sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Nosso principal Decreto...


Por Luiz Alberto ‘Cebolinha’ Pereira*


A CachÓrra é assim, com o “ó” aberto.

 “Ah vá!” é uma expressão comum, de espanto-gostoso. 

Nosso hino – o de Indaiatuba – é declamado a pleno pulmões por todos os nossos estudantes. 

O coreto da praça tem vida, e nossos espaços verdes não são só de cartão postal: são nossos; para uso, deleite e descanso!

Yes, temos bicicletas, galinhas nos quintais e indústrias que movimentam o mundo. Um supermercado, um dos mais famosos da cidade, que não tem sede na França e em nenhum outro lugar: nasceu e cresceu aqui mesmo, na Terra dos Indaiás, entre Barnabés, Amstaldens, Santos, Pereiras, Geiss, Von Ahhhhhhhhhhhhhh...

Ah, cidade do ciclismo, da natação, da luta de braço... Ah, meu sonho de futebol: Primavera, XV de Novembro, Califórnia, Santa Cruz... 

Minhas moradas: a do Sol, de Itaici, Jardim Brasil, Jardim Oliveira Camargo, Itamaracá, Kyoto... Não me canso de passear por vocês, minhas 24 de Maio, XV de Novembro, minha linda 9 de Julho...

No bairro Jardim América, descanso; no Centro, trabalho; na zona rural, reúno os amigos para longos bate-papos; em qualquer dos seus cantos, te admiro. Já te levei a Madri, Roma e Verona. Já te carreguei para Veneza, Salsburgo e Milão. Já sonhei com você em Lugano, Pádova e Lago de Garda. Mas, em nenhum lugar pelo qual passei, pensei em te deixar, meu ninho de amor caro e gentil!

Nos últimos anos, te vejo crescer. Vejo você aparecer em números nunca antes alcançados. Falam de ti, como sinônimo de desenvolvimento econômico e social. Você também se destaca em siglas, como IBGE e IDH; e se consolida dentro do segundo maior aglomerado industrial do País.

Mas eu, como tantos, que vi você crescer em torno do café e do algodão; ao longo da ferrovia Ituana... Eu, que te vi pequena, bela vizinha de Itu, Cabreúva, Capivari e Campinas... 

Eu te admiro pelo que tu és; independente do que dizem de ti! 

Mas, como notícia boa corre, Rotary e Lions não cansam de te apresentar ao mundo! Você está presente em tudo, por todos os cantos, em qualquer lugar que se vá...

Sim, você está mudada! Dá para ver isso claramente: nas ruas, nas escolas, no comércio, nas empresas... Dá para ver nos rankings, nas tabelas, na prestação de contas, nos números, enfim! 

Mas, principalmente, dá para ver na sua gente! 

Gente de garra, de força, de luta... 

Gente como a do Hino, cheia de encanto e poesia! 

Gente que fez esses seus 184 anos... 

Gente que continuará investindo em você e no seu claro infinito! 

Gente que leva “daqui-pra-lá”, dentro do coração, o que a gente não vê! O que não está nos índices, não está nos números e nem nos rankings. 

Gente que acatou o maior Decreto deste Município:

“Decreto Nº Zero: 

Fica decretado que te amaremos, querida Indaiatuba, por todos os dias de nossas vidas; em qualquer circunstância e para todo o sempre; e que isso será estampado em nossos corações, nas nossas almas e em cada um de nossos atos; sempre! 

Indaiatuba, 9 de Dezembro de 1.830”.


*Luiz Alberto ‘Cebolinha’ Pereira é vereador e presidente da Câmara de Indaiatuba, nascido em Salto e indaiatubano desde sempre.







quarta-feira, 26 de novembro de 2014

A Velha Igreja da Matriz


texto de Ejotaele


A velha igreja matriz, via de regra, também moldou nossos senhos e lembranças de meninice (ou autor se refere a primeira década do século XX). 

Ali floresceram os princípios de nossa formação religiosa.

Aquele vetusto altar-mór, legítima relíquia de arte gótica, é testemunha disso.

Como é grato ocorrer à nossa memória, aquele vulto bondoso que foi Esteliana, dona de requintada devoção, a nos ensinar o Catecismo e cada um de nós a querer saber melhor do que os outros, a fim de ganhar santinhos.

Ganhar um santinho significava um imperativo.

A paciência com que a Esteliana suportava aquela chusma de travessos, era de molde a desafiar qualquer chinês.

O pároco era, por esse tempo, o Padre Teófilo, muito amigo das crianças, sacerdote probo, inclinado ao terno sentimento da benevolência.

Com o seu falecimento, ocorrido em Indaiatuba mesmo e sepultado, ao que parece, na igreja matriz, substituiu-o aquele vigário bonachão e de gênio alegre que foi o Padre Oscar. Removido desta para outra paróquia, assumiu, mais tarde, o vigário local, o Padre Francisco Moreira, um dos vigários mais operosos que a paróquia de Indaiatuba já possuiu, embora português de origem, com um linguajar provinciano difícil de ser compreendido.

Faleceu o bom Padre Moreira, em alto mar, quando em viagem para a "santa terrinha".

Outros sacerdotes passaram pela nossa paróquia, entre um e outro interregno, entre os quais citaremos o Padre Molke.

Padre Ortega, grande amigo do esporte, Padre Soriano e Padre Rizzo, alguns já falecidos.

Neste capítulo cabe revelar uma nota curiosa. A igreja possuía três sinos que a petizada batizou com os nomes dos quais recordo apenas dois: de "Guarani" de som mais agudo; de "Duque" o de som mais grave. Havia porfia entre os meninos para repicá-los e quem escalava o repique era o José do Padre, sacristão do Padre Teófilo.

Era de ver o que acontecia nessas ocasiões!

Não era de bom vezo, todavia, naquela época repicar os sinos da igreja. Repicar? Ora, isso é moleques da rua da Palha, admoestavam nossos pais, não por hábito do descrédito da rua famosa, cujos moradores outros não eram aqueles que viviam a vida dura dos humildes e dos desprotegidos.

Não podemos imitir este capítulo curioso da pequena história de Indaiatuba primitiva.

Como não podia deixar de ser, a nossa velha terra nos deu igualmente seu culto a certas tradições religiosas que desapareceram e pertencem ao patrimônio do passado.

Queremos citar entre muitas, a que talvez está mais viva na cabeça dos velhos indaiatubanos, a Festa do Divino, que se revestia de um colorido tipicamente regional.

Com efeito, aqueles carros de bois, de comovedora evocatividade, ornamentados e cobertos de flores a chiar tristemente pelas ruas da cidade, com a sua carga de lenha tostada pelas queimadas das matas, lenha que representava a prenda destinada à festa; davam uma nota expressiva de graça e belo espetáculo coreográfico, atestando bem o pitoresco do tríduo do Divino.

Recordamo-nos também, de quando chegava o mês de maio, havia alvoroço nos corações dos devotos na expectativa das concorridas festas com que comemorava o tradicional evento na capelinha da Santa Cruz no Largo das Caneleiras.















terça-feira, 25 de novembro de 2014

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Chico de Itaici [e outros comerciantes e negócios de Indaiatuba antiga]

texto de Ejotaele*

Em Itaici, havia o botequim do rotundo "Chico de Itaici", contíguo à estação ferroviária, onde, além de outras petisqueiras servidas com gosto e arte, os viajantes reclamavam como quitute dos deuses, os monumentais pastelões, que ainda hoje os lembrarão com estalos na língua. E custavam apenas 1 tostão.

De açougues havia dois retalhistas, o Humberto Lira e o Felipe Naufel. 

Uma pequena quitanda era do velho Cartoti que supria bem toda Indaiatuba. Por um tostão comprava-se ali quase um cacho de bananas e por vintém enchia-se os bolsos de pés de moloque e canudos...

No ramo da barbearia, havia o salão do Andó, do Ettore Mosca e do João Cominatto, o conhecido e boníssimo "João Barbeiro", pessoa engenhosa e de espírito investigador que conseguiu formar em sua casa um pequeno museu de coisas antigas e originais, que hoje valeriam uma fortuna.

Os sapateiro de Indaiatuba, dessa época, eram todos italianos, entre os quais lmbramos Frederico Borguiu, Pavanelli, Cardinali, Otranto o"Ratão", Canata e o velho Pínfari.

No setor dos construtores, figuravam o velho Zoppi, italiano muiot patriota, "della punta di Ancona dove si vede il maré", que deixou numerosa descendência. Davi Dutra, Nho Nito de Campos, Luiz Laurenciano, todos antigos moradores da cidade. A estes, deve Indaiatuba, grande parte de suas construções civis.

Havia ainda o Juca Romão, construtor de fossas e poços e o "João Bezouro", que eram os pedreiros dos nobres. O comércio hoteleiro era modesto, existindo apenas dois hotéis naquela época recuada de 1909 até 1915: o Hotel União, da viúva Bortolotti e o famoso "Hotel Bela Vista" do conhecidíssimo  baiano Hemetério Rodrigues.

Mais tarde surgia o "Hotel Bela Jardineira", dotado de instalações mais modernas, cujo proprietário era Francisco Boselli.

Todas as mercadorias destinadas ao comércio de Indaiatuba desse tempo, vinha exclusivamente via Estrada de Ferro Sorocabana, porquanto não havia outro meio de transporte e locomoção. Invariavelmente, a Sorocabana tinha seus atrasos... Imagine-se com que dificuldades lutavam aqueles negociantes, muito embora, o Chefe da Estação, Elpídio Medeiros, funcionário correto e cônscio dessas vicissitudes do comércio, em parte as superasse com a boa vontade que o caracterizava.

Para os transportes das mercadorias, da estação às casas comerciais, os negociantes utilizavam-se do único meio de condução: a tradicional carrocinha do Antônio Laurenciano, ou mais apropriadamente, do velho "Canivete" como era conhecido, que fez do seu mister, o que se poderia dizer a "mística do batente", tal era a boa vontade de bem servir e "salvar" os negociantes dos atrasos ocasionais pela Sorocabana.

Falecendo o velho "Canivete", passou a ocupar o mesmo trabalho árduo, mas honroso, seu filho Ernesto Laurenciano, que seguiu as pegadas de seu progenitor, até que os primeiros veículos à tração moderna começassem a aparecer em concorrência inevitável do progresso.

Indústria na cidade, não havia e nem sequer laivos que favorecessem a industrialização mesmo que remota.

Falar em indústria, naquele tempo, era o mesmo que falar em calor na Sibéria.

No entanto, ninguém poderia imaginar do atual surto industrial de Indaiatuba e a sua facilidade de assimilação às conquistas do progresso.

E aí estão as chaminés fumegantes das fábricas, a exortar o avanço civilizador e a arrancar daquele marasmo que se supunha peculiar a Indaiatuba.


Ejotaele escreveu sobre o final do século XIX e início do século XX.


Estação Ferroviária de Itaici

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

As Tropas de Muares

(texto de Ejotaele)*

Não faltavam, de quando em vez, a passagem pela cidade, das famosas tropas de muares, que constituíam sempre um espetáculo novo para a população.

Essas tropas faziam comumente o seu "pouso" a uns cem metros da Praça Prudente de Moraes, hoje parte central da cidade.

Os proprietários de tais tropas aqui faziam boas vendas e barganhas com os habitantes do município.

Os burros e os cavalos eram vendidos alguns até Cz$ 100,00 (na época, cem mil réis), o que era uma fortuna para aquele tempo!

Existia àquela época, pouco mais de uma dúzia de negociantes: os Lisoni, o Tomasi, o Filetti, o Nicola Ferrari, o Juquinha Balduino, o Dominguinho Gazignatto, o Luiz Bertolotti, o Vicente Gandini, o Ernesto Gunther, Batista Araújo, Miguel João e o Tanclér, que exploravam o ramo de "fazendas e armarinhos".

A loja do Nicolau denominava-se "Loja do Queima".

"Sempre Avanti Savóia" era o lema da loja do velho Tanclér.

Sempre Avanti Savóia - Loja dos Tanclér


Singular costume usavam os comerciantes desse tempo: era o de colocar a porta de seus estabelecimentos comerciais, preso a uma haste, um pano branco à guisa de bandeira, para indicar quando havia carne de porco à venda. Isto acontecia semanalmente ou quinzenalmente, conforme exigiam a necessidade, a oportunidade, os reclamos da população. A carne, sempre saborosa, fresca e sã, porque era exposta à venda no mesmo dia do abate; dia do abate do suíno vendia-se ao preço de variava entre dois a três cruzeiros o quilo!

No ramo dos bares ou melhor chamados "botequins" havia apenas dois, o do Elia Pioli e do Ripabelo, para onde convergiam os amantes do jogo carteado.

Apenas três padarias existiam, que davam bem para o abastecimento da cidade: a do Pedro Pioli, do Adolfo Boari e do Nicoloni.

Farmácia, por muito tempo houve uma apenas: do Chiquinho Boticário. Muitos anos após 1906 instalou-se outra farmácia, o proprietário era José Siano, passando após o farmacêutico Luiz de Beneditis.

Apesar de não existir comércio compensador, Indaiatuba teve uma cervejaria e seu proprietário era Luiz Petri, que vendia a 40 réis uma garrafa, embora o povo subestimasse o produto que no seu dizer era "marca barbante". Esta cervejaria passou mais tarde por diversos donos: Major Alfredo de Camargo Fonseca, que a batizou com o nome "Condor"; Alfieri Martini, que a transformou em uma fábrica de bebidas e por fim Alexandre Prandini, que criou os saborosos refrescos "Ná-Ná" e "Abacaxi",que ficaram famosos.

O bilhar do Tabarana, situado defronte à loja do Tanclér, na confluência da rua 15 com a 7 de setembro era o único estabelecimento de comestíveis e ponto de diversão e reunião dos ociosos ricaços da época: Quinzó Bicudo, Nho Teço Barrinho, Nhobin, os Galvões, os Tebas, João Pires e outros.


* Eltemiro José Lisoni foi um dos primeiros cronistas de Indaiatuba, ele escreve memórias do final do século XIX e início do século XX.



segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Bairro Santa Cruz: Origem do Nome


Texto de Sylvia Teixeira de Camargo Sannazzaro

Lá do outro lado do leito ferroviário situavam-se as terras do Belchior, nome dado também ao córrego da Estação, por estar na propriedade desta família. Contudo, era muito comum as pessoas antigas, os moradores dali, ao se referirem a esse lugar, dizerem: lá da outra banda, ou lá do outro lado [da linha do trem]. 

Acontece, porém, que esta denominação, tão constante em nosso antigo vocabulário regional, foi mudada em virtude de um acidente alí ocorrido.

Nesse tempo, parte destas terras do Belchior passou a pertencer ao coronel Teófilo de Oliveira Camargo, que ali formou uma chácara de residências e, além de alguma plantação, mantinha sempre umas vacas leiteiras.

Devido à proximidade com a cidade e ar puro que se respirava nas manhãs frescas, era um hábito salutar, muito cultivado pela nossa gente, fazer um passeio matinal à chácara do coronel e saborear o delicioso leite gordo e puro, tirado na hora, aos copos com açúcar ou conhaque.

Certa feita, aconteceu que uma dessas rezes, um tanto historienta, desapareceu da chácara, do pastinho. Foi então iniciada a sua busca pelos arredores, o que deu muito trabalho, e após dias seguidos de procura foi ela encontrada pelo Martinho, um [menino] preto, empregado do coronel.

Não sabemos como explicar o porquê da raiva do animal. Sabe-se apenas, que a vaca quando vinha sendo trazida de volta para a chácara, já bem nas proximidades, investiu contra o homem, enterrando o chifre em seu ventre.

O coitado do Martinho morreu!

O acontecimento teve grande repercussão, devido à escassez de novidades na época.

No cemitério velho, aquele da capela [de muro de taipa], ao entrar a terceira sepultura da segunda ala, à esquerda, uma inscrição sobre a lápide do seu túmulo diz o seguinte: Martinho Camargo - Saudade do seu patrão.

E lá do "outro lado" foi erguida uma cruz, no local exato do acidente, evocando uma prece por intenção da sua alma.

O coronel depois fez uma ermida no mesmo lugar, ali na confluência da antiga estrada de Itu com a entrada da fazenda Barnabé. Daí em diante o povo passou a chamar o lugar de [que antes era do outro lado] de bairro Santa Cruz.

Hoje não existe mais vestígios da capelinha, que mais tarde tornou-se refúgio de leprosos andantes que armavam barraquinhas brancas nas suas imediações e aí permaneciam dias seguidos, vindo sempre à cidade, a cavalo, para pedir esmolas numa canequinha.

A permanência frequente desses doentes afugentava o povo, receado do contágio de tão terrível doença.
Por esse motivo, a Capela Santa Cruz não foi conservada. Derrubaram-na como medida sanitária, e quem por ali passasse poderia observar a existência de vestígios dessa construção, que deu origem ao nome do bairro: Santa Cruz.




A imagem mostra o Hospital Augusto de Oliveira Camargo, na ocasião de sua inauguração. A linha amarela é onde (aproximadamente) passava o leito ferroviário. A parte "de baixo" do leito (linha) passou a ser chamada "Do Outro Lado".


Imagem do Bairro Santa Cruz para a Matriz Nossa Senhora da Candelária, parte do local
onde esta história aconteceu.



.....oooooOooooo.....

Consta na história oral que Martinho ficava sempre nas proximidades da porteira no final da tarde, aguardando o coronel e seu pai chegarem de empreitadas. 
Os dois acharam falta dele em certa feita, e foram saber que ele havia sido morto pela vaca. Ou boi?
É a história do "menino da porteira" de Indaiatuba.

Sabe mais sobre essa memória local?


CONTE!

Tribuna de Indaiá de 13 de agosto de 1961


quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Pró-Memória de Indaiatuba promove concurso cultural de fotografia Retratos de Indaiatuba

Com intuito de envolver a comunidade com a cidade de Indaiatuba e divulgar a data de 9 de dezembro quando, em 1830 Indaiatuba se tornou freguesia, a Fundação Pró-Memória de Indaiatuba promove o Concurso Cultural de Fotografia “Retratos de Indaiatuba”. 
O objetivo é valorizar diferentes paisagens e olhares indaiatubanos, as fotos deverão ser atuais, podendo ser preto e branco ou coloridas e deverão ser enviadas para o email concursocultural@promemoria.indaiatuba.sp.gov.br entre o dia 30 de outubro e o dia 23 de novembro. 
Um júri técnico composto pelos fotógrafos profissionais Antônio da Cunha Penna, Vagner Luiz e Cassio Sampaio, tendo como suplente Cléci Noernberg, do grupo Foto Clube de Indaiatuba, serão os responsáveis pela escolha da melhor foto que represente a cidade.
Os pré-requisitos para participar do concurso, bem como a formatação das fotos a serem enviadas pelos interessados, estão elencados no regulamento do concurso disponível no site da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba
O vencedor receberá um tablet, e os segundo e terceiros colocados serão, também, agraciados com um prêmio.


quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Câmara Municipal de Indaiatuba - História

Em 1859, através da Lei nº 12, de março do mesmo ano, o município foi levado á categoria de Villa. 

Entre as exigências desta lei, estava a obrigatoriedade de se fazer a casa de Câmara a sua custa.    Com isso, em 3 de julho de 1859, aconteceu em Indaiatuba, a primeira eleição para vereadores e em 31 de julho desse mesmo ano, foram empossados os vereadores:


Vicente Ferrer do Amaral, como presidente, 
José de Sampaio Bueno, 
Francisco Xavier deAlmeida,
João Leite de Sampaio Buen o, 
Francisco Xavier de Almeida Campos. 

É importante salientar que naquela época, as pessoas com direito a voto precisam comprovar uma renda anual de r$ 100 mil reis (cem mil reis ).

Outro dado importante é que a Câmara  não possuía um prédio próprio e, durante 10 anos, as reuniões aconteciam nas residências  dos vereadores. 

Somente em 1869, foi comprada uma casa na Rua das Flores, atual Pedro de Toledo, onde funcionava o Paço Municipal.

Em 1891, a Câmara Municipal de Indaiatuba passou a funcionar em um prédio construído no centro da Praça Prudente de Moraes, onde ficava também a Cadeia (veja imagem abaixo). 

É importante salientar que naquela época, o presidente que era eleito entre os vereadores mais votados e exercia as funções do Executivo, não existindo o cargo de prefeito.

Em 1964, a Câmara passava a funcionar em um prédio na rua Bernardino de Campos. 

Em 1977, o Legislativo foi transferido para o prédio ocupado na época pela  prefeitura municipal, na Rua Cerqueira César, esquina com a Rua 15 de novembro.

Finalmente, em 1983 inaugurou sua própria sede, na rua Humaitá, onde está até hoje.

 http://www.camaraindaiatuba.sp.gov.br/




Foto: Prédio da Câmara Municipal e cadeia na atual praça Prudente de Moraes, na década de 50.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Começa Oficina do Patrimônio: atividade é parceria entre Unicamp e Fundação Pró-Memória

Teve início no último sábado (16) as aulas da primeira oficina do Patrimônio. A atividade é resultado do convênio firmado entre da Fundação Pró-Memória e a Unicamp. Segundo o superintendente da Fundação, Carlos Gustavo Nóbrega de Jesus, as oficinas tiveram grande adesão da população. “A procura pelas oficinas foi muito grande, atraindo inclusive pessoas de outras cidades como São Paulo, São Carlos, Campinas, Sorocaba, Piracicaba, Limeira, Salto e Itu”, relata.
Segundo Gustavo, em virtude da procura, a Fundação abriu mais duas turmas. “Mas mesmo assim ficou muita gente na lista de espera e para o ano que vem pretende-se abrir mais turmas além das já previstas para atender tal demanda”, prevê.
Na abertura das atividades Gustavo agradeceu ao prefeito Reinaldo Nogueira pelo apoio oferecido a Fundação e aos membros dos Conselhos da Fundação, além do professor Marcos Tognon da Unicamp, que juntamente com Gustavo coordenará as atividades das Oficinas do Patrimônio. “Temos a possibilidade de no ano que vem a Fundação oferecer uma pós-graduação na área do Patrimônio Cultural, juntamente com a Unicamp, haja vista a grande procura dos cursos”, comemora.
No próximo sábado (23) os participantes farão uma atividade prática no sítio arqueológico da Fazenda Jambeiro em Campinas. Um ônibus sairá do Casarão Pau Preto às 8h para levar os alunos ao local e os trará de volta na parte da tarde. O título da primeira oficina foi Arqueologia e Patrimônio: o papel dos testemunhos arqueológicos na conservação do Patrimônio e está sendo ministrada pelo professor doutorando Marcelo Gaudio Augusto.
Quem não foi nesta, perdeu. A aula sábado foi ótima. Outros participantes, como eu, estamos aguardando ansiosamente a aula em campo.
Espero que essa procura e assiduidade faça com que tenhamos a Pós-Graduação no ano que vem.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

19 de Agosto - Dia do Historiador


"A principal tarefa do historiador não é julgar, mas compreender, mesmo o que temos mais dificuldade para compreender.
O que dificulta a compreensão, no entanto, não são apenas nossas convicções apaixonadas, mas também a experiência histórica que as formou. 

As primeiras são fáceis de superar, pois, não há verdade no conhecido mas enganoso dito francês "tout comprendre c´est tout pardonner" (tudo compreender é tudo perdoar). 

(...) O difícil é compreender".

Eric Hobsbawm

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Museu Municipal volta a abrir aos finais de semana e traz exposição sobre arqueologia da região

A Fundação Pró-Memória inicia a partir de quinta-feira (31), no Museu Municipal Casarão Pau Preto, a Exposição Temporária a Pré-história do Homem Brasileiro. 
Segundo o superintendente da fundação, Carlos Gustavo Nóbrega de Jesus, a exposição é uma parceria entre a instituição e o Museu Elizabeth Aytai de Monte Mor. “O acervo de Monte Mor tem um rico material arqueológico da região, inclusive peças de datação pré-cabralina que o Museu Municipal de Indaiatuba não tem, pois não existiu nenhuma escavação arqueológica do gênero na cidade”, relata. 
Gustavo afirma, ainda, que aquela iniciativa foi do então professor da PUCCAMP Desidério Aytai. “Situação que nos ajuda levantar a hipótese de que as peças encontradas lá fazem parte de grupos indígenas que povoaram também Indaiatuba”, acredita.
Segundo o superintendente, a exposição estará no Museu Municipal quando a oficina em parceria com a Unicamp estiver sendo realizada. “Fiz questão que a exposição estivesse no Museu quando fosse acontecer a oficina de “Arqueologia e Patrimônio”, que irá ocorrer no Casarão, entre os dias 16 e 23 de Agosto, atribuída pela Escola do Patrimônio, que é resultado de parceria entre Pró-Memória e Unicamp e que já está com as inscrições preenchidas”, finaliza.
NOVIDADE
Ainda em relação ao Museu Casarão Pau Preto, o superintendente anuncia que a partir do próximo sábado (2) passará abrir, também, aos finais de semana. Nos sábados das 9h às 17h e domingo das 13h às 17h. Segundo Gustavo, desde abril quando da reinauguração do Casarão, a Fundação estava organizando o Museu para receber o público, também, nos finais de semana. “Depois de alguns ajustes e organização do acervo nesse mês o Museu Municipal poderá ser visitado também aos sábados e domingos. A área do bosque continuará aberta nos finais de semana, somente fechando aos domingos a partir do meio dia.
SOBRE A EXPOSIÇÃO
A Exposição “A Pré-História do Homem Brasileiro” com o acervo pertencente ao Museu Municipal Elizabeth Aytai traz, através da cultura material desde o homem pré-histórico até os indígenas, a riqueza da formação e ocupação na nossa região (Monte Mor, Indaiatuba, Laranjal Paulista dentre outras). O acervo passou a ser constituído a partir das pesquisas realizadas pelo Professor Desidério Aytai na região de Monte Mor. Hoje o Museu Municipal Elizabeth Aytai possui um rico acervo com mais de 9 mil peças.
Estarão expostas no Museu Casarão Pau Preto lascas de sílex, ossada de animais que serviam de alimento, cerâmica tupi-guarani e quadros explicando sobre esse período da ocupação humana.
A responsável pelo Museu de Monte Mor, a Zilda Rangel, foi quem realizou a curadoria e elegeu o acervo representativo para montar essa exposição.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

FUNDAÇÃO PRÓ-MEMÓRIA DE INDAIATUBA e IPR-UNICAMP - ESCOLA DO PATRIMÔNIO 2014

A FUNDAÇÃO PRÓ-MEMÓRIA de Indaiatuba, na comemoração dos seus 20 anos de atuação em defesa da educação, do patrimônio cultural e da memória da cidade, promove, em parceria com o grupo I.P.R. da UNICAMP (Inovação e Pesquisa para o Restauro), a Escola do Patrimônio. 

A Escola do Patrimônio é um programa de divulgação e capacitação nas áreas e temas do Patrimônio Cultural, que entre agosto e novembro de 2014 promoverá, no Casarão Pau Preto, 5 oficinas de capacitação cultural e técnica para todos os interessados de Indaiatuba e região. 

As inscrições são gratuitas. 

Os interessados devem ter nível de escolaridade médio ou superior. 

Será emitido certificado para aqueles que completarem as 12 horas de capacitação. 

Todas os cursos terão atividades práticas. 

Os interessados podem se inscrever em qualquer curso, e nos temas que tiver interesse. 

Serão 30 vagas, a serem preenchidas por ordem de inscrição. 

As aulas serão na Fundação Pró-Memória de Indaiatuba – Auditório da Tulha. 

 Para se inscrever é necessário preencher a FICHA DE INSCRIÇÃO Clique aqui

Clique aqui e veja as opções de Curso. 


A ficha de inscrição deve ser enviada por e-mail 
(escoladopatrimonio@promemoria.indaiatuba.sp.gov.br) ou entregar a ficha impressa pessoalmente na recepção do Casarão Pau Preto (rua Pedro Gonçalves 477, bairro Pau Preto). 
 
Dúvidas e informações ligar para (19) 3875-8383, horário comercial

terça-feira, 1 de julho de 2014

OS CASARÕES ANTIGOS DO LARGO DA MATRIZ DE INDAIATUBA

 

Nilson Cardoso de Carvalho

1995

 





O Largo da Matriz, primeiro espaço comum, reunia em torno de si as casas mais importantes do povoado, sobressaindo, imponente, a igreja, ponto de reunião das pessoas, dos fiéis nos dias de missa, procissões, festejos religiosos e também nas eleições, quando se reuniam as ‘mesas paroquiais’ no corpo da matriz, pequeno número de eleitores, para se proceder as eleições de juízes de paz, vereadores e os cargos eletivos do Império em todos os níveis.

 

Era o local cívico e religioso da comunidade. Ali residiam os principais do lugar: oficiais da Guarda Nacional, fazendeiros senhores de engenho, fazendeiros ‘cafelistas’, comerciantes principais e as autoridades locais.

 

O Largo, como o nome diz, era um largo com chão de terra sem calçamento, que em sua largueza ampliava a perspectiva da matriz. Em fotos do início do século ele aparece ainda limpo, apenas com algumas palmeiras.

 

Em 1930 era chamado ‘Praça Rio Branco’, quando este nome foi mudado para ‘Praça Centenário’, em comemoração ao centenário da elevação de Indaiatuba à freguesia, e finalmente, para homenagear a grande benemérita fundadora do Hospital mudaram o nome para ‘Praça Leonor de Barros Camargo’. Há mais de trinta anos, 1964, quando eu e minha família aqui nos radicamos, Indaiatuba era um lugar muito agradável, tal como (ainda) é.

 

A igreja matriz, sem a sufocante floresta à sua frente e os ridículos arranha-céus circundantes, imperava majestosa sobre o seu largo. Largo este de tradições tão antigas na cultura luso-brasileira, inclusive com sua indispensável ‘Rua Direita’.

 



Centro histórico, desde que ali foi implantada a primeira capelinha no século dezoito, o local se mantinha intacto, com seu casario colonial, de alinhamento uniforme, múltiplas portas e janelas envidraçadas, todas abrindo para o espaço aberto do largo. 


Esse conjunto homogêneo se manteve intacto durante muitos anos depois que aqui chegamos e só no final da década de setenta, início dos anos oitenta, começaram a vir abaixo os casarões, vítimas de muitas circunstâncias, mas principalmente da idéia equivocada do que seja “progresso”,  isto é: “tudo o que é velho deve ser demolido”. 

 

Lembro-me de uma das primeiras vítimas: um casarão na esquina com a Quinze de Novembro que deveria ter mil histórias para nos contar, desde sua trabalhosíssima construção, iniciada ainda no meio da floresta onde o construtor escolheu as árvores que dariam o seu madeiramento, passando pela história das pessoas que nele viveram e, quase no final de sua existência, quando viu surgir o Indaiatuba Clube que ali teve sua sede.


Senti um choque ao vê-lo, numa manhã, semidemolido, já destelhado com madeiramento todo à mostra e... madeiramento tão perfeito como se acabasse de ser construído!

 

Nas calçadas ao seu redor colocaram as grandes telhas coloniais empilhadas. Chamava a atenção a extensa parede de pau a pique, encostada ao casarão vizinho e que começava a ser demolida com imenso trabalho, pois estava muito firme com sua ‘trama de paus roliços amarrados com cipós’.

 

Em frente a esse existia um outro notável casarão, antiga propriedade de José Estanislau do Amaral, avô da mais famosa pintora brasileira, Tarsila do Amaral, e também avô do nosso querido amigo Tércio Ferreira do Amaral.

 

Neste casarão nasceu aos 7 de agosto de 1869 Antonio Estanislau do Amaral, um dos primeiros ecologistas de que se tem notícia no Brasil, amante dos pássaros, das árvores e da natureza, cuja obra mais importante e desconhecida, inclusive pelos indaiatubanos, é o horto Itatuba; uma floresta ocupando muitos alqueires de terras, com árvores nativas brasileiras de todas as espécies, crescendo e se multiplicando livremente, sem a interferência do homem.

 

Por estar na época fora de Indaiatuba não presenciei a derrubada desse casarão; fui poupado de testemunhar o espetáculo, mas não da surpresa desagradável de dar por sua falta, um dia ao passar por lá e verificar que só havia sobrado o imenso terreno com jabuticabeiras e entulho.

 

Sei que as cidades, tais como os homens que as criam, são organismos vivos, e como tais vão se modificando no transcorrer do tempo; mas sei também que é possível, como nos lugares civilizados, estabelecer uma orientação para que estas modificações se façam de forma racional, sem descaracterizar o que ela tem de fundamental, pois sem características fundamentais a cidade perde sua identidade; e, como um sinal de alerta, tenho ouvido ultimamente várias pessoas dizerem que Indaiatuba está se tornando uma cidade ‘sem identidade’.

 

Texto publicado no “Diário Votura”, em 4-10-1995

quarta-feira, 11 de junho de 2014

"Do Primavera ao Esporte Clube XV de Novembro"






A Copa no Brasil começa agora no mês de junho, para celebrar este momento do esporte para o nosso país, a Fundação Pró Memória de Indaiatuba realiza no Museu Casarão Pau Preto a exposição “Do Primavera ao Esporte Clube XV de Novembro – O início do futebol Indaiatubano “. 

A exposição também está disponível virtualmente, neste álbum no facebook no  site http://www.promemoria.indaiatuba.sp.gov.br/

A exposição ficará até o início do mês de julho.

O futebol é a paixão nacional, e também, fez e faz parte da história e do cotidiano de Indaiatuba. 

O primeiro time a ter maior destaque no cenário local foi o Primavera F.C. e depois vieram muitos outros.


Para visitação no Museu Casarão Pau Preto - Segunda a Sexta: das 9h às 17h.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Pró-memória deve fazer parceria com Rio Claro

O superintendente da Fundação Pró-Memória, Carlos Gustavo Nóbrega de Jesus esteve no Arquivo Municipal e Histórico de Rio Claro, para planejar alguns eventos em conjunto.

Na oportunidade, Jesus foi recebido pela superintendente da instituição de Rio Claro, Teresa Arruda, que foi presenteada com um kit comemorativo dos 20 anos da Fundação. Segundo o superintendente local, o Arquivo de Rio Claro tem uma prática de pesquisa mais consolidada que a do Arquivo Municipal de Indaiatuba, pois investem nesse ramo há mais tempo.

Por outro lado, o órgão ligado a Fundação Pró-Memória está mais organizado no que se refere à gestão documental. “Situação que nos levou a propor uma parceria entre as duas instituições para trocar conhecimentos e treinamento de funcionários”, revela.

 Diante disso, a dirigente do órgão de Rio Claro pediu apoio para o treinamento de funcionários para confecção de tabelas de temporalidade no seu arquivo intermediário. “Situação usual no Arquivo de Indaiatuba, o Arquivo Intermediário seleciona a documentação que, segunda as leis específicas, pode ser eliminada e aquela que tem interesse histórico vai para o Arquivo Permanente”, relata.

 Jesus afirma que propôs cursos a serem ministrados por profissionais da Fundação para assim capacitarem os funcionários do Arquivo Histórico de Rio Claro em trabalhar com as tabelas. Por outro lado, ele espera contar com apoio desta instituição para solidificar a prática de pesquisa e Ação Educativa no Arquivo Permanente, além de retomar a veiculação da Revista Registro que circulou pela Fundação até 2007. 

Funcionamento

 O Arquivo Municipal Permanente está aberto ao público, pesquisadores e às escolas que tiverem interesse em agendar uma visita ao local. Além disso, as visitas também podem ser feitas no período noturno, desde que previamente agendada.

Na visita pesquisadores do Pró-memória apresentam documentos históricos, a prática de conservação de tais documentos e salientam a partir da prática a importância das fontes históricas para educação e como tais materiais podem ser utilizados na sala de aula.

O Arquivo Permanente fica na Rua Jácomo Nazário, 1046 e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17 horas.

As visitas devem ser agendas previamente pelo telefone (19) 3834-6633.

Fonte: http://maisexpressao.com.br/

domingo, 27 de abril de 2014

Restaurado o nosso Casarão!

HOJE
http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/jornal-da-eptv/videos/t/edicoes/v/apos-1-ano-fechado-por-obras-predio-historico-de-indaiatuba-sp-e-reaberto/3306702/



ANTES, NO ANO PASSADO:
http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/jornal-regional/videos/t/edicoes/v/casarao-construido-no-inicio-do-seculo-xix-em-indaiatuba-corre-risco-de-desabamento/2515736/

terça-feira, 15 de abril de 2014

Reabertura do Casarão Pau Preto

Fundação Pró-Memória definiu as atividades de reabertura do Casarão Pau Preto.
 
O evento está marcado para o próximo dia 27, às 9h, com uma benção dada pelo padre Marcelo Donizetti Previatelli, da Paróquia Nossa Senhora da Candelária. Após haverá sessão solene com autoridades, homenagens e apresentação do restauro do prédio histórico. Posteriormente haverá apresentação da Corporação Musical Villa Lobos, com um repertório de músicas nacionais. “Nesse momento, estarão distribuídos pelo ambiente do complexo histórico barracas de alimentação com intuito de arrecadar renda para entidades assistenciais”, comenta o superintendente da Fundação, Carlos Gustavo Nóbrega de Jesus.

Também haverá três exposições: A vida do compositor Nabor Pires de Camargo, 20 anos da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba: Restauro do Casarão Pau Preto e Inspiração do Barroco Mineiro da AMAP (Associação Marianense de Artistas Plásticos). “Ressaltamos a relevância, pois a exposição da AMAP que vem da cidade de Mariana, Minas Gerais, é uma oportunidade única de se conhecer o que é melhor da arte barroca brasileira, pois tal região foi o berço de tal estilo artístico revelado por Aleijadinho e que fez o Brasil ficar conhecido artisticamente no mundo a partir do século XVIII”, comemora.

EXPOSIÇÃO BARROCO MINEIRO

A exposição contará com participação de 25 artistas plásticos. “Graças a parceria entre Fundação Pró-Memória, AMAP e Prefeitura Municipal de Mariana essas obras estarão Casarão, situação inédita na cidade. Poucas cidades do Brasil tem a oportunidade que Indaiatuba terá de apreciar a exposição que roda o mundo capitaneada pelo Presidente da AMAP Edney do Carmo”, revela.

Segundo Gustavo, Mariana, é celeiro de pintores e escultores desde o século XVIII e o guarda o legado cultural que respira nos atelieres existentes na cidade de forma fiel aquilo que faz de seu patrimônio um traço vivo da cultura brasileira. Das primeiras obras de arte realizadas ainda no primitivo Arraial do Carmo até a contemporaneidade, a ciência e a técnica caminharam juntas através do tempo, guiadas pelas mãos de artesãos, mestres de ofício, artistas e seus aprendizes. “O fazer significa, pois, mais que produzir. É também ensinar e perpetuar. Criar não apenas a obra, mas também criar artistas para o tempo num sentido contínuo que leve para o futuro o que herdamos de nosso passado”, acredita.

A Associação Marianense dos Artistas Plásticos – AMAP reúne um grupo de herdeiros da ciência e da técnica de se produzir arte. A variada produção da AMAP expressa, para além de uma reinterpretação do passado colonial mineiro, um cenário contemporâneo de contínua busca e construção de uma identidade brasileira, nacional, dotada de todas as semelhanças e diferenças que constituem a diversidade de nossa cultura.

Com o mesmo afinco com o qual desbravadores bandeirantes se lançavam aos caminhos das minas na busca do ouro, a AMAP se entrega aos caminhos do mundo para levar um legado cultural que nos foi dedicado pela história. Para mostrar que a técnica e a ciência ainda vivem através das mãos de nossos artistas plásticos despertando um prazer que só a arte pode proporcionar aos sentidos humanos. “Nesse sentido, A AMAP acolheu o convite feito pela Fundação Pró-Memória de Indaiatuba/SP para realização da exposição de Inauguração de Restauro do Casarão Pau Preto, e além disso proporcionará, gratuitamente na primeira semana de reabertura do Casarão oficinas de arte, para estudantes, professores e público em geral”, revela.

O nome do evento integrado a exposição é "Atelier Itinerante Da Amap", onde a Associação Marianense dos Artistas Plásticos, cumprindo sua finalidade de promoção cultural e estimulo à prática dos artistas plásticos, traz os atelieres dos membros associados para eventos de porte variado, propondo uma política pública de interação com os visitantes, inclusive turistas, promovendo exposições dos trabalhos em desenvolvimento, bate-papos, palestras sobre seus trabalhos e oficinas. “Será uma grande festa que durará uma semana e que terá o intuito não somente de festejar a nova fase do Casarão, mas sim uma política de conscientização de preservação do patrimônio histórico, da importância da cultura e da memória empregada pela Fundação Pró-Memória e a Prefeitura Municipal de Indaiatuba”, finaliza.

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