Padre João Batista Teixeira Monteiro
Foi pároco da paróquia Nossa Senhora da Candelária de Indaiatuba entre
29 de maio de 1895 a 5 de dezembro de 1897.
Ele era português, filho de Manoel Teixeira Monteiro e de Tereza
Monteiro Xavier, batizado na paróquia de São Domingos ex-Vale, Arcebispado de
Braga. Recebeu a primeira tonsura em 3 de agosto e foi ordenado pelo
bispo de Goiás, D. Domingos Quirino de Souza, a 20 de agosto de 1862, no
mosteiro de São Bento no Rio de Janeiro, estando o bispo de passagem pela
Corte.
Recebeu licença para usar de suas ordens no bispado do Rio de Janeiro neste mesmo ano, provisão para “confessar homens, e tendo quarenta annos, mulheres neste nosso Bispado”. No ano seguinte e, após ser examinado na Matriz de São José pelo vigário João Procópio da Natividade Silva, obteve licença para celebrar sua primeira missa e as três seguintes.
Da diocese do Rio de Janeiro passou a de São Paulo, onde foi nomeado vigário da freguesia de Santa Rita de Extrema, sul de Minas, então pertencente à diocese de São Paulo. Esta paróquia foi instituída canonicamente em 22 de dezembro de 1871, e teve o reverendo João Batista Teixeira Monteiro como seu primeiro pároco, que lá residiu durante muitos anos.
Transferido para Indaiatuba, aqui permaneceu durante dois anos e meio e deve ter testemunhado os primeiros conflitos políticos entre os dirigentes republicanos do município, divididos entre os correligionários de Antônio de Almeida Sampaio e de Alfredo Camargo da Fonseca, saindo vitorioso este último na eleição para a reorganização do Partido Republicano de Indaiatuba, a 17 de agosto de 1895. O resultado dessa eleição sinalizou o início da hegemonia política do “Major Fonseca” durante toda a República Velha, a “República dos Coronéis” durante três décadas.
O fabriqueiro Felipe Neri de Camargo Thebas, tomou posse por portaria de 7 de junho de 1895 e foi provisionado aos 22 de junho do mesmo mês, logo quando o padre Monteiro chegou em Indaiatuba. Mais tarde, em 8 de janeiro de 1888, Thebas seria nomeado encarregado dos lampiões que iluminavam as ruas de Indaiatuba.
Foi em seu paroquiato que Indaiatuba recebeu a visita pastoral de D. Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcante, que foi arcebispo de São Paulo entre 30 de setembro de 1894 e 24 de julho de 1897.
Foi em seu paroquiato que Indaiatuba recebeu a visita pastoral de D. Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcante, que foi arcebispo de São Paulo entre 30 de setembro de 1894 e 24 de julho de 1897.
O último batismo que fez o padre João Batista Teixeira Monteiro foi em 5
de dezembro de 1897. Foi removido para o município de Bauru, cuja igreja Matriz
do Divino Espírito Santo, hoje catedral, foi fundada no mesmo ano que o padre
Monteiro foi para lá.
Lei Ordinária nº 7423, de 24 de setembro de 2020
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