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segunda-feira, 3 de abril de 2023

Primeira edição do Encontro de Contadores de Histórias de Indaiatuba começa no dia 5

 

No total, serão 25 atividades gratuitas até o dia 24 de abril, em diferentes locais

Com um total de 25 atividades gratuitas, tem início na próxima quarta-feira, 5 de abril, a primeira edição do Encontro de Contadores de Histórias de Indaiatuba. Sob a curadoria de Marina Costa, pedagoga e contadora de histórias, o evento foi contemplado pelo ProAC – Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo, a partir do Edital 25/2022 de Literatura: Produção e Realização de Projeto de Incentivo à Leitura, e conta com apoio da Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.

Além de muita contação de histórias, há espaço para rodas de conversas sobre a tradição, aulas com pesquisadores, apresentações de grupos de cultura popular e tradicional, espetáculos artísticos e mediação de leituras, além de oficinas com profissionais de diversas formações e idades.

“Um evento dedicado à narração de histórias tem uma importância fundamental em muitos âmbitos da sociedade contemporânea. As artes narrativas costumam ser consideradas equivocadamente como de menor importância. Um encontro como esse vem alargar o horizonte tão estreito em que em geral essa arte é enquadrada, promovendo novas descobertas que guiem as ações de educadores, narradores, famílias e pessoas que atuam nos mais diversos locais: de hospitais a abrigos, com refugiados a outros segmentos em situações de risco”, destaca a educadora Regina Machado, referência no universo da narração oral.

Autora do livro Acordais: Fundamentos Teóricos-poéticos da Arte de Contar Histórias, Regina foi escolhida para abrir a programação do Encontro com a aula magna Narrativas Orais de Histórias: o Poder das Palavras nos Contos Tradicionais, que acontece quarta-feira, 5 de abril, às 19h, no Auditório da UniMAX, com a presença de intérprete de Libras.

Importância

Qual a importância da narração oral para a nossa cultura? Marina Costa esclarece: “Aprendi que a arte de narrar é uma paisagem que pode ser apreciada de diferentes janelas. A janela por meio da qual gosto de olhar para a contação de histórias é a janela da ancestralidade. Contemplo o contar histórias como uma maneira de mantermos vivas a transmissão de saberes das diferentes culturas que compõem o nosso país, especialmente as culturas dos povos da floresta, africanas e afro-brasileiras. Assim, quando falamos de contação de histórias, estamos falando de identidade”.

Ao longo da extensa programação, passarão pelo Encontro contadores de histórias, artistas, trupes, companhias e pesquisadores de diversas partes do Brasil, inclusive de Indaiatuba e outras cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Destaque para a cantora Mariana Per e o Grupo Manuí, além dos contadores Mafuane Oliveira e Zé Bocca.

Arte-educadora, pesquisadora e contadora de histórias, Mafuane Oliveira, finalista do Prêmio Jabuti 2022 com o livro Mesma Nova História, não revela qual história contará durante o Encontro, mas dá dicas. “Tenho um instrumento mágico, o Chaveiroeiro, que é formado por chaves que guardam histórias do mundo inteiro. Não sou eu que escolho as histórias, quem escolhe a história é o momento, é o público que me empresta seus ouvidos generosos. O que posso adiantar é que certamente será uma história afro-brasileira ou de origem africana ligada à tradição ou a países que apresentem elementos culturais de povos Bantu”.

Zé Bocca, ator e contador, estará presente em dois momentos do Encontro. No primeiro, com causos recolhidos da tradição caipira. No segundo, com a história O Bicho Mais Poderoso do Mundo, versão autoral de um conto da cultura africana, publicada em livro. As duas apresentações serão acompanhadas pelo músico Marcos Boi.

“A história é sempre de quem ouve. Nós, contadores, somos apenas canais de transmissão. Nossa missão é que a narrativa chegue da melhor forma possível a cada pessoa, que a entenderá a partir do seu repertório e da sua cultura. Para que isso aconteça, usamos a palavra, a expressão e o universo lúdico. Acredito nessa troca e nessa força”, pontua Zé Bocca. 

PROGRAMAÇÃO

5 de abril, às 19h
Aula Magna com Profª Draª Regina Machado
Tema: Narrativas Orais de Histórias: o Poder das Palavras nos Contos Tradicionais
Local: Auditório da UniMAX
Endereço: Avenida 9 de Dezembro, 460, Jardim Pedroso

6 de abril, às 19h
Oralidade e Memória, com Profº Drº Antônio Filogênio Júnior e Profª Draª Waldete Tristão
Local: Auditório da UniMAX

14 de abril, às 10h
Roda de Históriacom Cia Valamandana, Marina Costa e Afonso Torres
Local: Centro PcD
Endereço: Rua da Caixa D'Água, 162 - Santa Cruz

16 de abril, às 10h
Mediação de Leitura, com Coletivo Baobá (Indaiatuba)
Local: Casarão Pau Preto
Endereço: Rua Pedro Gonçalves, 477, Centro

16 de abril, às 16h
Roda de Histórias, com Débora Kikuti, Marina Costa e Ulisses Junior
Local: Tenda no Parque Ecológico (ao lado da Concha Acústica)

16 de abril, às 17h
Boca Cheia de Histórias, com Zé Bocca e Marcos Boi
Local: Tenda no Parque Ecológico

17 de abril, às 14h
Contação de História, com Marina Costa
Evento fechado para as Escolas Municipais de Indaiatuba

17 de abril, às 19h
Oficina Gratuita de Formação Inicial de Contadores de Histórias, com Marina Costa
Local: Centro Cultural Wanderley Peres
Endereço: Praça Dom Pedro II, s/nº, Centro

18 de abril, às 14h
Contação de História, com Ulisses Júnior
Evento fechado para as Escolas Municipais de Indaiatuba

18 de abril, às 19h
Oficina Gratuita de Formação Inicial de Contadores de Histórias, com Ulisses Júnior
Local: Centro Cultural Wanderley Peres

19 de abril, às 14h
Contação de História, com Débora Kikuti
Evento fechado para as Escolas Municipais de Indaiatuba

19 de abril, às 19h
Oficina Gratuita de Formação Inicial de Contadores de Histórias, com Débora Kikuti
Local: Centro Cultural Wanderley Peres

20 de abril, às 13h
A mulher que se casou com Iauarete de Kaká Wera, com Grupo Manuí
Local: Sala Acrisio de Camargo (CIAEI)
Evento fechado para as Escolas Municipais de Indaiatuba

20 de abril, às 19h
Oficina Gratuita de Formação Inicial de Contadores de Histórias, com Grupo Manuí
Local: Centro Cultural Wanderley Peres

21 de abril, às 15h
Contação de História: Brasileirinho, com Mabel Zattera e Rafael Meira
Local: Tenda do Parque Ecológico

21 de abril, às 16h
Contação de História: Tirando São João de Casa, com Inaiá Araújo
Local: Tenda do Parque Ecológico

21 de abril, às 16h30
Vivência de Xequerê ‘Da Cabaça aos sons do Xequerê’, com Inaiá Araújo
Local: Tenda do Parque Ecológico

22 de abril, às 10h
Mediação de Leitura, com Elisandra Camilo
Local: Biblioteca Municipal (Casa da Memória)
Endereço: Rua das Primaveras, 450

22 de abril, às 13h
Oficina Memória da Palavra, com Juliana Correia (Rio de Janeiro)
Local: Casarão Pau Preto

22 de abril, às 14h30
Oficina de Dança Afro, com Renata Oliveira (Campinas)
Local: Casarão Pau Preto

22 de abril, às 16h
Grande Roda de Histórias, com Elisandra Camilo (Campinas), Inaiá Araujo (São Paulo), Juliana Correa (Rio de Janeiro), Mafuane Oliveira (São Paulo), Magno Farias (São Paulo) e Mariana Per (São Paulo)
Local: Casarão Pau Preto

22 de abril, às 18h30
Roda de Jongo, com Grupo de Jongo Filhos da Semente
Mestra Jociara Sousa
Local: Casarão Pau Preto

23 de abril, às 15h
Roda de Histórias, com Antônio Leitão e Tati Mendes
Local: Tenda do Parque Ecológico

24 de abril, às 13h
Histórias para Ouvidos Pequenos, com Zé Bocca e Marcos Boi
Local: Sala Acrisio de Camargo (CIAEI)
Evento fechado para as Escolas Municipais de Indaiatuba

24 de abril, às 19h
Da Boca pra Fora na Ponta de Língua, aula espetáculo com Zé Bocca
Local: Centro Cultural Wanderley Peres


Fernando Almeida
Grupo Manuí comanda Oficina Gratuita de Formação Inicial de Contadores de Histórias


Douglas Dobby
Juliana Correia vem do Rio de Janeiro para a Oficina Memória da Palavra




Paulo Oliveira
Mafuane Oliveira, finalista do Prêmio Jabuti 2022, é uma das convidadas do evento





Divulgação
Magno Farias, de São Paulo, participa da Grande Roda de Histórias do Encontro




Claudio Pepper
Mariana Per, de São Paulo, é outra convidada para a Grande Roda de Histórias




Kimberly Christie
Evento acontece de 5 a 24 de abril com 25 atividades gratuitas em diversos pontos




Kimberly Christie
Marina Costa é curadora de Do Corpo ao Conto: I Encontro de Contadores de Histórias de Indaiatuba



segunda-feira, 19 de julho de 2021

Educação Patrimonial - Live aberta ao público promovida pelo Iphan e Museu de Itu

 Educação Patrimonial

Iphan-SP e Museu Republicano de Itu promovem live sobre Patrimônio Cultural.



Com participação aberta ao público, evento marca início de projeto de educação patrimonial da Superintendência.


Em 04 de agosto, todos que tiverem interesse podem participar da live “O diálogo no campo do patrimônio cultural”

Entre às 18h e 19h, a roda de conversa será transmitida ao vivo pelo canal no YouTube do Museu Republicano Convenção de Itu. 

O encontro é fruto de parceria entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo, com o Museu Republicano, extensão do Museu Paulista da Universidade de São Paulo (USP).

Paulo Cesar Garcez Marins e Sônia Rampim conduzem as discussões. Marins é docente do Museu Paulista da USP, já Sônia coordena a Educação Patrimonial do Iphan e atua como docente do Centro Lúcio Costa (CLC), Unidade Especial do Instituto.

A iniciativa marca o início do projeto de educação patrimonial Mooca do Patrimônio. O termo “mooca” tem origem no tronco tupi, da família linguística tupi-guarani, e significa “fazer casa”. Proposta pela Superintendência do Iphan em São Paulo, a ação busca promover encontros virtuais com a sociedade em geral e com os grupos sociais diretamente impactados pelo registro e tombamento de bens culturais. Deste modo, criam-se espaços de diálogo para compartilhar narrativas, pesquisas e percepções sobre o Patrimônio Cultural.

Na primeira edição dos debates o foco recai sobre o Museu Republicano. Também participam da roda de conversa representantes de instituições que desenvolvem projetos educativos de forma colaborativa com o Museu Republicano, como: União Negra Ituana, Museu da Música – Itu - Instituto Cultural de Itu, Museu da Energia de Itu - Fundação Energia e Saneamento, Diretoria de Ensino da Região de Itu da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.

Inaugurado em 1923, o museu foi tombado pelo Iphan em 1967, com a inscrição no Livro do Tombo Histórico. Em 18 de abril de 1873, o sobrado sediou a Convenção Republicana de Itu, reunião de políticos e proprietários de fazendas de café para discutir as circunstâncias do país considerada o marco originário da campanha republicana.

Destacam-se na edificação a fachada azulejada e os painéis de azulejaria interna, que retratam episódios da história de Itu entrelaçados a momentos-chave da memória nacional. O museu não se restringe a expor objetos, pinturas e registros textuais: procura explorar os ricos acervos que conserva através do estudo e divulgação do conhecimentos em publicações, cursos, reuniões científicas, oficinas e atendimentos a públicos diversificados.

segunda-feira, 31 de maio de 2021

Curso online promovido pelo Museu de Itu, com participação do Museu da Água de Indaiatuba - IMPERDÍVEL

 


De 13 de junho a 29 de julho, o Museu Republicano de Itu realiza o curso online  “Reflexos das águas: história, arte e estudos para jovens estudantes”.

O curso é organizado pelo serviço educativo do MRCI e diretoria de ensino da região de Itu. Ministrado em conjunto com o Museu de Arte Contemporânea da USP, Fundação Energia e Saneamento, Museu da Energia, Museu da Música, Instituto Cultural - Itu, Museu da Cidade de Salto e Museu da Água de Indaiatuba.

A participação é gratuita. 

Para saber mais informações acesse o formulário de inscrições e garanta sua vaga: https://forms.gle/kzq4o92h5BXCkkze7

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quinta-feira, 18 de março de 2021

Curso de Extensão oferecido pela Fundação Pró-Memória e Fatec - "O patrimônio natural e cultural do interior paulista"

 

A Fundação Pró-Memória de Indaiatuba em parceria com a FATEC de Itu por meio do projeto de Extensão em Educação Patrimonial estão lançando o curso:


O PATRIMONIO NATURAL E CULTURAL DO INTERIOR PAULISTA


O curso está dividido em 5 módulos contando com a expertise de diferentes professores especialistas no assunto e com a presença do nosso Superintendente Carlos Gustavo Nóbrega de Jesus.

Devido a pandemia da COVID-19, as aulas serão remotas a partir da plataforma ZOOM.
Quando será?
Data: 22/23/24/29/30 de março
Horário: 14h às 16h
Carga Horária: 10 horas
Valor: R$ 25,00 – Professores da Rede Pública do Estado de São Paulo
R$ 35,00 – Público em Geral***
Vagas Limitadas!!!
Público-alvo: Educadores da rede pública e privada de ensino, estudantes do ensino técnico e superior e demais interessados pela temática do patrimônio.
Os certificados de conclusão do curso serão concedidos aos inscritos que participarem de com frequência maior a 70% do curso.
***Os valores serão revertidos para pagamentos dos professores participantes, o Prof. Dr. Carlos Gustavo Nóbrega de Jesus e a Profa. Dra. Gabrielle Cifelli organizadores do curso, doarão o seu tempo para a realização do curso.





quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Vereador Arthur Spíndola apresenta proposição para fortalecer o ensino de História de Indaiatuba no Ensino Fundamental de Indaiatuba

 

Vereador Arthur Machado Spíndola (PP - 2º mandato)*


O vereador da Câmara Municipal de Indaiatuba Arthur Machado Spíndola apresentou a Indicação 147/2021 na última sessão, realizada em 22 de fevereiro de 2021.

O vereador Spíndola defende que a inclusão da História de Indaiatuba na grade de ensino regular do ensino fundamental "possibilita uma compreensão melhor sobre a identidade de uma sociedade". E completa que "a criança, ao se deparar e se identificar como parte da história da cidade, acaba se tornando mais crítica e participativa, além de ser uma forma de preservação da história do município."

Por que, num mundo espacialmente globalizado, é importante voltar o ensino de História, nos anos iniciais, para o Local? Como se constitui um currículo escolar e de que forma a História Local pode ser inserida nele? Que substrato cultural pode permear as representações da História Local entre professores e alunos da rede municipal de ensino? Perguntas como essas estão presentes não só na história produzida academicamente por pedagogos e historiadores (entre outros profissionais da Educação), mas também constantemente presente na rotina dos professores do ensino fundamental que cada vez mais valorizam temas locais para serem usados de forma complementar, transversal ou multidisciplinar nas salas de aula.

Assim, já é considerado comum que os anos iniciais devam desenvolver nos alunos conceitos de temporalidade, espacialidade, identidade, dentre outros, no âmbito da História Local, já que a partir do local é possível identificar e estudar diversos aspectos sociais nos mais variados campos da ação humana, permitindo que os alunos possam perceber mudanças e permanências, descobrindo entre suas ações cotidianas a presença de elementos culturais vivenciados por gerações anteriores, de seus familiares, conhecidos, vizinhos de rua ou de bairro. Desta forma, a História Local pode despertar nas crianças o gosto por conhecer as realizações humanas produzidas ao seu redor, no ir e vir do tempo, retirando da disciplina História a sisudez das datas e acontecimentos pontuais e lineares. 

Arthur Spíndola retirou essa discussão da esfera exclusivamente escolar e levou o assunto para Câmara, possibilitando ampliar o debate quanto a uma escola promotora de estudos e atividades que favoreçam aprendizagens significativas, que possam fortalecer a formação global dos educandos a partir da identidade e afetividade com lugares, fatos e pessoas de nossa cidade.

O vereador Spíndola ainda defendeu que conteúdos relacionados à História de Indaiatuba poderiam ser apresentados também "como atividade extracurricular", e ainda complementou que "cabe salientar que aprender sobre a história local não é substituir o ensino da história geral e do Brasil. De acordo com pesquisadores, é necessário romper com a ideia de que ao aprender sobre a história falamos apenas sobre o passado, os grandes feitos e os grandes nomes."

A Indicação apresentada na Câmara Municipal segue para análise do prefeito Nilson Alcides Gaspar.


.....oooooOooooo.....



*Arthur Machado Spíndola é morador de Indaiatuba desde seu nascimento, estudou em um colégio tradicional de nossa cidade: o Colégio Candelária. Trabalhador desde os seus 15 anos de idade, batalhou para pagar seus estudos e obter o título de bacharel em Direito. Advogado como profissão desde seus 21 anos de idade, conseguiu ingressar na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) antes mesmo de se formar. Buscou experiências politicas antes de se lançar candidato, sendo funcionário da Câmara Municipal de Indaiatuba por 8 anos.
Telefone Gabinete: (19) 0800-7705-760

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Só nossa luta mesmo! Sociedade e reivindicações no bairro Morada do Sol e Indaiatuba-SP - TESE DE DOUTORADO

Você conhece a tese do Dr. Walter de Assis Alves sobre o Jardim Morada do Sol?

A tese foi defendida no dia 19 de março de 2019 na Universidade Federal de Uberlândia, no Programa de Pós-Graduação em História.

Você pode ler a tese completa aqui:

 https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/26897/7/SoNossaLuta.pdf


Resumo:            

O eixo da pesquisa é a análise das inter-relações e posicionamentos sociais experimentados por homens e mulheres ocupantes da cidade de Indaiatuba, situada na região metropolitana de Campinas, interior do estado de São Paulo. A temática insere nas transformações das estruturas econômicas, políticas e sociais projetadas em meio ao processo de crescimento da cidade, dinâmica que foi estimulada a partir de meados da década de 1970 mediante políticas de desenvolvimento planejadas na esfera estadual, com propósito de orientar a reestruturação metropolitana da cidade de São Paulo. Conjuntura que favoreceu a criação de planos municipais de desenvolvimento em Indaiatuba, permitindo a intensificação de seu processo de industrialização, bem como a abertura de loteamentos populares destinados a acomodar a aglomeração de famílias em busca de trabalho, tal como o loteamento Jardim Morada do Sol aberto em princípio dos anos de 1980. É neste cenário que as práticas dos grupos que compõem o quadro de moradores da cidade foram reelaboradas, circunstância que demanda leitura crítica de seus desdobramentos, fundamentados na urdidura nos modos de vivência gestados a partir da expansão de sua demografia. O processo histórico em Indaiatuba no transcorrer das décadas posteriores ao impulso populacional, será composto pela conjugação de relações estabelecidas no encadeamento de determinadas tensões entre esferas sociais compostas por antigos e novos moradores, é a partir do encontro entre realidades diversas que a cidade se moverá ordenada em espaços capazes de atribuírem novos ritmos e significados à urbanidade, assim, seus bairros, praças, igrejas e ruas experimentarão maior fluidez de circulação de pessoas, convertendo-se em lugares de aproximação e interação, bem como de confrontos e de relações divergentes entre sujeitos com trajetórias e experiências das mais diversas.

Abstract:            

The focus of this research is the analysis of interrelationships and social positioning experienced by men and women who are citizens of the city of Indaiatuba located in the metropolitan region of Campinas, in the interior of the state of São Paulo. The issue input the structural economics, political and social transformations designed in the middle of the process of the city’s growth, a dynamic that was stimulated from the mid-1970s through development policies planned at the state level, with the guiding purpose of the metropolitan restructuring in the city of São Paulo. The scenario enhaced the creation of municipal development plans in Indaiatuba, allowing the intensification of its industrialization process, just as the opening of popular allotments meant to accommodate the agglomeration of families in their search of work, such as Jardim Morada do Sol in the earlier 1980s. It is also in this scenario that groups’ practices who are part of the population in the city were reworked, a circumstance that demanded a critical reading of its unfolding, grounded on the sppining in the modes of daily living created by the expansion of its demography . The historical process in Indaiatuba during the decades after the population boost, it will be composed by the conjugation of established relationships in the chain of certain tensions among social spheres formed by old and new citizens, it is from the gathering between various realities that the city will move structured in spaces capable of accrediting new rhythms and meanings to urbanity, thus their neighborhoods, squares, churches and streets will experience a larger flow of people circulation, turning into places of approach and interaction, as well as confrontations and divergent relations between subjects with journeys and the most diverse experiences.

 

Palavras-chave:              

Cidade

City

Bairro

Neighborhood

Cotidiano

Daily life

Memória

Memory

História social

Social history

História

History

Indaiatuba (SP)

Indaiatuba (SP)


sexta-feira, 26 de junho de 2020

Curso oferecido pela Fundação Pró-Memória - “Em Tempos de Pandemia: Reflexões Através de Arte Contemporânea”

Por meio do projeto de extensão “Escola do Patrimônio”, resultado da parceria com a Unicamp, a Fundação Pró-Memória de Indaiatuba oferecerá curso online sobre Arte Contemporânea em tempos de crise
Nos dias 01, 02 e 03 de julho a Fundação Pró-Memória de Indaiatuba oferecerá o curso online “Em Tempos de Pandemia: Reflexões Através de Arte Contemporânea”, resultado do projeto em parceria com a UNICAMP, “Escola do Patrimônio”, o curso será ministrado por Marcus Mazieri e Gabriela Paiva de Toledo.

Na verdade, o objetivo deste (per)curso é apresentar uma curadoria virtual e abrir espaço de discussão sobre arte contemporânea dividido em três encontros:

1. Circulação e insegurança alimentar; 
2. A interdependência entre a espécie humana e outras espécies e 
3. Metáforas de doenças e discriminação.

Diante do contexto atual de isolamento social e pandemia, a arte contemporânea atua como disparador de reflexões sobre questões cada vez mais fundamentais no presente. Foram selecionados, assim, para o curso, alguns projetos artísticos interdisciplinares para serem debatidos no contexto atual que, por seu aspecto lúdico, permite tensionar a ordem das coisas e testar novas possibilidades de organização social, constituindo-se como um lugar fundamental para se refletir sobre a realidade e várias estratégias de ação do momento atual.


Marcus Mazieri é performer, dramaturgo, roteirista, diretor e pesquisador. É formado em Geografia pela UNICAMP e nos cursos de Humor e Dramaturgia da SP Escola de Teatro. Atualmente é mestrando em Estudos de Teatro na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. É um dos fundadores do Coletivo Fleuma, onde escreveu, atuou e dirigiu as peças “Prática incessante” e “Gestos de equilíbrio” e fez dramaturgismo na obra “Estudos para macaco”. Seus trabalhos mesclam literatura, teatro, performance e audiovisual.

Gabriela Paiva de Toledo é mestre em História da Arte pela Unicamp e estudante de doutorado em História da Arte pela Southern Methodist University, Dallas, Texas. Realizou uma pesquisa de mestrado em teoria da arte do Renascimento Italiano, desenvolvendo um estudo sobre o tratado teórico do pintor e crítico milanês Giovanni Paolo Lomazzo. É autora de uma tradução crítica e comentada do “Idea del Tempio della Pittura” (1590) de Lomazzo que será publicada em breve na Coleção editorial A Palavra da Arte (Editora da Unifesp-Unicamp).



O curso será transmitido através do Zoom (plataforma de videoconferência), das 18h30 às 20h00 nos dias 01, 02 e 03 de julho. 

As inscrições terão o limite de 40 vagas e deverão ser realizadas através do link: https://forms.gle/CShrYHRdSBNG8T7i8

Haverá emissão de certificados apenas para aqueles que tiverem 75% de participação.

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terça-feira, 16 de junho de 2020

Curso online Fundação Pró-Memória: HISTÓRIA ORAL - CONCEITOS E PRÁTICAS

A Fundação Pró-Memória de Indaiatuba, por meio do Projeto Escola do Patrimônio, em parceria com o Departamento de História da UNICAMP, oferece curso online sobre História Oral - conceitos e práticas.

A Fundação Pró-Memória realizará, por meio do Projeto Escola do Patrimônio, em parceria com o Departamento de História da UNICAMP, um curso online gratuito sobre História Oral: conceitos e práticas que será ministrado por Lívia Morais Garcia Lima (Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Atualmente é docente do Programa de Mestrado em Educação do Unisal - Americana/SP, pós - doutoranda pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo - EACH/USP, pesquisadora colaboradora do centro de memória da UNICAMP ).

A metodologia da História Oral, permite o fazer da história do tempo presente, evidencia as visões e interpretações de grupos, tradicionalmente, invisibilizados e não ouvidos, amplificando as vozes e tensionando as versões oficiais e os discursos hegemônicos. 

É ferramenta de pesquisa fundamental para trabalhos de cunho social e histórico que utilizem qualquer aspecto da oralidade como fonte e para o registro da história das comunidades, além de constituir-se em ferramenta inovadora para a constituição de acervos públicos de memória.

O presente curso tem por objetivos:
  • Apresentar a importância das fontes orais na valorização da memória de grupos.
  • Proporcionar ao participante um contato com as principais técnicas de história oral, preparando-o para usar a oralidade na constituição e acervos de memória. 
  • Capacitar os participantes para a implementação de projetos de história e memória e para a constituição de acervos de memória.


As aulas acontecerão na plataforma de videoconferência Jitsi Meet no dia 19 de junho das 14h às 17h. 

As inscrições deverão ser realizadas através do link:  https://forms.gle/9N1A2rSoGzA169wr9


Haverá emissão de certificados para os alunos que participarem!

Para mais informações:

Instagram: promemoria_indaiatuba

sábado, 13 de junho de 2020

NOTA DE REPÚDIO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE HISTÓRIA

13 de junho de 2020



A Associação Nacional de História repudia os ataques perpetrados pelos bolsonaristas em atividades promovidas por historiadores e historiadoras negros de todos país.

Escondidos pela invisibilidade propiciada pela internet, os fascistas tupiniquins fazem o que sabem fazer de melhor: constranger e ameaçar os que estão a refletir sobre os nefastos desdobramentos do racismo no Brasil. Ao fazerem isso, desnudam suas ignorâncias abissais acerca da história da África e das histórias de homens e mulheres que formaram a Nação.

As ofensas e ataques pornográficos encaminhados pelos fascistas mostram que a magnitude de sua ignorância e prepotência os aproximam dos ratos.

As violências que realizaram, ao invadirem lives produzidas pelos docentes, não encontrarão eco entre nós. Ao contrário daqueles que se comportam como ratos saídos dos esgotos das ruelas, os professores e professoras de História são intelectuais e cientistas, dispostos a se dedicarem a refletir sobre o peso do passado nas ações que se inscrevem ainda no presente.

A ANPUH, seus associados e associadas não têm medo deles. Temos apenas cautela, sempre temperada com uma dose de coragem necessária para enfrentar a ratada.

Se querem ameaçar nossos colegas, utilizem-se de sua hipotética força e se apresentem em público.


Contra os ignorantes, a ANPUH apresenta a reflexão inteligente. 

Contra a violência, clamamos pela paz. 

Contra o desprezo por outrem, reiteramos a empatia.

A internet é um espaço democrático, livre e plural. Em nome da Constituição que rege o país, reiteramos que não há recuo possível, quando a verdade, revelada pela desigualdade entre gêneros, entre etnias, entre pobres e ricos, se firma como nosso desafio maior. 


Continuaremos em luta, com corações abertos e chancelados pela sabedoria de nossa profissão.





História em Combate

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE HISTÓRIA
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segunda-feira, 4 de maio de 2020

NOTA DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE HISTÓRIA - O VETO À HISTÓRIA

Na noite do dia 24 de abril de 2020, o presidente da República, Jair Bolsonaro, vetou o projeto de regulamentação da profissão de historiador, que já havia sido aprovado na Câmara e no Senado. Nós podemos até fingir surpresa com o veto do presidente, mas a questão, porém, é um pouco mais complexa. Sim, tínhamos esperanças, mas o contexto histórico não parecia sinalizar que a assinatura de Bolsonaro seria conquistada facilmente. Ele gosta de usar a caneta e faz isso reiteradamente para destruir, não para construir.

Desde que a atual direção da ANPUH assumiu a gestão, estivemos preocupados em levar adiante o projeto de regulamentação, iniciado há décadas. Muitos de nossos associados nos cobravam uma posição, a despeito dos esforços incomensuráveis de vários ex-presidentes da ANPUH.

A primeira iniciativa para regulamentar a profissão foi o projeto apresentado à Câmara Federal pelo Deputado Almeida Pinto em 1968, logo arquivado pelo Regime Militar. Entre 1983 e 2000, várias propostas foram apresentadas, ainda sem sucesso. Em 2009, foi proposto o projeto do Senador Paulo Paim, mas que demorou bastante nas tramitações entre Câmara e Senado. Este projeto estava parado no Senado até o início deste ano. Logo quando assumimos, designamos o atual 2º Tesoureiro da ANPUH Brasil, o diretor Adalberto Paz (UNIFAP) para deslindar o histórico processo de regulamentação e reiniciar articulações em Brasília. Graças a esse empenho, muito apoiado pela historiadora Lara de Castro, no dia 18 de fevereiro deste ano, o projeto foi finalmente submetido à votação no Senado e aprovado. O texto votado era o projeto de lei que regulamenta a profissão de Historiador, PLS 368/2009, de autoria do senador Paulo Paim (PT), acrescido do texto substitutivo N. 3/2015.

A aprovação foi resultado, pois, de intensa articulação política da diretoria e de nossos associados a favor do projeto no Congresso Nacional. Paz e Castro conduziram as conversações sobre a matéria legislativa com representantes políticos do estado do Amapá, mais especificamente com o Senador Randolfe Rodrigues, historiador de formação e associado à ANPUH-AP. Após a aprovação no Senado, o projeto foi encaminhado à Secretaria da Presidência no dia 2 de abril de 2020, e aguardou a sanção do chefe do executivo federal. O prazo final para veto era o dia 24 de abril de 2020. Sem alarde, no último momento do prazo, Bolsonaro vetou o projeto com pareceres frágeis exarados pelo Advogado da União e pelo Ministério da Economia, ambos espaços políticos de confiança do presidente. Já sabíamos dessa possibilidade, por isso seguimos na mobilização para que o Congresso Nacional derrube o veto presidencial.

Como afirmamos no início, a rejeição não nos surpreende: lidamos com frases e ações diárias de um governo que fere os princípios mais básicos do direito à vida, à informação e à cultura. Além disso, seu principal projeto é o aparelhamento de estruturas autônomas de uma sociedade democrática. A ciência, a história, a justiça, o parlamento só têm valor para este governo se servem aos seus interesses particulares e muitas vezes obscuros. Por isso, os que lá estão trabalham para destruir os espaços de autonomia dos que defendem uma sociedade mais justa, igualitária e, sobretudo, que respeite a história. A única história que serve para este governo é uma "história" servil. Uma "história" servil, porém, é um mito, uma ficção, uma propaganda, mas certamente não é História enquanto um campo científico.

A despeito de tudo que já foi escrito, no Brasil e no exterior, sobre a Ditadura Militar, por exemplo, o presidente insiste em comemorar o 31 de março com o slogan “a revolução democrática de 1964”. Ninguém que tenha estudado história e possa formar opinião sólida neste terreno defenderia a ditadura negando seu caráter autoritário e golpista. Não há opinião sólida que justifique a defesa da censura prévia, da tortura e torturadores.

Em resumo, Bolsonaro tem como projeto destruir a autonomia da História como ciência e como saber. Uma parte da população talvez não compreenda bem para que serve e o que é a história enquanto um campo de conhecimento. Nossa tarefa é enfrentar esse desafio e chegar até essas pessoas. Temos feito muito como associação e como historiografia, mas muito ainda precisamos fazer. A luta pela regulamentação tem sido uma oportunidade para refletir sobre o papel social dos profissionais da história. Isso não significa dizer que a regulamentação fechará a porta para os que se veem como historiadores, ou criará qualquer reserva de mercado.


Para encerrar, vamos listar o que a ANPUH-BRASIL está fazendo neste momento:
a) Retomamos as articulações parlamentares para construir a derrubada do veto presidencial.
b) Estamos estreitando o contato com diversas associações de nossa área e áreas afins para articular ações conjuntas.
c) Buscamos constantemente espaços na grande imprensa e nos portais digitais para divulgar nossa luta e promover as iniciativas dos associados. Vários de nossos associados já produziram por conta própria materiais a respeito e publicaram em seus blogs, jornais e portais, como Jornalistas Livres, Café História etc.).
d) Vamos intensificar o debate e a campanha pela regulamentação, reforçando e valorizando os profissionais da história em suas diversas vocações e espaços de atuação.
e) Desde ontem estamos em campanha permanente em nossas redes sociais, produzindo material e mobilizando a comunidade para aumentar a pressão nos nossos representantes. Apenas no Facebook ontem alcançamos quase 700 mil pessoas.

O que a comunidade historiadora pode fazer?
a) Reforçar o engajamento com todas as redes sociais da Anpuh para que possamos cada vez mais agir de modo articulado e com a velocidade das demandas. É preciso curtir, compartilhar e comentar em nossos espaços públicos digitais.

b) Construir suas próprias iniciativas de comunicação, seja em âmbito individual ou institucional. Núcleos de pesquisa, laboratórios, programas de pós-graduação, departamentos de história, escolas, sindicatos, associações científicas e de classe podem e devem ter ações de história pública, divulgação científica e curadoria de conteúdos. Assim podermos formar uma grande rede de conhecimento seguro e de ação política cidadã.

c) Mobilizar para pressionar e apoiar parlamentares aliados do projeto em diversos níveis e frentes.

d) Buscar espaços nas mídias tradicionais para defender o projeto e ampliar a consciência sobre as funções sociais dos profissionais da história.

e) Apoiar a filiação à ANPUH-BRASIL e outras sociedades científicas.

O presidente vetou o projeto por medo e por má fé. Mas a evidência histórica está aí para todo mundo ver. Enquanto milhares de pessoas morrem, o presidente está preocupado em vetar a profissão de historiador, essencial para explicar a história e o emaranhado de tragédias que enfrentamos. Independente das versões mais ou menos incendiárias a respeito do governo bolsonarista, há evidências históricas indiscutíveis sobre o que ele representa. Continuaremos lutando para que o veto do presidente seja derrubado, mas regulamentada ou não, a profissão de Historiador existe e isso é um fato inquestionável, irrefutável, incontornável.

Márcia Maria Menendes Motta
Presidenta (biênio 2019-2021)
Associação Nacional de História- ANPUH-BRASIL

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

NOTA DE ALERTA À SOCIEDADE

NOTA DE ALERTA DA USP -DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA DA FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

A TV Escola é um canal do Ministério da Educação que tem por objetivo formar a opinião pública e capacitar os professores do sistema educacional brasileiro em diferentes áreas.


Em recente acordo com a empresa LHT HIGGS, a TV Escola iniciou a transmissão da série “Brasil: a última cruzada”. São seis episódios supostamente dedicados à História do Brasil, que foram inicialmente publicados na plataforma do YouTube entre 2017 e 2018.

A série é, de fato, uma peça de propaganda ideológica de um grupo extremista.

Profissionais sem trabalhos de pesquisa e sem formação específica em História dedicam-se a construir uma narrativa fantasiosa, equivocada e preconceituosa do processo de colonização do Brasil. É uma produção alheia aos métodos avalizados pelas instituições e profissionais que têm trabalhado com afinco durante muitos anos.

O objetivo da série é defender uma posição política de extrema direita, alinhada com o pensamento do atual grupo que exerce a Presidência da República e sua guerra particular contra a cultura e o conhecimento científico.

Não se trata de uma série com “visão ideológica de direita e conservadora”, como considerou a Folha de São Paulo (09.12.2019). Efetivamente, a série apresenta uma narrativa negacionista, sem lastro em pesquisas historiográficas reconhecidas pela comunidade científica, produto - como afirmou o historiador Pierre Vidal-Naquet no livro Os assassinos da memória - de uma seita “minúscula mas obstinada”, que “dedica todos os seus esforços e emprega todos os seus meios… para destruir, não a verdade que é indestrutível, mas a tomada de consciência da verdade”.

Para agravar ainda a situação de desmonte das instituições culturais, no momento em que redigimos esta Nota recebemos a lamentável notícia de que o Ministério da Educação pretende não renovar o contrato de gestão que permite a TV Escola funcionar.

Docentes, pesquisadores e alunos do Departamento de História da Universidade de São Paulo manifestam sua indignação com a autorização para que versões mentirosas e sem nenhum amparo na ampla e responsável produção historiográfica nacional e internacional sejam transmitidas em um canal voltado para a formação de docentes, mas também da população em geral.

Profa. Dra. Ana Paula Torres Megiani
Profa. Dra. Antonia Terra de Calazans Fernandes
Prof. Dr. Carlos Zeron
Prof. Dr. Carlos Roberto F. Nogueira
Prof. Dr. Carlos de Almeida Prado Bacellar
Prof. Dr. Daniel Strum
Prof. Dr. Eduardo Natalino dos Santos
Prof. Dr. Elias Thomé Saliba
Prof. Dr. Everaldo de Oliveira Andrade
Prof. Dr. Francisco Alambert
Prof. Dr. Francisco Carlos Palomanes Martinho
Profa. Dra. Gabriela Pellegrino Soares
Prof. Dr. Horácio Gutiérrez
Profa. Dra. Iris Kantor
Prof. Dr. Jorge Luis da Silva Grespan
Prof. Dr. José Antonio Vasconcelos
Prof. Dr. José Geraldo Vinci
Profa. Dra. Leila Leite Hernandez
Prof. Dr. Lincoln Secco
Prof. Dr. Luiz Bernando Pericás
Prof. Dr. Marcelo Rede
Prof. Dr. Marcos Napolitano
Profa. Dra. Marina de Mello e Souza
Prof. Dr. Marcos Silva
Profa. Dr. Maria Cristina Pereira
Profa. Dra. Maria Cristina Cortez Wissenbach
Profa. Dra. Maria Helena Pereira Toledo Machado
Profa. Dra. Maria Helena Rolim Capelato
Profa. Dra. Marcia Regina Barros da Silva
Profa. Dra. Mary Anne Junqueira
Profa. Dra. Miriam Dolhnikoff
Prof. Dr. Osvaldo Coggiola
Prof. Dr. Ozias Paese Neves
Prof. Dr. Pedro Puntoni
Prof. Dr. Rafael de Bivar Marquese
Prof.a. Dra. Raquel Glezer
Prof. Dr. Sean Purdy
Profa. Dra. Stella Maris Scatena Franco
Ulisses Franco (representante discente)
Guilherme P. C. Arruda (representante discente)
Daniel Freitas Porto (representante discente)
Diretório Central dos Estudantes Livre da USP "Alexandre Vannuchi Leme" (DCE-Livre da USP)


São Paulo, 13 de dezembro de 2019
Profa. Dra. Ana Paula T. Magalhães Tacconi
Filipe Petres (representante discente)
Centro Acadêmico de História da USP "Luiz Eduardo Merlino" (CAHIS-USP)

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Fundação Pró-Memória promove curso curso "Debates contemporâneos do campo patrimonial"

Em parceria com o Departamento de História do IFCH - UNICAMP, a Fundação Pró-Memória de Indaiatuba oferecerá um curso de formação e capacitação voltado para os temas Patrimônio, História, Memória e Preservação do Patrimônio Cultural.

A Escola do Patrimônio é um projeto de extensão que ocorre anualmente desde 2014 e é resultante da parceria entre a Fundação Pró-Memória e o Departamento de História do IFCH – UNICAMP.

O curso "Debates contemporâneos do campo patrimonial" será oferecido nos dias 17 e 18 de dezembro, em três aulas.

I - Esquecimento, memória e identidade: perspectivas sociais e atuação de agências governamentais na seleção e proteção de patrimônios culturais;

II - Usos da memória entre instituições e o ativismo civil contemporâneo: formas de apropriação do passado na elaboração de narrativas do presente;

III - Patrimônio cultural brasileiro: gestão, instrumentos preservacionistas, iniciativas, regulamentações e conflitos sobre memória e cultura.

Os cursos serão realizados na Tulha do Museu Municipal Casarão Pau Preto – Rua Pedro Gonçalves, 477

No dia 17, a aula acontecerá das 14h às 18h e, no dia 18, das 9h às 13h e das 14h às 18h.

O curso será ministrado pelos seguintes professores:

Helena Tavares Gonçalves: graduada em ciências sociais pela Unicamp e mestre em Preservação do Patrimônio cultural pelo Iphan, com pesquisa sobre as diferentes formas de apropriação social de centros históricos. Atuou na gestão da política pública de patrimônio cultural, exercendo a função de coordenadora técnica na Superintendência do Iphan no Amapá e de consultora da Unesco na Superintendência do Iphan em São Paulo em um projeto de salvaguarda de bens culturais imateriais registrados. Atualmente está vinculada ao Programa de Doutorado em Ciências Sociais da Unicamp na linha de pesquisa em Memória Social e Patrimônio Cultural, onde desenvolve pesquisa sobre as formas de habitar os centros históricos tombados.

Fernando Pascuotte Siviero: historiador e professor de história formado pela Unicamp, e mestre em Preservação do Patrimônio Cultural pelo Iphan, com pesquisa sobre Educação Patrimonial como ferramenta de gestão e preservação em centros históricos urbanos tombados. Atualmente, é professor de História da rede privada de ensino e pesquisador autônomo sobre História e Patrimônio Cultural.


As inscrições deverão ser realizadas nos dias dos cursos.

*Haverá emissão de certificados

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terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Nota de Repúdio da Associação Nacional dos Professores de História - ANPUH

ANPUH DIVULGA | NOTA DE REPÚDIO em 10 de dezembro de 2019
A direção da Associação Nacional de História - ANPUH-Brasil expressa hoje sua enorme indignação acerca da presença do pseudo-filósofo Olavo de Carvalho na prestigiada TV Escola. 
A bem da verdade, o que esse senhor tem a nos ensinar?
Os historiadores, historiadoras e os docentes do país já estão cientes de que Olavo de Carvalho quer manter a população desinformada. 
Quais das besteiras recorrentes este senhor irá reiterar em suas palavras, destituídas de erudição, reflexão e compromisso com a Nação?
Olavo de Carvalho, morador dos Estados Unidos, é o avesso do engajamento responsável, e sim um defensor do indefensável: negacionismo, machismo, homofobia e intolerância.
 Conhecido pela sua postura anti-intelectual, este senhor dedica os últimos dias de sua vida a deslegitimar a ciência e a educação do Brasil.
Em resposta, a ANPUH-Brasil e seus associados reiteram que o conhecimento nos liberta, o sofrimento nos mobiliza e a empatia nos protege.
História em Combate
Associação Nacional de História - ANPUH-Brasil

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