texto e imagem do artista José Paulo Ifanger
Conheço tudo e todos que aqui viveram e vivem; observei as grandes transformações urbanas que aqui ocorreram e continuam acontecendo, aliás, fico preocupado com esse crescimento exagerado, pois sinto que a infra-estrutura precisa estar devidamente preparada.
Vou falar um pouco sobre a cidade atual, quero abordar as coisas alegres e boas que se passaram nesta “terra querida e venturosa”. Querida porque é nossa, é de todos que a adotam, e venturosa porque, morar aqui, nos faz mais felizes ainda. Vocês sabem que o tempo não conta para mim, razão pela qual me lembro do “campo florente, vasto e bonito”, que esperava a chegada dos primeiros moradores.
Eu vi tudo: as ruas de terra batida, cavalos, carroças e charretes circulando calmamente, a construção das praças, escolas, igrejas, prédios públicos e residenciais. Lembro-me bem da construção do hospital, uma obra importante e grandiosa para aquele tempo e que é apropriada até os dias atuais.
Lembro-me da construção do prédio da Câmara e Cadeia na Praça Prudente de Morais, que foi demolida para ceder lugar a “nada”, uma pena. Tenho lembranças da construção da estação ferroviária, dos cinemas, dos clubes de futebol e mais tarde os sociais.
Eu precisaria de muito espaço para descrever o desenvolvimento da cidade em todos os seus aspectos. Indaiatuba foi administrada por excelentes (mas nem todos) homens que deixaram marcas indeléveis no conceito dos moradores da cidade.
A população da cidade sempre foi maravilhosa, cheia de pessoas simples, trabalhadores respeitosos, intelectuais brilhantes e dedicados em suas atuações, comerciantes, prestadores de serviços, professores, médicos e tantos outros que mantêm sua dignidade na cidade.
Vou passar algumas décadas e comentar os últimos 30 anos quando a cidade começou mesmo a se expandir. Graças à visão administrativa e a vontade popular, tomou novos rumos, grandes avenidas foram elaboradas, condomínios de alto padrão, novos e modernos bairros, novas praças e logradouros públicos se ergueram à nossa vista quase que de imediato.
Houve imensa migração, gente de outros estados, de cidades próximas e distantes, optaram por morar em Indaiatuba; tudo isso graças ao aumento das indústrias, dos serviços e do comércio cada vez mais efetivo e representativo.
Surgiu o shopping center, novas lojas e salas de cinema, os clubes se modificaram e cresceram, grandes escolas foram instaladas favorecendo o futuro da nossa juventude.
A prefeitura saiu do centro da cidade buscando um lugar adequado para o desenvolvimento urbano.
A quantidade de agências bancárias aumentou, hospitais, clínicas médicas e consultórios odontológicos e outros se espalharam pela cidade.
A parte cultural da cidade está muito bem, com um magnífico teatro, cursos de artes, eventos significativos e o nosso povo participando.
Restaurantes, bares e casas noturnas surgiram e continuam despontando para atender a todos a contento.
Assim foi, assim é nossa Indaiatuba: repleta de histórias, de momentos difíceis, ocasiões fáceis e satisfatórias como ocorrem às demais cidade parecidas.
Bem, eu vou parando, pois necessitaria de mais umas duzentas mil páginas para me manifestar sobre Indaiatuba, aí, ninguém leria.
Não é do meu feitio, muito menos minha missão aqui na terra, prever ou orientar sobre o futuro, porém deixo algumas sugestões possíveis à mente do homem de reflexionar e antecipar possíveis desconfortos urbanos.
Crescer é bom, mas estar preparado é bem melhor.
Cuidado com o futuro bem próximo, pensem desde já nas circunstâncias do trânsito, cuidem bem da água, da segurança pública, da educação, do emprego para todos, evitem enquanto é tempo a disseminação das drogas e orem bastante para continuarmos no nosso “santo ninho de amor caro e gentil”.
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Texto originalmente publicado no livro "Um Olhar Sobre Indaiatuba (1) de 2006.
Querido anjo,eu pude notar ,quando vou tomar caldo de cana na kombi que fica ali parada todos os dias ,em frente a praça onde está a sua Igreja ,que sua corneta está quebrada,que absurdo como pode tocar?Você me vê de lá?
ResponderExcluirQue absurdo ver sua Igreja pixada,e ainda espixada para traz ,mas não termina nunca a reconstrução ela está muito acabada.
A Igreja está esquisita,está limpa e está a cheirar,e sempre sendo limpa não se pode ali rezar.Adoro tua Igreja vazia e ali eu entro sózinha para pensar,nada peço,as vezes choro,e volto a te olhar.E que bom te ver aqui a conversar nos contando coisas que só tu pode observar,estou com saudade de Indaiatuba ela já não é mais aquele local sereno e tranquilo,não, não é mais.
Falta pouco para eu ir embora e todos os dias eu entro em sua Igreja e fico a observar que até as missas ficaram modernas, tão repletas de gente que não cabe mais ,e foi posto um telão e muitas cadeiras pra fora pro povo participar.Ou foi assim porque era época da festa da Padroeira?Como é bom ouvir o sino,ou será que eu pensei que ouvi tocar?