Texto de Maria Luisa da Costa Villanova
Historiadora pós-graduada em arqueologia
Conhecida música da Baby
do Brasil é sempre lembrada em 19 de abril ou Dia do "Índio".
O dia 19 de abril é Dia do "Índio", não só no Brasil, mas em todo
continente americano. É que nesta data em 1940, foi realizado no México, o Primeiro
Congresso Indigenista Interamericano, onde foram convidados governantes dos
países participantes e também vários líderes indígenas, estes, depois de muito
hesitarem, resolveram comparecer entendendo a importância do acontecimento. No
Brasil a data comemorativa foi criada por Getúlio Vargas em 1943, através do
decreto lei 5.540.
Ainda hoje importante, pelo menos neste dia, vários eventos ocorrem, o
que ajuda na reflexão sobre a preservação e manutenção das terras e cultura
desses povos que são realmente os donos dessa terra.
Nossa cidade, Indaiatuba,
é uma junção de dois termos da
língua tupi-guarani: "Indaiá" que designa um tipo de palmeira, e
"tuba", que equivale a grande quantidade. Portanto, "Indaiatuba" significa " muitos Indaiás".
Assim como nossos indaiás, nossos indígenas também não são mais encontrados
por aqui.
A região do estado de São Paulo, era habitada por tribos indígenas que
falavam línguas pertencentes ao tronco linguístico macro-jê, (grupos indígenas viviam nas proximidades das
nascentes de córregos e rios, viviam basicamente da coleta de frutos e raízes e
da caça), desde aproximadamente 12000 a.C., até aproximadamente o ano 1000 quando
então tribos falantes do tronco linguístico tupi, vindos do sul do Amazonas,
começaram a ocupar o litoral brasileiro, foram estes os primeiros a ter contato
com os portugueses, quando estes chegaram.
Mas voltando a falar sobre nossa cidade, Indaiatuba acredita-se tenha
sido ocupada por grupos tupi-guarani, e a maior comprovação vem principalmente das
descobertas feitas em Monte-Mor.
Na Rua Siqueira Campos 169, jardim São Jorge ,em Monte Mor, temos o
Museu Elizabeth Aytai, que foi fundado em novembro de 1988 pelo antropólogo
húngaro que aqui vivia, Dr. Desidério Aytai, que foi procurado por um fazendeiro
da região dizendo ter encontrado em suas terras objetos que deveriam ser de
índios, foi então encontrada a primeira urna funerária tupi, com cerca de 800 a
1000 anos de idade, assim como muitos objetos, muitos ainda no referido museu.
Aqui em Indaiatuba, existe uma tradição oral de que onde hoje é a Praça
Prudente de Moraes, havia um cemitério indígena e que ainda hoje os prédios do
Correio e vizinhos acontecem alguns barulhos estranhos, já pesquisei bastante
sobre o isso e não consegui nenhuma comprovação, mas.....
Nessa época de informática, se quiser saber mais sobre nossos indígenas e
até participar de jogos, entre no: https://mirim.org/.
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