A antiga sede da Fazenda Engenho d'Água foi construída próxima a margem direita do córrego Barnabé e a pouco mais de quatro quilômetros da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária.
Ela é a única construção que restou da antiga propriedade produtora de açúcar no século XVIII e de café no século XX. O engenho d'água, moinho de farinha e outras benfeitorias da fazenda não resistiram ao tempo.
O documento cartorial mais antigo que atesta sua existência na cidade é o "Livro de registro de Terras da Freguezia de Indaiatuba" feito em 1855 pelo padre Antonio Cassemiro da Costa Roriz. Nessa época, o sítio Engenho d'Água era de Francisco de Paula Almeida Prado. No entanto, outros documentos do acervo do Museu Republicano de Itu permitem aferir que tal fazenda já existia por volta de 1814 e era propriedade do capitão Francisco Pereira Mendes.
Contudo, de acordo com o parecer técnico (CLP 15/2002), as características construtivas indicam que essa construção é mais antiga, provavelmente do período entre 1750 a 1770. Nesse sentido, ela é uma obra de um período anterior à fundação da cidade.
A casa foi feita em taipa de pilão e adobe (tijolos de barro). Tem uma planta retangular ligeiramente assimétrica e um telhado de duas águas. Antes de ser reformada, sua fachada da frente era formada por um alpendre central e um cômodo em cada lado (ambos sem acesso ao interior da casa). Seu interior era composto por um cômodo central que dá acesso à cômodos laterais e traseiros.
Durante o século XIX, a antiga sede da Fazenda Engenho d'água serviu de moradia para membros da família Barnabé e, no século XX, passou por reformas e ganhou novos usos: depósito agrícola, escola pública e sede da administração regional da Morada do Sol.
O prédio já foi sede do Fundo Social de Solidariedade de Indaiatuba (Funssol) e hoje abriga o Conselho Tutelar da cidade.
Mesmo tendo passado por muitas alterações ao longo do tempo, o casario ainda mantém suas paredes de taipa de mão e suas amplas janelas de verga reta e folhas de madeira.
Seu interior possui novas divisões, forro de madeira e diferentes tipos de piso, desde a antiga lajota até cimento queimado e piso frio.
JESUS, Carlos Gustavo Nóbrega de; SIVIERO, Fernando Pascuotte. O Patrimônio Cultural de Indaiatuba: História e Memória. Indaiatuba/SP: Fundação Pró-Memória de Indaiatuba. 2020.
Fotografia: SIVIERO, Fernando. Antiga Sede da Fazenda Engenho d’água. Fundação Pró-Memória de Indaiatuba. 2018
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