Eliana Belo Silva
A
homeopatia é uma terapia iniciada em 1796 por Samuel Hahemann (1755-1843) com
base no princípio grego similia
similibus curantur (o
semelhante pelo semelhante se cura), ou seja, o tratamento se dá com a mesma
substância (ou muito similar) que produz o sintoma num indivíduo saudável
administrada de forma muito diluída.
Há opiniões divergentes quanto ao tratamento homeopático: parte da comunidade médica considera o tratamento como uma pseudociência ou até charlatanismo, enquanto outra parte considera funcional, inclusive há países que reconhecem a prática e já incluíram em seus sistemas de saúde pública, como é o caso do Reino Unido, França e Alemanha.
No Brasil, ela é considerada uma especialidade médica desde 1980, é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina e foi incluída no Sistema Unico de Saúde (SUS) desde 2006.
Há opiniões divergentes quanto ao tratamento homeopático: parte da comunidade médica considera o tratamento como uma pseudociência ou até charlatanismo, enquanto outra parte considera funcional, inclusive há países que reconhecem a prática e já incluíram em seus sistemas de saúde pública, como é o caso do Reino Unido, França e Alemanha.
No Brasil, ela é considerada uma especialidade médica desde 1980, é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina e foi incluída no Sistema Unico de Saúde (SUS) desde 2006.
SAMUEL HANEMANN
Fonte: http://www.general-anaesthesia.com/images/samuel-hahnemann.html
PIONEIRO NO BRASIL
A homeopatia foi introduzida no Brasil pelo médico
francês Dr. Benoit Jules Mure (1809-1858), chamado por aqui de “Bento Mure”.
Consta que ele iniciou sua carreira após ter sio curado de tuberculose pelo
médico médico homeopata Conde Sebastien Gaeten Salvador Maxime Des Guidi (1769
– 1863), discípulo do próprio patrono da homeopatia, Samuel Hahnemann.
Fundou, em 1840, na cidade do Rio de Janeiro, a primeira escola para o ensino dessa técnica – o Instituto Homeopático do Brasil, trazendo, para viabilizar o curso, os insumos da Europa. Com seu amigo e entusiasta da terapia, o médico português naturalizado brasileiro Dr. João Vicente Martins, ministravam cursos e testemunharam o crescente interesse dos farmacêuticos contemporâneos.
Fundou, em 1840, na cidade do Rio de Janeiro, a primeira escola para o ensino dessa técnica – o Instituto Homeopático do Brasil, trazendo, para viabilizar o curso, os insumos da Europa. Com seu amigo e entusiasta da terapia, o médico português naturalizado brasileiro Dr. João Vicente Martins, ministravam cursos e testemunharam o crescente interesse dos farmacêuticos contemporâneos.
Dr. Benoit Jules Mure
http://www.homeopatia.med.br/
EM INDAIATUBA
José Manoel de Camargo, o Capitão Camargo ou Juca
Ferreiro, embora ituano de nascimento, viveu por muitos anos em Indaiatuba. Ele
era um dos republicanos da “velha guarda” e abolicionista atuante. Após a
proclamação da república, deixou de participar da política e recusava-se a
receber nomeações.
Trabalhava em sua oficina mecânica consertando “de tudo um pouco” e tinha, em sua casa um dispensário com “preciosidades médicas e farmacêuticas”.
Consta que tanto ele quanto sua esposa, Isabel de Arruda Penteado, estudavam, de maneira informal, a homeopatia, sendo, por isso, procurado pelos cidadãos indaiatubanos acometidos de moléstias, em uma época que não tínhamos hospitais e médicos formados, raramente eram vistos por aqui.
Trabalhava em sua oficina mecânica consertando “de tudo um pouco” e tinha, em sua casa um dispensário com “preciosidades médicas e farmacêuticas”.
Consta que tanto ele quanto sua esposa, Isabel de Arruda Penteado, estudavam, de maneira informal, a homeopatia, sendo, por isso, procurado pelos cidadãos indaiatubanos acometidos de moléstias, em uma época que não tínhamos hospitais e médicos formados, raramente eram vistos por aqui.
FAMÍLIA NUMEROSA
Consta ainda que era alegre e comunicativo, que
gostava de artes e frequentava saraus, sendo sempre bem-vindo por seu gosto
apurado. Quando faleceu, aos 86 anos no ano de 1926, estava morando em Rio
Claro.
Com a
esposa Isabel de Arruda Penteado (que havia falecido em 1922) teve os seguintes
filhos seguintes filhos: Manuel de Arruda Camargo (casado com Amélia Krahenbuhl
Camargo), maria de Camargo Gaertner (casada com Hermann Gaertner), Ana de
Camargo Taborda (falecida), Amélia de Camargo Xavier (casada com Cherubim
Xavier de Mendonça), escolástica de Camargo Blumer ( casada com Martins Blumer)
Antonio de Arruda Camargo (falecido), Luiz de Arruda Camargo (casado com
Argentina di Nardi Camargo) Eunice de Camargo Campos (casada com José Firmiano
de Campos, agricultor em Itaici) e José de Arruda Camargo. Deixou quarenta
netos e dezoito bisnetos.
Se sepultamento foi acompanhado por muitos
protestantes de Rio Claro, sendo que a família era dessa religião. Amigos de
Indaiatuba também foram dar o último adeus ao homeopata.
Originalmente publicada na Coluna "Identidade Indaiatubana" - Jornal Exemplo de 04/03/2015
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