Hoje, dia 07 de janeiro de 2020 o Jardim Pau Preto completa 60 anos.
Foi no dia 07 de janeiro de 1960 que o bairro foi registrado no Cartório de Imóveis, no Contrato Padrão de Loteamento de 07/01/60 e Certidão inscritos no. 62 , folha 247/248, arquivado no Cartório de Itu, segundo busca de arquivistas do Arquivo Público “Nilson Cardoso de Carvalho” da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba feita em agosto de 2019, pesquisa corroborada com a Secretaria Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Engenharia de Indaiatuba.
“O bairro Jardim Pau Preto é um dos mais tradicionais e importantes bairros da cidade” afirma Marcel Sinocca em texto publicado no Jornal Indaiatuba News em 29 de maio de 2014 com o título “Pau Preto e as histórias da fazenda que virou um dos mais tradicionais bairros da cidade”
Foi no dia 07 de janeiro de 1960 que o bairro foi registrado no Cartório de Imóveis, no Contrato Padrão de Loteamento de 07/01/60 e Certidão inscritos no. 62 , folha 247/248, arquivado no Cartório de Itu, segundo busca de arquivistas do Arquivo Público “Nilson Cardoso de Carvalho” da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba feita em agosto de 2019, pesquisa corroborada com a Secretaria Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Engenharia de Indaiatuba.
“O bairro Jardim Pau Preto é um dos mais tradicionais e importantes bairros da cidade” afirma Marcel Sinocca em texto publicado no Jornal Indaiatuba News em 29 de maio de 2014 com o título “Pau Preto e as histórias da fazenda que virou um dos mais tradicionais bairros da cidade”
A História de Indaiatuba, a Fazenda Pau Preto e o bairro Jardim Pau Preto
“O povoado de Indaiatuba foi primeiramente um dos bairros rurais da Vila de Itu, ponto de passagem de tropas nos caminhos para o sul e para as Minas de Cuiabá e Goiás. O arraial aparece como Indayatiba já nos registros do censo de 1768, com uma pequena população que vivia, sobretudo, de suas roças de milho e feijão. Esse arraial também é citado como Cocaes, por causa dos seus campos de palmeiras Indaiá. Nessa época o governo da Província de São Paulo implementou uma vigorosa política de incentivo à produção de açúcar para exportação, e Indaiatuba viu crescer o número de seus engenhos de tal modo que, por volta de 1850, já não havia aqui um só córrego com queda suficiente para mover uma roda d'água que não tivesse já a sua "fábrica de fazer açúcar". Em torno das fazendas de açúcar foram se fixando, desde o final do século XVIII, pessoas que viviam do comércio e da fabricação artesanal de produtos para os habitantes próximos. Mais tarde, na segunda metade do século XIX, o café substituiu o açúcar como principal produto de nossa agricultura de exportação. A história política de Indaiatuba inicia-se com a ereção de sua capela curada, através da doação de alguns imóveis feita à capela, por Pedro Gonçalves Meira [e seu irmão, Joaquim Gonçalves Bicudo] em 1813. Por esse gesto Pedro é [pode ser] considerado o fundador de nossa cidade. Ter sua capela curada possibilitou ao pequeno bairro ser o centro civil local, uma vez que, a partir daí, puderam ser feitos nessa igreja os batismos, casamentos e sepultamentos, tanto da população próxima como dos habitantes dos bairros rurais vizinhos. Um fato curioso é de que a primeira padroeira dessa capela foi Nossa Senhora da Conceição. Após a morte de Pedro, seu irmão Joaquim passou a cuidar dessa capela e, devoto de Nossa Senhora da Candelária, transformou-a em sua padroeira. Essa capela, ampliada e reformada, é a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária. É uma das poucas igrejas construídas em taipa de pilão no interior de São Paulo ainda existentes, e um belo exemplo da arquitetura religiosa colonial paulista. Em nove de dezembro de 1830 Indaiatuba tornou-se, por decreto do Imperador, sede de uma das Freguesias da Vila de Itu, englobando também os bairros de Itaici, Piraí, Mato Dentro e Buru. Em 1835 havia na sede da Freguesia, Indaiatuba, 142 habitantes, em Mato Dentro eram 454, em Itaici 625 e, em Pirahy, 805 habitantes. Sua elevação à condição de Vila ocorreu em 24 de março de 1859. Com esse novo estatuto Indaiatuba ganha autonomia política em relação a Itu, passando a ter sua própria Câmara de Vereadores. A Câmara é, desde o período colonial até o final do Império, responsável pelo poder político local no Brasil. A função de Prefeito só passará a existir a partir da República. Em torno da Matriz foram sendo construídas as residências urbanas dos fazendeiros da Freguesia, hoje já demolidas, e em redor as casas de comerciantes, artesãos e trabalhadores livres. De acordo com registros históricos documentados, o início da construção da capela, que hoje é a Igreja Matriz, começou em 1807, mas como precisou ser demolida em 1838, pois era de pau-a-pique, uma nova estrutura começou a ser construída e só foi concluída no ano de 1863. Pelo bairro que circunda a Matriz, prédio históricos podem ser encontrados: logo atrás da igreja, o prédio de uma antiga Fazenda Pau Preto, que inspirou o nome do bairro - foi conservado e hoje abriga a sede da Fundação Pró-Memória e o Museu do Casarão Pau Preto. O Casarão Pau Preto foi construído no início do século 19 para ser sede dessa fazenda - sendo utilizado em sua estrutura pedras e paredes de pau-a-pique, sendo referência arquitetônica histórica e cultural.
Da então Matriz Nossa Senhora da Candelária o Centro Urbano se expandiu para Norte e Leste. A parte Oeste, onde se localizava a já citada Fazenda Pau Preto começou a ser ocupada a partir da década de 1960:
“Mudamos para o bairro em 1966. O bairro tinha pouquíssimas casas. Não se andava nas ruas, cortava-se caminho para chegar ao Centro pelo meio dos terrenos.”
Origem do Nome
Já em meados do Século XIX o nome “Pau Preto” aparece nos testamentos da Família Bicudo, cujo um dos integrantes foi o fundador oficial, Pedro Gonçalves Meira. Com base nesses documentos e nas memórias transmitidas por via oral, há três vertentes que justificam o nome do bairro, sendo que - certeza se tem - apenas que o nome derivou da época em que era uma grande fazenda de cana-de-açúcar com trabalhadores negros escravizados. São as seguintes:
- O nome “pau preto” pode ter advindo da presença, na propriedade de um (ou mais) jacarandá-da-Bahia (Dalbergia nigra) também chamado caviúna, graúna, jacarandá-cabiúna, jacarandá-preto, jacarandá-una ou pau-preto;
- Pode ter advindo de um pelourinho que, após a tortura de um (ou mais) escravo, teria ficado com sangue que, com o tempo, enegreceu, passando a ser chamado de “pau-preto” ou;
- Pode ter havido, no local, uma árvore ou toco queimado (por raio ou outra origem do fogo), dando, o carvão, a origem para o nome “pau preto”.
Considerando que os elementos da natureza ou marcos feitos pelo homem com grande representatividade para a comunidade deram (e ainda dão) nomes há vários locais, as três teorias podem ser verdadeiras e até complementares, mas pelas pesquisas feitas até hoje, não se pode afirmar qual é a verdadeira. Por enquanto, a História registra as três possibilidades, inclusive acatando a memória transmitida de pai para filho.
Através da Lei n° 7.219, de 14 de outubro de 2019, o vereador Alexandre Carlos Peres o Dia do Aniversário
do bairro Jardim Pau Preto foi reconhecido e a data foi inclusa no
Calendário Oficial do Município de Indaiatuba. (Veja a lei aqui).
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Cópia do Texto de Marcel Sinocca publicado no Jornal Indaiatuba News em 29 de maio de 2014 com o título “Pau Preto e as histórias da fazenda que virou um dos mais tradicionais bairros da cidade”.
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