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sexta-feira, 12 de junho de 2020

O jogo dos 7 erros - Casarão Pau Preto

A imagem pode conter: atividades ao ar livre, texto que diz "JOGO DOS 7 ERROS 妙"


Casarão Pau Preto
Foto antiga – Ruas de terra
Foto recente – Rua pavimentada com paralelepípedo

Foto antiga – Construção um pouco danificada
Foto recente – Construção com uma nova pintura após o restauro de 2014.

Foto antiga – Calçada estreita
Foto recente – Calçada larga

Foto antiga – não havia Portão na Tulha
Foto recente – Portão na Tulha

Foto antiga – A tulha do Casarão Pau Preto tinha dois andares
Foto recente – O andar de cima da Tulha foi demolido restando apenas um andar

Foto antiga – Sem iluminação
Foto recente – com redes elétrica e iluminação.

Foto antiga – Sem plantação de árvores na frente
Foto recente – árvores e bancos na frente do casarão.


terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Jardim Pau Preto completa hoje - 07 de janeiro - 60 anos

Hoje, dia 07 de janeiro de 2020 o Jardim Pau Preto completa 60 anos.

Foi no dia 07 de janeiro de 1960 que o bairro foi registrado no Cartório de Imóveis, no Contrato Padrão de Loteamento de 07/01/60 e Certidão inscritos no. 62 , folha 247/248, arquivado no Cartório de Itu, segundo busca de arquivistas do Arquivo Público “Nilson Cardoso de Carvalho” da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba feita em agosto de 2019, pesquisa corroborada com a Secretaria Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Engenharia de Indaiatuba.

“O bairro Jardim Pau Preto é um dos mais tradicionais e importantes bairros da cidade” afirma Marcel Sinocca em texto publicado no Jornal Indaiatuba News em 29 de maio de 2014 com o título “Pau Preto e as histórias da fazenda que virou um dos mais tradicionais bairros da cidade”



A História de Indaiatuba, a Fazenda Pau Preto e o bairro Jardim Pau Preto
“O povoado de Indaiatuba foi primeiramente um dos bairros rurais da Vila de Itu, ponto de passagem de tropas nos caminhos para o sul e para as Minas de Cuiabá e Goiás. O arraial aparece como Indayatiba já nos registros do censo de 1768, com uma pequena população que vivia, sobretudo, de suas roças de milho e feijão. Esse arraial também é citado como Cocaes, por causa dos seus campos de palmeiras Indaiá. Nessa época o governo da Província de São Paulo implementou uma vigorosa política de incentivo à produção de açúcar para exportação, e Indaiatuba viu crescer o número de seus engenhos de tal modo que, por volta de 1850, já não havia aqui um só córrego com queda suficiente para mover uma roda d'água que não tivesse já a sua "fábrica de fazer açúcar". Em torno das fazendas de açúcar foram se fixando, desde o final do século XVIII, pessoas que viviam do comércio e da fabricação artesanal de produtos para os habitantes próximos. Mais tarde, na segunda metade do século XIX, o café substituiu o açúcar como principal produto de nossa agricultura de exportação. A história política de Indaiatuba inicia-se com a ereção de sua capela curada, através da doação de alguns imóveis feita à capela, por Pedro Gonçalves Meira  [e seu irmão, Joaquim Gonçalves Bicudo] em 1813. Por esse gesto Pedro é [pode ser] considerado o fundador de nossa cidade. Ter sua capela curada possibilitou ao pequeno bairro ser o centro civil local, uma vez que, a partir daí, puderam ser feitos nessa igreja os batismos, casamentos e sepultamentos, tanto da população próxima como dos habitantes dos bairros rurais vizinhos.  Um fato curioso é de que a primeira padroeira dessa capela foi Nossa Senhora da Conceição. Após a morte de Pedro, seu irmão Joaquim passou a cuidar dessa capela e, devoto de Nossa Senhora da Candelária, transformou-a em sua padroeira. Essa capela, ampliada e reformada, é a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária. É uma das poucas igrejas construídas em taipa de pilão no interior de São Paulo ainda existentes, e um belo exemplo da arquitetura religiosa colonial paulista. Em nove de dezembro de 1830 Indaiatuba tornou-se, por decreto do Imperador, sede de uma das Freguesias da Vila de Itu, englobando também os bairros de Itaici, Piraí, Mato Dentro e Buru. Em 1835 havia na sede da Freguesia, Indaiatuba, 142 habitantes, em Mato Dentro eram 454, em Itaici 625 e, em Pirahy, 805 habitantes.  Sua elevação à condição de Vila ocorreu em 24 de março de 1859. Com esse novo estatuto Indaiatuba ganha autonomia política em relação a Itu, passando a ter sua própria Câmara de Vereadores. A Câmara é, desde o período colonial até o final do Império, responsável pelo poder político local no Brasil. A função de Prefeito só passará a existir a partir da República. Em torno da Matriz foram sendo construídas as residências urbanas dos fazendeiros da Freguesia, hoje já demolidas, e em redor as casas de comerciantes, artesãos e trabalhadores livres. De acordo com registros históricos documentados, o início da construção da capela, que hoje é a Igreja Matriz, começou em 1807, mas como precisou ser demolida em 1838, pois era de pau-a-pique, uma nova estrutura começou a ser construída e só foi concluída no ano de 1863.  Pelo bairro que circunda a Matriz, prédio históricos podem ser encontrados: logo atrás da igreja, o prédio de uma antiga Fazenda Pau Preto, que inspirou o nome do bairro -  foi conservado e hoje abriga a sede da Fundação Pró-Memória e o Museu do Casarão Pau Preto.  O Casarão Pau Preto foi construído no início do século 19 para ser sede dessa fazenda - sendo utilizado em sua estrutura pedras e paredes de pau-a-pique, sendo referência arquitetônica histórica e cultural. 


Da então Matriz Nossa Senhora da Candelária o Centro Urbano se expandiu para Norte e Leste. A parte Oeste, onde se localizava a já citada Fazenda Pau Preto começou a ser ocupada a partir da década de 1960:
“Mudamos para o bairro em 1966. O bairro tinha pouquíssimas casas. Não se andava nas ruas, cortava-se caminho para chegar ao Centro pelo meio dos terrenos.”


Imagem do Casarão Pau-Preto em foto de 1940






Origem do Nome
Já em meados do Século XIX o nome “Pau Preto” aparece nos testamentos da Família Bicudo, cujo um dos integrantes foi o fundador oficial, Pedro Gonçalves Meira. Com base nesses documentos e nas memórias transmitidas por via oral, há três vertentes que justificam o nome do bairro, sendo que - certeza se tem - apenas que o nome derivou da época em que era uma grande fazenda de cana-de-açúcar com trabalhadores negros escravizados. São as seguintes:
  1. O nome “pau preto” pode ter advindo da presença, na propriedade de um (ou mais) jacarandá-da-Bahia (Dalbergia nigra) também chamado caviúna, graúna, jacarandá-cabiúna, jacarandá-preto, jacarandá-una ou pau-preto;
  2. Pode ter advindo de um pelourinho que, após a tortura de um (ou mais) escravo, teria ficado com sangue que, com o tempo, enegreceu, passando a ser chamado de “pau-preto” ou;
  3. Pode ter havido, no local, uma árvore ou toco queimado (por raio ou outra origem do fogo), dando, o carvão, a origem para o nome “pau preto”.
Considerando que os elementos da natureza ou marcos feitos pelo homem com grande representatividade para a comunidade deram (e ainda dão) nomes há vários locais, as três teorias podem ser verdadeiras e até complementares, mas pelas pesquisas feitas até hoje, não se pode afirmar qual é a verdadeira. Por enquanto, a História registra as três possibilidades, inclusive acatando a memória transmitida de pai para filho.

Através da Lei n° 7.219, de 14 de outubro de 2019, o vereador Alexandre Carlos Peres o Dia do Aniversário do bairro Jardim Pau Preto foi reconhecido e a data foi inclusa no Calendário Oficial do Município de Indaiatuba. (Veja a lei aqui).

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  Cópia do Texto de Marcel Sinocca publicado no Jornal Indaiatuba News em 29 de maio de 2014 com o título “Pau Preto e as histórias da fazenda que virou um dos mais tradicionais bairros da cidade”.

Dia do Jardim Pau Preto - CONVITE






sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Unidades Hidrográficas de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo

Abaixo você vê o mapa das Unidades Hidrográficas de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo.

O arquivo original para download você pode obter aqui no site do IGC - Instituto Geográfico e Cartográfico.

Uma atividade criativa para as crianças pintarem e, ao mesmo tempo, memorizarem as regiões de forma divertida.




segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Nossa Senhora Candelária

 Texto de Maria Luisa da Costa Villanova
Historiadora pós-graduada em arqueologia.


Próximo às comemorações da a Nossa Senhora Candelária, padroeira da nossa cidade, nada melhor que saber alguma coisa sobre ela.

A devoção a Nossa Senhora da Candelária, uma das diversas denominações da Virgem Maria, tem seus principais fiéis entre portugueses e brasileiros, embora tenha se originado nas Ilhas Canárias, pertencentes à Espanha.

A festividade das Candeias (ou das Candelárias) ocorre quando passados quarenta dias após o Natal. Tradicionalmente, o termo "Candeias" ou "Candelárias" faz referência à prática na qual o sacerdote, no dia 2 de fevereiro, abençoa as velas utilizadas nos serviços religiosos do ano todo, algumas das quais são distribuídas entre os fiéis para uso doméstico.

Na liturgia, no dia 02 de fevereiro é celebrado um episódio da infância de Jesus. Este episódio foi descrito no evangelho de Lucas 2:22-40, quando Maria e José levaram Jesus para o templo de Jerusalém, quarenta dias depois de seu nascimento, para completar o ritual de purificação de Maria após o parto e para realizar a redenção do primogênito. Como indica o livro de Levítico 12:1-4 este evento deve se realizar quarenta dias após o nascimento de um menino, daí a apresentação ser celebrada quarenta dias depois do Natal.

Em Portugal, no dia 02 de fevereiro festeja-se Nossa Senhora das Candeias ou Nossa Senhora da Luz, que era tradicionalmente invocada pelos cegos. Na tradição popular local, o estado do tempo neste dia condiciona o tempo para o resto do inverno. Dizendo-se "Nossa Senhora a rir, está o Inverno para vir. Nossa Senhora a chorar está o Inverno a passar." Quer isto dizer que se no dia estiver sol, ainda virá muito "Inverno", se no dia estiver chuva, o inverno já passou.

Segundo uma lenda registrada por Fray Alonso de Espinosa em 1594, uma estátua da Virgem Maria carregando uma criança em uma mão e uma vela verde no outro, foi descoberta na praia de Chimisay (Guímar, Tenerife, nas ilhas Canárias) por dois pastores Guanche (povo nativo das Ilhas Canárias) em 1392. Um dos pastores tentou jogar uma pedra para a estátua, mas o braço estava paralisado, e o outro tentou esfaquear a estátua, mas acabou esfaqueando a si mesmo. Pastores advertiu rei Guanche local e eles voltaram para a imagem, mas desta vez, com reverência e temor e seus ferimentos ficaram saudáveis​​.

Alguns anos mais tarde a estátua foi roubada pelos espanhóis, mas devolvida, pois uma peste ocorreu no local, atribuída ao roubo. Hernán Cortez levava em seu pescoço uma medalha da santa, demonstrando a devoção dos espanhóis por ela, o que talvez explicasse à devoção a santa no Peru.



Imagens de Nossa Senhora da Candelária na cidade de Candelária, em Tenerife (nas Ilhas Canárias)

Em Indaiatuba, a devoção a padroeira parece ter chegado por intermédio de Joaquim Gonçalves Bicudo, protetor da capela no caminho entre as vilas de São Carlos (hoje Campinas) e Ytú (hoje Itu) na margem direita do rio Jundiaí, ao redor da qual surgiria a cidade por volta de 1810. Duas décadas mais tarde, em 09 de Dezembro de 1830, é criada a paróquia Nossa Senhora Candelária, juntamente com a Freguesia (menor divisão administrativa na época do Império) de Indaiatuba.

A construção da Igreja Matriz é iniciada em 1807, no mesmo lugar onde teria sido antes a capela e só foi terminada em 1863.


Nessa época, Indaiatuba possuía três ruas e quatro travessas: rua Nossa Senhora Candelária (hoje rua Candelária), rua da Palma (atual rua XV de Novembro), rua da Constituição (atual rua Pedro Gonçalves), rua das Flores (hoje rua Pedro de Toledo), rua São José (hoje rua Dom José), rua Direita (atual rua Augusto de Oliveira Camargo) e rua do Comércio (hoje rua 7 de Setembro) onde viviam apenas 142 habitantes, mais 2.026 espalhados pela redondeza e cerca de 2.500 escravos, totalizando 4.526 habitantes.

Nossa Igreja Matriz da Candelária é uma das poucas sobreviventes construídas em taipa-pilão. Este era o sistema de construção dominante no planalto paulista até fins do século XIX e consistia em socar camadas de terra úmida entre formas de madeira (taipas).


Antiga "Rua Direita", que hoje se chama Rua Augusto de Oliveira Camargo

Bibliografia:

- CARVALHO, Nilson Cardoso de. A Paróquia de Nossa Senhora da Candelária de Indaiatuba. São Paulo: Fundação Pró-memória de Indaiatuba, 2004.
- MARINHO, Martha de Andrade Barbosa. 1ª ed. Uma aventura na Terra dos Indaiás: história de Indaiatuba para jovens leitores. Itu. Rotary Club/ Editora Ottoni, 2003.
- SAMPAIO, Syllas Leite e SAMPAIO, Caio da Costa. Indaiatuba – sua história. Indaiatuba. Rumograf. 1998. P. 129-131.
- SCACHETTI, Ana Ligia. O oficio de Compartilhar histórias: história e memória de Indaiatuba sob a perspectiva de uma periodista. Indaiatuba. Fundação Pró-Memória de Indaiatuba. 2001. P. 92,93.
- ZOPPI, Antonio. Reminiscências de Indaiatuba. Indaiatuba. Fundação Pró-Memória de Indaiatuba. 1998. (Coleção Crônicas Indaiatubanas,vol 1).
http://www.corazones.org/maria/candelaria.htm
http://www.nscandelaria.com.br/paroquia/historico.html


domingo, 28 de junho de 2015

Casarão é retratado por participantes da "Oficina do Patrimônio"

Neste sábado, dia 27 de junho de 2015 foi realizado, no Casarão Pau Preto, o primeiro dia de trabalhos da Oficina do Patrimônio organizada pela Fundação Pró-Memória de Indaiatuba em parceria com a Unicamp denominada "Educação, Patrimônio e Meio Ambiente" ministrada pelo Professor Doutorando André Graziano da Faculdade de Educação da Unicamp.

O objetivo desta oficina é apresentar conceitos básicos e históricos sobre o nascimento dos jardins e do paisagismo, com ênfase especial em sua formação, evolução formal e características, visando aplicações educacionais no ensino fundamental e médio. Para começar a cumprir este objetivo teórico, na manhã de hoje o professor Graziano começou a discorrer sobre a história de grandes jardins, desde o Éden bíblico, até os jardins de Burle Marx, passando por todos os jardins de destaque de grandes civilizações, inclusive as pré-colombinas, destacando estilos e profissionais considerados relevantes.

Em seguida, os participantes da oficina partiram para uma atividade prática no páteo no Casarão Pau Preto. O desafio era que cada participante gerasse um registro do local, a partir de uma planta, utilizando todos os seus sentidos possíveis. O objetivo era iniciar a percepção que cada um têm daquele local para buscar dar abertura à discussão de aspectos urbanísticos que permitam uma compreensão dos conceitos de espaço e paisagens urbanos. 

Pela qualidade dos registros gerados pelos participantes, tem-se a noção do quanto a sensibilidade de cada um foi aflorada pela condução da aula do professor, como também, pela exposição espontânea do talento e habilidades da grande maioria. Veja!
















































A oficina terá outras aulas práticas: no Jardim Botânico Plantarum em Nova Odessa, nos Parques Urbanos e Pinacoteca em São Paulo e no Parque Ecológico de Indaiatuba.

Participando de todas as atividades, os alunos, grande parte deles arquitetos e estudantes de arquitetura da CEUNSP, estarão capacitados para utilizar definições relativas ao espaço urbano, a paisagem e aos espaços livres de edificação, além de tópicos da história do paisagismo nacional e internacional até a contemporaneidade. A Oficina dará ainda, como parte do conteúdo, foco nos jardins botânicos como mantenedores de patrimônio sociocultural e de biodiversidade da humanidade.


quarta-feira, 27 de julho de 2011

Arqueologia Digital: o prédio da antiga Cadeia e Câmara Municipal de Indaiatuba

As imagens abaixo foram capichosamente feitas pelo arquiteto Charles Fernandes charlesarquiteto@terra.com.br com base em fotografias do antigo prédio da Câmara Municipal e cadeia de Indaiatuba, que existia bem no centro da atual Praça Prudente de Moraes.

O estudo está disponibilizado em um álbum virtual no perfil de Charles no Facebook, de onde ele autorizou a divulgação neste blog.

Através de uma imagem antiga e de análises que Charles chamou de "arqueologia digital", ele tirou as seguintes conclusões sobre o prédio:










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