Faleceu na madrugada do dia 04 p.p. (04/02/2011) o popular "Paulo Borges", figura folclórica das ruas indaiatubanas, conhecido por todos por seu bom humor e brincadeiras.
Leia mais sobre o falecimento de Paulo Borges no site da Tribuna de Indaiá.
Abaixo, belíssimo texto sobre Paulo Borges escrito pelo Padre Xico, do Santário Ecológico Santa Rita de Cássia, para o livro "Um Olhar sobre Indaiatuba", publicado pela Fundação Pró-Memória em 2006.
Paulo Borges
(crédito da imagem Eduardo Turatti, publicada na Tribuna de Indaiá)
.....oooooOooooo.....
O SEU NOME É...
texto do Pe. Francisco de Paula Vasconcellos (Xico)
A calçada esta forrada de branco, as flores caídas do ipê...
Eis que passa diante de mim um cidadão de cor negra, figura folclórica, importada, que faz parte da história de Indaiatuba.
Ébrio contumaz, a sobriedade paira sobre ele, esporadicamente, quando então se torna um homem sério, tímido, trabalhador... Mas isso só de vez em quando... E olhe lá!
Palmeirense fanático, sai do bar e entra na igreja no seu estado normal de embriagues, tornando o Santuário mais “ECO” do que “LÓGICO”. Lá vai ele cumprimentando a todos, sem perder o bom humor.
Cumprimenta os noivos no altar, no meio do casamento, para desespero dos fotógrafos. E durante a consagração, na missa, chega até o padre e diz:
-“O seu time hein, padre...” só que isso é dito no microfone que está transmitindo a missa pelo rádio.
Desce do altar com seu boné verde, continua mexendo com as mulheres, às vezes leva um safanão do marido irritado, mas ele sempre sorrindo, como se nada tivesse acontecido.
Evoca sempre a memória de sua mãe... Aí então, as lágrimas da saudade escorrem de seus olhos, e ele vai pedir para o padre:
-“O senhor reza pra dona Brasília”?
Eu continuo admirando o meu ipê se despindo de suas flores brancas, que vão forrando o chão. Digo a ele: -
“_ Vamos rezar por sua mãe, sim! Ela deve estar rezando por você”.
- “A propósito, qual é o seu verdadeiro nome, Paulo Borges?”
E ele responde, mostrando a sua carteira de identidade surrada:
- “O meu nome é NATALI. Nasci em Cardeal no natal de 1951, mas sou Indaiatubano de coração”.
E continua o seu caminho sobre a calçada forrada de branco.
O ipê está despido.
Recorte de jornal de Cristina Diego, disponibilizado no Facebook
nem sabia que o Padre Chico fosse tão sensivel assim.....adoro o Paulo Borges agora admiro o Padre Chico..
ResponderExcluirnem sabia que o Padre Chico fosse tão sensivel assim.....adoro o Paulo Borges agora admiro o Padre Chico..
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