Foi pároco da paróquia Nossa Senhora da Candelária de Indaiatuba entre 7 de dezembro de 1897 até 21 de dezembro de 1901.
Padre Jerônimo Migliani ou Girolano Migliano foi:
professor diplomado em Cosenza pelo “providore agli studii” da província de Calábria Citeriore em 1876;
professor do Seminário Ginásio de São Marco Bisignano Argentano entre 1882 e 1884;
conciliador do município de Mongrassano na mesma província durante um triênio, por decreto do Rei Humberto I, assinado no dia 1º de abril de 1886 e;
sacerdote na paróquia de Mongrassano em 1888.
No final de 1893 recebeu licença por um ano para celebrar no bispado do Rio de Janeiro e, em 1897, com carta assinada pelo bispo Vicento Ricotta, do bispado de São Marco Bisignano, foi apresentado ao bispado de São Paulo, o qual o nomeou vigário de Indaiatuba, pelo prazo de apenas 15 dias.
Padre Migliani gostou tanto que acabou ficando em Indaiatuba durante 4 anos. Neste período as provisões do pároco foram sendo renovadas anualmente até que, ao final de 1901, foi nomeado para a paróquia de Mato Grosso de Batatais. Se último batizado foi realizado a 21 de dezembro de 1901.
O padre Jerônimo era o vigário de Indaiatuba quando houve na cidade a epidemia de febre amarela que dizimou muitos habitantes. O jornal o Estado de São Paulo assim noticiou:
Indaiatuba / A febre amarela tem-se alastrado de um modo assustador nos últimos dias. No hospital de isolamento existem 14 enfermos e em casas particulares, outros tantos. Já se está sentindo a falta de recursos em muitos lares. O comércio, quase todo fechado, dificulta horrivelmente o meio de subsistência. Nestes dias retiraram-se desta Vila trinta e tantas famílias.
No dia 6 de julho de 1899 voltou a noticiar:
Indaiatuba / No dia 30 passado retiraram-se desta Vila os inspetores sanitários que felizmente deram por extinta a epidemia, que durante três meses devastou esse lugar. Durante esses três meses em que reinou a Febre Amarela, faleceram desse mal 64 pessoas, na sua maioria de 30 anos para cima.
Padre Jerônimo tinha influência no Bispado, tanto que é uma das poucas vezes que se anuncia que foi enviado proventos para Indaiatuba, em vez do contrário, como mostra a publicação do jornal "O Commércio de São Paulo, do dia 7 de dezembro de 1899:
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