Junho foi mês de festa no Hospital Augusto de Oliveira Camargo (HAOC).
Há 85 anos, mais precisamente no dia 27 de junho de 1933, o casal Augusto de Oliveira Camargo e Leonor de Barros Camargo inauguravam o hospital que trouxe mudanças significativas na qualidade de vida das pessoas que residiam em Indaiatuba. Oferecendo um serviço médico gratuito, mantendo-se até hoje como um hospital filantrópico e auto-sustentável, o HAOC tem como mantenedora a Fundação Leonor de Barros Camargo, e a missão de atuar no mercado de assistência à saúde, oferecendo produtos e serviços de qualidade, de comprometimento ético e humanizado.
E para comemorar a data, os quase 1 mil funcionários, ex-funcionários e a população em geral foram convidados para participar no dia 24 de junho, domingo, da primeira caminhada do HAOC, no Parque Ecológico. A concentração aconteceu às 9h na área próxima à Concha Acústica, com aferição de pressão arterial e exame de glicemia, orientação alimentar e nutricional, e aula de alongamento e aquecimento antes de iniciar a caminhada.
O percurso, de aproximadamente 4 km, abrangeu a partida na área próxima ao estacionamento, seguindo, sentido fluxo de veículos, até a avenida Fábio Ferraz Bicudo, e retorno ao ponto de partida. Também neste dia ocorreu, no Parque Ecológico, o plantio de uma árvore para simbolizar a data.
Para comemorar a data, aconteceu no domingo, dia 24 de junho, a primeira caminhada do HAOC, no Parque Ecológico -Foto: Maurício Santaliestra
Entre outras comemorações internas, ocorreu no dia 28 uma missa de ação de graças, celebrada pelo Padre Luiz Antônio, na Capela do hospital.
História
Por volta de 1920 o casal de paulistanos Leonor de Barros Camargo e Augusto de Oliveira Camargo, donos de algumas propriedades no interior de São Paulo, entre elas, uma fazenda de cultivo de café em Indaiatuba, ao constatar a impossibilidade de terem filhos, decidiram que seus bens deveriam ser transformados em obras sociais que fossem desfrutadas por toda comunidade carente.
Muito religiosa, Leonor sensibilizou-se com a precária assistência à saúde a que se submetiam os trabalhadores das fazendas existentes em Indaiatuba e procurou o padre da Matriz Nossa Senhora da Candelária. Ao tomar conhecimento de que não existia qualquer assistência aos mais necessitados, disse: “O senhor vê aquela colina bem na frente da porta de sua igreja? Pois será ali que os doentes serão acolhidos, pois ali serão tratados”.
Com o auxílio e experiência dos profissionais que atuavam no primeiro hospital da capital paulista, a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, o casal escolheu o arquiteto Ramos de Azevedo, que projetou o Teatro Municipal de São Paulo, para fazer o projeto do hospital.
Com o auxílio e experiência dos profissionais que atuavam no primeiro hospital da capital paulista, a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, o casal escolheu o arquiteto Ramos de Azevedo, que projetou o Teatro Municipal de São Paulo, para fazer o projeto do hospital.
Entretanto, em 1921, Augusto teve um AVC que o deixou sem andar ou falar, embora continuasse lúcido. Mesmo diante da adversidade, Leonor não desistiu e conseguia se comunicar com o marido.
A construção do hospital começou no final de 1928 e, no dia 1º de junho de 1929 foi lançada a pedra fundamental de uma obra que representava aos munícipes não só uma maravilha arquitetônica, mas também um hospital com estrutura como muitos nunca haviam visto.
Indaiatuba era então um vilarejo com cinco mil habitantes, que possuía, entre suas construções mais grandiosas, a Estação Ferroviária, o Casarão Pau Preto e a Igreja Matriz Nossa Senhora da Candelária.
Em carinhosa homenagem ao marido, Leonor escolheu o dia 27 de junho de 1933, data em que Augusto completava 82 anos, para a inauguração do hospital. Naquele dia houve missa e coquetel, porém, o que tornou a festa inesquecível foi o momento em que todas as luzes foram acesas, pois juntas gastavam três vezes mais energia do que toda a cidade de Indaiatuba.
Augusto de Oliveira Camargo faleceu no dia 13 de julho de 1937, com 86 anos de idade, e Leonor de Barros Camargo em 6 de junho de 1944, aos 79 anos, passando a administração da Fundação como Mantenedora do Hospital Augusto de Oliveira Camargo, a ser feita por pessoas ligadas por parentesco das famílias, o que vem acontecendo ao longo do tempo por diversas gerações até os dias de hoje.
Desenvolvimento
Em 1997 inicia-se uma nova gestão no HAOC através da superintendência do Sr. Renato Sargo, marido de Regina de Paula Leite Moraes Sargo, sobrinha-bisneta de Leonor e Augusto. Até então o hospital mantinha a mesma estrutura física de sua inauguração, com uma área construída de 9 mil metros quadrados. Hoje conta com 18 mil m², e somará 7.500 m² com o novo prédio que está sendo construído, que abrigará mais de 170 novos leitos de internação.
Além disso, foram anexados ao prédio original os Postos 1 e 2, que contém apartamentos de internação; houve a construção do prédio onde funciona o Centro de Diagnósticos, com serviços de Oncologia, Câmara Hiperbárica, Cardiologia, Endoscopia, Utrassonografia, Farmácia e Hemodiálise; outro local para o Pronto Socorro – cuja gestão é compartilhada com a Secretaria Municipal de Saúde –; Hemodinâmica, Laboratório de Análises Clínicas, Centro Obstétrico, nova cozinha e refeitório, entre diversas outras melhorias implementas para acompanhar o crescimento da cidade e o desenvolvimento médico e tecnológico.
Texto: Divulgação/Assessoria
HAOC VISTA ÁREA EM 2018
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