Iluminação Pública - 1913

 

Inauguração da Luz Elétrica em Indaiatuba

Eletrificação

FONTE: Jornal "República" de 23 de março de 1913

Censo Populacional - 1917

 

Fonte: Jornal MUNICIPIO DE ITU

25 de março de 1917

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A CALÇADA PORTUGUESA DE INDAIATUBA

Charles Fernandes

Arquiteto e Urbanista

Esta é mais uma linda curiosidade sobre nosso rico mas escasso patrimônio.

Você sabia que poucos anos após a criação da calçada portuguesa, lá em Portugal, ela era reproduzida em Indaiatuba?

E que aqui na nossa cidade ela foi feita exatamente como em Lisboa, e outras cidades de Portugal, na segunda metade do século XIX?

Criada em 1842 nas terras lusitanas, aqui em nossa cidade ela foi utilizada no entorno de um PRÉDIO IMPERIAL.

O padrão adotado aqui, é exatamente o da PRAÇA DO ROSSIO em LISBOA, chamado de "MAR LARGO".

O padrão MAR LARGO, que cria ondas a partir de pedras em duas cores diferentes, foi utilizado posteriormente por Burle Marx no projeto da Orla de Copacabana. (Tive a chance de reproduzir, também aqui em Indaiatuba, na calçada de uma de minhas obras, o Sagrado Bar.)

Mas existe um detalhe INCRÍVEL nas obras ORIGINAIS de Indaiatuba

VOCÊ JA DEVE TER SACADO, que estamos falando do piso da Praça PRUDENTE DE MORAES, cuja primeira parte, voltada para a Rua Bernardino de Campos, foi executado para receber a CASA DE CÂMARA E CADEIA, um prédio de projeto padrão para vilas imperiais, utilizado também em outras cidades brasileiras, em cerca da década de 1880.

E O DETALHE INCRÍVEL QUE NOS DISTINGUE?

Diferente da versão carioca, o NOSSO calçamento reproduz exatamente as mesmas cores utilizadas em PORTUGAL, e não as modernas do Rio de Janeiro, pois foram construídas nos últimos anos de Império de D. Pedro II, cerca de 1888.

Nós INDAIATUBANOS, podemos dizer com muito orgulho, que nosso calçamento, datado da época do Império, serviu de MODELO para as calçadas de Copacabana.

Andar pela Praça Prudente de Moraes em Indaiatuba, atentando-se ao desenho intrincado de seu piso, é quase hipnótico; impossível não imaginar que ali, um dia, esteve um hábil artesão, com seu martelo de cantaria e um molde de madeira, fazendo desenhos nunca vistos por estas paragens.

O calçamento da Praça Prudente de Moraes já foi indicado para tombamento, mas não houve ação dos órgãos competentes para tal viabilizar tal proteção.

Trem das artes acontece no dia 22 de setembro no Museu Ferroviário

 

Feira de artes e artesanatos e locomotiva a vapor são as atrações do evento

 

A Secretaria de Cultura realiza no próximo domingo (22) mais uma edição do Trem das Artes em frente ao Museu Ferroviário. O evento acontece das 9h às 12h com a presença de expositores da Feira de Artes e Artesanatos de Indaiatuba e o acionamento da histórica locomotiva a vapor Nº 10.

Os visitantes poderão conferir os artesanatos expostos pelos fabricantes a partir das 9h. Já a locomotiva a vapor em funcionamento poderá ser contemplada pelos visitantes das 10h às 11h30.  Caso chova o evento será cancelado. Mais informações entrar em contato pelo telefone (19) 3816-4917.

Serviço

(Feira de Artes e Artesanatos de Indaiatuba das 9h às 12h/ Locomotiva das 10 às 11h30)

Local: Museu Ferroviário - na Praça Newton Prado - Centro.

Telefone: (19) 3816-4917.

PORTAS E JANELAS ANTIGAS DE INDAIATUBA

Charles Fernandes

Arquiteto e Urbanista

Abrir um vão em uma parede para criar uma porta ou janela sempre foi um desafio estrutural, quanto mais rudimentar a tecnologia utilizada na parede, mais inteligente é a solução na abertura.

AS LUMIEIRAS RETAS do Casarão Pau Preto

As portas e janelas do Casarão Pau Preto, em especial da ala em taipa de pilão, são elementos robustos em madeira, criados para transferir os esforços que atuam sobre o vão aberto, para o resto da parede. ESTEIOS sobem verticalmente e são encimados por uma peça grossa de madeira chamada de LUMIEIRA. As portas e janelas em edificações de taipa, são fortes peças estruturais.

Os ARCOS ABATIDOS Barrocos da Candelária.

Quando o Brasil foi descoberto pelos povos europeus, estávamos no início da era que chamamos de Barroco; em seu momento mais inicial, o maneirismo. Uma das principais características desta vertente artística é o uso de curvas e a sensação de movimento. As portas e janelas sustentadas, na Antiguidade Clássica, por peças em arco pleno ou vergas retas, passam a ter desenho abatido, elíptico. O ARCO ABATIDO é tipicamente barroco e marca a época de Brasil Colônia.

As duas primeiras obras citadas, da Candelária e do Casarão, são autenticamente construídas durante o barroco brasileiro, em épocas de Colônia ou tardiamente no início do Império, todas as outras que citarei são releituras de um novo movimento artístico, o ecletismo.

O ARCO ABATIDO ECLÉTICO do RANDOLFO.

Após o Barroco no Brasil tivemos um movimento de releituras de eras anteriores, chamado de ECLETISMO. Neste movimento da segunda metade do Sec. XIX até o início do XX, foram revividos elementos da Arquitetura Clássica, Gótica ou até mesmo a Barroca, e passamos a identificar ESTILOS ECLÉTICOS pelo prefixo NEO. É a era do Neoclássico, Neogótico e do Neocolonial; é o tempo da moda e da indústria.

O ARCO ABATIDO da janela do RANDOLFO, é uma releitura do arco abatido barroco, misturado com diversas outras informações, uma das referências, é a própria Igreja da Candelária. Podemos dizer que esta janela é um elemento de repertório Eclético.

A VERGA RETA, da casa da Rua Augusto de Oliveira Camargo

Esta janela, possuia uma VERGA RETA, utilizada também na antiga Casa de Câmara e Cadeia. É uma citação tipicamente neoclássica, este elemento das janelas neoclássicas costuma receber o acabamento do FRISO, que é a primeira de três partes do ENTABLAMENTO, mas nesta janela temos a representação de toda a peça, em suas três sundivisões: friso, arquitrave e cornija.

O ARCO PLENO da casa Paroquial

Na casa paroquial, também há uma releitura Eclética de elementos da arquitetura clássica. O elemento que estrutura o vão da porta é o ARCO PLENO, muito utilizado na arquitetura clássica, em especial da Roma antiga. O arco pleno costuma ser arrematado por uma peça chamada de CHAVE DE ARCO, que indica seu ponto médio.

Há MUITA história em cada pedacinho de nosso patrimônio.

Casarão recebe exposições “Inventário feminino” e “O fazer e o barro” de 12 a 30 de setembro

 

Abertura da exposição acontece nesta quinta-feira (12) com visita guiada das artistas plásticas

 

No próximo dia 12 de setembro acontece a abertura das exposições  de “Inventário feminino” e  “O fazer e o barro” das artistas plásticas, Beatriz Amaral e Anna Pellizari, no Casarão Pau Preto.  As obras estarão expostas a partir das 18h e, o público presente, contará com visitas guiadas pelas artistas que explicarão sobre a construção do processo criativo de cada tela. A exposição permanece até o dia 30 de outubro de terça a sábado das 9h às 17h e aos domingos, das 9h às 12h. O local é fechado às segundas-feiras.

 

Na exposição “inventário feminino” a artista, Beatriz Amaral, traz um a instalação e pinturas que apresentam um objeto para representar o feminino, tendo o intuito,  de mostrar a objetificação  deste corpo que serve como ferramenta para uma sociedade machista. Além de abordar sobre a conexão entre o feminino e a natureza, bem como expor como o patriarcado se comporta. Os recursos utilizados são de cores fortes e contrastantes para evocar diferentes significados e metáforas para a ocupação de outros espaços e narrativas que falam de uma experiência mental e emocional. 

 

Já as obras de cerâmicas, pinturas e instalação de  “O fazer e o barro” da artista,  Anna Pellizar,  são inspiradas em sementes que ela encontra em suas caminhadas entre árvores. O material é extraído da terra, portanto, as formas surgem através da manipulação do barro e o fogo é responsável por dar a textura e cor aos objetos. 

 

 

Serviço

Abertura das Exposições de “Inventário feminino” e  “O fazer e o barro”

Data: 12 de setembro de 2024.

Horário: A partir das 18h.

Visita guiada com as artistas plásticas

Local: Casarão Pau Preto -  R. Pedro Gonçalves, 477 – Centro.

 

Visitação - Exposições de “Inventário feminino” e  “O fazer e o barro”

Período da exposição:  12 a 30 de setembro.

Horário para visitação: 9h às 17h ( segunda a sábado)

                                           9h às 12h ( Domingos e feriados)

Local: Casarão Pau Preto - R. Pedro Gonçalves, 477 – Centro.

Roda de Choro acontece no dia 8 de setembro no Casarão Pau Preto

 

Evento é gratuito e aberto ao público

No próximo domingo (8) a Secretaria de Cultura, realizará  uma Roda de Choro às 10h, no Casarão Pau Preto. A ação é formada pelos oficineiros do Núcleo Nabor Pires Camargo com o intuito de manter viva a memória do clarinetista que é autor da música do hino, de sua cidade natal, Indaiatuba. A entrada é gratuita.

A Roda de Choro foi criada com o objetivo de resgatar e difundir a cultura do choro no município. Além disso, tem o objetivo oferecer um canal de intercâmbio de conhecimento, uma vez que a roda é aberta a todos os músicos. Os interessados em participar devem levar seu instrumento no dia.

Roda de Choro

Data: 08/09/2024.

Horário: 10h.

Local: Casarão Pau Preto - R. Pedro Gonçalves, 477 – Centro.

Entrada Gratuita