sexta-feira, 22 de junho de 2018

Edson Rodrigues, o "Edson Gaúcho" - O maior repentista do Brasil


texto de Eliana Belo Silva

EDSON RODRIGUES (Edson Gaúcho) nasceu no município de Rancho Alegre, no Paraná, no dia 25 de fevereiro de 1954 e faleceu em 08 de agosto de 2005, sua fazenda  no município de Pimenta em Minas Gerais. Filho de  Lupércio Rodrigues e Angela Bruno Rodrigues, foi casado com Rosangela Milanez Rodrigues. Seus filhos: Sabrina Rodrigues Schreiner, Edison Rodrigues Filho e Janaina Rodrigues Carrijó e os netos Giulia Bellotto, Maria Schreiner, Edson Gaúcho Rodrigues Neto, Laila Carrijó e Lorenzo Carrijó. Estudou até o primário na Escola Parque de Sevilha, no Paraná, onde foi diplomado em 14 de Dezembro de 1969. Tinha notável inteligência musical, destacando-se desde menino como cantor de equilibrada voz e mais especificamente, como repentista, carreira que seguiu até quando faleceu, vítima de um trágico latrocínio.


Crédito de todas as imagens: acervo pessoal da família de Edson Gaúcho cedidas por Janete Rodrigues

Seu pai era tropeiro. Quando criança trabalhava na roça, carpia uva e durante muito tempo lavava cavalos para sobreviver. Seu primeiro instrumento musical foi uma sanfona de oito-baixos que sua mãe lhe deu de presente, que conseguiu em troca de algumas galinhas que criava.

Enquanto capinava as terras do Rancho Alegre, no Paraná, cantava e fazia repente. Aos 10 anos ganhou o concurso de repentista e ganhou o apelido de Gaúcho. Essa é a pequena história da infância de Edson Rodrigues, mais conhecido como Edson Gaúcho, o maior repentista do Brasil [1].



Edson é caçula de sete irmãos que nasceu no Paraná, depois morou em Governador Valadares, Itupeva e finalmente em Indaiatuba, onde morou por mais de 28 anos.

“Desde pequeno o Edson fazia repente. Ele pegava o cabo da enxada e fazia de conta que era um violão. Quando chegava parentes em casa, ele adorava fazer repente”[2] disse dona Angela B. Rodrigues, mãe de Edson Gaúcho.




“_ O dom de repentista nasceu comigo. Ser repentista é algo divino, maravilhoso. Sempre agradeço a Deus por isso!” [3]

O primeiro cachê que Edson ganhou foi numa feira de Agropecuária realizada em Governador Valadares, onde morava. “Os fazendeiros de Minas Gerais me viram cantando na cidade, gostaram e me convidaram para participar da feira. De lá. Não parei mais de fazer repente”, disse.

Repente é o mesmo que ímpeto e repentista é quem improvisa. E Edson Gaúcho soube muito bem fazer isso: “Eu canto para o povo. Eu falo a um público simples, faço o que eles pedem, improviso na hora e às vezes basta uma palavra para fazer um repente, às vezes um objeto ou uma pessoa.”

Participou de infinidade de shows e participações na TV. Em 1975, participou de shows de calouros do programa Silvio Santos e tirou a nota máxima dada pelo José Fernandes, um jurado muito exigente, tanto quando Aracy de Almeida. Participou da novela Roque Santeiro, numa festa dada pelo Sinhozinho Malta, vivido por Lima Duarte. Sua última aparição na TV foi no programa do Faustão. Participou, em 1984, do programa “Viola Minha Viola” da TV Cultura, sempre elevando o nome de Indaiatuba por onde quer que fosse. Participou do especial para a Rede Globo da dupla Leandro e Leonardo e trabalhou em um programa na Rede Manchete, com Sérgio Reis.[4]


Ocasionalmente, Edson participava de festas familiares e empresariais, conforme documento de seu acervo pessoal, uma carta enviada pela Crovel – Comercial Refinadora de Óleos Vegetais, de Indaiatuba[5]:

“Quando alguém canta com o coração, com a alma, até no céu se faz silêncio para ouvir, É a melodia divina do amor. É a voz do amor. É a voz de Deus, à quem todos os ouvidos, pensamentos e joelhos devem se curvar”.

Fora da TV, Edson Gaúcho participou da campanha política de Guilherme Afif Domingos para presidente e em seguida para o candidato Fleury Filho para governador do estado. “Foram 120 shows para Fleury. Acabou a campanha e eu não tive tempo para descansar” [6], comentou Edson Gaúcho, na época. Também trabalhou na campanha de Fernando Carvalho (PTB) à Prefeitura do Rio de Janeiro.

Quando soube que o repentista iria trabalhar para o PMDB em campanha, o então deputado José Carlos Tonin enviou-lhe uma carta [7] com os seguintes dizeres:

“Prezado amigo Edson Gaúcho, quando soube que você irá trabalhar nesta próxima campanha eleitoral para o PMBD e com a extraordinária figura do Dr. Milton Paiva, fiquei muito contente e feliz em função de que você estará em companhia de pessoas confiáveis, especialmente o nosso amigo Milton. Lembrei-me então, desta mensagem [intitulada “O Valor da Confiabilidade” do Frei Neylor José Tonin]. Parabéns e sucesso!”

Quando acabou a campanha de Fleury, Edson fechou contrato para 10 shows em Portugal e Espanha em junho de 1991.






Em 3 de dezembro de 1990, participou de uma festa promovida por Cesar Nogueira Produção Artística no Sheraton Hotel no Rio de Janeiro, onde recebeu troféu de destaque do ano como repentista. Outras estrelas premiadas e presentes nesta festa foram Aracy Balabanian, Wando, Claudia Abreu, Patricia Pillar, Fagner, Gugu Liberato, Claudia Raia, Angelica, Victor Fasano, Hebe Camargo e Cristiana Oliveira.

Quando Newton Cardoso governou Minas Gerais, entre 1987 a 1991, fez vários shows contratados por ele:

“[...] Mas nesta visita de Newton Cardoso à Mindiri, um momento de descontração, de gargalhadas e de lazer proporcionado por um dos maiores repentistas que percorrem o Brasil; Edson Gaúcho, foi um sucesso. Arrancou aplausos de todos e os cumprimentos do Governador. Trata-se realmente de um grande artista,, um elemento que alegrou o ambiente, cantou para todos, improvisando os mais curiosos versos. Aliás, em diversas oportunidades Edson Gaúcho já teve chances de cantar em visitas do Governador, o qual fica entusiasmado e satisfeito com suas brincadeiras e com sua música contagiante[8].

 Cantou para vários políticos em diversas ocasiões, mas sempre citava o fato de ter cantado para o então presidente Figueiredo: “a apresentação que mais me tocou até agora foi no dia 2 de outubro do ano passado, em Minas Gerais; tinha vários políticos e eles pediram “bis”.[9]



Edson Rodrigues, o “Gaúcho” era considerado pela crítica especializada um dos melhores repentistas do Brasil. Além desse talento, ele levava uma vantagem sobre os demais concorrentes: sua voz era perfeita. Edson apresentava-se com um conjunto formado por cinco músicos profissionais e faz repentes sozinho, sem necessidade de ninguém para acompanhá-lo.[10]

- Fazer repente é um dom de Deus e desde menino as pessoas me pediam para cantar nas festas de igrejas e escolas. Eu trabalhava em Itupeva, e um dia um amigo de Jundiaí me convidou para cantar na Festa da Uva. O show foi em um circo bem modesto, e lá me apresentei por dois anos, não ganhava nada.


Fora dos palcos e dos shows, Edson Gaúcho ficava com a família, pois nem sempre eles podiam acompanhá-los nos shows [11].

_ “ Desde que me casei com o Edson eu sabia que seria assim. Eu sempre partilho da vida com ele. Ele é muito atencioso, sempre que está longe, liga para nós. Já me acostumei”[12], declarou Rosangela Milanez Rodrigues em 1990, esposa que Edson conheceu em um baile em Vargem do Sul, sua cidade natal.

Edson também ficava com a família em uma fazenda que tinha em Minas Gerais, onde criava gado, búfalos e cavalos. Na ocasião, queria colocar o nome do local de ‘Haras Versos de Ouro”[13].

Em Indaiatuba participou de inúmeros eventos, entre os quais a maior parte de maneira voluntária, como por exemplo nas festas religiosas da padroeira Nossa Senhora da Candelária, Romaria para Pirapora (durante 23 anos), Festa comemorativa do Dia dos Velhinhos (26 de fevereiro de 1994) e outras.

Edson Gaúcho foi assassinado em sua propriedade em 2005, na Fazenda Rancho Tropeiro do Vento, em Minas Gerais. O assassino confesso narrou que ele reagiu à uma tentativa de roubo, tendo recebido covardemente 3 tiros pelas costas. A festa de Nossa Senhora da Candelária, padroeira de Indaiatuba, sente saudade de seu ilustre repentista.



Recorte do acervo pessoal da família de Edson Gaúcho
Jornal PRISMA de PIMENTA - (MG)
18 de agosto de 2005.


.....oooooOooooo.....

[1] MONTALDI, Edmilson, “O repente de um gaúcho”. Publicação feita no Jornal Cidade Indaiá em 21 de dezembro de 1990, quando o homenageado tinha 37 anos.
[2] Idem.
[3] Idem.
[4] ALVES, Josiane Giacomini. “Sérgio Reis do tamanho do Brasil”, Jornal Correio Popular de 3 de agosto de 1997.
[5] Carta do Acervo pessoal de Edson Gaúcho, subscrita por Manuel Lourenço Alberto em 7 de janeiro de 1987.
[6] MONTALDI (1990).
[7] Carta do Acervo pessoal de Edson Gaúcho, subscrita pelo então deputado José Carlos Tonin em 11 de junho de 1992.
[8] Recorte de jornal sem nome e sem data, com texto intitulado “O grande repentista”, do acervo pessoal de Edson Gaúcho.
[9] Recorte do Jornal de Hoje, página 4, “Versos até para o Presidente Figueiredo – Jeitão caipira, Gaúcho faz repente e cria gado” sem data e sem autor do arquivo pessoal de Edson Gaúcho.
[10] Idem.
[11] Idem.
[12] MONTALDI (1990).
 [13] Idem.

DE AUTORIA DO VEREADOR NELSON LATURRAGHE DENOMINOU EDISON RODRIGUES (EDISON GAÚCHO) O SISTEMA DE LAZER I, DO LOTEAMENTO DENOMINADO JARDIM BELO HORIZONTE, EM INDAIATUBA.

EM JUNHO DE 2018, ATRAVÉS DO GABINETE DO VEREADOR ALEXANDRE PERES, O ARQUIVO PESSOAL DO ARTISTA FOI ENCAMINHADO PARA A FUNDAÇÃO PRÓ-MEMÓRIA DE INDAIATUBA, EM ATO DE SUA IRMÃ JANETE RODRIGUES.


O homem se vai, mas enquanto alguém 
disser seu nome ou relembrar sua obra, 
sua memória permanecerá entre nós.

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Camerata da Osusp: "A História do Soldado", Igor Stravinsky


Museu Republicano recebe a “A História do Soldado”, obra clássica do russo Igor Stravinsky, em apresentação gratuita com Camerata da Orquestra Sinfônica da USP.


Sob a regência de Wagner Polistchuk, “A História do Soldado” é tema de apresentação em formato camerístico. A Camerata formada por cordas, sopros e percussão da Orquestra Sinfônica da USP - OSUSP, se apresenta em 23 de junho, às 11h, no Auditório do Centro de Estudos do Museu Republicano “Convenção de Itu” (Casa do Barão). 

Idealizada como um espetáculo cênico-musical, A História do Soldado foi composta por Igor Stravinsky, em 1918, a partir do texto do escritor suíço Charles-Ferdinand Ramuz, baseado em contos populares russos recolhidos por Alexander Afanássiev. A peça busca exprimir aquilo que o ser humano é capaz de fazer em nome de seus desejos, vaidades e sede de poder, através da história de um soldado que vende sua alma ao diabo, simbolizada pelo único bem de valor que o protagonista traz consigo - seu violino. Os instrumentos utilizados representam as personagens que participam da história: soldado, princesa, diabo. 

Para esse repertório, a Camerata OSUSP conta com a participação de Karen Hanaí (violino), Alexandre Miranda (contrabaixo), Tiago Garcia (clarinete), Mariana Bergsten (fagote), Amarildo Nascimento (trompete), Carlos Freitas (trombone) e Leopoldo Prado (percussão). O ator e diretor Luiz Eduardo Frin é o narrador e completa a formação como convidado especial.

A apresentação é aberta ao público e gratuita.

Serviço:
Música no Museu
Quando | Sábado, 11h (23/06)
Onde | Auditório do Centro de Estudos do Museu Republicano “Convenção de Itu” (Casa do Barão)
Rua Barão de Itaim, 140 – Centro Histórico – Estância Turística de Itu
Informações: 11 40230240, menu 3, Serviço Educativo


terça-feira, 19 de junho de 2018

Fazenda Pimenta: pioneirismo de imigrantes fez história


Texto originalmente publicado na Tribuna de Indaiá

O ano era 1949 quando o italiano Santoro Mirone, ex-oficial da Marinha italiana, fincou raízes em Indaiatuba. O imigrante chegou aqui com a esposa Santina e três filhos pequenos, e a família se estabeleceu na Fazenda Pimenta, área que ele havia adquirido no ano anterior. Ali existiu, por 25 anos, a fábrica de óleo de amendoim comestível Aburá. Hoje, o prédio está desativado, porém, junto à igreja construída ao lado, contribui para um cenário bucólico, ideal para amantes da fotografia e de belas paisagens.

Segundo Giuseppe Mirone, filho de Santoro e Santina, o pai estava desgostoso com a situação na Itália no final da 2ª Guerra Mundial. "Ele atuou na guerra, e após ver o país perder o conflito, e diante da possibilidade do comunismo, resolveu deixar o país", conta. "Em 1948, ele veio passear no Brasil, pois tinha um primo em São Paulo, que havia montado uma pequena fábrica de fornos elétricos. Meu pai, então, resolveu visitar a região, da qual gostou muito."

Os Mirone empreenderam a viagem ao Brasil de navio, juntamente com outras 30 famílias. Na ocasião, a Fazenda Pimenta estava à venda. "O local estava completamente abandonado; ele comprou e deu o sinal com o dinheiro que havia sobrado da viagem", revela Giuseppe. "No ano de 1949 ele completou o pagamento e nos mudamos definitivamente."

A ideia de montar a fábrica de óleo vegetal comestível já existia nos tempos da Itália, conforme relata o proprietário da fazenda. "Ele comprou uma fábrica que estava quase parada, na cidade de Catânia, no sul italiano, e trouxe todo o equipamento para cá. Então, a fábrica foi construída e começou a operar no início dos anos 50, quando foi constituída a empresa Siap - Sociedade de Industrialização Agrícola Pimenta", diz Giuseppe.

Sobre o nome do óleo, Aburá, o proprietário explica que tem relação com o contato de Santoro com os japoneses. "Ele tinha vários negócios com os japoneses, principalmente de hortaliças e tomates, e aburá significa óleo na língua japonesa", explica.



Negócios

A fabricação do óleo Aburá foi encerrada em 1975. "O motivo do final das atividades foi que, na época, o cultivo de amendoim não estava dando certo na região. A produtividade era baixa, tinha problemas sérios de doenças; então, a falta de matéria prima inviabilizou a produção - ele teria de se mudar para o noroeste do Estado como Marília, Birigui etc. Mas, ele gostava muito daqui e não quis sair", simplifica Giuseppe.

Todavia, a família Mirone apostou em outros negócios. "Por um bom tempo fomos um dos principais fornecedores de tomates ao Ceasa. Temos ainda a pecuária, que segue em menor proporção. Nossa tradição é rural, e temos também o cultivo de cana em parceria com usina, e o plantio de batatas em determinados períodos do ano, já que é uma produção muito arriscada, porque a semente é cara, e quando vai mal o prejuízo é muito grande", assevera o proprietário da Fazenda.

Promessa

A área da fazenda abriga também a igreja de São José, construída ao lado do prédio da antiga fábrica, nos anos 60. "Meu pai tinha a ideia de fazer a igreja e, na Itália, conseguiu uma planta com o padre local. Porém, em certo período ele ficou doente, com dificuldade de andar e muitas dores. Foi a diversos médicos, mas não conseguiu resolver. Então, soube de um especialista alemão fora do Brasil, e só então ficou curado. E a minha mãe cobrou dele a promessa de construir a igreja", resume.

No local há também um barco. Os descendentes contam que Santoro o construiu com a intenção de navegar no rio São Francisco, já que havia comprado uma área lá, ao norte de Minas Gerais. "Ele construiu, mas o barco nunca saiu daqui", brinca Giuseppe.


segunda-feira, 18 de junho de 2018

Rua Adhemar João Möller

Adhemar João Möller, agricultor, casado com Glória da Conceição Pires Möller, nasceu em 07 de junho de 1931 na Fazenda Sete Quedas (Monte Mor/SP) e faleceu em 13 de abril de 2009 em Indaiatuba. Morou em Indaiatuba de 1947 à 2009.

Pai de Adalberto Reis Möller, Wayne José Möller e Carlos Antônio Möller e avô Cintia Rafaela Lorente Möller, Ricardo Antônio Lorente Möller, Rafael Alberto Lorente Möller, Mary Helen Möller, Mariane Möller e Beatriz Bertuzo Möller.



Trabalhou como agricultor familiar de 1938 à 1947, na Fazenda Madeira de 1948 à 1949, na Têxtil Judith S/A de 1949 à 1950, Singer do Brasil de 1950 à 1958, Bar da Agência Bonavita (esquina XV de Novembro com Cerqueira César) de 1958 à 1962 e encarregado de manutenção no Clube 9 de Julho de 1983 à 1989.




Foi comerciante e vendedor de leite in natura de 1962 à 1966 e de 1971 à 1978, trabalhou no Bar da Estação de Itaici de 1966 à 1971, e agricultor NO Sítio Laranjal de 1978 à 1982.




Adhemar João Möller, que morou em Indaiatuba por mais de 62 anos, em foto de 1957.




Bar da Estação de Itaici, o qual ADHEMAR foi proprietário em imagem de 1969.
Do lado esquerdo, na parte de dentro do balcão, o Sr. Adhemar. Do lado direito, o filho mais velho Adalberto Reis Möller.
A máquina de metal (aparentemente de alumínio) era uma máquina que fazia sorvete.

Foto do 4º ano primário, turma mista, Adhemar é o primeiro na fileira de baixo (sentado) da esquerda para a direita. É o único que está com uma bolsa transversal. Todos descalsos. A gestora da escola, na época, era a Sociedade Germânica, fundada em 1921 e a escola ficava onde fora, outrora, a Fazenda Sete Quedas.


Adhemar com o amigo Toninho Antoniolli, início da década de 1960, 
onde atualmente é a Vila Teller


Aniversário do Sr. Adhemar em junho de 2008, 
foto tirada na casa da Rua Hércules Mazzoni.
Sentados, o casal Adhemar e Glória (D. Glorinha).
Na fileira de trás, da esquerda para a direita: o filho Carlos, filho Adalberto, neta Mary Helen, a nora Maristela, a neta Beatriz, o neto Rafael, o filho Wayne e a nora Nancy.
Na fileira do meio, da esquerda para a direita: a neta Cintia e a bebê Isabela (bisneta) no colo, neta Mariana e neto Ricardo.


través de um projeto de lei indicado pelo vereador Alexandre Carlos Peres, a antiga Rua 4 do Jardim Residencial  Veneza passou a se chamar RUA ADHEMAR JOÃO MOLLER.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Aula: Viagens fluviais: homens e canoas na rota das monções


Ministrante: Maria Aparecida de Menezes Borrego.

É mestre e doutora em História Social pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e pós-doutora em História Social pelo Museu Paulista da Universidade de São Paulo. Autora de A teia mercantil: negócios e poderes em São Paulo colonial (São Paulo: Alameda/Fapesp, 2010), Códigos e práticas: o processo de constituição urbana de Vila Rica colonial (São Paulo: Annablume/Fapesp, 2004) e co-autora de Poderes privados, práticas públicas (São Paulo: Escolas Associadas, 2002). Atua como docente do Departamento de Acervo e Curadoria do Museu Paulista - USP e do Programa de Pós-graduação em História Social da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - USP; supervisora técnico-científica do Museu Republicano "Convenção de Itu" e co-editora do periódico Anais do Museu Paulista. História e Cultura Material. 
Local: Auditório da Casa do Barão do Museu Republicano.

Data: 16/06

Esta aula faz parte da segunda edição do Curso: Patrimônio Cultural e Inventários Participativos, organizado pelo Setor Educativo do Museu Republicano de Itu/USP e a Diretoria de ensino de Itu/ Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, cujo objetivo consiste em estabelecer reflexões sobre Patrimônio Cultural Paulista e discutir ações para sua valorização e preservação junto à comunidade. Nosso intuito consiste em estimular os participantes a pensar além dos tombamentos e registros institucionais, ressaltando, por outro lado, as experiências vividas pelas comunidades.

Setor Educativo do Museu Republicano de Itu/ USP
Rua Barão de Itaim, 67, Centro, Itu/SP


A aula é aberta aos inscritos no curso e para os interessados no tema.

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e atividades ao ar livre
Partida da Monção (Estudo), 1897. 
Óleo sobre tela 35 cm X 60 cm. Acervo: Museu Paulista da USP.
Obra em exposição no Museu Republicano.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Farmacêutico chega em Indaiatuba em 1881

Pharmaceutico


Fixou residência na Vila de Indaiatuba o sr. Júlio Cezar de Moraes Fernandes, farmacêutico formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. 

 Além das provas brilhantes de talento e aplicação, que sempre revelou no curso acadêmico, o distinto farmacêutico tem longa prática [ilegível] presididas por muita dedicação e invejável aptidão.

São títulos com que os habitantes de Indaiatuba se apresenta o Sr. Moraes Fernandes, também habilitado a prestar socorros médicos aos enfermos, pelos conhecimentos especiais, adqueridos  por verdadeira vocação. 

É pois uma excelente aquisição que faz a Vila de Indaiatuba.


FONTE: Imprensa Ytuana
ANNO VI - nº 298
Ytu. 25 de Dezembro de 1881.


sábado, 9 de junho de 2018

Escravos libertos em 1888

O sr. João de Almeida Prado Júnior, deu liberdade a todos os seus escravos em numero de 6 (seis) sem condição alguma. 

O sr. Antônio Xavier de Campos, residente em Indaiatuba, deu liberdade a seus escravos em número de 3 (três), sem condição alguma.




Fonte: A Imprensa Ytuana : jornal scientifico, litterario, noticiozo e 

industrial do Instituto do Novo-Mundo, ano 012, n. 352, 22 de março de 1888

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