.BREVE HISTÓRIA DO PARQUE ECOLÓGICO.
O local onde está o Parque Ecológico atualmente, era uma faixa que ficava entre (e muito próxima) do centro urbano e o que era a zona rural de nossa cidade, com um extenso limite com a Fazenda Santa Dulce (mais conhecida como Fazenda do Pau-Preto).
O local era conhecido como Fundo do Vale, uma região banhada pelo Córrego do Barnabé.
.Com a expansão urbana, o Fundo do Vale passou a ser um problema para o município. Lixo e esgoto iam parar ali e muito rapidamente práticas predatórias destruíram a vegetação ribeirinha nativa. Inundações sucessivas demonstravam-se cada vez mais insalubres para a população que rapidamente foi construindo suas casas nos arredores daquele "pântano".
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Além desses fatores, o Fundo do Vale passou a ser um obstáculo intransponível entre o norte já desenvolvido da cidade e o sul mais carente, rapidamente povoado após o loteamento que deu origem ao Jardim Morada do Sol.
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Foi no final da década de 1980 e início da década de 1990 - no governo de Clain Ferrari - que ficou pronta a primeira parte das obras de drenagem das áreas alagadiças, a despoluição (parcial) do Córrego do Barnabé e a criação de lagos através de barragens.
Foram instalados quilômetros de coletores de esgotos nas duas margens do córrego Barnabé, que passaram a conduzir todo o esgoto até a lagoa de tratamento, situada perto da rodovia.
Creio ter sido a maior obra de saneamento básico da história de Indaiatuba. O mal cheiro foi erradicado e assim nasceu o Parque Ecológico Presidente Collor, que mais tarde, por motivos óbvios, mudou de nome.
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Imagem usada no governo Clain Ferrari
.Sua principal qualidade é ser um agente de integração social urbana que conseguiu aproximar os extremos norte e sul, facilitando o desenvolvimento desta segunda região, que paulatinamente foi sendo pavimentada e ligada através de várias alças à via expressa do Parque, que recebeu o nome de Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, um sistema viário composto, na verdade, por duas vias expressas perimetrais..
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Na época do início das obras, uma grande ciclovia foi planejada, com o objetivo de atender uma realidade indiscutível na época: o grande número de trabalhadores de baixa renda que usavam a bicicleta como meio de transporte.
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Também nesta época, segundo o planejamento divulgado pela administração do então prefeito Clain Ferrari, o parque não seria "cortado" por outras vias. Seria um extenso eixo de aproximadamente 10 quilômetros lineares com uma área de aproximadamente 2 milhões de metros quadrados com: 12 centros comunitários, viveiro de pássaros (na época isso era "ecológico"), restaurante, museu, pátio de esculturas, centro de exposição de flores, centro administrativo com fórum, câmara e paço municipal, barcos, pedalinhos, teatro de arena, lanchonete e a já citada ciclovia em todo o contorno.
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.O programa efetivamente praticado integrou sim, as áreas da cidade.
Drenou e saneou.
E embora tenha sido um enorme esforço de urbanização, não preservou e até agora pouco enriqueceu a flora e a fauna dessas áreas, não instituiu hortos de destaque, não estabeleceu a harmonia da natureza e nem tão pouco disciplinou o crescimento em seu entorno.
Uma pena.
E mesmo assim a gente gosta dele.
Ama.
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Parque Ecológico na época em que estava sendo aterrado.
Imagem original de Percival Hamilton Nunes (acervo pessoal)
Parque Ecológico - 1993
Família Miguel - década de 1970
Casa de Francisco Miguel, nas mangueiras de frente a prefeitura, onde hoje é uma área de lazer.
Aparece ao fundo a linha do trem, onde hoje é a pista de bicicross. Após a linha do trem, é onde hoje está o Parque Mall e o Supermercado Sonda!
(acervo familiar de Luiz Carlos Fritz, originalmente publicada do grupo Dinossauros de Indaiá).
Construção do Parque Ecológico imagem do Arquivo Público da Fundação Pró-Memória
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Construção do Parque Ecológico imagem do Arquivo Público da Fundação Pró-Memória
Cartão Postal - crédito: Silva & Penna
Vista Aérea do Parque Ecológico
Década de 1990
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Imagens abaixo crédito: http://www.forumdaconstrucao.com.br
O arquiteto Ruy Othake, contratado para concepção do parque, decidiu pela criação de uma área onde a natureza fosse privilegiada e o entorno preservado, aproveitando a topografia da área.
Optou-se então pela construção de uma série de barragens de acumulação em gabiões para a formação de lagos que permitissem a integração ambiental e realçassem arquitetonicamente a área de talvegue escolhida. Complementarmente, foram propostas contenções de margem, também em gabiões, o que permitiu, além da harmonia estética, a correta regularização hidráulica esperada.
Indaiatuba, cidade com mais de 200.000 habitantes, no interior do São de são Paulo, necessitava de um local público para lazer da população. Surgiu então a ideia de se criar um parque no perímetro urbano da cidade e essa ideia pôde ser colocada em prática com o aproveitamento de uma área de Talvegue próxima à cidade.
Data: 1991
Ficha Técnica
Nome do cliente: PREFEITURA MUNICIPAL DE INDAIATUBA
Construtor: CONSTRUTORA LIX DA CUNHA
Projeto e consultoria: RUY OTHAKE
Produtos usados: Gabiões caixa, Gabiões saco, Colchões Reno® e Geotextil Mactex®: 2.205 m3 Gabiões Caixa Galfan + PVC
1.200 m2 Colchões Reno® H = 0,17 m Galfan + PVC
930 m3 de Gabiões Saco Galfan + PVC
2.070 m2 de Geotêxtil MacTex®
Data da obra: Construção:1991
Término:1991
Fonte: Maccaferri / Data 22/08/2005