É bastante adequado inferir que Dr. Cardoso tenha influenciado fortemente D. Leonor com o argumento que, se quisesse mesmo mudar mais ainda a vida da comunidade, era necessário prover um espaço onde a Educação fluísse melhor e estabelecer meios de infraestrutura adequada, ou seja, a presença da água encanada no cotidiano das pessoas era imprescindível.
sábado, 18 de junho de 2016
Prefeito Dr. José Pedro Cardoso da Silva
É bastante adequado inferir que Dr. Cardoso tenha influenciado fortemente D. Leonor com o argumento que, se quisesse mesmo mudar mais ainda a vida da comunidade, era necessário prover um espaço onde a Educação fluísse melhor e estabelecer meios de infraestrutura adequada, ou seja, a presença da água encanada no cotidiano das pessoas era imprescindível.
terça-feira, 14 de junho de 2016
MANIFESTO HISTORIADORES PELA DEMOCRACIA
Eliana Belo Silva
Crédito do texto e mais informações aqui.
Vídeo oficial do movimento aqui.
sexta-feira, 10 de junho de 2016
O Caipira e o Caipirismo
Eliana Belo Silva
Coluna semanal “Identidade Indaiatubana”
Jornal exemplo de 10.06.2016
O caipira e o caipirismo
O Museu Casarão Pau Preto está sediando a exposição "Porta, Porteira, Portão: modos de ‘falarrr’ e costumes do ‘interiorrr’”, mostra que chega a nossa cidade por meio da parceria entre o Sistema Estadual de Museus (SISEM-SP) e Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari (ACAM Portinari), instituições ligadas à Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.
Ter a parceria do SISEM e da ACAM já é uma grande honra para a Fundação Pró-Memória, que inclusive também foi convidada para representar nossa região no Conselho do SISEM, convite este aceito com honra pelo Conselho Administrativo, através da nomeação do superintendente Dr. Carlos Gustavo Nóbrega de Jesus para tal fim.
Mas a honra não é só essa. Honra é ter uma exposição tremendamente bem elaborada, criativa e com textos, imagens e objetos integrados com o tema do caipira e seu mundo, de forma tão técnica e ao mesmo tempo sensível ao alcance dos nossos sentidos. Sim, porque a exposição não é só para ver, para ler, espiar.
Não só olhos. É uma exposição que desperta muitas memórias de tato, ouvido, paladar, olfato. A maioria de nós está ali representada, com as memórias pessoais adquiridas em sítios e fazendas dos pais, avós, e bisavós sendo trazidas à tona através de várias sensibilidades despertadas. São nossas memórias retratadas em um museu, são lembranças que viraram história.
OBJETIVO E PROPOSTA
O objetivo é justamente esse: disseminar o conhecimento sobre a verdadeira identidade e o repertório caipira, valorizando a tradição local e preservando a memória cultural. A expografia foi concebida fazendo uma alusão a estruturas de portas, portões e porteiras de madeira rústica como suportes expositivos. São utilizados artesanatos, objetos como gaiolas e outros símbolos referenciais do interior paulista postados com luminosidade emocionante, que, junto com pesquisa primorosa em linguagem elegante, oferece uma leitura contemporânea do caipira e do caipirismo.
O público é convidado a interagir com suas memórias pessoais em um universo de identidade interiorana por meio de seu modo de falar, costumes, música, artes, culinária e religiosidade, tão presentes nas lembranças e no cotidiano. A mostra retrata o caipira como sinônimo de um modo de vida que tem como base a subsistência, simplicidade e caráter de solidariedade entre os demais. No espaço expositivo também estão previstas músicas caipiras e sonorização ambiente para a extroversão artística de cada visitante. O Museu Casarão Pau Preto inseriu na mostra as imagens do Arquivo Público da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba, incluindo a iconografia local à temática como um todo. Você verá cenas do cotidiano das fazendas de Indaiatuba, e conhecerá ou relembrará a vida cotidiana no caipira local, inserida no todo.
Não perca essa experiência de encontrar SUAS memórias retratadas em um museu.
Com entrada gratuita, a montagem fica em cartaz até 3 de julho, de segunda a sábado das 9h às 17h, domingo 13h às 17h.
O Museu Casarão Pau Preto fica na Rua Pedro Gonçalves, 477.
Outras informações pelo telefone (19) 3875-8383
quarta-feira, 8 de junho de 2016
Dança, música, esportes e exposições são atrações do Dia da Comunidade Japonesa de Indaiatuba
segunda-feira, 6 de junho de 2016
PROF. DR. FLAMÍNIO FÁVERO
sexta-feira, 3 de junho de 2016
O Menino da Porteira
Eliana Belo Silva
Coluna Semanal "Identidade Indaiatubana" - Jornal Exemplo -
03/06/2016
O menino da porteira “Do Outro Lado”
Quando Indaiatuba era apenas uma pequena cidadezinha formada apenas em volta do Largo da Matriz, Largo da Cadeia (atual praça Prudente de Moraes) e Largo das Candeias ou Largo das Caneleiras (atual Praça Rui Barbosa ou “praça dos peixes”, o leito ferroviário da Sorocabana delimitava esse centro urbano, dividindo-o com o “Outro Lado”, os que moravam no Bairro Santa Cruz, que era, na época, o que hoje chamamos de periferia.
O Outro Lado foi sendo urbanizado por casebres que tomaram, aos poucos, parte da antiga propriedade do Coroné Belchior, cujo limite começava logo ali, no Buraco da Estação, onde mais tarde, bem na frente e extremamente alinhado com a Matriz Nossa Senhora da Candelária, seria construído o Hospital Augusto de Oliveira Camargo.
Foi em partes das terras do Coroné Belchior que o Major Alfredo Camargo Fonseca que foi prefeito de Indaiatuba por mais de 30 anos, após comprar uma parte desmembrada, instalou o primeiro sistema de captação de água do nosso município: era uma bomba, instalada ali naquele laguinho que hoje está urbanizado, que transportava água até uma caixa d´água na atual Praça Prudente de Moraes e dali, o precioso líquido era distribuído para 8 torneiras públicas. A captação era feita no então chamado Córrego Belchior ou Córrego Municipal.
A origem do Bairro Santa Cruz
Mas qual a origem do Bairro Santa Cruz, que todos chamavam de “Outro Lado”?
A origem é uma história triste, que muitos indaiatubanos comparam e apelidaram como a “história do menino da porteira indaiatubano”, em alusão à famosa música interpretada por Sérgio Reis e que virou Drama nas telas do cinema em 2009.
Quem documentou essa história em uma crônica, imortalizando a memória popular, foi a memorialista e professora Sylvia Teixeira de Camargo Sannazzaro que inicia sua narrativa justamente informando que “era muito comum as pessoas antigas, os moradores dali, ao se referirem a esse lugar, dizerem: lá da outra banda, ou lá do outro lado [da linha do trem].
Em seguida ela narra como esse nome, nascido naturalmente e que poderia ter permanecido como identificação original do logradouro se transformou dada à tragédia com um menino. Vejamos.
“Nesse tempo, parte destas terras do Belchior passou a pertencer ao coronel Teófilo de Oliveira Camargo, que ali formou uma chácara de residências e, além de alguma plantação, mantinha sempre umas vacas leiteiras. Devido à proximidade com a cidade e ar puro que se respirava nas manhãs frescas, era um hábito salutar, muito cultivado pela nossa gente, fazer um passeio matinal à chácara do coroné e saborear o delicioso leite gordo e puro, tirado na hora, aos copos com açúcar ou conhaque. Certa feita, aconteceu que uma dessas rezes, um tanto historienta, desapareceu da chácara, do pastinho. Foi então iniciada a sua busca pelos arredores, o que deu muito trabalho, e após dias seguidos de procura foi ela encontrada pelo Martinho, um menino negro, filho de um empregado do coronel. Não sabemos como explicar o porquê da raiva do animal. Sabe-se apenas, que a vaca quando vinha sendo trazida de volta para a chácara, já bem nas proximidades, investiu contra o menino, enterrando o chifre em seu ventre. O coitado do Martinho morreu!”
Martinho sempre ficava esperando o seu pai, que vinha da lida com o coroné, trepado na porteira da propriedade e aquele dia, os dois, tanto o coronel como o pai, estranharam sua ausência.
Comovido com a dor do pai que se estendeu em extrema comoção por todo o lugarejo, o coroné encomendou uma lápide no Cemitério de Taipas, onde até hoje se lê “saudade de seu patrão”, ao mesmo tempo em que ordenou que uma cruz fosse cravada no local exato do acidente, evocando uma prece por intenção da alma do menino Martinho.
Depois de um tempo, a professora Sylvia conta que o coronel fez uma ermida no mesmo lugar, exatamente onde na época, era a confluência da antiga estrada de Itu com a entrada da fazenda Barnabé (atual Jardim Morada do Sol). Daí em diante o povo passou a chamar o lugar de bairro Santa Cruz.
Os arredores da capela em homenagem à Martinho tornou-se um local de acampamento e de refúgio de leprosos em uma época em que esses doentes eram extremamente estigmatizados. Eles armavam barraquinhas brancas nas imediações e ali permaneciam dias seguidos. Por medida sanitária, a Capela de Santa Cruz não foi conservada, mas a perda do menininho ficou registrada para sempre na memória dos indaiatubanos.
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