Durante o século XIX, principalmente a partir de 1850, o império brasileiro planejou a instalação de colônias militares que deveriam ser implantadas por todo o território.
Enquanto na maioria dos países o problema é a falta de espaço geográfico, no Brasil, a imensidão de terras constituiu-se como permanente preocupação dos administradores. Assim, as colônias militares tinham por principal função promover a “povoação e cultura agrícola” de determinadas regiões, bem como a de “policiar e proteger” o interior do país.
Ambos os modelos, colônias militares e civis, representavam, antes de tudo, um esforço de levar a “civilização” e marcar presença em locais não ocupados ou mal ocupados pelo homem branco. Na província de São Paulo duas colônias foram implantadas: Itapura e Avanhandava.
No recorte abaixo, retirado do jornal Correio Paulistano do dia 7 de abril de 1888 onde se lê que a Câmara Municipal de Indaiatuba solicita ao Governo da Província de São Paulo a abertura de uma estrada ligando Indaiatuba até o Salto de Avanhandava demonstrando que a propaganda oficial que divulgava a necessidade da ocupação do local chegou a sensibilizar os nossos vereadores.
Para saber mais sobre a Colônia Militar do Avanhandava, leia a dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, campus de Bauru, como requisito final para a obtenção do título de Mestre feita por Daniel Candeloro Ferrari. Além (1) de aprender sobre o tema e uma pesquisa única até então, (2) você poderá aprender como a metodologia do trabalho científico é aplicada em Ciências Humanas. Em um período onde a ciência e os cientistas estão sendo consecutivamente atacados por extremistas de direita para sustentar um sistema de poder, é relevante conhecer como a História é construída de maneira sistemática. Leitura indispensável.
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