sexta-feira, 31 de julho de 2009

Almeida Júnior - Cenas do Cotidiano de Indaiatuba no século XIX

Almeida Júnior é um reconhecido artista brasileiro que nasceu em Itu em 8 de maio de 1850 e faleceu em Piracicaba no dia 13 de dezembro de 1899.


Seu talento como desenhista e pintor o consagra como um dos principais artistas brasileiros cujo tema central da obra é o regionalismo.


Numa época em que o naturalismo era a corrente principal de influência, o ilustre ituano dava destaque a personagens simples e anônimos, retratando com fidelidade a cultura caipira, influenciado certamente pela sua então provinciana Itu.


Segundo Antonio Reginaldo Geiss, Almeida Júnior frequentava a casa de sua bisavó materna aqui em Indaiatuba, tendo sido, inclusive, padrinho de casamento de sua avó.


Nas biografias oficiais do artista consta que pelo menos um de seus quadros foi pintado em nossa cidade: a obra "Amolação Interrompida". Geiss informa que o modelo utilizado como referência foi o indaiatubano Bento Antonio Pires, mais conhecido como BENTO ROQUE.


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Amolação Interrompida
1894
óleo sobre tela 200 x 140 cm
Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo/Brasil



Geiss conta que, nas memórias da família, transmitidas de geração para geração, consta que outro quadro do reconhecido artista também foi feito com indaiatubanos em seu cotidiano: a obra "O Violeiro", que teve o casal Galdino Chagas e suas esposa Francisca como modelos.


.O Violeiro
1899
óleo sobre tela 141 x 172 cm
Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo/Brasil

Não dá uma emoção especial ao olhar para as telas e saber que trata-se de Indaiatuba no século XIX?
.Almeida Júnior morreu vítima de um crime passional, em Piracicaba, no mesmo ano em que pintou " O Violeiro" com 49 anos de idade.

Há mais sobre Almeida Júnior e sua relação com Indaiatuba no livro de Rubens de Campos Penteado " Gente da Nossa Terra, Terra da Nossa Gente". 1999.


Fonte: Revista Regional

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Receitas da Vovó

Difìcilmente poderíamos elaborar uma história propriamente dita da cozinha, uma vez que ela não está dividida em décadas, séculos ou coisa que o valha como ocorre com outros assuntos.

O que existe de concreto é que o ser humano, desde há séculos, vem se debatendo com um problema cotidiano: o de ter que se alimentar a cada momento. Sempre defrontou-se o homem com esse elementar problema da sobrevivência, mantida até o presente momento graças à alimentação diária, não tendo a técnica moderna encontrado substitutivos para essa prazerosa mania.

Desde há muito, e com muita convicção, fala-se na era das pastilhas nutritivas, que virão substituir lautos e opíparos jantares, todavia, enquanto ela não vem, temos que arregaçar as mangas e preparar nossas refeições.

Quando pensamos em aprimoramento dos usos e costumes na gastronomia, lembramo-nos dos gregos, que foram os primeiros a manifestar interesse pelo preparo de uma suculenta e bem cheirosa refeição, dedicando surpreendente interesse à cozinha, aliás procedimento esse imitado de seus contemporâneos persas. Vinham sendo cultivadas nessa época, a música, a literatura, a poesia e outras artes e, paralelamente, a arte culinária, ficando os “mestres da cozinha” da época em plano destacado, no ambiente social de então, chegando eles a ser chamados de “doutores em cozinha”.

Paralelamente aos avanços em todos os setores da vida humana, como no campo da filosofia, literatura, artes, etc. a cozinha também passou a surpreender, criando-se então no mundo revolucionário das grandes conquistas da época, os molhos, as pimentas e as especiarias de um modo geral que transtornaram os amantes da “society” grega da época. Os gregos que sempre deram lição de cultura e bom viver ao mundo, não poderiam distanciar-se do campo da “faca e do garfo”, mesmo porque sua concentração nesse setor também os projetou para sempre como inovadores e interessados no cultivo da arte culinária, quando completavam as atraentes mesas com ricas variedades de frutas de delicioso sabor. Ainda, valendo-se das rotas marítimas que conduziam ao Egito e ao Oriente próximo, aperfeiçoaram sobremaneira os seus requintes na arte de bem servir e de preparar pratos saborosos e cobiçados.

Paralelamente, a cozinha em Roma estava entregue ao escravo, entrementes ele, de simples fabricante de pão, passou a doutorar-se na prática da elaboração de bons “menus”, ficando considerado pessoa do mais alto prestígio e disputado por reis e magnatas da época, que os alugavam a peso de ouro. Tal era o conceito do braço escravo na cozinha, que quando ele apresentava novidades cobiçadas à mesa, era laureado com ricos presentes, mas se acontecia queimar-se um cozido ou ocorrer outro incidente qualquer chegava ele a ser surrado.

Grandes navegadores como Vasco da Gama e mesmo Cristovam Colombo foram os introdutores própriamente ditos na Europa dos condimentos novos, como o açafrão, a pimenta do reino, a noz moscada, etc., autênticos causadores da revolução existida na alimentação da época, enriquecida pela introdução dessas especiarias, que foram as grandes responsáveis pela atração e interesse dos monarcas de então por manjares saborosos e diferentes.

Aliás, ao nos referirmos às especiarias não poderíamos deixar de fazer referências – sem correr o risco de cometer grave injustiça – as lendárias viagens de Marco Polo às índias de então e suas festivas recepções de retorno, quando em meio às gargalhadas, as especiarias eram disputadas pelos seus recepcionistas.
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Posteriormente Catarina de Médicis introduziu na Côrte do rei Henrique II os célebres cozinheiros italianos que davam lições de culinária e eram disputadíssimos. Tiveram eles grande amparo na França e mestres-cucas concentrados em conhecida corrente, foram protegidos e projetados por nova lei que Luís XIV promulgou especialmente para defender os seus direitos. No entanto somente a partir da Revolução Francesa que os cozinheiros vieram a ter liberdade, situação que se prolonga até o presente momento.

Cabe entrementes a Luís XIV o título de fundador da cozinha moderna tipicamente francesa – na época em que passou a ser moda entre os grãos-senhores da fidalguia francesa manter para si um cozinheiro de projeção e famoso. Sua própria filha, inclusive, projetou-se através de conquistas que a consolidaram na história como exímia cozinheira e criadora do conhecido “pão de Orleans”.

Com Napoleão, isto bem depois da Revolução Francesa – é que teve início nova ascensão da arte culinária. Era hábito de Napoleão conquistar as figuras políticas de suas relações através de fantásticos almoços, que, como o imperador, também passaram para a história. Essa norma passou a ser imitada por outros políticos, resultando consequentemente na grande projeção que sofreu a cozinha francesa, cujo sabor e diversificação são únicos no mundo e que vem se desenvolvendo há séculos, como a primeira das cozinhas, a mais reconhecidamente saborosa e também a mais internacional de todas.

E nesta era da panela de pressão em que tudo é mais fácil, e que a indústria pesada e indústria de alimentação assistem de perto às necessidades ditadas pela cozinha, criando para elas todas as facilidades, é que nos recordamos das dificuldades de um cozinheiro da antiguidade no atender os paladares apurados dos fidalgos e exigentes “grãos-senhores” seus contemporâneos.

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A pedido de estudantes do curso de gastronomia, procurei receitas "antigas" e encontrei uma publicação mimeografada, feita pela Editora Ottoni de Itu (sem data). Trata-se de um conjunto de receitas escolhidas por senhoras da igreja Nossa Senhora da Candelária. São receitas simples, de preparo rápido, com ingredientes comuns, sem muita sofisticação.

Confira o índice das receitas contidas na publicação, a capa e uma receita que minha avó fazia:
Os patrocinadores da publicação foram:
  • Ópticas Ipanema
  • Clínica de Olhos Boa Visão
  • Cerâmica Santa Clara
  • Farmácia Drogafone
  • Tonin - Empreendimentos e Construções Ltda.
  • Bonvecchiati Frios
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Você tem receitas da sua "avó"? Compartilhe!

Receitas também são documentos históricos!

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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Casarão Pau-Preto: Arquitetura em Taipa

Um pouco da História do Casarão


A antiga sede da Fazenda Pau Preto foi construída no início do século XIX, entre 1810 e 1820, através da técnica da taipa, tanto a de pilão como a de mão, utilizando mão-de-obra escrava. 

Por volta de 1885, o proprietário da Fazenda Pau Preto agregou a suas terras a chácara onde havia sido construído o Casarão e o transformou em sede da propriedade e, logo após, construiu ao lado do Casarão um prédio de tijolos para abrigar uma máquina a vapor para beneficiar café, sendo por muito tempo a única na cidade. Assim, este prédio que possui traços da arquitetura industrial inglesa é denominado Tulha.

A arquitetura do Casarão e da Tulha são portadoras de informações da economia brasileira em dois períodos: no período em que o Brasil foi colônia de Portugal, na qual o Casarão foi construído com o incentivo português à produção açucareira, voltada ao mercado predominantemente europeu; e a Tulha é fruto da economia cafeeira, do início da industrialização no Brasil. Neste período, houve na região a introdução de linhas férreas dinamizando a escoação da produção até o Atlântico.

Na década de 1980 a Fazenda Pau Preto já recortada por ruas e outras construções, tornou-se alvo do mercado imobiliário, ocasionando a destruição parcial da Tulha. Neste momento, mais precisamente em 1982 teve início um movimento para sua preservação e para impedir a sua total demolição. liderado por Sérgio Squilanti que começou a organizar passeatas, reuniões, protestos pela imprensa, inclusive pela televisão - o que resultou no decreto 2.394 de 20 de abril de 1982, do prefeito Clain Ferrari, declarando de Utilidade Pública, a fim de ser adquirido, mediante desapropriação, o Casarão e sua área de terreno de 9.810 metros quadrados, para “instalação de museu histórico, centro cultural e parque de lazer”. Entretanto o mesmo Clain Ferrari revogou [SIC!] este decreto em 14 de dezembro de 1982.

"Localizado no ponto de origem do pequeno povoado, o Casarão assistiu à sua história,
desde o pequeno aglomerado de moradores, até a próspera cidade industrial que é hoje Indaiatuba, sendo lamentável assistirmos à sua deterioração, ou demolição (...)
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em que a população saiba que o Casarão não é apenas uma “velharia” –
mas um testemunho concreto da história e da arquitetura da cidade."
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A nota acima é de Nilson Cardoso de Carvalho, que escreveu a publicação "Arquitetura em Taipa - um dos últimos exemplares em Indaiatuba" nessa época para para chamar a atenção da população de Indaiatuba para a importância do Casarão da Fazenda Pau Preto. A publicação atingiu seu objetivo: foi distribuída num momento em que o prédio era destruído e contribuiu para engrossar o movimento para sua preservação que se avolumava na cidade.

Em 24 de fevereiro de 1983, o novo prefeito José Carlos Tonin, pelo decreto 2.615, novamente “declara de Utilidade Pública” o Casarão, só que, agora, a área considerada, ao invés de 9.810 metros quadrados, tem 4500,9 metros quadrados, sendo que o “imóvel declarado de Utilidade Pública destina-se à instalação de museu histórico, centro cultural e parque de lazer”. Mesmo após o decreto de Tonin, o Casarão ficou abandonado, deteriorando na chuva.

Foi produzido também um audiovisual com imagens de Antonio da Cunha Penna e sonorização e narração de Renato Carramenha. Imediatamente após ser exibido para uma platéia repleta, no auditório da Câmara Municipal, o prefeito José Carlos Tonin anunciou a desapropriação, o que fez vibrar a platéia e foi uma festa. Na época, a recuperação do Casarão foi executada diretamente pela prefeitura, sob a direção do engenheiro Salvador Canton Garcia, diretor do Departamento de Obras, com supervisão de uma comissão nomeada diretamente pelo prefeito. Recuperado, o Casarão foi simbolicamente entregue à população da cidade, em 9 de dezembro de 1985, no dia do aniversário de Indaiatuba com a presença de uma multidão, constituída principalmente por seus antigos moradores, sinalizando sua importância como referência histórica.

O mesmo movimento originário para impedir a demolição do Casarão deu origem a Fundação Pró-Memória de Indaiatuba que se tornou responsável pela preservação do imóvel. Em 2007 o Casarão Pau Preto, que abrigava a Secretaria da Cultura e passou a ser sede administrativa da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba, abrigando o Museu, a Biblioteca Municipal Rui Barbosa, o auditório Tulha e um espaço aberto (o bosque), com árvores centenárias remanescentes da antiga fazenda.

Em dezembro de 2008 o Casarão do Pau Preto foi tombado pelo então prefeito José Onério da Silva, através do Decreto 10.108. A preservação do Casarão através da ratificação desse decreto foi fruto do empenho de pessoas que lutaram para isso.
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Abaixo, trechos e imagens da publicação do pesquisador Nilson Cardoso de Carvalho, explicando sobre a técnica arquitetônica de TAIPA DE PILÃO.


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Arquitetura em taipa - um dos últimos exemplares em Indaiatuba

Nilson Cardoso de Carvalho
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O QUE É TAIPA DE PILÃO
A chamada taipa de pilão é um processo antigo de construção usado já pelos jesuítas nas primeiras construções de São Paulo, sendo de taipa o antigo Colégio. Com a migração dos primeiros habitantes de Piratininga, fundando povoações vizinhas, estes núcleos primitivos tinham como característica comum suas igrejas e seu casario construídos em taipa. São exemplos destes núcleos: Mogi das Cruzes, Embu, Taubaté, São Roque, Sorocaba, Jundiaí, Santana do Parnaíba, Itu, Atibaia e outros.
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Os bandeirantes do ciclo da caça ao índio e do ciclo do ouro levaram a taipa de pilão para Mato Grosso e Goiás. Em Minas Gerais, o processo não deu resultado devido à inclinação dos terrenos montanhosos, nos quais as enxurradas provocavam a erosão das paredes de taipa. Os mineiros inventaram, então, a técnica da taipa de mão, ou, pau-a-pique, introduzida por eles em São Paulo, quando para cá migraram, ao final do ciclo do ouro. A técnica da taipa de pilão era muito simples e resistente quando bem construída, encontrando-se, ainda, exemplares deste tipo de edificação com mais de duzentos anos. A mão de obra empregada era o braço escravo - índio ou negro - e perdurou até o final do ciclo da cana de açúcar, em São Paulo, em meados do século dezenove. Com o início do ciclo do café, e a vinda da mão de obra européia, seus mestres de obra trouxeram o uso do tijolo queimado que, embora já conhecido, só foi utilizado a partir de então.


COMO ERA FEITA A TAIPA DE PILÃO

As paredes da taipa de pilão eram levantadas de alicerces com 50 centímetros de profundidade. Dentro de uma forma de tábuas móveis, de formato retangular colocava-se barro feito com terra peneirada e água, juntando-se em seguida, fibras vegetais, sangue de gado, crina de animais e estrume de gado. Socava-se então com os pés ou pilão, até se obter uma compactação bem firme. Cada forma tinha, em média, 40 centímetros de altura, que depois de socada, passava a 20 centímetros, aproximadamente. Essas camadas eram feitas ao mesmo tempo em todo o perímetro da obra para dar uma resistência homogênea às paredes, tal como se faz hoje com o concreto. Nas construções comuns as paredes tinham de 40 a 80 centímetros, e um metro ou mais nas construções maiores.
Para a proteção contra a chuva – o maior inimigo das paredes de taipa – o local escolhido era sempre um terreno plano, evitando-se assim as enxurradas. Os beirais eram largos para evitar que a água da chuva umedecesse as paredes. Não se conhecia o uso da calha. O aspecto da construção era retangular, com o pé direito alto e o telhado, feito de duas ou quatro águas, coberto com telha canal.
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O QUE É E COMO SE FAZIA A TAIPA DE MÃO OU PAU-A-PIQUE

Como já foi mencionado, para os terrenos em declive, foi criado o sistema de taipa de mão ou pau-a-pique, utilizado na Capitania de S. Paulo ao final do ciclo do ouro. Era um trabalho essencialmente de carpintaria, pois a casa era primeiramente armada em madeira, ficando com o aspecto de uma gaiola. Os esteios eram cravados no chão e ligados entre si por vigas horizontais (baldrames e frechais) que formavam um sistema rígido de sustentação do telhado. Para a construção das paredes era montada uma trama de paus roliços ou taquara jatevoca, que possui cerne compacto, em posição vertical (pau-a-pique ou barrotes) e horizontal (ripas), amarrada com cipó. Em seguida atirava-se barro ao mesmo tempo do lado de dentro e de fora da trama, o que requeria o trabalho de duas pessoas.
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O CASARÃO DA FAZENDA PAU PRETO E SUA ARQUITETURA

Com frente para a rua Pedro Gonçalves, com uma área construída de 555,60 metros quadrados, está situado sobre um terreno retangular de 9,810 metros quadrados. Existe ainda um barracão de 124,80 metros quadrados de área construída, muro de fecho e um bosque de árvores. .

EDIFICAÇÃO CARACTERÍSTICA DA CONSTRUÇÃO EM TAIPA

O local escolhido foi o espigão da colina entre os ribeirões do Pau Preto e do matadouro. Aí estão localizadas outras construções em taipa: a Casa Número Um; muros remanescentes e a Matriz. Nesse local o terreno é quase em nível. As paredes do casarão, onde não há envasaduras, foram levantadas inteiramente em taipa de pilão (até o teto). Naquelas paredes onde se abrem portas e janelas, a taipa sobre até cerca de oitenta centímetros e depois começam as janelas que se apóiam sobre a taipa sem nenhuma escora. Daí para cima, nos cheios entre as janelas e portas, e acima delas, foi utilizada a taipa de mão. Os elementos fundamentais aí estão presentes: pé direito alto, aspecto retangular, corpo principal de 35 x 10 metros e telhado em telha canal, avançando em beiral largo.
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PRESENTA CARACTERÍSTICAS DAS RESIDÊNCIAS DO CICLO BANDEIRANTISTA

As primeiras residências do planalto de Piratininga são chamadas residências do ciclo bandeirista. Segundo Luiz Saia, estudioso do assunto, as últimas residências do ciclo apresentam elementos característicos para sua edificação que ele relaciona em seu livro, “A Casa Bandeirista”, publicado pela Comissão do IV Centenário da Cidade de São Paulo e que transcrevemos nas páginas seguintes, para uma comparação com tais elementos observados no Casarão.

Casarão Pau Preto
Casa de Calu.
.As últimas residências do ciclo são de meados do século dezenove, sendo portanto a data de construção um dado fundamental para a caracterização completa do Casarão como “residência do ciclo bandeirista”.
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O CASARÃO E SUA HISTÓRIA
A CONSTRUÇÃO DO CASARÃO É DA ÉPOCA DE D. JOÃO VI

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Foi construído no início do século dezenove, entre 1810 e 1820, em pleno ciclo da cana de açúcar na Capitania de São Paulo, tendo, portanto, cerca de 170 anos. O casarão é contemporâneo da igreja Matriz que teve início – sua construção – em 1807.

C, mas sim, de um padre, ou da Igreja. Era residência do Pároco, que ali mantinha seus animais, necessários para sua condução aos locais, às vezes distantes, para atendimento de seus paroquianos. Embora não haja confirmação, há indício de que ali tenha residido o Padre Antonio Casimiro da Costa Roriz, notável pregador sacro, Pároco de Indaiatuba, muito solicitado para pregar em festividades religiosas, nas vilas da redondeza e, principalmente, em Campinas, onde era muito estimado.

Foi Padre Casimiro Roriz quem rezou o Te Deum solene da elevação de Indaiatuba à Município em 1859. Arruda Camargo, em suas reminiscências sobre Indaiatuba, diz que “aqui viveu e paroquiou durante muitos anos, fazendo também, metido nuns calções de baeta vermelha, os serviços mais rudes de sua grande chácara”.
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JOAQUIM EMÍDIO DE CAMPOS BICUDO E A CONSTRUÇÃO DA PARTE DE TIJOLO À VISTA– JÁ DEMOLIDA
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Na segunda metade do século dezenove, o Capitão da Guarda Nacional José Manoel da Fonseca Leite, abastado proprietário de terras em Indaiatuba, por ocasião do casamento de sua filha Escolástica Angelina Fonseca com Joaquim Emídio de Campos Bicudo, dá a Fazenda Pau Preto como dote. A Fazenda, que tinha suas divisas além do Ribeirão do Pau Preto, estava em plena decadência com suas terras em abandono (final do ciclo da cana). Joaquim Emídio iniciou a cultura de café na Fazenda com amplo sucesso. Foi entre os anos de 1860 e 1870 que adquiriu do Padre, ou da Igreja, o Casarão, com área de terras de cerca de 15 alqueires, incorporando-a a área da Fazenda Pau Preto. O Casarão, nesta época, já era velho. Construiu então a parte mais nova do conjunto, de tijolo à vista, recém demolida. Joaquim Emídio montou ali a primeira “machina” de beneficiar café do Município de Indaiatuba. Como estas máquinas eram importadas, presume-se que tenha vindo com ela, a planta do local onde seria instalada, daí o aspecto britânico do prédio, que tão bem representava os vestígios do ciclo do café na arquitetura de Indaiatuba. Essa construção era totalmente separada do Casarão, mas se harmonizava com ele, esteticamente, de maneira notável. Nesta época e até a algumas décadas recentes, a rua Pedro Gonçalves terminava ao portão do Casarão, no início da rua Dom José, sendo, daí para frente, o terreiro de café de Joaquim Emídio de Campos Bicudo.


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BIBLIOGRAFIA (citada por Nilson Cardoso da Carvalho)
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CAMARGO, M. de A.
1931
Reminiscências a propósito do primeiro centenário de Indaiatuba, Instituto Ana Rosa.
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GROFF, M. A.
1963
Pesquisa sócio-econômica do município de Indaiatuba. Monografia (Conclusão de curso) Serviço Social, PUCCAMP, Campinas.
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Loureiro, M. A. S.
1981
Evolução da casa paulistana, São Paulo:Voz d'Oeste.
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SAIA, L.
1955
A casa bandeirista, São Paulo: Comissão do IV Centenário.
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Valle, J. L. B. do
1984
Depoimento ao autor.

Nota de Eliana Belo Silva: Este texto publicado pesquisado, escrito e publicado por Nilson Cardoso de Carvalho teve influencia (positiva) no processo te tombamento do Casarão Pau Preto. Parte de sua metodologia de pesquisa e de seus argumentos são contestados brilhantemente no texto do Dr.Carlos Alberto Nóbrega de Jesus, publicado em 2015, denominado "A Construção da História e a Legitimação da Memória no Processo de Preservação do Casarão Pau Preto", que você pode ler aqui 

A CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA E A LEGITIMAÇÃO DA MEMÓRIA NO PROCESSO DE PRESERVAÇÃO DO CASARÃO PAU PRETO

A CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA E A LEGITIMAÇÃO DA MEMÓRIA NO PROCESSO DE PRESERVAÇÃO DO CASARÃO PAU PRETO


sexta-feira, 24 de julho de 2009

A vila de Itu e os negros da terra - séculos XVII e XVIII

. Texto de Silvana Alves de Godoy


.Resumo: Estudos sobre a capitania paulista tradicionalmente enfatizaram o período bandeirante, no século XVII, e cafeeiro, no século XIX. O século XVIII praticamente desaparece das análises e, quando é citado, é apresentado como período de rupturas em relação ao século XVII. A historiografia recente vem demonstrando que, para além deste viés de ruptura, o século XVIII possui elementos de continuidade em relação ao século XVII. Ao analisar o período formativo da vila de Itu, observa-se que a descoberta do ouro não significou o fim do apresamento de índios, ainda que em escala menor do que a verificada no século XVII. O que se percebe é que famílias redirecionaram suas atividades a partir das possibilidades que a descoberta do ouro trouxe, mas ainda calcadas na mão-de-obra indígena, pelo menos na fase inicial do período monçoeiro.

A vila de Itu tem sua origem relacionada às expedições bandeirantes ocorridas no século XVII. Embora não tenhamos certeza da quota que coube ao seu fundador, Domingos Fernandes, na expedição de apresamento ao Vale do Paranapanema, entre 1602 e 1604, esta entrada retornou com 2.000 cativos. Sua quota pode ter sido de fundamental importância para a montagem de sua propriedade em Itu. (MONTEIRO, 1994: 79)

. Vinda de São Paulo, a família Fernandes buscava novas terras, indo se estabelecer no local que viria a ser Santana de Parnaíba. Posteriormente, Domingos e Baltazar Fernandes, 2 membros da família, estabeleceram-se, respectivamente, em Itu e Sorocaba. As entradas de apresamento de indígenas que realizaram no sertão foram de vital importância para o processo e ocupação do território do atual Estado de São Paulo. Assim, busca de terras e apresamento de indígenas formaram os principais vetores que impulsionaram a colonização da capitania.

. Quando Domingos Fernandes e sua família foram para o sertão, fundando a povoação de Itu por volta de 1610, utilizaram-se amplamente de índios para seus empreendimentos agrícolas. Parte de sua produção era vendida às expedições que se dirigiam ao Guairá. Talvez isto tenha dado impulso à criação de uma relativa estrutura agrária em Itu (MONTEIRO, 1994: 109). Em período posterior, situado entre a segunda metade do século XVII e o início do comércio das monções, em 1719, os índios administrados continuaram a formar a base da mão-de-obra, consolidando o povoamento vila ituana.
. Em 1653, quando da morte de Domingos Fernandes, seu inventário indica que era possuidor de 28 peças. O testamento informa também ter dado “uma dúzia de peças com suas famílias” a seu filho, Thomé Fernandes. A Anastácio da Costa e Felipe Fernandes, também seus filhos, “pobres e faltos de serviços”, deu a cada um “algumas peças para deles se servirem”.

. Ainda segundo testamentos, nota-se que nem todos os habitantes da vila eram possuidores de muitos indígenas como o foram Domingos Fernandes, Cristóvão Diniz, seu genro, com 114, Manoel Correia de Sá, senhor de 40 indígenas, e Inácio Rodrigues, que contava 30 almas do gentio da terra em 1694. Por sua vez, João Rodrigues Pinto afirmou, em 1689, possuir apenas 8 almas do gentio da terra; em 1694, Isabel da Silva declarou 9 indígenas entre seus bens.

Em 1701, Lucrecia Leme afirmou que possuía apenas um negro. Em 1702, Isabel Ferreira e Custódio de Chaves disseram possuir 8 e 6 peças, respectivamente; em 1703, Afonso Dias Macedo possuía 21 peças, em 1704 Antônio Machado do Passo disse ter 5 indígenas em seu serviço e alertou que um estava “fugido no sertão”. Em 1704, Margarida Bicuda afirmou assistir em sua companhia “alguns índios e índias”, não especificando quantos. Em 1705, Méssia da Cunha administrava 12 almas do gentio da terra . Em 1706, Lucrécia Leme mencionou a presença de 9 “peças” do gentio da terra ao lado de 13 almas escravas . Ao fazer essa distinção, Lucrécia refere-se ao fato de que as 13 “almas escravas” eram africanas. Em 1710, Ana Ribeiro apresentou 8 negros ao lado de 16 indígenas. Em 1713, Jerônima Silva e Antônio Soares de Almeida declaram possuir 4 e 12 indígenas, respectivamente. Antônio Vieira Tavares, em 1715, possuía apenas 4 peças. Em 1718, Estevão Cardoso de Negreiro disse possuir 20 peças do “cabelo corredio”. Em 1720, Antônio do Canto de Almeida informou uma rapariga do gentio da terra. Em 1722, Bartolomeu Quadros administrava 8 almas do gentio da terra. Sebastião da Costa e Teresa Afonso Vidal declararam, respectivamente, 2 e 3 indígenas e, em 1726, Antonio Antunes Maciel era “administrador de algumas peças”. Por fim, em 1727, Catarina Siqueira afirmou possuir 4 peças .


. O que os inventários e testamentos apontam é que houve uma tendência de as escravarias indígenas serem menores no início do século XVIII, comparativamente as de meados do século XVII. Portanto, mesmo considerando que nossa amostragem seja diminuta, é possível confirmar o que John Monteiro aferiu para o período aqui referido, isto é, “um declínio vertiginoso na concentração de mão-de-obra indígena” na segunda metade do século XVII e inícios do século XVIII. (MONTEIRO, 1994: 210).

. No entanto, a diminuição da concentração de cativos indígenas em Itu não significou a ausência desse tipo de mão-de-obra. Uma solicitação feita pela Câmara da vila de São Paulo em 1680 pedia que Itu fornecesse índios “para servirem como carregadores na jornada ao Sabarabuçu”, o que indica que a vila era servida de indígenas, embora os inventários e testamentos da época retratem os reveses sofridos pela capitania de São Paulo no que tange às possibilidades de apreensão desse tipo de mão-de-obra (NARDY FILHO, 1950: 20).
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É interessante notar que mesmo com as enormes dificuldades enfrentadas para se prear índios, nos inventários e testamentos encontrados, referentes aos anos situados entre 1677 e 1727, todos continham indígenas, o que atesta a disseminação deste tipo de mão-de-obra. Não obstante as dificuldades de apresamento, também mediante inventários e testamentos é possível perceber as andanças que os moradores de Itu realizavam no sertão para capturar índios. Em 1702, Custódio Chaves dera a seu cunhado Antônio Afonso dezesseis mil réis para trazer do sertão uma peça a seu contento. Em 1704, Antônio Machado do Passo declarou em testamento que possuía um escravo de nome Francisco “fugido no sertão” e que podiam “trazê-lo alguns sertanistas”. Confirmando tais empreendimentos, o capitão Antônio Pires de Campos elaborou um relato minucioso sobre as várias nações indígenas, bem como seus usos e costumes, que habitavam todo o percurso dos rios Grande até Cuiabá. (TAUNAY, 1981 : 179-200).
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Tal era a familiaridade deste sertanista com essa região que, em 1742, firmou um contrato com Dom Luiz Mascarenhas, então capitão general da capitania de São Paulo, para realizar uma expedição contra os índios Caiapó, em troca de uma arroba de ouro. Não mais como capitão, o coronel Antônio Pires de Campos fez mil cativos, para o que contou com uma tropa formada por nada menos que 500 índios Bororó e mais homens bem armados e municiados, após três meses e 150 léguas percorridos (AZEVEDO MARQUES, 1980: 76).
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Em 1755, novamente Antônio Pires de Campos foi chamado para fazer guerra contra os Caiapó, agora em troca de um “hábito de Cristo, com tença efetiva de 50$ e o ofício de escrivão da superintendência geral das minas de Vila Boa de Goiás”, mas morreu em combate.

. Nada sabemos que uso que se fez dos cativos aprisionados por Antônio Pires de Campos – se é que o montante de índios chegue, de fato, a cerca de 500 – mas é muito provável que sertanistas de Itu tinham muito conhecimento do sertão e das nações indígenas que lá habitavam, bem como sugerem que ainda havia expedições que traziam índios. No entanto, parece que as expedições do século XVIII eram defensivas, isto é, além de aprisionarem índios, tinham como objetivo defender a rota das monções de ataques, inclusive com o incentivo da Coroa. A expedição de Pires de Campos visou principalmente livrar a rota das monções de indígenas que atacavam canoas. Infelizmente, não encontrei na documentação consultada, inclusive nos testamentos de Itu, menções a índios Caiapó, somente aos Bororó e aos Pareci.

. A propósito, Joseph Barbosa de Sá, em sua narrativa sobre as monções do século XVIII, menciona a venda de escravos índios, Bororó e Pareci, por volta de 1728. (BARBOSA DE SÁ, 1901: 21) Pouco tempo depois, em 1732, o coronel da vila de Itu, João de Melo Rego, indagando ao governador da capitania a respeito de um registro em Araritaguaba, queria saber se “os bugres bororós e todo os gentios das vargens fora dos índios Parecizes”, trazidos nas expedições monçoeiras, deveriam ser quintados em Araritaguaba.
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Seja como for, o que se constata é que Itu fazia uso da mão-de-obra indígena e que havia uma nítida diferenciação entre os possuidores de cativos. Na Relação das quantias oferecidas pelos moradores do bairro de Araritaguaba e demais bairros de Itu, atinente ao ano de 1728, constam as taxas que moradores de Itu e Araritaguaba pagaram de imposto, conforme o número de cativos que possuíam 3. Infelizmente, a Relação não informa o tipo de cativo, se indígena ou africano.

Outros estudos, no entanto, têm apontado para a presença de cativos africanos desde finais do século XVII. Baseado em inventários, Maurício Martins Alves observou, para Taubaté, um constante recrudescimento da mão-de-obra escrava de origem africana em detrimento da indígena entre as décadas de 1680 e 1720. Assim, na década de 1680, africanos e indígenas correspondiam, respectivamente, a 0,9% e 97,9%; 0,6% e 96,5% na década de 1690; 17,1% e 68,8% na de 1700; 47,5% e 47,9% na de 1710; por fim, 45,8% e 41,5% na década de 1720. Apesar de os cativos africanos se fazerem cada vez mais presentes ao longo do tempo, indígenas eram parte expressiva da mão-de-obra, ainda na década de 1720 (ALVES, 1995 : 46). Em Santana do Parnaíba, entre 1720 e 1731, nos 125 óbitos de escravos e administrados, 87 (69,9%) eram de índios e 38 (30,1%) eram de africanos (METCALF, 1987: 229-243). Quiçá, a presença mais marcante de índios em Santana do Parnaíba se deva ao tipo de documentação consultada, uma vez que os inventários de Taubaté tendiam a omitir a presença de indígenas.

. Não se deve esquecer que ituanos ainda continuavam a adentrar o sertão em busca de índios. Em 1720, Antônio do Canto de Almeida afirmou possuir “uma rapariga do gentio da terra” . Disse ainda que seu cunhado, Teodósio Nobre, lhe devia um “page a seu contento na volta que fizer do sertão”. Na Relação de 1728 estava presente um certo Teodósio Nobre, que era um dos maiores proprietários de escravos de Itu, pois tinha 39 cativos. Se Teodósio Nobre for a mesma pessoa citada nas duas fontes, provavelmente boa parte de seus escravos presentes na Relação eram índios apresados no sertão. Relembrando, evidentemente, das palavras de Joseph Barbosa de Sá e das do coronel João Melo Rego, que destacaram a venda de índios.

. Portanto, se Itu seguiu a tendência de Taubaté e, principalmente, a de Santana de Parnaíba, é muito provável que a maioria dos cativos presentes na Relação fossem indígenas, não obstante a presença de africanos. Na Relação se observa que, no ano de 1728, a vila de Itu contava com 3.134 escravos (veja Quadro 1 - abaixo). Se levarmos em conta que, em 1676, Itu possuía um total de 500 índios, constata-se um aumento no montante de escravos na ordem de 600% (HOLANDA, 1966 : 86).
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Além da presença expressiva de indígenas, havia uma concentração da propriedade escrava. Não menos, a disseminação da mão-de-obra escrava entre os moradores livres da vila. Desse modo, a quadro 1 demonstra que seriam 443 os proprietários de cativos na vila. Segundo o governador Rodrigo César de Menezes, em 1722, havia em Itu grande “número de moradores”, 800 casais. A lista de que dispomos é de 1728. Elevando-se, hipoteticamente, o número de casais para 900 em 1728, e considerando a possibilidade de que na Relação estejam arrolados os chefes de fogos, 49,2% dos domicílios teriam escravos.

. A crer nestas suposições, a disseminação da mão-de-obra escrava (boa parte dos quais cativos indígenas) entre os ituanos seria impressionante, mesmo depois de passada a fase áurea do apresamento de indígenas. Para se ter uma idéia do que tais números representam, em 1821, em uma conjuntura de alta do tráfico atlântico de escravos africanos, estimativas apontam que cerca de 56,3% dos fogos da cidade do Rio de Janeiro não tinham escravos (LIMA, 1997: 73).

. Apesar de a posse de cativos ser disseminada entre os ituanos, o que os testamentos e a Relação indicam é que a estrutura de posse era altamente concentrada. Na Relação, daquele total de 3134 cativos, 39,4% encontravam-se nas mãos de 79% dos proprietários, ao passo que 21% dos escravistas tinham em seus domínios nada menos que 60,6% dos cativos.

. Como vimos anteriormente, no segundo decênio do século XVIII, precisamente em 1726, Matias de Mello Rego obteve provisão para erigir uma capela em louvor à Santa Rita nos arrabaldes da vila de Itu, conseguindo realizar o feito em 1728. Na Relação aparece um certo Matias de Mello Rego, com 21 cativos. Era irmão de João de Mello Rego, que exerceu vários cargos na vila de Itu e Sorocaba, sendo comandante do Regimento de Auxiliares destas e também provedor dos quintos reais. Na Relação de 1728, há um João do Mello Rego, sargento-mor, senhor de 20 cativos. Se forem as mesmas pessoas, não só a ocupação de cargos e a fundação de capelas designava status, mas a posse de escravos também diferenciava os homens livres, era signo de status, riqueza e poder .

. O estabelecimento de colonos e trabalhos de índios em Itu foram cruciais para o abastecimento de expedições para o sertão, bem como tornou a vila um ponto de partida estratégico para o apresamento de mão-de-obra indígena. Devido a isto, na virada do século XVII para o XVIII, Itu era uma vila com certa estrutura produtiva implantada. Segundo John Monteiro, com a descoberta das minas de ouro, restaram duas opções aos paulistas: reorientar a produção para mercadorias cujo valor compensasse o custo de transporte ou organizar as unidades agrícolas nas imediações das próprias minas. Os ituanos de posse de seus indígenas, reorientaram sua produção para abastecer as minas, bem como as expedições que para lá se dirigiam, mas, diferentemente dos colonos do século XVII, a agricultura no século XVIII, pelo menos para a vila de Itu, não girava em torno da triticultura, pois se produzia milho e feijão. Milho e feijão que não eram mais transportados nas costas de indígenas, mas em enormes canoas pelos rios até Cuiabá ou, simplesmente, eram consumidos durante o trajeto até as longínquas minas.
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FONTES 
Documentos Interessantes para a História e Costumes de São Paulo, Volumes XIII e XXXII Ordenanças de Itu. AESP. Caixa 55. Pasta 1, Documento 60, Ordem 292. Relação das quantias oferecidas pelos moradores do bairro de Araritaguaba. Biblioteca Nacional, Documento 653, Coleção Arquivo Histórico Ultramarino Testamentos e Inventários – Arquivo do Estado de São Paulo 
BIBLIOGRAFIA 
ALVES, Maurício Martins. Caminhos da pobreza: a manutenção da diferença em Taubaté (1680-1729). Rio de Janeiro: UFRJ. Dissertação de Mestrado, 1995. 
AZEVEDO MARQUES, Manuel Eufrásio de. Apontamentos Históricos, geográficos, iográficos, estatísticos e noticiosos da província de São Paulo: seguidos da Cronologia dos acontecimentos mais notáveis desde a fundação da capitania de São Vicente até o ano de 1876. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia. São Paulo: EDUSP. Tomo I, 1980. BARBOSA DE SÁ, Joseph, 1901. “Relação das povoações do Cuiabá e Mato Grosso de seus princípios até os presentes tempos” In Anais da Biblioteca Nacional, Volume XXIII. 
HOLANDA, Sérgio Buarque de. “Movimentos da população em São Paulo no século XVIII” In Revista do Instituto de Estudos Brasileiros. São Paulo: s/e, 1966. 
LIMA, Carlos A. Pequenos patriarcas. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de 
METCALF, Alida C. “Vida familiar dos escravos em São Paulo no século XVIII: o caso de Santana de Parnaíba” In Estudos Econômicos. São Paulo: FIPE/USP, maio/agosto, no. 17(2), 1987. 
MONTEIRO, John Manuel. Negros da Terra: índios e bandeirantes na origens de São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras, 1994 
NARDY FILHO, Francisco. A cidade de itu. Crônicas históricas. São Paulo, s/e, 1950, p.20. 
NIZZA DA SILVA, Maria Beatriz, 1998. História da família no Brasil Colônia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. TAUNAY, Afonso de E. Relatos monçoeiros. Belo Horizonte: Itatiaia / São Paulo: EDUSP, 1981. .


Texto apresentado no XXIV Simpósio Nacional de História, São Leopoldo RS em 2007.
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quarta-feira, 22 de julho de 2009

Festa da Tradição - Helvetia - 2 de agosto

(clique na imagem para ampliar) 

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Além de ser um evento que valoriza as raízes históricas dos migrantes suíços que vieram para nossa região...
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Além de ser uma festa com excelente comida típica, preparada carinhosamente pelos voluntários da comunidade...
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Além de ter música e danças típicas, ensaiadas incansavelmente pelos descendentes dos primeiros migrantes e por amigos e convidados (já os vi ensaiando na chuva, perto da igrejinha...)...
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Além de ver a presença de suiços que vêm diretamente para a festa, apresentar números folclóricos de dança e música, pessoas da região de Indaiatuba, Campinas e outras e inúmeras pessoas que moram na região, vivendo principalmente de agricultura sustentável há mais de cem anos...
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Além de ver agradavelmente tudo isso, para quem nunca participou, será uma chance imperdível de ver que "NÃO", os arredores de Viracopos NÃO é formado por um lugar ermo, sem natureza, sem cultura, sem vida, sem história, como algumas autoridades, a INFRAERO e outros grupos insistem em dizer, para justificar o projeto megalomaníaco de ampliação do mesmo.
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COMPLEMENTO (pós escrito)
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Leia mais sobre a festa da Helvetia no texto abaixo, publicado na Tribuna de Indaiá no dia 1. de agosto de 2009, texto de Marcos Kimura
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. Festa da Tradição de Helvetia é amanhã
Evento comemora Data Nacional da Suíça
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. Amanhã (dia 02/08/2009) acontece em Indaiatuba uma festa com mais de 30 anos, que reúne cerca de 10 mil pessoas num único dia e que muita gente aqui nem sabe que existe.
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Trata-se da Festa da Tradição de Helvetia, em sua 33ª edição, que comemora a fundação da Confederação Suíça, ocorrida em 1 de agosto de 1291.
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O motivo do desconhecimento é o temor dos organizadores de não conseguir atender o público, que inclui gente de toda a região e descendentes de suíços do Brasil inteiro, que faz com que sempre solicitem à imprensa que não divulguem para não superlotar a festa.
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Esta “tradição” foi quebrada este ano, talvez por causa da coincidência de muitos eventos neste final de semana.
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A Festa da Tradição surgiu originalmente para arrecadar fundos para a Sociedade Escolar São Nicolau de Flüe, mantenedora da escola até o governo do Estado assumi-la, em 1981.
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Mesmo livre da responsabilidade de sustentar o ensino gratuito de 1º grau, a sociedade mantém ações como o curso regular de língua alemã; o clube de Jazz; o canto e a dança folclórica; o artesanato; as comemorações das datas cívicas; as festas populares; o Clube Esportivo Bandeirantes, etc.
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O evento tem como atrações comidas típicas como o joelho de porco cozido (eisbein) servido com purê e chucrute, salsichão (bockwürst), raclette (ano passado não teve), torta de maçã, entre outras; apresentação de grupos folclóricos, de Helvetia e da Suíça, tudo no belo cenário da praça da colônia original, preservada pelos helvetianos com muito trabalho e dedicação.
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Após o evento para os visitantes, os voluntários da comunidade fazem a própria festa, numa celebração repleta de alegria, confraternização e muito vinho.No próximo sábado, dia 8, a partir das 21h30 haverá o Baile da Tradição, com o trio Edelweiss, de Santa Catarina.
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Helvetia era originalmente uma colônia fundada por imigrantes suíços em 14 de Abril de 1888. Eles chegaram ao Brasil em 1854 e nos primeiros anos de 1880, num total aproximado de 500 pessoas que vieram para trabalhar nas fazendas de café da região de Jundiaí e Campinas.
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A fundação se deu com a compra do Sítio Capivari Mirim, de 463 alqueires, por parte das famílias Ambiel, Amstalden, Bannwart e Wolf, que totalizavam 34 pessoas. Metade dos descendentes residem nas cidades de Indaiatuba e Campinas e tem ligações mais ou menos frequentes com a Colônia.
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Os demais se distribuem por 101 localidades diferentes do estado, país e do exterior.
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No hoje bairro Helvetia, descendentes dos colonos originais mantém pequenas propriedades, grande parte delas “chácaras de fim de semana”. A comunidade se estrutura em torno de três instituições ou sociedades: a escola, a igreja e o tiro ao alvo, todas centenárias.
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segunda-feira, 20 de julho de 2009

História e Cinema

Para educadores que gostam de aprofundar as discussões com filmes interessantes, que ajudam nas reflexões através dessa incrível arte que é o cinema, para amantes de filmes-arte, para curiosos, estudiosos ou simplesmente para se entreter com filmes que não são como os que ganham "Oscar" (não sei qual é o plural dessa palavra, se alguém souber, me ensine!) ou que batem "record" de bilheteria, segue uma lista de caráter "didático" (digamos assim...):

NACIONAIS

1. 1,99 – UM SUPERMERCADO QUE VENDE PALAVRAS – de Marcelo Masagão
2. AMARELO MANGA – de Cláudio Assis
3. ABRIL DESPEDAÇADO - de Walter Salles
4. ARIDO MOVIE - de Lírio Ferreira
5. AUTO DA COMPADECIDA, O (filme)- de Guel Arraes
6. BANDIDO DA LUZ VERMELHA – de Rogério Sganzerla
7. BEZERRA DE MENEZES - O diário de um espírito – de Glauber Filho
8. BRASILIA 18 % - de Nelson Pereira dos Santos
9. CASA DE ALICE, A – de Chico Teixeira
10. CONCERTO CAMPESTRE – de Henrique de Freitas Lima
11. CASAMENTO, O - de Arnaldo Jabor
12. CASO DOS IRMÃOS NAVES, O – de Luís Sérgio Person
13. CHEIRO DO RALO, O – de Heitor Dhalia
14. CIDADE DE DEUS – de Fernando Meirelles
15. CIDADE DOS HOMENS – de Fernando Meirelles
16. CINEMA FALADO – de Caetano Veloso
17. CINEMA, ASPIRINA E URUBUS – de Marcelo Gomes
18. CARTOMANTE, A - de Wagner de Assis e Pablo Uranga
19. CRONICAMENTE INVIÁVEL – de Sérgio Bianchi
20. DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS – de Bruno Barreto
21. OS DESAFINADOS
22. ELES NÃO USAM BLACK TIE – de Leon Hirszman
23. FALSA LOIRA – de Carlos Reichenbach
24. GAIJIN: CAMINHOS DA LIBERDADE – de Tizuka Yamasaki
25. HOMEM QUE VIROU SUCO, O – de João Batista de Andrade 26. IRACEMA – UMA TRANSA AMAZÔNICA – de Jorge Bodanzky
27. LAVOURA ARCAICA – de Luiz Fernando Carvalho
28. MEU NOME NÃO É JOHNNY – de Mauro Lima
29. MULHERES DO BRASIL – de Malu De Martino
30. MAUÁ – O IMPERADOR E O REI – de Sergio Rezende
31. NARRADORES DE JAVÉ – de Eliane Caffé
32. NINA
33. NÃO POR ACASO
34. NÓS QUE AQUI ESTAMOS, POR VÓS ESPERAMOS – de M. Masagão
35. ÓPERA DO MALANDRO - de Ruy Guerra
36. OLGA – de Jayme Monjardim
37. PAGADOR DE PROMESSAS, O - de Anselmo Duarte
38. PIXOTE, A LEI DO MAIS FRACO – de Hector Babenco
39. PROIBIDO PROIBIR
40. QUANTO VALE OU É POR QUILO? - de Sérgio Bianchi
41. QUASE DOIS IRMÃOS – de Lucia Murat
42. QUILOMBO – de Carlos Diegues
43. RIO ZONA NORTE – de Nelson Pereira dos Santos
44. SANEAMENTO BÁSICO – de Jorge Furtado
45. SÃO PAULO S.A – de Luís Sérgio Person
 46. TERRA ESTRANGEIRA – de Walter Salles Jr. .
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DOCUMENTÁRIOS

1. BRASIL, MUITO ALÉM DO CIDADÃO KANE – de Simon Hartog
2. 100 ANOS DE REPÚBLICA
3. O ABORTO DOS OUTROS – de Carla Gallo
4. ABC DA GREVE – de Leon Hirszman
5. ANJOS DO SOL – de Rudi Lagemann
6. AUDIÊNCIA PÚBLICA: Tijuco Alto
7. BRAÇOS CRUZADOS, MÁQUINAS PARADAS - de Roberto Gervitz e Sérgio Segall
8. BOTINADA – A ORIGEM DO PUNK NO BRASIL – de Gastão Moreira
9. CAMINHADA CONTRA A BARRAGEM: TIJUCO ALTO
10. CÁRCERE E A RUA, O – de Liliana Sulzbach
11. CONTERRÂNEOS VELHO DE GUERRA – DVD Duplo - de Vladimir de Carvalho
12. CAFÉ FILOSÓFICO: EM ELOGIO AO EXCESSO – TV Cultura
13. DA TERRA AO SONHO DE ROSE - DVD Duplo – de Tetê Moraes
14. ENTREATOS – de João Moreira Salles
15. ENTRE MUROS E FAVELAS
16. ERNESTO VARELA - O REPÓRTER – de Marcelo Tas e Fernando Meirelles
17. ESPETÁCULO DEMOCRÁTICO, O – de Guilherme César
18. ESTAMIRA – de Marcos Prado
19. FAZEDOR DE MONTANHAS – de Juan Figueroa
20. GUERRA DOS BOTÕES
21. IGREJA DOS OPRIMIDOS, A – de Jorge Bodansky e Helena Salem
22. JANELA DA ALMA – de João Jardim e Walter Carvalho
23. JUSTIÇA – DVD Duplo – de Maria Augusta Ramos
24. LÍNGUA: VIDAS EM PORTUGUÊS – de Victor Lopes
25. LINHA DE MONTAGEM – de Renato Tapajós
26. MASSACRE DE ALTO ALEGRE, O – de Murilo Santos
27. MENINAS – de Sandra Werneck
28. MOTOBOYS - VIDA LOCA – de Caito Ortiz
29. MST – O Movimento Sem Terra e a Maior Marcha do Brasil
30. MUDA BRASIL – de Oswaldo Caldeira
31. NEGRO NO PARÁ, O
32. BALANÇO DO SÉCULO XX, PARADIGMAS DO SÉCULO XXI – TV Cultura
33. PAÍS DE SÃO SARUÊ, O - de Vladimir Carvalho
34. POVO BRASILEIRO, O – DVD Duplo
35. PRETO CONTRA BRANCO
36. PRISIONEIRO DA GRADE DE FERRO, O
37. PRO DIA NASCER FELIZ
38. QUILOMBOS MARANHENSES: CULTURA E POLÍTICA – de Cláudio Farias
39. REPÚBLICA GUARANI
40. SANTIAGO – de João Moreira Sales
41. SAMBA HOP SP
42. TERRA DE ÍNDIOS
43. TERRA VERMELHA – de Marco Bechis
44. TIMOR LESTE – de Lucélia Santos, Pedro Neschling
45. ULTIMO DIA DE LAMPIÃO, O
46. VALE PEDE LICENÇA, O
47. VIDA EM CANA – de Jorge Wolney Atalla
48. VIOLÊNCIA S.A.
49. VISTA MINHA PELE
50. VOCAÇÃO DO PODER – de Eduardo Escorel e José Joffily
51. PONTAL DO PARANAPANEMA
52. SARANDI
53. SOLDADO DE DEUS .


MINISSÉRIES

1. GRANDES SERTÕES VEREDAS – MINISSÉRIE – 6 DVD'S
2. HOJE É DIA DE MARIA (temporadas 1 e 2) – de Luiz Fernando Carvalho
3. ANOS REBELDES – DVD DUPLO – de Gilberto Braga
 4. ANARQUISTAS GRAÇAS A DEUS – DVD DUPLO - de Walter Avancini
5. HARU E NATSU - 3 DVD'S - de Mineyo Sato e Kenji Tanaka
6. MAYSA – QUANDO FALA O CORAÇÃO - MINISSÉRIE – DVD DUPLO
7- A MURALHA (minha preferida) de Denise Saraceni (reveja a perfeita abertura no link abaixo)
1. APOLÔNIO DE CARVALHO: VALE A PENA SONHAR – DVD Duplo – de Stella Grisotti
2. CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE: POETA DE SETE FACES
3. CARMEN MIRANDA: BANANA IS MY BUSINESS - de Helena Solberg e David Meyer
4. CHICO MENDES - EU QUERO VIVER – de Adrian Cowelly
5. CHE GUEVARA – da Assembléia Legislativa de São Paulo
6. CLARICE LISPECTOR – de TV Cultura
7. CELSO FURTADO – O LONGO AMANHECER – de José Mariani
8. ETERNAMENTE PAGÚ – de Norma Bengel
9. EVANDRO TEIXEIRA: INSTANTÂNEOS DA REALIDADE – de Paulo Fontenelle
10. GETÚLIO VARGAS – de Ana Carolina e Teixeira Soares
11. LAMPIÃO, VÍDEOS SOBRE: “Memória do Cangaço"; "Lampião o rei do cangaço"; "Baile Perfumado” – de Paulo Gil Soares; Carlos Coimbra; Paulo Caldas e Lírio Ferreira
12. PIERRE VERGER: MENSAGEIRO ENTRE DOIS MUNDOS – de Lula Buarque de Hollanda 13. OSCAR NIEMEYER : A vida é um sopro – de Fabiano Maciel
14. PAULO FREIRE: A ÉTICA NA EDUCAÇÃO – (Gravação de palestra)
15. SERGIO BUARQUE DE HOLLANDA: RAÍZES DO BRASIL – DVD Duplo – de Nelson Pereira dos Santos
16. TRÊS IRMÃOS DE SANGUE: BETINHO, FRANCISCO MÁRIO E HENFIL – de Ângela Patrícia Reiniger
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CURTAS E SELEÇÕES

1. ACORDA RAIMUNDO, ACORDA! - de Alfredo Alves
2. CURTAS: JORGE FURTADO
3. CURTAS NA TELA. 12 CURTAS
4. DOCUMENTÁRIOS INDIGENAS
5. SELEÇÃO ECO-SOCIAL – Sociedade do Automóvel / Mudanças no Clima, Mudanças na Vida/ Cruzando o Deserto Verde
6. SELEÇÃO MOVIMENTOS SOCIAIS 01 – Direitos esquecidos na Periferia / Chico Mendes: Dignidade que não se rende / Armas não atiram rosas
7. SELEÇÃO MOVIMENTOS SOCIAIS 02 – Contra a Alca / As Sementes são patrimônio da Humanidade / Rompendo o Silêncio
8. COLETÂNEA DE CURTAS - VOL. 2 - A Velha a Fiar, Som da Rua, Capital Circulante, The Last Note, No Princípio Era o Verbo, Paisagem de Meninas
9. SELEÇÃO – SOLUÇÕES PARA O TRÂNSITO
10. SELEÇÃO CURTAS - Di Cavalcanti, Ilha das Flores, O dia em que Dorival.. 11. TV LIÇÃO
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MÚSICOS

1. CARTOLA – de Lírio Ferreira e Hilton Lacerda
2. CLARAS CLARIDADE NUNES
3. DONA HELENA – de Dainara Toffoli
4. NOEL POETA DA VILA – de Ricardo van Steen
5. VINÍCIUS DE MORAES – de Miguel Faria Jr.
6. MISTÉRIO DO SAMBA - de Lula Buarque de Hollanda e Carolina Jabor
7. SAMBA HOP SP – de Cristian Cancino e Pedro Dantas
8. CHICO BUARQUE - ANOS DOURADOS
9. CHICO BUARQUE – BASTIDORES
10. CHICO BUARQUE – DESCONSTRUÇÃO
11. CHICO BUARQUE – ESTAÇÃO DERRADEIRA 12. CHICO BUARQUE – RODA VIVA

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RIO DE JANEIRO

1. FALCÃO, OS MENINOS DO TRÁFICO – de Celso Athayde e MV Bill
2. NOTÍCIAS DE UMA GUERRA PARTICULAR – de João Moreira Salles e Kátia Lund
3. ÔNIBUS 174 – de José Padilha
4. RÁDIO FAVELA, UMA ONDA NO AR - de Helvécio Ratton
5. TROPA DE ELITE .



DITADURA

1. ARAGUAYA - A CONSPIRAÇÃO DO SILÊNCIO – de Ronaldo Duque
2. ANO EM QUE MEUS PAIS SAIRAM DE FERIAS, O – de Cao Hamburger
3. ATO DE FÉ – de Tatiana Polastri
4. BARRA 68: SEM PERDER A TERNURA – de Vladimir Carvalho
5. BATISMO DE SANGUE – de Helvécio Ratton
6. BRAVA GENTE BRASILEIRA
7. BYE BYE BRASIL – de Carlos Diegues
8. GOLPE DE 64: A PROCISSÃO ESTÁ NAS RUAS – de Fernando Morais
9. HÉRCULES 56 – de Silvio Da-Rin
10. LAMARCA – de Sergio Rezende
11. O QUE É ISSO COMPANHEIRO? - de Bruno Barreto
12. PRA FRENTE BRASIL 33. VLADO - 30 ANOS DEPOIS – de João Batista de Andrade

. GLAUBER ROCHA

1. BARRAVENTO
2. CLARO
3. DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL
4. DI CAVALCANTI (CURTA)
5. DRAGÃO DA MALDADE CONTRA O SANTO GUERREIRO, O
6. TERRA EM TRANSE – DVD DUPLO COM O CURTA MARANHÃO 66
7. IDADE DA TERRA, A SOBRE GLAUBER ROCHA:
8. A ROCHA QUE VOA (O exílio de Glauber Rocha em Cuba) – de Eryk Rocha
9. GLAUBER O FILME - LABIRINTO DO BRASIL – Silvio Tendler .


EDUARDO COUTINHO

1. BOCA DE LIXO
2. CABRA MARCADO PRA MORRER
3. EDIFÍCIO MASTER
4. FIM E O PRINCIPIO, O
5. JOGO DA DÍVIDA EXTERNA, O
6. JOGO DE CENA 7. PEÕES 8. SANTO FORTE
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SYLVIO BACK

1. GUERRA DOS PELADOS, A & GUERRA DO BRASIL, A
2. ALELUIA, GRETCHEN & RÁDIO AURIVERDE
3. YNDIO BRASIL & CRUZ E SOUSA: O POETA DO DESTERRO
4. ÚLTIMOS DIAS DE STEFAN ZWEIG NO BRASIL, OS

  SILVIO TENDLER

1. ANOS JK, OS
2. GLAUBER O FILME - LABIRINTO DO BRASIL
3. JANGO
4. JOSUÉ DE CASTRO
5. MARIGHELLA – RETRATO FALADO DO GUERRILHEIRO
6. MILTON SANTOS: O MUNDO GLOBAL VISTO DE CÁ
7. MILTON SANTOS: POR UMA OUTRA GLOBALIZAÇÃO
8. MUNDO MÁGICO DOS TRAPALHÕES, O .


COLEÇÃO GRANDES EDUCADORES

1. JEAN PIAGET
2. LEV VYGOTSKY – de Regis Horta
3. PAULO FREIRE
4. EDUCADORES BRASILEIROS: ANÍSIO TEXEIRA, LOURENÇO FILHO, FERNANDO AZEVEDO – de Diana Vidal .



LITERATURA E ADAPTAÇÕES

1. ENCONTRO MARCADO COM O CINEMA DE FERNANDO SABINO E DAVID NEVES – Seleção de 10 curtas sobre personagens da literatura brasileira: -Manoel Bandeira 'O Habitante Pasárgada' , -João Guimarães Rosa 'Veredas de Minas' , .-Afonso Arinos de Mello Franco 'O Escritor na Vida Pública' , -João Cabral de Melo Neto 'O Curso do Poeta' -José Américo de Almeida 'Romancista ao Norte' -Carlos Drummond de Andrade 'O Fazendeiro do Ar', -Vinicius de Moraes 'Poesia, Música e Amor' -Jorge Amado 'Na Casa de Rio Vermelho' -Pedro Nava 'Em Tempo de Nava' -Érico Veríssimo 'Um Contador de Histórias'
2. GRANDE SERTÃO VEREDAS – de Geraldo dos Santos Pereira e Renato dos Santos Pereira
3. GRANDES SERTÕES VEREDAS – MINISSÉRIE – 6 DVD'S
4. GUARANI, O - baseado no livro de José de Alencar - de Norma Bengell
5. HOMEM NU, O – de Hugo Carvana – baseado na obra de Fernado Sabino
6. HORA DA ESTRELA, A
7. MACUNAÍMA – de Joaquim Pedro de Andrade
8. MEMÓRIAS DO CARCERES – DVD DUPLO – de Nelson Pereira dos Santos
9. MORTE E VIDA SEVERINA – de Zelito Viana
1. MORENINHA, A 1. MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS - de Júlio Bressane - baseado na obra de Machado de Assis
2. ÓPERA DO MALANDRO – baseado na obra de Chico Buarque
3. PRIMO BASÍLIO
4. PADRE E A MOÇA, O + os curtas: Couro de gato / Gilberto Freyre: o Mestre dos Apipucos / Manuel Bandeira, o Poeta do Castelo - de Joaquim Pedro de Andrade
5. SÃO BERNARDO – de Leon Hirszman
6. VIDAS SECAS – de Nelson Pereira dos Santos
7. VESTIDO, O – de Paulo Thiago - baseado na poesia de Carlos Drummond de Andrade .

RODA VIVA

1. AZIS AB SABER
2. FLORESTAN FERNANDES
3. FRITJOF CAPRA
4. HUGO CHÁVEZ
5. JOSÉ PADILHA
6. LUIS CARLOS PRESTES
7. MANO BROWN
8. MILTON SANTOS
9. PATCH ADAMS
10. RAUL ALFONSIN
.

CINEMA ARTE 

1. 100 ESCOVADAS ANTES DE DORMIR – de Luca Guadagnino
2. ACROSS THE UNIVERSE – de Julie Taymor
3. ALPHA DOG – de Nick Cassavetes
4. AMADEUS – DVD Duplo – de Milos Forman
5. AMISTAD – de Steven Spielberg
6. BARAKA – de Ron Fricke
7. BICICLETAS DE BELEVILLE, AS - Sylvain Chomet
8. BOM DIA, NOITE
9. CORRA LOLA, CORRA – de Tom Tykwer
10. HOMEM ELEFANTE, O – de David Lynch
11. ILUSIONISTA, O
12. INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER, A – de Philip Kaufmande
13. MAGNÓLIA – de Paul Thomas Anderson
14. METROPOLIS – de Fritz Lang
15. MORANGO E CHOCOLATE
16. NOME DA ROSA, O – de Jean-Jacques Annaud
17. PEQUENA MISS SUNSHINE – de Jonathan Dayton e Valerie Faris
18. PRIMAVERA, VERÃO, OUTONO, INVERNO...E PRIMAVERA
19. RÉQUIEM PARA UM SONHO – de Darren Aronofsky
20. SOLDADOS - A HISTÓRIA DE KOSOVO - DVD Duplo
21. TAXI DRIVER – de Martin Scorsese
22. VERMELHO COMO O CÉU – de Cristiano Bortone
23. WHISKY – de Wolfgang Becker
24. EFEITO BORBOLETA – de Eric Bress e J. Mackye Gruber
25. EU SOU CUBA – de Mikhail Kalatozov
26. MAMUTE SIBERIANO, O – de Vicente Ferraz
27. KOYAANISQATSI – Uma Vida fora de Equilíbrio – de Godfrey Reggio
28. NOQAYQATSI – Vida como guerra – de Godfrey Reggio
29. POWAQQATSI – Vida em Transformação – de Godfrey Reggio
30. O CASAMENTO
31. O CAVALEIRO DO TELHADO E A DAMA DAS SOMBRAS – de Jean-Paul Rappeneau
32. DIO, COMO TI AMO – de Miguel Iglesias
33. HAMLET – de Franco Zeffierelli
34. ONDE OS FRACOS NÃO TEM VEZ – irmaõs Coen
35. PSICOSE – de Gus Von Sant
36 MOLOCH - de Alexsandr Sokurov
37. VÁ E VEJA – de Elem Klimov
38. BODAS DE SANGUE – de Carlos Saura
39. SEGUNDA-FEIRA AO SOL
40. AMÁLIA – de Carlos Coelho da Silva O cavaleiro do Telhado e a Dama das sombras – de Jean-Paul Rappeneau
41. COZINHEIRO, O LADRÃO, SUA MULHER E O AMANTE, O – de Peter Greenway
42. DIO, COMO TI AMO – de Miguel Iglesias
43. BOCCACCIO 70 – DVD DUPLO – de Federico Fellini, Vittorio de Sicca, Mario Monicelli, Luchino Visconti
44. DAENS - UM GRITO POR JUSTIÇA - de Stijn Coninx
45. CLÃ DAS ADAGAS VOADORAS, O – de Zhang Yimou
46. CEGA OBSESSÃO – de Yasuzo Masumura
47. ASHES OF TIME - de Wong Kar Wai
48. UM BEIJO ROUBADO – de Wong Kar Wai
49. DOLLS – de Tokesti Kitano
50. FILHOS DO PARAÍSO – de Majid Majidi
51. BUBBLE – de Eytan Fox
52. PARADISE NOW – de Hany Abu-Assad
53. TRAFFIC – de Steven Soderbergh
54. CARAMEL – de Nadine Labaki
55. AMOR NA CIDADE, O - de Teresa Constantini
56. AUGUSTUS – de Roger Young
57. BEBÊ DE ROSEMARY, O - de Roman Polanski
58. CANTANDO NA CHUVA – de Stanley Donen e Gene Kelly
59. BRAVO, O – com Marlon Brando e Johnny Depp
60. BRILHO ETERNO DE UMA MENTE SEM LEMBRANÇAS – de Michael Gondry
61. CONTRAPONTO - de Terry Gilliam
62. 9 CANÇÕES – de Michael Winterbotton
63. AMORES BRUTOS - de Alejandro González-Iñárritu .

CHARLES CHAPLIN
1. CHARLES CHAPLIN: SELEÇÃO CURTAS I
2. CHARLES CHAPLIN: SELEÇÃO CURTAS II
3. CHARLES CHAPLIN: SELEÇÃO CURTAS III
4. GRANDE DITADOR , O
5. LUZES DA RIBALTA
6. TEMPOS MODERNOS ..


DOCUMENTÁRIOS .


1. ARQUITETURA DA DESTRUIÇÃO – de Peter Cohen
2. HOMO SAPIENS 1900 – de Peter Cohen
3. ATENCO - CMI de Chiapas
4. BATALHA DA RÚSSIA 1 E 2, A – de Anatole Litvak
5. BATALHA DE ARGEL, A – de Gillo Pontecorvo
6. BATALHA DE ARGEL, A - EXTRAS – de Gillo Pontecorvo
7. CÂMERA OLHO - RÉQUIEM A LÊNIN – de Dziga Vertov
8. CRIANÇAS INVISÍVEIS – de Mehdi Charef, Emir Kusturica, Spike Lee, Ridley Scott, John Woo, Kátia Lund, Stefano Veneruso
9. HIROSHIMA - Documentário
10. HURRICANE
11. GUERRA E PAZ NO ORIENTE MÉDIO
12. LIBERTÁRIAS – de Vicente Aranda
13. MASSACRE
14. MÉXICO REBELDE
15. MUDANÇAS DO CLIMA, MUDANÇAS DA VIDA
16. O QUE É NÃO VIOLÊNCIA ATIVA? - do Movimento Humanista
17. REVOLUÇÃO DOS COCOS, A - de NATIONAL GEOGRAPHIC
18. REVOLUÇÃO FRANCESA - History Channel
19. ROMA
20. SONHO REAl – CMI
21. TERRÁQUEOS / A CARNE É FRACA – de Shaun Monson / Denise Gonçalves .



AMÉRICA LATINA

1. BATALHA DO CHILE, A - A Insurreição da Burguesia – de Patricio Guzmán 

2. BATALHA DO CHILE, A – Extras – de Patricio Guzmán 

3. BATALHA DO CHILE, A - O Golpe de Estado – de Patricio Guzmán 

4. BATALHA DO CHILE, A – O Poder Popular – de Patricio Guzmán 

5. BOLÍVIA: A GUERRA DO GÁS – de Carlos Ponzato 

6. CHE – Biografia 

7. COCALERO – de Alejandro Landes 

8. CRISE É O NOSSO NEGÓCIO – de Rachel Boynton 

9. CUBA: seleção de 5 documentários 

10. DIGAM A VERDADE – de Ministério das Comunicações da Venezuela 

11. ERNESTO ''CHE'' GUEVARA – Hoem, companheiro, amigo – de Roberto Massari 

12. GUERRA CONTRA A DEMOCRACIA, A – de John Pilger 

13. MEMÓRIAS DO SAQUE – de Fernando Solanas 

14. PANELAÇO, O – A Rebelião Argentina – de Carlos Pronzato 

15. REVOLUÇÃO NÃO SERÁ TELEVISIONADA, A – de Kim Bartley e Donnacha O’Brien 

16. SACRIFICIO – Quem traiu Che Guevara 

17. SALVADOR ALLENDE – de Patricio Guzmán 

18. VENEZUELA BOLIVARIANA: Povo e Luta da Quarta Guerra Mundial 

19. VENEZUELA: a Revolução de dentro para fora

CUBA E FIDEL CASTRO


1. BLOQUEIO: A Guerra Contra Cuba
2. COMANDANTE – de Oliver Stone
3. FIDEL – de David Atwood
4. FIDEL - A HISTÓRIA NÃO CONTADA – de Estela Bravo
5. MEMÓRIAS DO SUBDESENVOLVIMENTO – de Tomás Gutiérrez Alea
6. REVOLUCIÓN, A VERDADE SOBRE FIDEL CASTRO – de Victor Pahlen .


CORPORAÇÕES 

1. CORPORAÇÃO, A - DVD DUPLO – de March Achbar e Jennifer Abbot
2. ENRON: os caras mais espertos da classe – de Alex Gibney
3. MUNDO COLA – de Irene Angelico
4. SUPER SIZEME – de Morgan Spurlock
5. SURPLUS – de Erik Gandini .

PERSONALIDADES


1. MANDELA – UM GRITO DE VITÓRIA – de Jo Menell e Angus Gibson
1. GRAMSCI – OS ANOS DE CÁRCERES
2. MORTE DO PROFETA MALCOLM X, A
3. NOAM CHOMSKY: MORALIDADE DISTORCIDA
4. NOAM CHOMSKY: O CONSENSO FABRICADO – de Noam Chomsky e Mark Achbar
5. ROSA LUXEMBURGO – de Margarethe Von Trotta
6. TRÓTSKY – de Alain Dugrand e Patrick Le Gall
7. FRIDA – de Julie Taymor
8. GIORDANO BRUNO – de Giuliano Montaldo
9. MALCOM X - DVD Duplo – de Spike Lee
10. ERNEST MANDEL: UNA VIDA PARA LA REVOLUCIÓN – de Chris Den Hond

 AMERICANO

1. 11 DE SETEMBRO – de Youssef Chahine ,Amos Gitai, Alejandro González Iñárritu , Shohei Imamura, Claude Lelouch, Ken Loach , Samira Makhmalbaf, Mira Nair, Idrissa Ouedraogo, Sean Penn, Danis Tanovic
2. 4ª GUERRA MUNDIAL - de Rick Rowley e Jacqueline Soohen
3. BASTIDORES DA GUERRA – de John Frankenheimer
4. OBAMA DECEPTION, THE "A Decepção Obama"
5. 9/11 LOOSE CHANGE (2ª edição) - Dylan Avery
6. CORAÇÕES E MENTES - de Peter Davis
7. CRISE – de Robert Drew
8. DIVIDIR E CONQUISTAR – de Frank Capra
9. ESSA É A CARA DA DEMOCRACIA – de Jill Friedberg e Rick Rowley
10. GÊNOVA: A ZONA VERMELHA – de CMI UK
11. GRANDE FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL, A – de Channel Four
12. MORTE DE UM PRESIDENTE, A - de Gabriel Range
13. OLHOS AZUIS – de Bertram Verhaag
14. OPUS DEI - uma cruzada silenciosa – de Marcela Said Cares e Jean de Certau
15. PANTHER POWER – Black Panther Power
16 PORQUE LUTAMOS?
17. SOB A NÉVOA DA GUERRA – de Errol Morris
18. UMA VERDADE INCONVENIENTE – de Davis Guggenheim
19. WHY ME FIGHT - Razões para uma guerra
20. ZEITGEIST – de Peter Josep
21. ZEITGEIST II – Addendum – de Peter Josep
22. PEARL HARBOR PARTE I E II - COLEÇÃO II GUERRA MUNDIAL – da BBC (dvd duplo) 21. TRIUNFO DA VONTADE – de Leni Riefenstahl 24. PRELÚDIO DE UMA GUERRA
25. AMAZÔNIA EM CHAMAS – de John Frankenheimer
26. BORAT – de Larry Charles
27. BRAZIL – de Terry Gilliam
28. A COR PÚRPURA – de Steven Spielberg
29. COSMOS - 5 DVD's – de Carl Sagan
30. ELEFANTE – de Gus Van Sant
31. ENCONTRO COM HOMENS NOTÁVEIS – de Peter Brook
32. EU, CRISTIANE F. - 13 ANOS, DROGADA E PROSTITUIDA
33. EVOLUÇÃO DA HUMANIDADE, A - 1 - de National Geographic
34. EVOLUÇÃO DA HUMANIDADE, A - 2 - de National Geographic
35. FAVELA RISING – de Jeff Zimbalist e Matt Mochary
36. FREUD ALÉM DA ALMA – de John Huston
37. FUTURO DA COMIDA, O – de Deborah Koons Garcia
38. HISTÓRIA DAS RELIGIÕES - 3 DVD's
39. MISSÃO, A – de Roland Joffé
40. OBRIGADO POR FUMAR – de Jason Reitman
41. ONDA, A – de Alex Grasshoff
42. PANCHO VILA
43. PANTERAS NEGRAS - de Mario Van Peebles
44. POR QUEM OS SINOS DOBRAM
45. PRIMÁRIAS - Kennedy e a campanha presidencial
46. QUEM MATOU O CARRO ELÉTRICO? - de Chris Paine
47. REDS – DVD Duplo – de Warren Beatty
48. SCANER DARKLY ( O homem duplo) – de Richard Linklate
49. SCAR FACE – DVD DUPLO – de Brian De Palma
50. SENHOR DAS ARMAS
51. SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS – de Peter Weir
52. THE DAY AFTER - O Dia Seguinte – de Nicholas Meyer
53.THE DAY THE COUNTRY DIED
54.THE MIAMI MODEL – de CMI-Miami
55. TODOS OS HOMENS DO PRESIDENTE – de Alan J. Pakula
56. WAKING LIFE – de Richard Linklate
57. YES MEN – de Dan Ollman e Sarah Price
58. ANTI-HERÓI AMERICANO
59. CLUBE DA LUTA - de David Fincher
60. O MENINO DO PIJAMA LISTRADO – de Mark Herman
61. ONDE OS FRACOS NÃO TEM VEZ – dos Irmaõs Coen
62. QUEIME DEPOIS DE LER – dos Irmãos Cohen
63. OPERAÇÃO VALKYRIA – de Bryan Singer
64. ALGUÉM QUE ME AME DE VERDADE – de Stefan C. Schaefer, Diane Crespo
65. UM DIA DE CÃO – de Sidney Lumet
66. AMARGO REGRESSO – de Hal Ashby
67. MONTANHA DA LUA - Bob Rafelson
68. MINHA AMADA IMORTAL – Bernard Rose
69. REVOLUÇÃO, A – de Stephen Marshall
70. HOTEL RUANDA – de Terry George
71. ÚLTIMO REI DA ESCÓCIA, O – de Kevin MacDonald .


ORIENTE 


1. CONTROL ROOM – de Jehane Noujiam
2. IRAQUE A VENDA – de Robert Greenwald
3. PALESTINA – de Simone Bitton

  BASEADOS EM LIVROS 


1. 1984 – de Michael Redford
2. ADMIRÁVEL MUNDO NOVO – de Leslie Libman
3. DIÁRIO DE ANNE FRANK, O – de George Stevens
4. ERAM OS DEUSES ASTRONAUTAS? - de Harald Reinl
5. MAHABHARATA – de Peter Brook
6. O PODER DO MITO – DVD DUPLO
7. PONTO DE MUTAÇÃO
8. REVOLUÇÃO DOS BICHOS, A – de John Stephenson
9. SOCIEDADE DO ESPETÁCULO – de Guy Debord
10. MUNDO DE SOFIA, O – DVD Duplo– de Erik Gustavson

  ALEMÃO


1. ADEUS LÊNIN! - de Wolfgang Becker
2. CRUZ DE FERRO, A – de Sam Peckinpah
3. EDUKATORS – de Hans Weingartner
4. O QUE FAZER EM CASO DE INCÊNDIO? - de Gregor Schnitzler
5. UMA CIDADE SEM PASSADO – de Michael Verhoeven
6. UMA MULHER CONTRA HITLER – de Marc Rothemund,
7. FALSÁRIOS, OS – de Stefan Ruzowitzky,
8. O DESESPERO DE VERONIKA VOSS – de Fassbinder
9. LOLA – de Fassbinder
10. ASAS DO DESEJO – de Wim Wenders
11. CONTRA A PAREDE – de Faith Akin



ITALIANO


1. CLASSE OPERÁRIA VAI AO PARAÍSO, A – de Elio Petri
2. DE PUNHOS CERRADOS – de Marco Belocchio
3. PAI PATRÃO - de Paolo e Vittorio Taviani
4. SACCO E VANZETTI – de Giuliano Montaldo
5. TERRA TREME, A – de Luchino Visconti

  FRANCÊS


1. CHOVE SOBRE SANTIAGO – de Helvio Soto
2. DANTON - O PROCESSO DA REVOLUÇÃO – de Andrzej Wajda
3. EU, UM NEGRO & OS MESTRES LOUCOS – de Jean Rouch
4. JORNADA DA ALMA – de Roberto Faenza
5. SER E TER – de Nicolas Philibert,
6. TREM DA VIDA, O - de Radu Mihaileanu
7. UM HERÓI DO NOSSO TEMPO - de Radu Mihaileanu
8. RAINHA MARGOT, A – de Patrick Chercau
9. VELHO FUZIL, O – de Robert Enrico
10. VIOLINO VERMELHO, O – de François Girard
11. SALTIMBANCOS – de Jacques Payette
12. ANO PASSADO EM MARIENBAD – de Alain Resnais .
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Colabore com essa lista, criticando-a ou fazendo inclusões!
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