sexta-feira, 14 de agosto de 2020

ACRÍSIO DE CAMARGO



Nasceu Acrísio de Camargo a 10 de fevereiro de 1899 na vizinha cidade de Jundiaí. Ainda pequeno foi para Indaiatuba onde fez os primeiros estudos e se iniciou em farmácia. Nessa profissão, a que adotou para toda a vida, trabalhou em São Paulo, Rio de Janeiro, Tietê, Sant’Ana do Parnaíba, Cabreúva e Itu.

Em 1927 contraiu matrimonio com Maria do Carmo Motta, nascendo dessa união os seguintes filhos: Benedito, José Jesus e Elizabeth.

Fora de sua profissão, Acrísio de Camargo dedicou-se à poesia, ao folclore, ao teatro e a pintura.

Dedicou-se ao rádio, tendo trabalhado na Rádio Educadora de São de São Paulo, logo no início dessa emissora.

Por motivos particulares deixou-a. Tempos depois ingressa na Rádio Tupi de São Paulo. Durante o ano que aí permaneceu apresentando seus poemas sertanejos, foi o artista que mais cartas recebeu. Mais tarde é convidado a trabalhar na Rádio Clube do Brasil. Recusa porém e retira-se definitivamente da rádio.

Já em 1921 os semanários Ituanos publicavam seus versos. Durante muito tempo a revista Atalai se encarregou de difundi-los pelo Brasil afora. 

Como folclorista, publicou “Lorotas”, edição esgotada e deixou pronto para impressão “Uma Festa na Roça” e “Quadros Na Roça”(folclore) e “Poemas Caboclos” e “Roça e Troça”(poesia sertaneja). Tem duas comédias escritas, já levadas várias vezes a cena “De Pato a Ganso” e “Garota Endiabrada”. 

Como pintor foi um autodidata. Começou a pintar em 1945. Seus trabalhos passam de uma centena. Era sócio da Associação Paulista de Belas Artes e concorreu a 7ª e 8ª Exposição dessa sociedade em 1948 e 1949 com os trabalhos “Paisagens Cabreúvana” e “Rua da Palma” respectivamente.


O Hino de Indaiatuba, com letra sua e melodia de Nabor Pires de Camargo, 

foi elaborado em 1930 a pedido do major Alfredo Camargo da Fonseca, prefeito de

 Indaiatuba na ocasião em que foi comemorado o 1ºcentenário de elevação de

 Indaiatuba a freguesia.


No 1º Salão Jundiaiense de Belas Artes em 1951, alcançou o 1º prêmio, junto com outro artista, com o quadro “Velho Beco”. Foi-lhe oferecido nessa ocasião um diploma.

Faleceu a 25 de fevereiro de 1953 em Campinas.


Acrísio de Camargo seria nas palavras do historiador Michel Vovelle um “intermediário cultural, criador de um idioma para si mesmo, expressão de uma visão de mundo bem particular”.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagens mais visitadas na última semana