segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Acenbi 70 anos: gerações em prol da tradição

Associação celebra uma história de conquistas e muita luta
Fábio Alexandre


Fundada em 7 de setembro de 1947, a Acenbi (Associação Cultural, Esportiva Nipo Brasileira de Indaiatuba) celebra 70 anos de história e de muitas conquistas. Entre elas, a mais importante: a manutenção constante da cultura e das tradições japonesas entre descendentes ou não descendentes, que a cada dia procuram saber mais sobre a Terra do Sol Nascente. Desta miscigenação, surge a força de uma associação que, com o apoio irrestrito de seus associados, já faz planos para os próximos dez anos.
"Setenta anos é uma longa trajetória, onde os fundadores e diretores que nos antecederam deixaram muitas realizações relevantes e que, apesar das dificuldades daquela época, foram vencidas graças ao espírito de continuidade, respeito, colaboração e voluntariedade, que são características do povo japonês", ressalta Anésio Tadatsugo Kimura, presidente da Acenbi para o biênio 2017-2018.
Estas dificuldades não são recentes ou exclusividade da atual geração de descendentes. Em seu site oficial, a Acenbi revela os sonhos do povo japonês antes da Segunda Guerra Mundial. "Era geral o pensamento, entre os japoneses, de que trabalhariam no Brasil durante dez anos, acumulando riquezas, e retornariam de modo magistral à sua terra natal. Porém, ao término da guerra, esse sonho foi quebrado, fazendo com que muitos desistissem de voltar à sua terra natal e permanecessem em definitivo no Brasil. Para tanto, teriam que adaptar-se aos costumes daqui. Reviram o modo de viver, que consistia em arrendar um pedaço de terra e depois de um tempo mudar para outro lugar, levando uma vida de pouca estabilidade".
A história já é conhecida por muitos, mas seu exemplo de superação merece ser evidenciado sempre. Os primeiros colonos japoneses vieram à Indaiatuba em 1935. Doze anos depois, foi organizada a primeira associação, a Nihonjinkai, hoje conhecida como Associação Cultural, Esportiva Nipo Brasileira de Indaiatuba.
Coube ao imigrante Nakaji Gomassako, que até então morava em Campinas, abandonar a crise cafeeira na região e buscar um pedaço de terra para a sua família, apostando na plantação de algodão. Assim, em 1935, ele e sua família chegavam à Fazenda Pimenta em Indaiatuba, local muito requisitado devido às boas condições da linha férrea na proximidade, que permitia o escoamento do produto plantado.
Em 1941 chegavam Teruo Imanishi e Uichi Miyake, seguidos pelas famílias Takahashi e Miura, aumentando gradativamente o número de imigrantes japoneses na região, formando uma pequena colônia. As primeiras plantações de tomate começavam a se destacar, também apoiadas nas excelentes condições de transporte, permitindo às famílias nikkeis vender seu produto, mesmo com pouca área de plantio.
Escola
Em 1946, mesmo com o término da Segunda Guerra Municipal, a migração continuava a crescer e no ano seguinte, Miyoji Takahara chegava a Indaiatuba, e a Fazenda Pau Preto acolhia as famílias de Yoshiro Hayashi, Takashi Fujiwara, Tamotsu Fujiwara e Etsutaro Tumoto, todas dedicadas ao cultivo de tomate. Takahara seria o primeiro japonês a alugar um imóvel no centro de Indaiatuba.
A chegada de novas famílias evidenciou a necessidade da construção de uma escola de língua japonesa e da promoção de atividades para jovens e crianças. A solução encontrada foi estabelecer intercâmbios para a vinda de técnicos esportivos e de professores para a orientação das crianças da escola de língua japonesa. Foi assim que, em em 7 de setembro de 1947, sob a liderança de Teruo Imanishi, os japoneses se reuniram para fundar o Nihonjinkai, com a denominação Associação de Japoneses da Região Ituana.
A diretoria era formada por Teruo Imanishi (presidente), Koichi Takahashi (vice), Yassube Yoshioka (tesoureiro) e Nakaji Gomassako e Etsutaro Tumoto (conselheiros). A sede foi construída na Colônia Bicudo, na Fazenda Pau Preto, onde a maioria dos japoneses estava estabelecida.
Em novembro de 1967, a Associação comemorava seus 20 anos com a construção do prédio da escola de língua japonesa e uma morada para o professor. Três anos depois, adquiria um terreno às margens da Rodovia SP-75, com 3,6 hectares, próximo à entrada de Indaiatuba. Mas a construção do Centro Esportivo não seria fácil.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

RUA ADRIANA MUNHÓES VIADANA

ADRIANA MUNHÓES VIADANA nasceu em São Paulo no dia 14 de novembro de 1977 e faleceu aos 34 (trinta e quatro) anos de idade, em 27 de julho de 2012, em nossa
cidade de Indaiatuba.

Filha de Hernani Viadana e de D. Maria Izolina Munhóes Viadana, era solteira e não deixou filhos.

Dedicou-se aos estudos, concluindo:
•  Bacharelado em Matemática com ênfase em Computação na Faculdade de Ciências, Letras e Filosofia Sto. André, conclusão em  1999.
•  Licenciatura em Matemática — USP, conclusão em 2001
•  Habilitação em Física, conclusão em 2001

Especialização:
•  Estatística Biomédica — UNICAMP/USP, conclusão em 2005

Pós Graduação:
•  A Influência de uma Pesquisa sobre a População (UNICAMP),
conclusão em 2006
•  Álgebra linear num Prisma Geométrico (USP), conclusão em 2003

Doutorando:
Desenvolvimento de Modelo Matemático para Estudo de Micromistura em Micro reatores — Faculdade de Engenharia de Química (seria apresentado em agosto/2012) - UNICAMP

Quando faleceu, trabalhava como Professora de Matemática e Física, bem como como Pesquisadora da FAPESP/UNICAMP.

A professora deu aulas no Colégio Brasil, Colégio Meta e Polo de Indaiatuba.



Mapa de R. Adriana Munhóes Viadana - Jardim Res. Maria Dulce, Indaiatuba - SP


R. Adriana Munhóes Viadana - Jardim Res. Maria Dulce, Indaiatuba - SP

Crédito da biografia: texto do Gabinete do vereador Helton Antônio Ribeiro, na ocasião em que apresentou projeto para atribuir o nome de Adriana M. Viadana  à até então rua 11 (onze), do loteamento "Jardim Residencial Maria Dulce" em 2014.

domingo, 10 de dezembro de 2017

Entrevista com Ruy Ohtake - Exclusividade do Comando Notícia

 

“Arquitetura tem que trabalhar com sonho, ousadia”, Ruy Ohtake fala do conceito do Parque Ecológico



Na última parte do especial Indaiatuba 187 anos – Às margens do Parque do Comando Notícia, o arquiteto Ruy Ohtake conta, em entrevista exclusiva, sobre o conceito do Parque Ecológico na sua construção, 25 anos depois. Assista ao vídeo mais abaixo. Se você perdeu a primeira parte, pode assistir aqui. A segunda também está disponível aqui.

“Mais do que preservar a natureza, acho que fazer um uso adequado dela é melhor do que deixar lá. Porque fica um pouco contemplativa. É claro que tem uma parte de troca de oxigênio, mas acho que a gente tem que ter um uso adequado e não predatório, foi uma das intenções do Parque”, conta.

“Os moradores de Indaiatuba tem um orgulho do Parque que, para mim, é uma satisfação de cidadão para cidadão e também de arquiteto para uma cidade. Ter conseguido isso no Brasil, um exemplo tão integral de Parque em relação à sua cidade, é inédito”, analisa.

“Me falaram na época que o projeto era uma coisa um pouco sonhadora. Aí eu falei que se arquitetura e urbanismo não trabalharem um pouquinho com sonho, vamos fazer só dois mais dois é igual a quatro. O Brasil na época tinha 0 milhões de habitantes e eles estão esperando uma atitude um pouco mais generosas com a cidade e com a população. É pensar um pouco adiante da evolução da cidade, avançar para algo mais concreto com um exemplo que engrandeça e tenha um pouco do respeito à população”, diz.

“Algumas coisas eu aprendi com Oscar Niemeyer [quem projetou Brasília] e uma delas é fazer a criação com a maior liberdade possível. Tem algumas obras pequenas [que fiz] que tem significados interessantes como a embaixada do Brasil em Tóquio. Fui convidado pelo Itamaraty para fazer o projeto que deve ter uns cinco mil metros de construção, mas que eu fiz com a forma da arquitetura e da cultura brasileira. Ousadia é importante, fundamental, a questão de inovar e surpreender. A surpresa faz parte do trabalho que faço”, encerra.





quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Rua Yoshihisa Naruki

Yoshihisa Naruki nasceu em 25/01/1935, na cidade de Ehime no Japão,  vindo a falecer no Hospital Vera Cruz na cidade de Campinas no dia  26/05/2009. 

Casou-se com a Sra. Fumiko Tsubuhari , tendo 4 filhos: Sonia Rume Naruki, Celia Ery Naruki, Marcia Mika Naruki e Hernesto Shinge Naruki. 

O homenageado formou-se em Física e teve grandes destaque dentro da ACENBI — Associação Cultural Esportiva Nipo Brasileira de Indaiatuba, atuando como professor de língua japonesa e técnico de beisebol. 

Tornou-se professor da rede pública de ensino lecionando a disciplina de matemática. 

Na cidade de Indaiatuba, através da ACENBI concedeu ao nosso município, o Título de Campeão Brasileiro de Beisebol — Categoria Mirim. 




Crédito da biografia: texto do Gabinete do vereador Célio Massao Kanesaki, na ocasião em que apresentou projeto para atribuir o nome de Yoshihisa Naruki  à até então Rua 02 do Bairro Jardim Santorini.


Mapa de R. Yoshihisa Naruki - Jardim Santiago, Indaiatuba - SP

R. Yoshihisa Naruki - Jardim Santiago, Indaiatuba - SP

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Fundação Pró-Memória indica bens para futuro tombamento

Hoje, dia 01/12/2017, através da RESOLUÇÃO CMP nº 01/2017 publicada na Imprensa Oficial do Município, a Fundação Pró-Memória de Indaiatuba classificou mais 4 (quatro) bens como de interesse público municipal, para fins de preservação e futuro tombamento.

São eles:

1.  FAZENDA BELA VISTA, situada na Rodovia João Ceccon, s/n, Indaiatuba/SP
a.  Sede e tulha.

2.  FAZENDA CACHOEIRA DO JICA, Estrada da Ecologia, s/n°, Indaiatuba, São Paulo (Estrada Municipal Cachoeira do Jica, s/n, Bairro Tombadouro, Indaiatuba, SP)
a.  Sede e casas de pedras.

3.  PONTILHÃO DA ESTRADA DE FERRO DE INDAIATUBA,
localizado na rua 9 de julho, Indaiatuba/SP.

4.  CONJUNTO ARQUITETONICO DA PRAÇA PRUDENTE DE MORAIS, COMPOSTO POR CALÇADA DE PEDRAS PORTUGUESAS, CORETO e BUSTO VOLUNTÁRIO JOÃO DOS SANTOS.

O tombamento do consunto arquitetônico da Praça Prudente de Morais, foi indicação do vereador Alexandre Peres, conforme documentos abaixo:

- Calçadas de Pedra Portuguesa (veja aqui);
- Coreto (veja aqui) e
- Busto do Voluntário João dos Santos (veja aqui).


Veja aqui a Legislação sobre tombamento em Indaiatuba:


Lei 4355 de 27 de junho de 2003 (altera a anterior) e;


Para declarar a intenção de tombamento ou executar um tombamento de um determinado bem, a Fundação Pró-Memória, de acordo com as leis municipais, emite documentos específicos, que pode ser Laudo Técnico, Inventário, Estudo, Levantamento, etc.

O interessado em consultar um ou mais documentos ou mesmo obter uma cópia, deve se dirigir ao Arquivo Público Municipal "Nilson Cardoso de Carvalho" na Avenida Dr. Jácomo Nazário 1046, Cidade Nova. telefone 3834-6633 ou e-mail arquivomunicipal@promemoria.indaiatuba.sp.gov.br.


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