segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Leonor, fundadora do Hospital Augusto de Oliveira Camargo


Tia Leonor nasceu em 1865, em Itu, filha de Francisco de Paula Leite e Maria de Almeida Sampaio. Era a terceira dos filhos que sobreviveram: Francisco, Amador, Leonor, Isabel, Antonio e Pedro.

Desde menina, frequentou, com sua irmã, o Colégio Nossa Senhora do Patrocínio em Itu. Muito bem humorada, era de uma bondade e simplicidade a toda prova.

Ficou noiva e casou-se com Augusto de Oliveira Camargo, natural de Indaiatuba, com quem não teve filhos.

Parece que por volta de 1925, ou um pouco antes, tio Augusto sofreu um derrame cerebral que o deixou paraplégico por mais de dez anos. Durante todos esses anos da doença, tia Leonor foi de uma dedicação extrema e, além disso, de tal respeito pela pessoa de tio Augusto que, com relação a qualquer negócio que fizesse, sempre queria ter a opinião dele.

Apesar de não poder falar, ele compreendia o que ela queria e acenava com a cabeça, discordando ou concordando. Foi assim, com a anuência dele, que ela teve a idéia de comprar 20 alqueires e construir em Indaiatuba, cidade natal de tio Augusto, um hospital com o seu nome. Foi ajudada pelos irmãos e, naquela época, especialmente o irmão mais velho, Francisco, cujo auxílio foi de grande valia. Foi tio Chiquinho quem comprou o material em sua maior parte importado da Inglaterra e Alemanha, realizando várias viagens com este intuito. O belo prédio que hoje é tombado e cuja beleza podemos apreciar, teve como projeto a autoria do arquiteto Ramos de Azevedo, o mesmo que projetou o Teatro Municipal de São Paulo, e sua construção, de Dr. Maia Lelo.

Durante toda a doença do tio Augusto, tia Leonor saía diariamente com ele, juntamente com o enfermeiro para uma volta de carro, fizesse sol ou chuva, sem nunca reclamar. Morava em um casarão na Avenida Higienópolis, em São Paulo, com seu irmão Antonio. Após sua morte, Tia Leonor deixou o casarão para a Curia Metropolitana de São Paulo, assim como outros bens para religiosos, tais como uma casa em Santos, no Embaré, para os padres capuchinos responsáveis pela paróquia.

 (Imagem de D. Leonor e Sr. Augusto, com motorista e enfermeiro)
Acervo da Coleção de Antonio da Cunha Penna


Podemos então dizer, persuadidos pela sua história, que a vida inteira tia Leonor dedicou-se somente a prativar boas obras, A mais significativa talvez, o Hospital Augusto de Oliveira Camargo. Com clarividência, tia Leonor cercou-se de nomes competentes para executar seu projeto, constituindo uma Fundação tão sólida que pudesse se auto-sustentar, deixando para isso casas de aluguel como as da Vila Itororó, em São Paulo. os estatutos da Fundação foram feitos com tanta visão e consistência - por Dr. Renato de Toledo e Silva, que possibilitou não apenas proteger a instituição ao longo dos anos, como viabilizar seus desdobramentos até os dias de hoje.

O primeiro provedor do Hospital foi um irmão de tia Leonor, Pedro Paula Leite. Vovô Pedrinho, meu bisavô, plantou milho, feijão, fez uma horta e formou um pomar [no terreno do hospital]. Trazia vacas de sua fazenda para que os doentes tomassem leite puro.

Vinte e cinco anos depois, o provedor era seu genro, João Baptista Lara, que inaugurou uma gruta com Nossa Senhora no jardim do Hospital. Vovô Baptista também costumava comprar  pintinhos para que, ao crescerem, pudessem fornecer carne e ovos para os doentes.

Passados mais setenta e cinco anos*, o Hospital chega à quarta geração da família. Também foi provedor o tio Roberto Lara, que juntamente com tia Ecilia dedicou-se muito ao hospital. Entre os mesários da quarta geração, está meu marido, Luiz Arruda, convidado por tia Manzinha a ocupar sua cadeira. A esta geração também pertencem Regina e Renato Sargo, quem têm contribuido enormemente para a melhoria e expansão do hospital.  Entre os mesários hoje, estão também os sobrinhos de tia Leonor: Márcio Moreira, Flávio Moraes, Netinho Moraes e Luciano Carvalho.

Se na data de sua inauguração o hospital contava com um médio, o Dr. Jácomo Nazário, uma enfermeira e um doente, hoje são 138 médicos e 570 funcionários*. O pronto socorro atende 500 pessoas por dia*.

Para concluir, posso imaginar que lá do céu tia Leonor e tio Augusto devam estar contentes ao verem suas obras frutificadas.


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Texto com lembranças dos sobrinhos-netos de Leonor de Barros Camargo:
Renata Lara Paes de Barros,
Célia Camargo Carneiro e
Roberto de Paula Leite Lara,
colhidas e registradas por Alice Paes de Barros Arruda, sobrinha-bisneta, "para não se perderem no tempo e permanecerem vivas como patrimônido de nossa História."



Colaborou: Roberto de Paula Leite Lara, que gentilmente cedeu-me a cópia desse texto.  O sr. Roberto foi entrevistado na semana passada pelo Sr. Antonio Reginaldo Geiss e por mim, Eliana Belo Silva. Seu depoimento foi gravado nos estúdios da Rádio Jornal de Indaiatuba e será doado para o Arquivo Público de Indaiatuba "Nilson Cardoso de Carvalho" da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba. A gravação é uma de várias já feitas em um projeto de gravação da História Oral feita por Antonio Reginaldo Geiss para a citada Fundação, que tem como objetivo transcrever as entrevistas e disponibilizar os conteúdos para pesquisa.

(*) 2008

Pós-publicado em 25/08/2015 para registro futuro:



sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Bolo de Chocolate da Dona Olinda



Dona Olinda (in memorian) foi uma doceira muito requisitada em nossa cidade. Muitas pessas encomendavam seus bolos para festas, principalmente de aniversários e casamentos. O bolo de chocolate era sua receita mais pedida, estava sempre fofinho, grande e, o que é mais importante... saboroso. D. Olinda morou muitos anos na Rua Padre Bento Pacheco, quase esquina com a Rua Ademar de Barros, no Centro.

Com a correria em que vivermos atualmente, comprar um bolo em uma das padarias ou docerias de nossa cidade (nossa... tem cada uma, heim!) é um hábito que nos afastou das antigas doceiras, estas próprias já muito raras. E mais ainda, afastou-nos do próprio forno.

Mas se você gosta de fazer bolo e principalmente conheceu o "bolo de chocolate" da D. Olinda, não perca a chance de fazer a receita abaixo, que não dá erro de forma alguma.

E ainda, caso tenha alguma receita "antiga", aquelas da "vovó" para compartilhar, escreva para elianabelo@terra.com.br. Há muitos estudantes de gastronomia (principalmente da CEUNSP) que escrevem para este blog para pesquisar receitas e hábitos culinários de nossa Indaiatuba "antiga". Vamos colaborar com os pesquisadores, tirando nossas "velharias" do gaveta, antes que alguém jogue no lixo!


Para copiar (e em seguida... degustar) clique na imagem para ampliar.


Colaborou: Solange de Fátima da Silva Minioli

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Vereadores de Indaiatuba - do Império até 2006



Quer conhecer os nomes de todos os vereadores de Indaiatuba, desde o Império até 2006?

Consulte a lista de "Câmara e Vereadores de Indaiatuba - de 1836 até 2006" disponibilizada na plataforma sribd pela Fundação Pró-Memória de Indaiatuba.

Créditos:

Pesquisa: Analma Queiroz Moura

Projeto: Marcelo Alves Cerdan

Capa, diagramação gráfica e digitação: Diones Rossato da Silva

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Pequena biografia do José Onério



O ex-prefeito de Indaiatuba durante 2005 e 2008, o major José Onério da Silva (56) é candidato a Deputado Federal pelo Partido Popular Socialista - PPS com o número 23.33, fazendo dobradinha com o médico e vereador Dr. Túlio.


José Onério nasceu em Santa Cruz da Esperança (SP), quando o município ainda fazia parte de Cajuru (SP) em 29/07/1954.

Embora tenha ido bastante jovem para São Paulo para estudar, nunca deixou de visitar sua terra natal, onde ainda vai a cada 15 dias, pelo menos, principalmente porque os pais ainda  residem em Santa Cruz da Esperança.

Tem muitos amigos e familiares na região e gosta de estar sempre por lá, tanto que resume sua trajetória na seguinte frase: "_ Conquistar sucesso sem esquecer minhas raízes." Ao usar a definição de sucesso, sem dúvida nenhuma pode-se deixar de referenciar que durante sua gestão como prefeito, Indaiatuba conquistou o posto de cidade número 1 do país neste período.

Não foi uma conquista fácil, pelo contrário. José Onério enfatiza que suas conquistas foram conseguidas através de muita perseverança, humildade, simplicidade e com a ajuda de amigos que passaram pelos vários estágios de sua vida.

José Onério é o sexto filho de uma família de sete irmãos, composta por quatro homens e três mulheres. Estudou na escola rural e, assim como outras crianças, trabalhava na roça ajudando a família. Quando completou o primário, com aproximadamente 10 anos, mudou-se para Ribeirão Preto para cursar o ginasial em um colégio de padres, entretanto, depois de um ano e meio de estudo percebeu que não era o que queria e decidiu parar de estudar e retornar a Santa Cruz da Esperança.

Ele chegou ao sítio no mês de agosto e teve que voltar a trabalhar na roça. Mas também não era  isso que Onério queria, ele gostaria de voltar a estudar e durante o resto do ano convenceu os pais de que essa era a decisão certa. O ano se iniciou e Onério começou a cursar novamente o ginasial em uma escola estadual de Cajuru. “_Eu sabia que somente com muito esforço e estudo eu poderia dar a mim e aos meus familiares uma vida mais digna, por isso, insistia muito com a minha mãe que eu precisava voltar para a escola o mais rápido possível”, revela.

A persistência foi uma das grandes marcas desta fase: levantava-se de madrugada e caminhava 6 quilômetros a pé até o ponto de ônibus, andava mais 15 quilômetros com o transporte coletivo e fazia este mesmo trajeto na volta de casa. Depois da aula, ajudava os pais na roça até o fim da tarde e antes de escurecer fazia as tarefas escolares. Ficou nesta vida até terminar o 2º colegial.

Foi quando decidiu retornar a Ribeirão Preto e terminar os estudos. Sempre pensou em cursar agronomia por causa da vida no sítio, entretanto seu futuro profissional tomou outro rumo. “_É natural que os filhos queiram seguir a profissão dos pais ou escolham algo relacionado com o tipo de vida que está habituado. Na época, queria me tornar agrônomo para ajudar minha família na roça, mas logo percebi que meu futuro não estava ali e procurei me especializar em outra área”, conta Onério.

Em Ribeirão Preto, terminou o 3º colegial e ingressou na faculdade de Direito na Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto). Neste período morou junto com uma das irmãs e fez curso de piloto privado, onde chegou a prestar exame na aeronáutica, mas não obteve sucesso. Foi a partir desse período que comceçou a trabalhar em seu primeiro emprego fora da roça, na VASP.



Decidiu prestar o vestibular para a Academia de Polícia Militar do Barro Branco e foi aprovado nas provas sem nunca ter feito um cursinho pré-vestibular. Largou a faculdade de Direito e foi para São Paulo. A vantagem de fazer a Academia do Barro Branco é que o sistema equivale a um curso superior, ele tinha moradia no local e recebia um salário para estudar. Aos 21 anos, não pensou duas vezes para mudar-se para a capital. “_Foi nesse momento que minha vida começou a tomar uma direção e não pensei duas vezes em agarrar esta oportunidade”.


Carreira na Polícia Militar

O curso tinha duração de três anos, porém, o Estado de São Paulo estava com déficit em tenentes e pediu para que a faculdade tivesse um tempo de duração menor para que os novos formandos fossem integrados à corporação o quanto antes. O curso foi reduzido para dois anos e quatro meses, com a mesma quantidade de matérias, mas com tempo menor de folgas e férias de apenas uma semana.

Após a formatura, Onério iniciou seu trabalho dentro da Polícia Militar em São Paulo ingressando na cavalaria e depois no trânsito. Nesse período, concluiu a faculdade de Direito, casou-se e teve duas filhas. Nesse período, percebeu que precisava buscar outra fonte de renda além do trabalho na Polícia Militar e passou alguns meses estudando a parte de classificados dos grandes jornais para entender como funcionava o mercado imobiliário. “_Senti a necessidade de buscar novas fontes de renda, mas sem precisar fazer bicos e estudando o mercado imobiliário da capital, percebi que esta seria uma boa área para investimento e que me traria um bom retorno financeiro”, relembra.

Depois de estudar muito e aprender o funcionamento do mercado imobiliário retirou o dinheiro que havia poupado e investiu na compra do seu primeiro apartamento. A partir daí, passou a ter duas fontes de renda, a do seu trabalho como Policial Militar e de negociar a compra e venda de imóveis. “_Jamais pensei em deixar de ser Policial Militar, tenho muito orgulho dessa profissão, precisava ter uma outra fonte de renda e consegui conciliar as duas coisas."

Trabalhou 24 anos na Polícia Militar atuando durante todo esse período na cidade de São Paulo. Entre as principais ações em segurança pública, destaca a sua atuação no policiamento ostensivo, policiamento de trânsito e policiamento comunitário que trabalha em parceria com a comunidade para melhorar a segurança pública e a qualidade de vida da população. Atuou em diversas operações de combate ao crime.

Participou do Programa Educacional de Resistência às Drogas (PROERD) um projeto de caráter social preventivo, posto em prática pela Polícia Militar, junto com crianças e adolescentes na faixa de 12 a 14 anos de idade.

Sempre gostou de particar esportes e participou de várias maratonas, sendo inclusive, premiado em várias delas.








Em 1992, mudou-se com a família para Indaiatuba e recebeu o convite em 1996 para ser o vice-prefeito em uma chapa, mas recusou porque exercia seu ofício dentro da Polícia Militar. Passou para a reserva como Major da PM no ano de 2000.

Tem como hobby andar à cavalo.


O prefeito número 1 do Brasil

Ingressou na vida pública em 1998 como candidato a deputado estadual, obtendo 22.500 votos e ficando como 3º suplente. Foi eleito vereador do município de Indaiatuba em 2000, sendo presidente da Câmara dos Vereadores no primeiro biênio de seu mandato. Nesse período, implantou o Plano Diretor da cidade.


Em 2004, foi eleito prefeito de Indaiatuba exercendo sua gestão de 2005 a 2008. Durante seu mandato, o município foi considerado a cidade número 1 do país em qualidade de vida, medido pelo índice Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). José Onério recebeu por duas vezes o prêmio Selo Sebrae Prefeito Empreendedor “Mário Covas” e foi o único prefeito que ganhou o prêmio Parceiro da Paz e da Sustentabilidade, outorgado pela Internacional Global Water Coalition (IGWC).


“_Fizemos uma boa administração em Indaiatuba, baseada no desenvolvimento e investimentos que realmente melhorassem a qualidade de vida da população. É um grande orgulho e prestígio saber que esse trabalho foi reconhecido e que a cidade foi considerada a número 1 do país durante a nossa gestão."


“_Ingressei na vida pública porque vi que poderia ter condições de ajudar mais pessoas através da política e fui construindo uma história, sendo primeiro vereador, depois prefeito. Hoje sei que tenho condições de aspirar novos cargos públicos porque conheço o trabalho do legislativo e do executivo”, explica.


Atualmente, José Onério é membro da executiva estadual do PPS (Partido Popular Socialista) e preside o diretório municipal do PPS de Indaiatuba. Se eleito, pretende ampliar todo o trabalho realizado em Indaiatuba para o estado de São Paulo. “_Como deputado federal, quero legislar pelo país colaborando com as melhorias da qualidade de vida de nossa população e destinar recursos para o desenvolvimento dos municípios do nosso estado”.


Para encerrar, este blog colocou como pauta o assunto "História de Indaiatuba". Entre outras ações práticas, José Onério citou que foi em sua gestão que o Casarão do Pau-Preto sofreu uma restauração importante, o que viabilizou que se tornasse sede da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba, e ao mesmo tempo do museu e da biblioteca. Também lembrou que viabilizou o processo de tombamento de patrimônios históricos de nossa cidade, reinvidicação que era antiga da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba.

Apesar de não ser natural de Indaiatuba, José Onério sente um carinho grande por Indaiatuba e pela história de nosso município. “_Indaiatuba é uma cidade que mora no meu coração, tenho muito orgulho de ter sido prefeito deste município que tem uma história de desenvolvimento de muita luta”.


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Colaboraram:  Danila Silveira e José Onério da Silva, a quem agradeço a confiança em compartilhar informações e imagens.
As imagens deste post são de arquivo pessoal e  foram cedidas exclusivamente para os fins citados.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Pequena biografia do Dr. Túlio



O médico ginecologista e obstetra - que também atualmente é vereador - Túlio José Tomass do Couto, o Dr. Túlio (46) é candidato a Deputado Estadual pelo Partido Popular Socialista - PPS com o número 23233, fazendo dobradinha com o ex-prefeito de Indaiatuba José Onério.



 Dr. Túlio nasceu em Itararé (SP) no dia 12 de março de 1964.



 

É filho de Shirley do Couto e Getúlio Tomass do Couto. Ao falar sobre as influências mais significativas de seus pais, Dr. Túlio refere-se à D. Shirley como uma mãe dedicada, que sempre demonstrou imenso amor pelos filhos. Ao falar do pai, afirma que admira os seus princípios morais e a seriedade dele no trabalho.


Dr. Túlio é irmão de André, dentista que mora em Mogi Guaçu, de Leyge, que é biomédica e mora na Escócia e de Aline, que atualmente cursa Fisioterapia.
    









Da infância normal que teve entre os irmãos e primos, a lembrança mais antiga do Dr. Túlio é de seu avô, que o levava na Igreja e que faleceu quando ele tinha apenas oito anos de idade. "É muito marcante também a lembrança da família reunida nas festas de Natal e Ano Novo", relembra Dr. Túlio.









Desde criança gosta muito de ouvir música, e quanto não estava estudando, sua brincadeira preferida era jogar bola, além de brincar que era médico.


Com 15 anos, Dr. Túlio foi morar com os tios em Campinas, porque os pais achavam que ali ele teria acesso a escolas melhores e, por consequencia, poderia frequentar uma faculdade melhor. Após um ano com os tios, foi morar sozinho e, aos poucos foi naturalmente se afastando dos pais, encontrando-os nas marcantes festas de fim de ano e nas férias. Hoje reconhece que sente falta de ter estado mais tempo com eles, porém na época e para seus objetivos, não tinha como ser diferente.




Até aproximadamente 20 anos, lutava judô e jogava bola, mas uma lesão no joelho o obrigou a parar com as duas atividades.





Desta época, lembra-se com orgulho de um episódio de superação. "_ Quando eu estava no 2° ano do ensino médio (antigo 2° colegial) meu professor de química do Colégio Pio XII, em Campinas, disse que eu devia procurar outra instituição de ensino, pois como eu estudava anteriormente em uma escola pública do interior (Itararé), não teria base suficiente para acompanhar a turma. Na primeira prova aplicada por esse mesmo professor, tirei a melhor nota da sala."



Embora admita não ter sido um aluno muito aplicado, reconhece que sempre teve muita facilidade para aprender e concentra-se com dedicação quando enfrenta desafios. "_ Me desdobro para atingir meu objetivo, como quando prestei vestibular e fui aprovado em 17° lugar para o curso de medicina da UNICAMP, em 1983". Foi assistindo a um parto no quarto ano do curso de Medicina de uma das melhores universidades do pais que Túlio decidiu pela carreira de ginecologia e obstetrícia. Durante a faculdade, conta que muuita gente não colocava fé nele, mas passou em primeiro lugar na residência mais disputada da Unicamp, "com a nota mais alta dos concorrentes".

Foi no último ano de UNICAMP que Túlio veio trabalhar como plantonista no Hospital Santa Inês (na época, SAMIL), em Indaiatuba e logo em seguida foi aprovado em um concurso público da Prefeitura Municipal de Indaiatuba. Por fim, decidiu-se por abrir seu próprio consultório - a Femina, em companhia do Dr. Hilário e a Dra. Hellen. Juntos, os três começaram a investir na melhoria da clínica, agregando outros profissionais competentes (como mastologistas, laparoscopistas e ecografistas) e equipamentos adequados para formar uma das clínicas mais requisitas e respeitadas da cidade com foco na saúde da mulher. Há 12 anos estão juntos e a pouco tempo mudaram-se para instalações maiores e melhores.

Fez grandes amigos, cita com carinho o Dr. Fernando Costa. Foi Coordenador da Saúde da Mulher na Secretaria da Saúde da Prefeitura Municipal de Indaiatuba nos primeiros mandatos do atual prefeito Reinaldo Nogueira Lopes Cruz, onde sua dedicação e preocupação com Políticas Públicas relacionadas à Saúde da Mulher se intensificou. "Sempre procurei me especializar, estar alinhado com a tecnologia de ponta e tentar implementar ações com mais eficácia."


Tem muita fé. Pensa que "_ todas as religiões e manifestações de fé merecem respeito. Acho muito difícil passar pelas dificuldades e provações da vida sem ter muita fé em Deus. Procuro aplicar no meu dia-a-dia os ensinamentos que os evangelhos nos trazem, principalmente o que diz que devemos “amar uns aos outros”.

Casou-se com a também médica Dra. Aychi, com quem tem duas filhas, Camila e Izabela.
























Dr. Túlio avalia que toda a sua vida passada acabou influenciado sua escolha pela (também) carreira política. Injustiças e desigualdade social sempre o indignaram desde criança e talvez isso também o tenha influenciado para escolher inicialmente a carreira de médico: "_ Hoje, como médico e político, procuro ajudar as pessoas".  Considera que são dois "ofícios" diferentes, mas que o levam ao mesmo fim.

"Dentro da realidade em que vivemos, considero que sem maldade ou ganância, nenhum sonho é impossível" , diz Dr. Túlio, sobre o futuro.

Perguntado sobre três prioridades que prentende fazer em nossa cidade, se eleito, respondeu que: (1) "_ Vou colaborar para que toda a estrutura hospitalar da região tenha um avanço significativo em número de leitos e qualidade no atendimento; (2) lutarei também por uma melhoria global das condições das polícias civil e militar e da Guarda Municipal. (3) É importantíssimo também oferecermos educação de qualidade às crianças, um processo que pode ser iniciado com a municipalização do ensino fundamental de Indaiatuba e região e também com investimentos para que todas as escolas públicas passem a funcionar em período integral. "

Por último, perguntei se eleito, como poderia agir para auxiliar a história, a memória e o patrimônio de Indaiatuba (afinal eu não sou de ferro, né gente, como historiadora, tenho que puxar sardinha para ao meu prato...). Dr. Túlio confessou que nunca gostou lá muito de História e só começou a estudar mesmo "prá valer" na preparação para o vestibular. Mas teve a oportunidade de conhecer outros países e culturas e hoje diz ter plena consciência de que a preservação dos patrimônios históricos e culturais de qualquer cidade ou país, além de nos ajudar a entender a realidade atual, é fundamental para o desenvolvimento de uma nação (ufa! - expressão minha, não dele).

E concluiu: "_ Conhecendo a História, evitamos cometer os mesmos erros já cometidos no passado. A melhor maneira de agir é buscar investimentos e apoiar todas as iniciativas que preservem nossa história e nosso patrimônio histórico."

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Colaboraram:  Bruna Nogueira do Couto, Darlene Ribeiro e Túlio José Tomass do Couto, a quem agradeço a confiança em compartilhar informações e imagens.

As imagens deste post são de arquivo pessoal e cedidas exclusivamente para os fins citados.

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