Família Ambiel, a partir de Constantino (avô paterno de Cândida Ambiel), casado com Cândida Von Zubem (avó paterna).
Da união deles nasceram 15 filhos que, pela ordem na foto, da esquerda para a direita, são:
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- Fila do fundo:
Plácido (Cido); Agenor (Kim); Anastácia (casada com Petrilli); Martha Maria (casada com Amstalden); Jerônimo (Bil); Euclides (Juca, pai de Cândida).
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- Fila intermediária:
Donato (Nato); Samuel (Minho); Querubim (Zuza); Constantino Jr. (Tino).
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- Fila da frente:
Cândida (casada com Bannwart); Constantino (avô); Rosa Angélica (casada com Bannwart); Cândida Von Zubem (avó); Maria do Carmo (Carminha, casada com Amgarten); José Carlos (Calu); Monsenhor Álvaro Augusto.
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Para ilustrar este post com essa uma belíssima foto enviada por Cândida A. Ambiel - de descendentes dos imigrantes que construiram a Colônia Helvetia, um reduto da cultura suiça, exemplo de preservação cultural para todas as etnias - insiro o Hino da Helvetia, que tão bem revela o compromisso em manter viva suas tradições, sua cultura e suas origens, pois ele retrata a história e a memória de seus descendentes, como os da família Ambiel.
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HINO DE HELVETIA
Obwalden serena, desperta teu lago,
Sacode teus montes, relembra o passado
De filhos migrantes deixando seus lares
Na alma a esperança, buscando outros mares
Helvétia, teus feitos cintilam em teu manto
Teu povo entoa o teu hino, o teu canto;
Contempla teus vales, ativa a memória,
Celebra conosco cem anos de história.
Dos dias distantes esquece a incerteza,
De bravos colonos proclama a grandeza,
Oculta no peito mil sonhos desfeitos,
Revela mil outros na luta refeitos.
Na lavra da terra em chão brasileiro,
Teus filhos sulcaram teu rosto primeiro,
Na cruz em teu céu brilha a fé, tua estrela,
Lá Deus reconhece tua face mais bela.
À Suíça Mãe-Pátria respeito profundo
Tua gente saúda o Brasil-Novo Mundo.
A marcha do tempo enaltece o passado,
Ilumina o presente e o futuro sonhado.
Obwalden serena, desperta teu lago,
Sacode teus montes, relembra o passado
De filhos migrantes deixando seus lares
Na alma a esperança, buscando outros mares
Helvétia, teus feitos cintilam em teu manto
Teu povo entoa o teu hino, o teu canto;
Contempla teus vales, ativa a memória,
Celebra conosco cem anos de história.
Dos dias distantes esquece a incerteza,
De bravos colonos proclama a grandeza,
Oculta no peito mil sonhos desfeitos,
Revela mil outros na luta refeitos.
Na lavra da terra em chão brasileiro,
Teus filhos sulcaram teu rosto primeiro,
Na cruz em teu céu brilha a fé, tua estrela,
Lá Deus reconhece tua face mais bela.
À Suíça Mãe-Pátria respeito profundo
Tua gente saúda o Brasil-Novo Mundo.
A marcha do tempo enaltece o passado,
Ilumina o presente e o futuro sonhado.
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Autor da Letra: Prof. José Luís Sigrist
Autor da Música: Domingos Sávio Amstalden
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As citações abaixo, que cuidadosamente selecionei, recompõem um pouco da saga dos imigrantes da família Ambiel e demais que construíram a Colônia Helvetia:
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"No Brasil, como em toda a América e em outras áreas, interesses agrários atraiam os imigrantes não só para contarem com abundante oferta de braços, mas também para conseguir a valorização fundiária a baixo custo, obtida pelo próprio trabalho do pequeno proprietário."”([1])
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“com os recursos gerados pela produção de café, subsidiava as passagens dos imigrantes que se dedicavam à fazenda de café como mão-de-obra.”([2])
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“a terra virgem e promissora, onde pudessem construir com as próprias mãos o seu lar, uma existência desembaraçada, uma pátria nova para si e seus filhos.” [3])
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“Numa linda manhã de março, Antônio Ambiel e alguns companheiros resolveram fazer uma excursão pelas fazendas situadas na direção de Indaiatuba. Pararam na altura do antigo sítio do Descampado. Diante deles abria-se o impressionante panorama, semelhante ao da saudosa terra de onde vieram. Encontravam-se na cabeceira do ribeirão Capivari - Mirim. A água das nascentes, represada a um quilômetro de distâcia, formava um grande tanque.Uma miniatura do lago de Sarnen! Esta paisagem evocou-lhes saudosas recordações da pátria distante!” [4])
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“como o Governo pouco ou nada fazia para impedir que os filhos dos colonos recaíssem no analfabetismo, os próprios imigrantes fizeram grandes sacrifícios para eregir e manter escolas.”([5])
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“A par das sociedades escolares e religiosas desenvolveram-se na maioria das colônias, cooperativas de diversas finalidades, bem como uma série de associações com fins puramente recreativos (botão, tiro ao alvo, escat, xadrez, etc.) e com fins práticos, como assistência mútua, em caso de doenças e incêndios e também sociedades de ginástica, canto, coral, leitura, teatro, música popular e clássica, etc.” [6])
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“A finalidade da instituição é despertar e cultivar a fidelidade à Pátria, manter a paz e fomentar amigável convivência social entre si. O empenho da sociedade é orientar a juventude no sentido de interessá-la, através do esporte do tiro, a tornar-se um digno discípulo de Tell.” ([7])
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“Lembro-me de um desses visitantes recebido em casa, antes de eu entrar no seminário menor de Pirapora. Foi na festa de 1910. Papai deu pela segunda vez, hospedagem a um mecânico, amável suíço-italiano, que falava nosso idioma e se divertia conosco. Era dono de uma oficina mecânica no Rio de Janeiro. Nós três, eu, Bento e Piozinho, gentilmente, cedemos quarto e cama ao ilustre hóspede e fomos acomodarnos sobre colchões estendidos no chão da adega.” ([8])
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“Havia um grande controle sobre as moças. Não deixavam elas saírem de casa,irem a bailes e festas e muitas eram empurradas para o convento. Eu mesmo fui mandado para Sorocaba para estudar na Escola de Oblatos, dos Beneditinos, mas aguentei pouco tempo lá. No segundo ano fugi da Escola.” ([9])
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“Diz a Antropologia Cultural que as minorias étnicas tendem a se fechar sobre si mesmas como forma de se preservarem e garantirem a sua identidade. Isto aconteceu com os fundadores e pioneiros, bem como, até certo ponto com a primeira geração de descendentes. Num ambiente físico e cultural adverso, quando não hostil, a alternativa que lhes restou foi recolher-se sobre si mesmos. Aos poucos foram conseguindo condições de interação social e cultural na Pátria que os acolheu como imigrantes até a sua total aculturação.” [10])
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“Todos sabemos que a história e o espírito que a anima tem suas leis que nem sempre acompanham a vontade dos indivíduos. Estarmos atento aos seus sinais,às suas manifestações, parece ser a nossa tarefa. É condição para o exercício da nossa liberdade, para a conquista da nossa identidade, já que a memória histórica de uma comunidade revela a identidade de sua gente.” [11])
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Fontes:MESP, 1988, p. 45.
[2]- Idem, p. 14.
[1] - OBERACKER, Carlos H.J.,” A Colonização Baseada no Regime da Pequena Propriedade Agrícola”.In: História Geral da Civilização Brasileira. São Paulo, Difel, 1976, p.224.
[4] - AMSTALDEN, Polycarpo Pe., Memórias de um Filho da Colônia Helvétia.Indaiatuba, São Paulo, 1989, p.70-71.: História Geral da Civilização Brasileira. São Paulo, Difel, 1976, p.224.
[5] - OBERACKER, Carlos H.J., "A colonização baseada no regime da pequena propriedade Agrícola”.In: História geral da Civilização Brasileira. São Paulo, Difel, 1976, p.242.
[6] - Idem, p.243.: História Geral da Civilização Brasileira. São Paulo, Difel, 1976, p.224.
[7] - AMSTALDEN, Polycarpo Pe., Memórias de um Filho da Colônia Helvétia no Brasil. Indaiatuba, São Paulo, 1989, p. 158.
[8] - idem, p.224.
[9] - Entrevista cedida por João Ambiel a Valdemar Grininger. In: Imigração Suíça para o Estado de São Paulo. Campinas, Dissertação de Mestrado, 1991.
[10] -SIGRIST, José Luís, “A Evolução Cultural”. In: A memória histórica de uma comunidade revela a identidade de sua gente. São Paulo, IMESP, 1988, p. 42.
[11] - AMSTALDEN, Leonor, A memória histórica de uma comunidade revela a identidade de sua gente. São Paulo, IMESP, 1988, p. 45.
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Ninguém gosta do que não conhece.
Olá, Eliana!
ResponderExcluirFiquei muito feliz com essa foto! Até então eu não tinha nenhuma imagem do meu avô quando criança. Muito legal! Vou passar para minha mãe! Muito obrigada!!!
Bjos.
Olá Eliana!
ResponderExcluirLindo saber que nossos antepassados continuam presentes...
Sou neta de Walter Gut e filha de Thea Maria Gut.
Um abraço,
Astrid.