Eliana Belo Silva
Para os que apontaram sua sentença de morte como justa, sua vida valia menos do que a de um ladrão comum. E essa sentença não foi dada após a atuação de um brilhante advogado, “desses” que vemos comumente transformar a vítima em culpada e seu algoz masoquista e cruel em um coitadinho com problemas de saúde mental.
Quem assistiu ao julgamento, presenciou praticamente uma festa, destas que tristemente se formam movidas pelos podres instintos que temos que nos levam a ter curiosidade por acidentes, tragédias e mortes.
A autoridade conduziu tudo de forma dramática e o povaréu ouriçado, mas ao mesmo tempo paralisado pelo torpor da alienação, assistiu e aplaudiu a sentença de morte.
Após o espetáculo que tingiu as ruas de vermelho arrancado por espinhos e pregos, o inusitado aconteceu: segundo relatos sagrados, o corpo da vítima desapareceu e reapareceu iluminado após três dias para seus companheiros. Teria sido apenas um mero acontecimento classificado pelas autoridades como de ilusão coletiva, tal qual como quando centenas de pessoas avistam um OVNI.
Mas o efeito causador não desapareceu em um misterioso rastro de luz. Muito pelo contrário: o evento da ressurreição, descrito em documentos detalhados por várias testemunhas da época ou seus ouvintes, juntamente com várias parábolas ditas pela vítima, somados a inúmeras outras histórias contadas por outros envolvidos próximos e distantes, formaram um dos fenômenos mais importantes da História: o advento do cristianismo.
Se analisarmos brevemente a história da vítima apenas como um ser humano atuando em seu tempo por meios racionais, desprovendo a análise de considerações dogmáticas ou controles religiosos, veremos que o que havia nela que causou sua crucificação foram suas ações políticas.
O ousado falava sobre liberdade, igualdade e fraternidade há mais de 2000 anos atrás em um império escravocrata, cujo talento de produzir generais, soldados, marinheiros e almirantes o levaram a conquistar praticamente todo o mundo conhecido por eles mesmos na época. Simples assim: o sujeito era uma ameaça para um governo bélico, afinal, a multidão, que não era formada por meia dúzia de desocupados, o seguia e espalhava – maravilhada - suas palavras e ações. Um líder carismático da “oposição”, um perigo para o status quo. Cruz para ele!
O ousado falava sobre liberdade, igualdade e fraternidade há mais de 2000 anos atrás em um império escravocrata, cujo talento de produzir generais, soldados, marinheiros e almirantes o levaram a conquistar praticamente todo o mundo conhecido por eles mesmos na época. Simples assim: o sujeito era uma ameaça para um governo bélico, afinal, a multidão, que não era formada por meia dúzia de desocupados, o seguia e espalhava – maravilhada - suas palavras e ações. Um líder carismático da “oposição”, um perigo para o status quo. Cruz para ele!
Mas como se diz popularmente, o “tiro saiu pela culatra” e o cristianismo espalhou-se como fofoca contada com o máximo de segredo possível.
No início, os cristãos assumidos foram perseguidos e jogados para os leões em espetáculos sórdidos, onde todos colocavam suas melhores roupas para assistir. Mas como todos de nós temos um pouco daquela característica que falamos formalmente que só os adolescentes possuem, o proibido foi mais gostoso e aquela civilização romana, que se achava superior a qualquer outra, teve que ceder ao novo credo que duraria – quem diria! – muito mais que seus exércitos.
Atualmente estudos que tomam como base o calendário que usamos - o gregoriano - consideram que Jesus nasceu por volta de 6 a.C. Viveu em um vilarejo nas montanhas seguindo os negócios do pai no ramo de carpintaria. Para a época, era um privilegiado - pois sabia ler e escrever. Certo dia influenciado por outro baderneiro social chamado João Batista jogou tudo para o alto, afastou-se e mostrou desdém para o certo conforto que tinha e se mandou, espalhando suas mensagens, comendo das comidas mais simples e vestindo uma túnica de pele fina de camelo.
Sem medo de exagerar podemos dizer que foi um dos mais geniais oradores do mundo: suas palavras arrastavam multidões fundamentadas em um discurso até que misterioso, mas ao mesmo tempo sensível e prático. Historicamente suas palavras deixaram um incrível legado sobre a vida cotidiana. Religiosamente, deixou-nos um dos bens mais caros que temos em nossos corações e mentes: a fé que produz esperança. Aqueles que os romanos consideraram como terrorista demonstrou um profundo sentimento pelos oprimidos, pobres e doentes. Deixou-nos uma mensagem tranqüilizadora: que Deus nos ama, é misericordioso e nos perdoa.
Para os que já aceitaram sua principal mensagem, o Natal é um dia de benção. Para os que ainda não aceitaram e ainda não foram abençoados pelo conforto da Fé, comemorem a data assim mesmo, fazendo caridade e ofertando esse bem como presente para esse Ser, que lá do céu, tenha certeza, nos guia sempre que entregamos nosso caminho para ele.
Parabéns, Jesus!
Feliz Aniversário.
Parabéns. Cristo é realmente uma referência espiritual e também de vida a todos nós. Feliz 2010
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