Por Eliana Belo Silva
Originalmente publicado na coluna IDENTIDADE INDAIATUBANA
do Jornal Exemplo de 12.06.2015
O Guaianazes Clube foi uma agremiação esportiva fundada no
final da década de 1940 por jovens indaiatubanos entusiastas de basquete e
vôlei.
O assunto sobre a fundação do clube começou em uma conversa fiada no
Salão do Mome - onde havia bailinhos para os jovens e adolescentes ao som da
banda “Bando da Lua”, do indaiatubano Hermenegildo Pinto – e logo ganhou vários
entusiastas, entre eles, a professora de Educação Física recém-formada Lúcia
Steffen, que passaria a ser a treinadora do time de vôlei feminino.
Vaquinha para
viabilização financeira
E foi no próprio Salão do Mome em baile animado por Gildo
Pinto e seu “Bando”, ou melhor, sua banda, que houve o primeiro evento para
angariar fundos para o clube. Logo em seguida passou-se um Livro de Ouro entre
amigos e familiares dos próprios fundadores e admiradores da ideia.
Feito o
caixa, parte dele serviu para o primeiro conjunto de uniforme, nas cores branco
e azul, em homenagem à um outro time – talvez o primeiro – que havia tido em
nossa cidade, de basquete, denominado “Bandeirantes” e que usava essas cores.
Chororô para
viabilização técnica
Restava então encontrar um local para o treino, jogos e
campeonatos. Representantes da agremiação foram choramingar com o prefeito. Ele
autorizou que a quadra do Guaianazes fosse feita no que era, até então, o pátio
da Escola Randolfo Moreira Fernandes, que funcionava do lado da Igreja Matriz,
onde hoje é o Colégio Candelária.
Ali havia sido também a sede da banda e um
depósito de velharias da prefeitura. A entrada ficava na rua Pedro Gonçalves.
Em troca da cessão, o prefeito exigiu que a quadra recebesse o nome dele: “Quadra
de Esportes Prefeito Jacob Lyra”.
Havia até um pequeno vestiário utilizado pelos times de basquete e vôlei,
compartilhado entre os “de casa” e os “visitantes”.
Acaso para viabilização
da identidade
Consta que certa feita os fundadores foram à redação do
jornal “O Indaiatubano”. Para engordar a vaquinha com o Livro de Ouro ou para
pedir divulgação do clube - não se sabe - conta o médico e cronista Edgar
Steffen. O fato é que o proprietário do jornal, o Sr. Athayde Puccinelli,
perguntou o nome do clube.
Mencionou-se então que algumas ideias já haviam
surgido, sem consenso: “Esporte Clube Indaiatubano”, “Cestobol Clube” e até
“Kalistênio”. O editor sugeriu “Guaianazes”, argumentando que “haviam sido
grandes guerreiros” (referindo-se aos índios da tribo guaianás).
De Indaiatuba para o
Mundo
Aceitou-se a sugestão, e o “Guaianazes Clube” passou a
funcionar entusiasticamente na “Quadra Jacob Lyra” até o início da década de
1960, tendo participado de Jogos Abertos e Jogos Regionais em Santos, Campinas,
Ribeirão Preto e Jundiaí.
Consta até que parte da a seleção brasileira de
basquete que jogou nas Olimpíadas de Londres em 1948, veio participar de uma
partida contra o time de basquete do Guaianazes.
Quadra do Guaianazes Clube
Antonio Packer treinando
(repare detalhe da Igreja Nossa Senhora da Candelária na lateral)
Antonio Packer treinando
(repare detalhe da Igreja Nossa Senhora da Candelária na lateral)
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