Padre Pedro Dias Paes Leme
Foi o primeiro pároco da paróquia Nossa Senhora da Candelária de Indaiatuba (1) e teve essa função entre os dias 15 de agosto de 1832 até o dia 14 de fevereiro de 1841.(2)
A Paróquia de Nossa Senhora da Candelária de Indaiatuba foi instalada no bispado de Dom Manoel Joaquim Gonçalves de Andrade, 5º bispo da Diocese de São Paulo, em decorrência do Decreto Imperial de 09 de dezembro de 1830, que criou a Freguesia de Indaiatuba.
O Pe. Pedro presidiu a primeira assembleia paroquial no dia 7 de setembro de 1832, que foi reunida para eleger dois juízes de paz para a freguesia de Indaiatuba e vereadores para a Câmara de Itu. O pesquisador Nilson Cardoso de Carvalho, que escreveu o livro “A Paróquia de Nossa Senhora da Candelária de Indaiatuba - 1832-2000” (2004) destaca que ele “promoveu o casamento de pessoas unidas ilicitamente” e por essas e outras ações, mereceu o louvor do vigário da vara, em visita à sua paróquia no ano de 1835.
De acordo com SILVA LEME (1905), era filho do sargento-mor Luiz Castanho de Moraes Leite e de Gertrudes Maria Ferreira, neto paterno de Luiz Castanho de Almeida (ou Moraes Leite), de Sorocaba, e de Francisca Soares de Araújo, e neto materno do capitão-mor José Dias Ferreira e Maria Leme do Prado, de Jundiaí.
Quando o fundador oficial de Indaiatuba instituiu o patrimônio da capela, que era de pau-a-pique, já estavam sendo iniciadas no seu entorno as paredes de taipa de pilão de uma nova igreja que viria a substituí-la . Estas paredes, que começaram a ser erguidas em 1807, só ficariam prontas e ganhariam a cobertura em 1839. É a atual Matriz, benzida pelo Padre Pedro naquele mesmo ano, ocasião em que também foi benzido um “novo cemitério”, localizado à cerca de duzentos metros da Matriz, cemitério este que substituiu o anterior, localizado onde hoje é o que chamamos “Largo da Matriz”, bem na frente àquela capelinha de pau-a-pique e que, ficando no interior da nova igreja, foi demolida.
Em 1840 o padre Pedro ficou doente no mês de abril e foi obrigado à deixar a paróquia em busca de assistência médica, reassumindo no dia 13 de agosto. Não apresentando melhoras, no dia 10 de janeiro de 1841, em carta ao bispo e presidente da Província de São solicitou sua demissão do cargo de vigário encomendado da paróquia de Nossa Senhora da Candelária de Indaiatuba, onde realizou o seu último batizado a 14 de fevereiro do mesmo ano, finalizando um paroquiato de quase nove anos.
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