Andriana Corne Barnabé
“Nascida na Itália em quatro de julho de 1830, aos 30 anos de idade (1865) encheu a mala de coragem e veio para o Brasil”. (1)
Por volta de 1885, Andriana Corne Barnabé, viúva de Lorenzo Barnabé (2), emigrou de Mântua, Itália, para o Brasil. É ela a matriarca que deu origem à vastíssima Família Barnabé de Indaiatuba, que originalmente se chamavam Bernabés.
Veio para a região de Itupeva, com seus filhos Valeriano, Paulo e Seraphim a fim de trabalharem na lavoura, como colonos. Com o tempo, cada um, já casado, foi adquirindo suas terras.
Valeriano era casado com Adelina Bozelli Barnabé e tiveram 2 filhos: Antenor e Renato. Ele adquiriu a Fazenda Bela Vista (que depois se chamou Santa Cândida) e em 1907 a Fazenda Engenho D´Água, no Buru, atual Jardim Morada do Sol. Esta fazenda, passando por herança para Renato e posteriormente para Ário Barnabé, permaneceu na família por 66 anos.
Antenor casou-se com Ernesta Villard.
Renato casou-se com Gioconda Savi e tiveram seis filhos: Artur, casado com Elvira Stocco; Ario, casado com Lilia Curit; Iole, casada com Jacinto Turrino; Dirce, casada com Silvio Talli; Mario Aldo (Lando) casado com Cândida Bertani e Leonor (Nenê), casada com João de Campos.
Sobre sua morte, assim conta Antonio da Cunha Penna:
“Reinaldo, um dos quatro netos da matriarca Andriana, havia chegado da cidade. Durante o almoço contou a novidade à família: o prefeito queria, porque queria inaugurar o novo Cemitério. Ora, um Cemitério sem ninguém enterrado, não passa de um descabido cercado, por tanto, um defunto naquele momento era gênero de primeiríssima necessidade. O prefeito, num ataque de lucidez espalhou a boa nova: “Quem primeiro for enterrado no novo Campo Santo, ganhará como prêmio, um túmulo artisticamente erigido em granito rosa”. Apesar de belo, útil e tentador presente; quem se habilitaria a recebê-lo?
Ao ouvir o boato, dona Andriana teria indagado em macarrônico sotaque: “Por caridade! Quem haverá de querer um presente desses...?” O mudo destino que paira sobre todos nós, respondeu... Mas a seu modo: à tarde do mesmo dia – 11 de agosto de 1905 – dona Andriana sentiu se mal e morreu. Merecidamente levou o mimo: um elegante obelisco feito em granito rosa.
Lei Ordinária nº 7534 de 17 de dezembro de 2020
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