/63: IX Encontro de Líderes do Presbitério
de Jundiaí.
· Em 1964 participava de várias reuniões de
representantes do Presbitério de Jundiaí, organizados pelo pastor Osias Costa.
· 08 a 12/07/64: Congresso Sinodal (Sínodo de São
Paulo), em Jandira, no Instituto José Manoel da Conceição. Delegados: Darcí
Ferrari e Fernando Stein.
· 18/05/69: Encontro de Líderes do Presbitério de
Campinas, no Seminário Presbiteriano em Campinas> Representantes: Marcos
Roberto Inhauser, Fernando Stein e Antonia Moreira.
· 11, 12 e 13/07/69: III Congresso da Federação
da Mocidade do Presbitério de Campinas, realizado no Acampamento Batista de
Sumaré.
A
partir de 1964 passava-se a divulgar e circular entre os jovens a revista Cruz
de Malta.
Nos
anos 60 a UMP programava e realizava cultos de evangelização. Adquiriu
aparelhos de som, utilizava projetor de “slides” e, com o apoio do Rev. Ataídes
Costa, de seminaristas, de seus pregadores leigos (Milton Rodrigues, Fernando,
Marcos Roberto, Eliezer, Ismael, Antonia, etc.) e dos presbíteros Calos Klinke
e Benedito de Lima, visitava sítios e residências, fazendo o seu trabalho de
evangelização, especialmente durante as férias escolares.
Em
1969, iniciava os trabalhos de evangelização regular na residência e Dna.
Marcelina de Almeida, com a cooperação do Rev. Astrogildo de Oliveira Godoy
(novo pastor da igreja nos anos de 1969 a 1971), iniciativa essa que daria
origem à Igreja Presbiteriana do Jardim Califórnia.
Os
cultos de aniversário eram realizados nas residências dos aniversariantes,
periodicamente.
Às
chamadas “reuniões surpresa” eram convidados preletores para abordagem dos mais
variados assuntos sociais e culturais.
Em
1969 era aberta uma Escola Dominical no Bairro Santa Cruz a cargo da UMP
(Antonia Moreira e Ismael de Lima eram os responsáveis por esse trabalho), na
chácara de Júlia Stahl, depois transferida para a residência de Marcelina de
Almeida.
Em
dezembro de 1969 a UMP realizava um programa especial de Natal na antiga sede
central do Indaiatuba Clube (na Praça Prudente de Moraes), com a atuação do
Coral Eliseu Narciso de Campinas, a encenação e o relato do nascimento de
Cristo, lotando aquele amplo salão.
Em
1969 surgia o Quarteto JOTA durante a realização, pela UMP, de um retiro
espiritual para os jovens. Ele era composto inicialmente por Jorge Fahl, Jairo
de Almeida, Jaime Nunes de Oliveira e João Fahl. Ismael de Lima e Eloy Klinke,
depois de algum tempo, ingressariam no quarteto que finalmente ganharia seu
nome definitivo: QUARTETO EBENEZER. 25
anos depois o mesmo quarteto ainda está cantando seus hinos, sempre sob a
direção do Jorge Fahl, embora com outros cantores.
Nos anos 60 eram intensas as atividades da
UMP.
No relatório de suas atividades, só no
ano de 1966, por exemplo, os jovens
participaram dos seguintes eventos:
2
retiros espirituais; 2 pequeniques (na Fazendinha e na Fazenda Amstalden); 7
cultos de evangelização; 2 encontros de confraternização (com as UMP’s de
Campinas e do bairro da Penha em São Paulo); 1 culto familiar; 4 cultos de
aniversário; 1 culto comemorativo da Semana do Lar; 2 comemorações (Dias das
Mães e Aniversário da UMP); 1 concurso bíblico; 1 encontro com o Secretário
Presbiterial da Mocidade; 1 encontro com uma Caravana Evangelística de São
Paulo; 2 visitas à UMP de Itu, em apoio à reorganização daquela UMP;
participação na III Olimpíada Evangélica em Campinas; 3 disputas de futebol de
salão com mocidades evangélicas: UMP’s de Campinas e Osasco e SMJ de Campinas;
1 disputa de ping-pong com a UMP de Itu; reorganização do conjunto coral da UMP; 1 social; reabertura da
Biblioteca Dario Sarmento de Barros; e impressão de 4 edições do jornal “O
ATALAIA”.
Os
anos 60 foram os anos mais favoráveis para o trabalho da UMP (a própria época
depois ficou conhecida por “anos dourados”), especialmente porque os jovens
recebiam constante incentivo e um persistente apoio espiritual por parte do
Rev. Ataídes Antonio da Costa.
Nesse
período também foram muitos os pastores e seminaristas que apoiaram as ações da
UMP.
Entre
os seminaristas que participaram das atividades da UMP, estão registrados os
nomes de: Ana Maria, Daniel Luís, Décio Azevedo, Edwald Vali, Eleny Alves,
Jarbas Rodrigues Filho, Edwart Cavalcanti Albuquerque, Abeneir Jorge Pereira de
Moura, Isauro Carriel, Paulo Venâncio (que se casou com a sócia Mirna
Krahembuhl), Benjamim Benedito Bernardes, Dario Pereira de Oliveira e Elpídio
Gonçalves.
Entre
os pastores que contribuíram com a UMP constam: Reverendos Eládio Afonso, Floyd
Sovereingn, Avelino Boa Morte, Floyd Graid, João Guiseline, Ademar Godoy,
Herculano Gouveia, Júlio Andrade Ferreira, Ozias Mendes Ribeiro, Delfino
Correia, Osias Costa, Jaime Afonso Ferreira, Oswaldo Soares, Hélio Cerqueira
Leite, Carlos Aranha Neto e Antonio Lemos.
Dentre os jovens que participaram da UMP
na década de 60, CINCO deles se tornaram pastores: ORLANDO MANOEL RODRIGUES,
ISMAEL DE LIMA, GILMAR DE LIMA, MARCOS ROBERTO INHAUSER E ROBERTO MARCOS
INHAUSER.
Além deles, outros dois jovens dessa
época, da Congregação Presbiteriana de Elias Fausto, que pertencia à Igreja de
Indaiatuba, também abraçaram a vida ministerial: MILTON CAMARGO e ELI BARBOSA.
Já o
pastor AGENOR PEREIRA DA SILVA ingressou na UMP nos anos 70, fruto de trabalho
evangelístico na Fazenda Engenho D’Água (hoje Jardim Morada do Sol) em 1972.
Durante
a década de 60 participaram da vida da UMP de Indaiatuba, além daqueles que já
vinham da década anterior, os jovens constantes da relação abaixo, que ingressaram
na UMP no período de 1960 a 1969:
Francisco
Henrique Krahembuhl, Clemente Reinaldo Sannazzaro, Elza Inês Fahl, Marta Fahl,
Belmira da Silva Miranda, Décio Ferrari, Antonio Carlos Pappa, Terezinha da
Silva Miranda, Lilian Candello, Eloy Klinke, Juraci Laurenciano, Evani
Bianchini, Moacir Bianchini, Ércio Bianchini, Manoel Ferreira de Miranda,
Fernando Stein, Ismael de Lima, Rosmary de Lima, Vera Lúcia Narezzi, Marcos
Roberto Inhauser, José Luís da Silva Miranda, Geralda de Moura, Marina de
Moura, Elida Berti, Maria do Carmo Bastida, Léia Paiva, Oswaldo Stein Jr.,
Célia Inhauser, Paulo Roberto Stein, Hilda de Moura, Ana Maria Sannazzaro,
Marli Stahl, Neide Mary Berti, Waldemar Stein Filho, Alcides Costa, Osny Stahl,
Marilena, Ruth Stahl, Jane Stahl, Jací Stahl, Antonia Moreira, Edenilza
Bianchini, Maria de Lourdes Martins, Eliezer Rocha, Roberto Marcos Inhauser,
Maria Eulâmpio de Moraes, Odacyr Gama, Marcos Antonio Geraldo, Marta Helena
Paiva, Celena Ribeiro, Gilmar de Lima, Angelita Ortiz de Oliveira, Elenita
Ortiz de Oliveira, Valsíria de Almeida, Roseídes Costa, Rute de Moraes,
Gilberto Candello Jr., Paulo Kataquiri, Célia Casagrande, Zenaide Baroni,
Zoraide Germano Nogueira, Hélio Cerqueira Leite Jr., Jaime Nunes de Oliveira,
Flamínio Stahl, Júlio Luízze, Divanir, Cleusa Stahl, Werner Fahl, Odacil Wolf,
Mirna H. Krahembuhl, Wladimir Novachi, Joni Ninchim, Wilson Ninchim, João
Carlos de Camargo e Emília Fahl.
Desses
jovens, vários deles mudaram-se para outras cidades, outros frequentam outras
igrejas ou simplesmente abandonaram a Igreja Presbiteriana de Indaiatuba.
PERÍODO FINAL
A UMP
sobreviveu por mais alguns anos durante a década de 70 (até 1976).
Nos
anos 70 a UMP encontrou novas lideranças nos jovens Ismael de Lima e Antonia
Moreira.
Nessa
época os registros não são tão minuciosos como na década de 50, e é provável
que várias de suas ações não chegaram a ser registradas.
Nesses
últimos sete anos ocuparam os cargos de presidente, secretário e tesoureiro da
UMP os seguintes jovens:
Em
1970 visitava a UMP de Rio Claro e participava do 4º Congresso do Sínodo
Meridional em Londrina (delegados: Ismael de Lima e Fernando Stein).
Em
1971 a UMP, com 42 unionistas, visitava as mocidades das igrejas de Jardim
Licínia, em Campinas (20/06/71) e de Salto (04/07/71).
O
jornal “O Atalaia” era substituído pelo periódico “Recado Legal”, que já não
era impresso mas mimeografado.
A UMP
prosseguia na realização dos cultos de evangelização nas residências.
Nesse
ano era demolido o templo velho, e o novo salão social, sem acabamento, passou
a funcionar como templo.
Em
1972 a UMP, com 33 sócios ativos, realizava retiro espiritual, na Semana Santa,
com a UMP de Itu, na Fazenda Cachoeira do Jica, com preleções do Rev. Antonio
Lemos, recebia a visita do Coral “Conjunto Luz” da UMP de Santos (05/11/72) e
dos Cantores de Sião (07/04/74, e iniciava a realização de cultos de
evangelização na Fazenda Engenho D’Água (hoje Jardim Morada do Sol). Agenor
Pereira da Silva, hoje pastor da Igreja Presbiteriana Renova local, era
evangelizado lá.
Em 05/10/1973
acontecia o Encontro Regional de UMP’s em Indaiatuba.
Realizava-se
piquenique em Friburgo (02/11/73). Prosseguiam os cultos de evangelização e as
reuniões sociais.
Ainda
no final de 1973, alguns jovens, encabeçados por Antonia Moreira, então Presidente
da UMP, se desligavam da UMP e da Igreja Presbiteriana de Indaiatuba, para
participar da Igreja Batista Peniel. A divisão interna, que atingiu
exclusivamente os jovens, ocorreu por razões doutrinária (pentecostalismo),
quando era pastor o Rev. Francisco Xavier da Cunha.
Em
1974 a UMP realizava um retiro espiritual no período do carnaval, dirigido pelo
Rev. Orlando Manoel Rodrigues (ex-sócio da UMP), e um piquenique na Fazenda
Itaóca.
Em
1975 a UMP recebia a visita da UMP de Limeira. Nesse ano ressurgia o periódico
“O Atalaia”, mimeografado, mas cessaria de ser produzido logo em seguida.
Em
1976 a UMP participava, em Itu, do Congresso das UMP’s do Presbitério de
Jundiaí, nos dias 28 e 29 de fevereiro e 01 e 02 de março, no Colégio Agrícola
Estadual.
Na década
de 70 ingressaram na UMP os seguintes jovens: Marisa Stein, Arlete Schmidt,
Cristiane Cerqueira Leite, Antonio Claret de Castro, Fabiano de Castro, Inês de
Castro, Agenor Pereira da Silva, Gislaine de Lima, Roseli de Lima, Manoel
Ferreira Rodrigues, Sheila Borghezani, Francisco Borghezani, Odete Paiva,
Nelson Batista Pereira, Vanda Sueli Rodrigues, Elizabeth Riggio, José Maria
Rodrigues, Antonio Silva Semente, Diva Celina Stein, Elizete Schmidt, Lucas
Schmidt, Glauco Xavier, Osni Ims, Waldir Stein, Edésio Stahl, Marcos Marini,
Alcebíades Lima, Sueli Marini, Luís Carlos Pacheco, Solange Narezzi, Eunice
Stein, João Batista da Silva, Claudia Peres, Emerson dos Santos, Maria Augusta
Cerqueira Leite, Tobino Marcos Berti, Odinei Novachi, Rosani Stahl, Merli
Melikardi, Mary Hebling de Lima, Gilsemar de Lima, Edson de Lima e Cleide
Stahl.
O
texto acima relata apenas as atividades principais que foram desenvolvidas pela
UMP nos seus 30 anos de existência. Muitas, inclusive, nem sequer foram
registradas.
1976,
ano em que a UMP completou os seus 30 anos em 21 de julho, sem qualquer
comemoração, é também o último ano de suas atividades como departamento
organizado da mocidade presbiteriana de Indaiatuba.
O
último presidente não convocou os jovens para eleição de nova diretoria para
1977.
Não há
mais qualquer registro em ata a partir de 23/02/1976, data da ata derradeira,
de nº 222, às fls. 167/168 do 2º Livro de Atas. A UMP deixa de existir, ou se
dissolve de fato, a partir de 1977, transparecendo que essa omissão contava com
a orientação da direção da Igreja, que tinha à sua frente o Rev. João Marinho
Filho.
Passaram-se
20 (vinte) anos. Os jovens presbiterianos remanescentes, nesse período,
desorganizados, não deixaram mais qualquer registro de suas ações esporádicas.
Um período sem memória e sem direção, o que é uma pena.
No dia
21 de julho de 1996 poderiam ter comemorados 50 anos da UMP.
Entretanto,
a data passou completamente desapercebida.
Nesses
últimos 20 anos vai ocorrendo uma evasão contínua e sem precedentes de jovens
da igreja; quase todos os novos jovens que ingressam na Escola Dominical vão,
paulatinamente, um a um, todos eles, abandonando o convívio com os demais à Rua
Bernardino de Campos, 644. E todos aqueles que se casaram nestes últimos 20
anos também abandonaram esse convívio. Essa é uma verdade incontestável, que
ninguém pode negar, infelizmente.
O
grupo remanescente de jovens fica, por isso mesmo, reduzido a um pequeno grupo
em torno de uma dúzia.
É o
período que coincide com o rompimento da igreja local com a Igreja
Presbiteriana do Brasil – IPB, com a divisão da Igreja Presbiteriana de
Indaiatuba, e com a fundação de mais uma denominação religiosa, a IPU – Igreja
Presbiteriana Unida, e com o pastorado do Rev. João Marinho Filho.
É
provável que o rompimento com o passado, o preconceito contra as Igrejas
Presbiterianas, a rejeição de ensinamentos recebidos nas décadas de 50 e de 60,
a condenação de tradições e valores presbiterianos, o abandono da
evangelização, o ensino superficial com ênfase às questões político-sociais, a
divisão da igreja, a introdução de um liberalismo exagerado, a adoção do
ecumenismo com a Igreja Católica, a preocupação em demonstrar que a Igreja
Romana mudara e as contínuas aproximações litúrgicas em relação à mesma, o distanciamento
em relação às Igrejas Presbiterianas da região, impossibilitando as
confraternizações com as UMP’s dessas igrejas, é provável que todos esses
fatores, aliados às mudanças ocorridas no mundo das comunicações nas últimas
duas décadas, contribuíram para o fim da UMP, para as evasões dos jovens e para
o definhamento dos remanescentes sem história.
Outra
UMP surgiria, na década de 80, na Primeira Igreja Presbiteriana de Indaiatuba,
à Rua Tuiutí, 253 (oriunda da divisão da Igreja Presbiteriana de Indaiatuba na
Rua Bernardino de Campos, 644, em 1975), numerosa e atuante, que confirma tal
probabilidade. Mas essa é uma outra história.
Essa
foi a caminhada da UMP na Rua Bernardino de Campos, 644. Esse foi o fim dela.
Muitos contribuíram para a sua caminhada. Bastou a ação de alguns para
definhá-la e fazê-la desaparecer.
Uma
igreja sem uma mocidade atuante e sem campanhas de evangelização não tem
futuro. Ou tem? Não tem porque tende a se tornar uma igreja de idosos e a
encolher-se.
Os
jovens que restaram não têm consciência disso. Podem ser esperançosos. Mas nada
podem fazer: sempre foram conduzidos pelo deserto a “rodear Edom”.
A
dinâmica que caracterizava a vida da mocidade nos anos 50 e 60 e a sua
participação nos trabalhos da Igreja Presbiteriana inspirava e impulsionava a
comunidade religiosa. Mas é coisa do passado. Aconteceu. Não existe mais,
porque à Rua Bernardino de Campos, 644, não existe mais uma Igreja
Presbiteriana.
Alguns
daqueles que viveram aquela época sentem, com saudade, a grande diferença.
Se
alguém ainda pensa que dos acontecimentos do passado não se pode extrair nenhum
ensinamento útil, está muito enganado.
A
história da UMP é um painel que convida, aqueles que dela fizeram parte e os
jovens de outras Igrejas Presbiterianas, a um exame introspectivo e
retrospectivo. À medida em que a neblina do passado for se esvaindo e as
lembranças forem surgindo, suas cores poderão ir mudando e mostrando formas,
imagens e perspectivas reveladoras.
Há um
caminho, sim, para reavivar a juventude e com ela toda a Igreja. A revelação
apocalíptica dirigida à Igreja de Éfeso diz: “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.” (Ap.
2:4)
Esta
é, seguramente, a receita para reavivar a juventude cristã: o retorno ao
verdadeiro amor a Deus e ao seu Reino.
Fernando Stein
21 de
julho de 1996.
AVIVA A TUA MOCIDADE
Senhor,
aviva a Tua Mocidade!
Faze
outra vez bater seu coração,
Na
cadência do Amor e da Verdade,
Para
levar ao mundo a Salvação!
Esclarecendo
os homens da cidade,
E
convencendo o povo do sertão,
Que
ela seja o farol da humanidade,
Mostrando
ao mundo a cruz da redenção!
Nossa
Pátria precisa tanto dela!
E o
nosso esforço missionário apela
Para o
seu entusiasmo e o seu vigor!
(autor
desconhecido)