No sábado, 13 de junho de 1964, o presidente General Castelo Branco, um dos principais líderes do Golpe Militar de 1964 - assinou uma lista suspendendo os direitos políticos de 37 pessoas por dez anos.
Entre os cassados, todos indicados pelo Conselho de Segurança Nacional, estava o então prefeito de Indaiatuba, o advogado Ivan Corrêa de Toledo que havia conquistado o cargo de prefeito por um voto e assumido o cargo seis meses antes de sua cassação, quando, logo após, uma oposição ferrenha agia contra ele, principalmente através do jornal Tribuna de Indaiá, único jornal da época.
Ivan passou a usar o auto falante da praça Prudente de Moraes para se defender, mas como o delegado era do grupo político rival, a força policial passou a tentar insistentemente impedir esse meio de comunicação, havendo vários eventos "intensos" no local por esse motivo, entre os correligionários, opositores e policiais.
Fonte: "O Jornal" edição de 13163
Entre os dias 31 de março e 1º de abril de 1964 e a deposição do presidente João Goulart, foi empossado presidente o deputado federal Ranieri Mazzili, mas quem deu as diretrizes durante 15 dias foi o chamado “Alto Comando da Revolução”, integrado pelos golpistas militares General Arthur da Costa Silva, Almirante Augusto Radamaker e o Brigadeiro Correia de Mello. No dia 15 de abril de 1964 o General Humberto de Alencar Castelo Branco, foi eleito presidente de forma indireta, por um Colégio Eleitoral e um de seus primeiros atos foi a chamada “Operação Limpeza” (veja recortes de jornal abaixo) que cassou mandatos de políticos e parlamentares eleitos - entre eles o prefeito de Indaiatuba Ivan Corrêa de Toledo - integrantes das Forças Armadas, perseguiu e prendeu cidadãos (muitos dos quais tarde “desapareceriam”) em universidades, sindicatos, ligas camponesas e vários movimentos civis, entre eles de trabalhadores, camponeses, católicos e de estudantes.
A cassação dos direitos dessas 37 pessoas foi publicada em um "Listão" que foi anunciado e esperado com ansiedade, que continha nomes de líderes sindicais, profissionais liberais (jornalistas, engenheiros, médicos, advogados), vereadores, deputados e outros; mas o único prefeito foi o da nossa cidade.
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