13 de junho de 2020
A Associação Nacional de História repudia os ataques perpetrados pelos bolsonaristas em atividades promovidas por historiadores e historiadoras negros de todos país.
Escondidos pela invisibilidade propiciada pela internet, os fascistas tupiniquins fazem o que sabem fazer de melhor: constranger e ameaçar os que estão a refletir sobre os nefastos desdobramentos do racismo no Brasil. Ao fazerem isso, desnudam suas ignorâncias abissais acerca da história da África e das histórias de homens e mulheres que formaram a Nação.
As ofensas e ataques pornográficos encaminhados pelos fascistas mostram que a magnitude de sua ignorância e prepotência os aproximam dos ratos.
As violências que realizaram, ao invadirem lives produzidas pelos docentes, não encontrarão eco entre nós. Ao contrário daqueles que se comportam como ratos saídos dos esgotos das ruelas, os professores e professoras de História são intelectuais e cientistas, dispostos a se dedicarem a refletir sobre o peso do passado nas ações que se inscrevem ainda no presente.
A ANPUH, seus associados e associadas não têm medo deles. Temos apenas cautela, sempre temperada com uma dose de coragem necessária para enfrentar a ratada.
Se querem ameaçar nossos colegas, utilizem-se de sua hipotética força e se apresentem em público.
Contra os ignorantes, a ANPUH apresenta a reflexão inteligente.
Contra a violência, clamamos pela paz.
Contra o desprezo por outrem, reiteramos a empatia.
A internet é um espaço democrático, livre e plural. Em nome da Constituição que rege o país, reiteramos que não há recuo possível, quando a verdade, revelada pela desigualdade entre gêneros, entre etnias, entre pobres e ricos, se firma como nosso desafio maior.
Continuaremos em luta, com corações abertos e chancelados pela sabedoria de nossa profissão.
História em Combate
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE HISTÓRIA
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