sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Minha Antiga Cidadezinha

MINHA ANTIGA CIDADEZINHA

Archimedes Prandini
Oh! que saudades dos tempos,
Da minha antiga cidade.
Daqueles verdejantes campos,
Onde havia frutas em quantidade.

Oh! que saudades da escola,
Daquelas professoras e professores.
Lutavam com paciência e amor,
Pois eram uns sofredores.
Havia alguns alunos indisciplinados,
Mas foram perdedores.

Oh! que saudades do lugar,
Onde jogávamos futebol.
Era todo rodeado de arvores,
Não chegava nem um pouco de sol.

Oh! que saudades dos cinemas,
Daqueles antigos farvestões.
Pois as atrações não são as mesmas,
Que sentimos quando éramos molecões.

Oh! que saudades do antigo futebol,
Daqueles dinâmicos futebolistas.
Pagavam para jogar , tinham amor,
E na pelota, alguns eram malabaristas.

Oh! que saudades dos tipos populares,
Daqueles coitados que a todos divertiam.
Alguns não possuiam seus lares,
E por aquele motivo muito padeciam.

Oh! que saudades do antigo chafariz,
É daqueles carrinhos de mão.
Pois baldeavam aquela pura água,
Por aquele longo subidão.

Oh! que saudades das festas antigas,
Era o Largo das Caneleiras
Daquelas melodias e velhas cantigas,
Que cantavam a semana inteira.

Oh! que saudades dos sábados de aleluia,
Do pau de sebo, do judas, da molecada.
Todos queriam subir primeiro,
Tinha dinheiro, salame, pão e marmelada.

Oh! que saudades eu tenho,
Daquelas antigas procissões.
Daquelas divertidas quermesses,
E dos engraçados sacristões.

Oh! que saudades das torneias,
em algumas esquinas existiam.
 Havia briga e brincadeiras,
Alguns não gostavam,
Mas outros se divertiam.

Oh! que saudades das serenatas,
Daqueles inspirados seresteiros.
Daquelas divertidas tocadas,
E dos bailinhos em terreiros.

Oh! que saudades daqueles sambas de pretos,
Nas vésperas de treze de maio realizavam.
Dançavam e cantavam a noite inteira,
Zabumbas, tamborins, guaias, reco-reco tocavam.

Oh! que saudades das palmeiras,
Que no largo da Matriz existiam.
Eram lindas e altaneiras,
Perto da padroeira viviam.

Oh! que saudades do toque de recolher,
As 21 horas, o sino da cadeia soava.
 A patrulha saia pelas ruas percorrer,
E todos, o regulamento respeitavam.

Oh! que saudades dos tabuleiros,
Eram cocadas, queijadinhas, e pastelões,
Gostosos e caprichosamente preparados,
E se comia de tudo por alguns tostões.

Oh! que saudades da bandinha,
Tocavam em frente ao Cine Internacional.
 Eram dobrados, maxixes, polcas, valsinhas,
Para o povo entusiasmar.

Oh que saudades,
Das histórias de assombração.
Que eu com outros ouvia-mos.
De um bondoso preto já ancião.

Oh! que saudades,
De velhos indaiatubanos.
Eram um caboclos bondosos,
 Muitos já morreram há anos.

Oh! que saudades da cadeia,
Na Praça principal.
Pois nos dias de retrata,
Os presos gostavam de escutar.

Oh! que saudades,
Do velho grupo Escolar,
Ficava perto da Matriz,
 Aquele casarão quase secular.

Oh! que saudades,
Do Corintians e Indaiatubano.
Eram esforçados clubes de futebol,
Que existiam há muitos anos.

Oh! que saudades,
Daquele velho sanfonista.
Tocava no Cine Recreio,
Com o juvenal clarinetista,
E que apesar de cego, era artista.

Oh! que saudades, do centenário da cidade,
Foi em mil novecentos e trinta.
Eu contava treze anos de idade,
As festas duraram alguns dias,
Pois a cidade se engalanou.
Muita música, rojada, quermesse, alegria,
Por muitos anos na lembrança de todos ficou.

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Archimedes Prandini, nascido em Indaiatuba ao 12 de maio de 1917 e falecido aos 15 de julho de 1994, teve como pai o Sr. Humberto Prandini e como mãe a Sra. Maria Lui Prandini. Foi casado com a Sra. Maria do Carmo Peres Prandini com quem teve 3 filhos, Benedita Rosa Prandini Lui, Archimedes Prandini Júnior e Célia Regina Prandini Juni. Foi carcereiro policial em Indaiatuba por mais de 40 anos. Nomeado interinamente em 14 de agosto de 1946, assumiu o exercício em 17 de outubro de 1946, tendo sido empossado pelo Dr. Israel Alves dos Santos Sobrinho e aposentou-se em 11 de setembro de 1981. Mas sua verdadeira vocação era a arte: era poeta, cronista, músico, ator, ventríloquo, contorcionista, entre outros. Também foi alterofilista e boxeador.

Para saber mais sobre Archimedes Prandini, leia:

"O Homem dos Sete Instrumentos", texto de Rubens de Campos Penteado, página 25 do livro "Gente da Nossa Terra, Terra da Nossa Gente".

"Arquimedes Prandini", texto de Sylvia Teixeira de Camargo Sannazzaro, página 190 do livro "O Tempo e a Gente".

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Aspectos da Geologia de Indaiatuba (2)

As unidades litológicas da estrutura geológica de Indaiatuba são caracterizadas a seguir, no que diz respeito às áreas de ocorrência, direção de estruturas, rochas e sedimentos mais comuns e suas utilizações possíveis (1):
a) Gnaisses do Complexo Amparo: A ocorrência destas rochas abrange uma área relativamente pequena de 12Km2, à leste de Indaiatuba, próxima à bacia de drenagem dos rios Jundiaí e o córrego da Fonte (ou Santa Rita) e do limite com o município de Itupeva. Ocorrem mais frequentemente a biotita (mica) gnaisses, gnaisses migmatíticos e secundariamente a biotita (mica) e xisto, rocha metamórfica cristalina, diferenciada dos gnaisses por uma textura mais fina e predomínio de elementos mineralógicos, lamelares e micáceos. Os gnaisses têm sua utilização dependente essencialmente da textura, estrutura e constituição mineralógica. De um modo geral são inferiores às rochas eruptivas como os granitos, dionitos e outros, mas superiores aos xistos.
b) Granitos Róseos da Fáceis de Itu: Estas rochas eruptivas ocorrem a leste e sudeste do município de Indaiatuba, penetrando no município de Itupeva e a sudeste e sul, no município de Salto, abrangendo uma área de cerca de 60km2. Apresentam corpos graníticos e granodioríticos, de granulação fina e grossa, de cores rosáceas bens aceitos como material de pavimentação e mesmo trabalhos ornamentais. Tem, devido à sua composição mineralógica, reduzida resistência a oscilações rápidas de temperatura. Os dioritos têm granulação média, textura holocristalina e cor escura, sendo seus componentes essenciais o feldspato calco-sódio, hornblenda, mica e augita; têm boa resistência ao intemperismo. Os solos resultantes da alteração das rochas graníticas constituem os "saibros", considerados excelente material para o revestimento de estradas secundárias.
c) Siltitos, Folhelhos e Arenitos da Formação Itararé: As rochas sedimentares da Formação Itararé ocorrem em grande extensão do município de Indaiatuba, próxima de 200km2, alcançando os limites com os municípios de Campinas, Salto e Elias Fausto. Resultaram da consolidação de siltes, argilas e areiais. Como rochas sedimentares, provêm da deposição e ação diagenética dos detritos oriundos da destruição de outras rochas. Junto ao Córrego Barnabé constatam-se em pequena área os soltitos, folhelhos e arenitos, em vários pontos de ocorrência, presumindo-se que as respectivas superfícies de contato são do tipo abrupto. É oportuno lembrar que, da alteração dos siltitos, resultam solos de grande aplicação na indústria cerâmico-oleira.
d) Sedimentos Aluvionares e Coluvionares: Este material resulta da ação titogenética de transporte e sedimentação das águas correntes. Redundam, em última análise, da erosão ou desgaste do relevo terrestre, podendo esta ação ser mais profunda, dando lugar à formação de valores e sistemas hidrográficos ou pode, sob forma de denudação, ativa apenas durante a chuva, restringir-se ao desgaste superficial. Esta última modalidade, conquanto de efeito lento e raras vezes perceptível durante o curto período da vida humana, é responsável, entretanto, por um abaixamento apreciável do escudo continental no correr dos tempos geológicos.

Vê-se, portanto, que os sedimentos aluvionares e coluvionares pela sua formação geológica estão intimamente vinculados às bacias do sistema hidrográfico da região. No caso particular de Indaiatuba, verificam-se ocorrências significativas na calha do Rio Jundiaí, sendo uma na confluência com o Córrego da Cachoeira, com aproximadamente 1,5 Km2 e uma segunda, com cerca de 8,0 Km2, que se desenvolve deste Itaici até a divisa ao sul com o município de Salto. Encontram-se ainda ocorrências no Córrego Barnabé com exposição de 0,5 Km2, no rio Capivari-Mirim, com exposição de 0,3 Km2 e no Córrego do Jacaré e Ribeirão Campo Grande, ambos afluentes da margem esquerda do Rio Capivari. Tais sedimentos são constituídos basicamente de areias não consolidadas, de granulometria variável e argilas.

Constata-se também a presença de turfa com espessura da ordem de metro, no Córrego Belchior e em afluente da margem esquerda do Córrego do Barnabé. Os solos constituintes deste item podem ser utilizados na agricultura e como material de construção.

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(1) Informações e dados retirados (parcialmente) do relatório elaborado pela Guilherme Martins - Engenharia de Avaliações S/C Ltda. no final da década de 1990.
Se você quer fazer inclusões neste texto, fazer críticas ou correções, contate elianabelo@terra.com.br

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Águas Subterrâneas em Indaiatuba

As águas subterrâneas no município de Indaiatuba são, em sua maior porção, provenientes do Aquífero Tubarão na parte central. Na parte ocidental, provêm do Aquífero Cristalino.
No Aquífero Tubarão, a profundidade dos poços varia entre 200m e 250m e a vazão entre 5 e 20m3 por hora. As águas são geralmente provenientes de lentes clássicas ou então de fraturas de diabásios, daí porque este aquífero só oferece possibilidades locais.
Na área de ocorrência do Aquífero Cristalino, a possibilidade de obtenção de água em quantidades razoáveis depende da localização de falhas ou fraturas por onde drenam e acumulam-se águas infiltradas no solo. A maioria dos poços perfurados tem profundidades entre 100m e 200m e raramente apresentam vazões superiores a 20m3 por hora, sendo mais comuns vazões inferiores, sem a ocorrência de artesianismos.
Leia mais em:

http://www.igeologico.sp.gov.br/pj_projetos_det.asp?codigo=113 http://www.cetesb.sp.gov.br/Solo/agua_sub/rede_aquiferos_tubarao.asp

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Fragmento sobre a Colonia Suiça Helvetia (2)

texto de Julio Amstalden

Durante os anos da Segunda Guerra Mundial, todas as colônias de imigrantes germânicos em solo brasileiro foram perseguidas e atentamente vigiadas.
Isso era parte das relações dúbias de Getúlio Vargas com a Alemanha nazista e com os países aliados.
Corre até hoje em Helvetia a narrativa de um fato verídico ocorrido nesse período, típico de um anedotário e que descreve bem o espírito daqueles tempos. Aconteceu que dois colonos viajavam de trem de Jundiaí para Campinas.
Como sempre acontecia quando os colonos estavam entre si, conversavam em Schwitzdütch, o dialeto germânico dos cantões alemães da Suíça, naquela época mais falado em Helvetia do que o Português (aliás, foi nesse momento histórico que as repressões forçaram o abandono do dialeto, promovendo uma ruptura com a cultura de origem daqueles agricultores). O fiscal da Companhia Paulista - que estava percorrendo os carros de passageiros - ao ouvir a conversa dos dois colonos parou ao lado deles e ordenou com autoritarismo:
- É proibido falar alemão no trem!
Os colonos então perguntaram:
- E inglês, pode?
-Ah, inglês pode, sim. Não tem problema.
Os dois colonos continuaram então a conversa em seu dialeto e o fiscal ficou feliz da vida, satisfeito com sua autoridade “obedecida”.
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(*) Julio Amstalden é educador, bisneto de Francisco Amstalden e neto de Emílio Wolf Amstalden. Ttrabalha como professor universitário na UNIMEP, leciona no CEMULC -Curso de Extensão em Música e Liturgia da Arquidiocese de Campinas e atualmente reside em Piracicaba. Gentilmente colaborou com o blog, autorizando esta publicação.
Leia mais sobre a Colonia Helvetia em: http://www.helvetia.org.br/

Fragmento sobre a Colonia Suiça Helvetia (1)

texto de Julio Amstalden (*)
Meu tio Ignaz era colono em Helvetia, onde vivia do cultivo de frutas.
A E.F. Sorocabana possuía um ramal que atravessava a colônia, sendo que a estaçãozinha desse ramal situava-se exatamente em frente ao sítio de meu tio.
Aproveitando esse fato, ele montou um pequeno armazém para servir aos usuários da estação, vendendo também bebidas e lanches. Minha tia Emília, que residia em Piracicaba, contraiu poliomielite aos 10 anos de idade. Pela proximidade a Campinas, então uma cidade de mais recursos, foi decidido que Emília iria morar com a família do tio Ignaz a fim de se tratar da doença naquela cidade. E assim foi feito.
Emília estudava em Itaici, e seguia todos os dias para a escola de trem, embarcando em Helvetia e desembarcando em Itaici.
No período em que não estava na escola, Emília auxiliava nos afazeres do armazém, que era muito frequentado pelos operários da ferrovia. Acontecia que, não raramente, os operários embebedavam-se com cachaça e acabavam dormindo debruçados sobre as mesas.
Tia Maria, esposa de Ignaz, mandava então Emília pingar gotas de limão nos ouvidos dos bêbados, pois os colonos suíços acreditavam que isso fazia a bebedeira passar.
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(*) Julio Amstalden é educador, bisneto de Francisco Amstalden e neto de Emílio Wolf Amstalden. Trabalha como professor universitário na UNIMEP, leciona no CEMULC -Curso de Extensão em Música e Liturgia da Arquidiocese de Campinas e atualmente reside em Piracicaba. Gentilmente colaborou com o blog, autorizando esta publicação.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Carnaval de Antigamente (2)

Carnaval em Indaiatuba - 1936
As crianças indaiatubanas, da esquerda para direita:
  • Anaida Quinteiro (Peres Canovas) fantasiada de ciganinha;
  • Álvaro Estevam de Araújo fantasiado de cigano e
  • Donato de Almeida fantasiado de sheik árabe (?)

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Carnaval - O Bloco Galo Carijó em 1936

No livro "Um Olhar Sobre Indaiatuba" (1), D. Sylvia Teixeira de Camargo Sannazzaro (in memorian) conta como organizou o bloco carnavalesco indaiatubano "Galo Carijó" no ano de 1936.


"Eu, Sylvia Teixeira de Camargo, ainda solteira, organizei um grupo carnavalesco...
que desfilaria pela rua da cidade ... [ uma vez que em Indaiatuba]...
não havia clube social, dançando e cantando a música do título".


Narra ainda que o bloco ensaiou a evolução no quintal da casa dela e escolheu um tecido xadrez "- inovação na época" para fazer a fantasia. Para representar o mascote do animado grupo, foi escolhido nada mais, nada menos do que uma alegoria feita de papel em alusão ao próprio homenageado Galo Carijó, personagem da música homônima de Lamartine Babo, que fez muito sucesso naquele ano e foi cantada em dez entre dez bailes de carnaval desse sexto ano da década de 30:


Có Có Có Có Có Coró
Có Có Có Có Có Coró
O galo tem saudades
Da galinha Carijó
O galo de noite cantou
Todo mundo acordou
Pra ver o que aconteceu
Nervosa, a galinha respondeu
Có Có Có Có Coró
Có Có Có Có Coró
Hoje o galo sou eu.

Na primeira fila da foto, ao alto:

1- Rubens Costa
2- Osvaldo Groff (Camarão)
3- Ary Valente
4- Lauro Steffen
5- Mauro Lyra
6- Sarah Nicolau
7- Raul Estevam
8- Julia Augusta Steffen
9- Ida Tomasi
12- Gizelda Lyra
13- Humberto Lyra Filho
14- Maria Vitória (Glória) Lyra
15- Helena Tomasi
16- Maria de Lourdes Lyra


A fotografia da imagem, feita por Valdemar Pedroso, único fotógrafo profissional da época - nos mostra o tipo de fantasia que se usava. Pela ingênua marchinha, que até hoje se toca, pelo cuidado que foi dado à apresentação - houve até ensaio (!), pela modernidade aplicada nas listras do tecido, e por outros motivos que ao olhar na foto podemos perceber e imaginar, é possível entender o sucesso que esses jovens da sociedade indaiatubana fizeram na época, "pedindo passagem" para dançar na praça, provavelmente girando em volta da Cadeia/Prefeitura (atual D. Pedro II) até os pés ficarem cheios de pó.


Creio que por esses e outros motivos podemos compreender porque o "Carnaval das Marchinhas" idealizado pelo meu amigo Antonio da Cunha Penna faz tanto sucesso, atualmente, no Indaiatuba Clube! E também termos a certeza que SAUDADE é um termo sempre atual.


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(1) Leia mais sobre o Bloco Carijó e outros fatos de Indaiatuba no livro "Um Olhar Sobre Indaiatuba" editado pela Fundação Pró-Memória de Indaiatuba em 2006. O livro também tem uma segunda edição, lançado em dezembro de 2008.

Acadêmicos do Sereno - Histórico

Imagem da Tribuna de Indaiá


A tabela abaixo mostra a história resumida da escola de samba "Acadêmicos do Sereno". São citados os enredos, o (s) autor (res) do samba-enredo e a colocação na disputa.





1977
Não havia obrigatoriedade de samba-enredo
2ª. colocada


1978
O Casamento de D. Pedro I
Autor do samba-enredo: Tião Paraquedas
Vice-campeã


1979
“O Sítio do Pica-Pau Amarelo”
Autor do samba-enredo: Reinaldo
Vice-campeã


1980
“Os 150 anos de Indaiatuba”
Autor do samba-enredo: D21Vice-campeã


1981
“Exaltação ao Sereno”
Autor do samba-enredo: Paulão Frenético
Vice-campeã


1982
“Mar, Encanto e Magia”
Autor do samba-enredo: Paulão Frenético
Campeã


1983
“A Incrível História de um País que Acreditou”Autor do samba-enredo: Paulão Frenético
Vice-Campeã


1984
“Lenda e Magia do Abaretama”
Autor do samba-enredo: Itamar Pereira
Campeã


1985
“No Balanço do Que Vem Lá”
Autores do samba-enredo: Toninho e Toninho
Campeã


1986
“Um, dois, três, era uma vez”
Autores do samba-enredo: Bazani e Serjão
Vice-campeã


1987
“Yayá do Cais Dourado”
Autores do samba-enredo: Nassi, Athayde, Lins e Sandra
Vice-campeã


1988
“Zumbi, Rei de Palmares”
Autores do samba-enredo: Bazani e Serjão
Campeã


1989
Não houve desfile de rua


1990
“Paixão do Brasileiro”
Autores do samba-enredo: Bazani, Serjão, Itamar e Paulão
Campeã


1991
“Carnaval dos Carnavais”Autores do samba-enredo: Bazani e Serjão
Não houve premiação - Carnaval não-oficial


1992
“ Sorte Tem Quem Acredita Nela”
Autores do samba-enredo: Bazani e Serjão
Não houve premiação - Carnaval não-oficial


1993
“O Amor Através dos Tempos”
Autores do samba-enredo: Vitinho, Kuka, Carlinhos e AlemãoVice-campeã


1994
“Pintando o Sete”
Autor do samba-enredo: Magriça
Campeã


1995
“Evolução é Progresso”
Autores do samba-enredo: Alemão, Daniel da Vai-Vai e Elias
Campeã


1996
“Encantos de Pindorama”
Autor do samba-enredo: Magriça
Campeã

1997
“Serenou Ginga na Laranja”
Autor do samba-enredo: Carlinhos SantistaCampeã



1998
“Segura, Peão pro Sereno ser Campeão”
Autor do samba-enredo: Magriça
Campeã


1999
“Jubileu de Prata”
Autor do samba-enredo: Du do Cavaco
Campeã


2000
“E Assim Tudo Começou...”
Autor do samba-enredo: Magriça
Campeã


2001
“Construindo Um Novo Século”
Autores do samba-enredo: Magriça e Baixinho do BanjoCampeã


2002“A Arte de se Vestir é a Extensão do seu Próprio Eu”
Autores do samba-enredo: Magriça e Baixinho do Banjo
Campeã


2003“Amazônia – Gigante Pela Própria Natureza”
Autores do samba-enredo: Magriça e Jorge Santana
Campeã


2004
“ Mascarado de Magia... O Sereno é Arte e História nos seus 30 anos de Glória!”
Autores do samba-enredo: Magriça e Baixinho do Banjo
3ª colocada


2005
“Êita Ceará Pai d Égua”
Autores do samba-enredo: Magriça e Emerson
2ª colocada


2006
“ Em Cartaz... A Sétima Arte”
Autores do samba-enredo: Magriça e Baixinho do Banjo
Campeã

2007
“Quem Não Gosta de Bicho, Bom Sujeito Não É”
Autores do samba-enredo: Magriça e Emerson
Campeã



2008
“Espelho, Espelho Meu, Nesta Avenida Existe Alguém Mais Bonito do que Eu?”
Autores do samba-enredo: Magriça e Emerson
2ª colocada


2009
“ A Arte que imita a vida ou a vida que imita a arte?”
Autores do samba-enredo: Magriça, Emerson, Royce do Cavaco e Sidão
3a. colocada

2010
“ Em verso em prosa Sereno viaja na magia de escrever em grande estilo para a avendia"
Autores do samba-enredo: (?)
Não houve premiação, segundo as demais escolas de samba participantes, foi um pedido do próprio Sereno, provalvelmente, entre outros motivos, pela diminuição da quantidade de subsídio financeiro dada pela Prefeitura (prefeito Reinaldo Nogueira).

2016
“ Preconceito"
Autores do samba-enredo: (?)
Houve competição onde os votos foram captados pela Internet e a campeã do ano foi a Imperador de Santa Cruz.







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Colaborou: Regina Bérgamo




Você tem o histórico de outras escolas e blocos de Indaiatuba? Compartilhe!!!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Carnaval de Antigamente (1)


Bloco de Carnaval de Indaiatuba em 1936. No fundo, a caixa-d´água.
Imagem cedida para ser publicada neste blog pelo:
Arquivo Público Municipal Nilson Cardoso de Carvalho
Fundação Pró-Memória de Indaiatuba.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Lançamento da "Cronologia Indaiatubana"

Doutos em psicologia dizem que para que possamos realmente entender o outro, é necessário que exerçamos a empatia, uma habilidade que poucos possuem e mais poucos ainda utilizam com frequência. Trata-se de uma ação de se colocar no lugar do outro. Com essa percepção e visão podemos tentar ter uma maior compreensão do que o outro é ou faz.



Exerçamos agora a empatia com o sr. Nilson de Cardoso Carvalho, autor do livro "Cronologia Indaiatubana", lançado ontem (18/02) pela Fundação Pró-Memória. Imagine que você passou dez anos de sua vida (no caso dele, os últimos os seus últimos) indo de arquivo em arquivo, em bibliotecas, cartórios, igrejas, casas e fazendas, buscando coletar referências históricas sobre nossa cidade de Indaiatuba.

Repito: dez anos buscando fragmentos em locais públicos e privados, com recursos próprios, com seu carro, seu dinheiro, dispondo do seu tempo. Organizando, selecionando, classificando esses fragmentos. Anotando, datilografando, digitando, guardando, cuidando, amando. Preocupando-se até o fim de sua vida com o armazenamento, preservação, disponibilização e publicação. Percebeu? Sentiu?

Haja empatia para compreender a importância do trabalho do sr. Nilson!!!!

O livro é lindo. Chiliques suspeitos vindos de mim que fiquem à parte, mas o li-vro-é -li-ndo. Bom papel, imagens inéditas, texto feito com cuidado primoroso e rigor de historiador para lá de bem formado. (E "seo" Nilson foi um pesquisador, ele não era formado em Historia!).

O conteúdo é dividido em três partes, para deleite de historiadores, memorialistas, jornalistas, preservacionistas e outros "istas" que amam nossa Indaiatuba e -não só isso, é uma excelente leitura para professores e alunos e pesquisadores da história regional. São elas:
  • Parte 1: Registros de Povoadores (a partir de 1200);

  • Parte2: A Paróquia, a Freguesia e a Vila de Indaiatuba (a partir de 1809) e;

  • Parte3: O século XX (a partir de 1901).


Arquivos:
  • Arquivo da Cúria Diocesana de Jundiaí,

  • Arquivo da Cúria Metropolitana de Campinas;

  • Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo;

  • Arquivo de José Luiz Bicudo do Valle;

  • Arquivo do Estado de São Paulo;

  • Arquivos do Museu Paulista de Itu;

  • Arquivo Público Municial de Indaiatuba;

  • Biblioteca Municipal de São Paulo;

  • Cartórios de Notas de Indaiatuba;

  • Cartórios de Notas de Itu;

  • Insituto Histórico e Geográfico de São Paulo.


Créditos de Publicação:
Adriana Carvalho Koyama e Celso Lago Paiva: organização dos originais e revisão;
Adriana Carvalho Koyama e Antonio Reginaldo Geiss: revisão;
Adriana Carvalho Koyama: Pesquisa Iconográfica;
Imagens do Acervo Público do Arquivo Municipal;
Apoio dos Amigos da Coleção Nilson Cardoso de Carvalho e
Apresentação de Marcelo Alves Cerdan.

De onde o senhor Nilson está, com certeza esteve em júbilo na noite de ontem, ao saber do carinho com que seu legado está sendo cuidado. E com certeza sua alma receberá energias de paz de cada leitor que admirará seu trabalho editado.
Encerrando a parte formal do evento, o prefeito de Indaiatuba, Reinaldo Nogueira Lopes Cruz, ao homenagear "seo" Nilson em seu discurso, em nome das autoridades presentes e de todos de Indaiatuba, referenciou-se ao trabalho realizado, não só elogiando e agradecendo, mas dizendo que ele "...não era indaiatubano, mas fez muito mais por nossa cidade do que muitos que são da terra e não fazem nada por ela." Caro Reinaldo, ou melhor (para cumprir o protocolo...) - senhor prefeito Reinaldo, eu acho que o senhor deveria abrir um departamento na prefeitura e mandar distribuir senha para um monte de gente que precisa vestir essa carapuça.
Veja fotos e leia mais sobre o evento no Blog do Marcos Kimura:
E no site da Prefeitura Municipal, onde também encontram-se belíssimas fotos do Casarão feitas por Eliandro Figueira:

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Solicitação da Construção da Estação

(recorte do jornal O Estado de São Paulo)


Em 17 de fevereiro de 1909, há exatos cem anos, a população de Indaiatuba solicitou a construção de uma estação ferroviária em nossa cidade. Vale registrar que já havia uma "estação" aqui (veja imagem abaixo, de Kelso Medici), onde hoje funciona a sede de radio-amadores, do lado do Museu Ferroviário, onde está a locomotiva número 10 da Sorocabana (e número 1 da Ytuana). 

A população pedia a construção do outro prédio (atualmente sede do museu), que foi inaugurada em 1911.


Aspectos da Geologia de Indaiatuba (1)

O professor Fernando F.M. de Almeida em seu trabalho “Fundamentos Geológico do Relevo Paulista” (1) propõe uma divisão do Estado de São Paulo em cinco províncias geomórficas:

  • Planalto Atlântico
  • Província Costeira
  • Depressão Periférica
  • Cuestas Basálticas e
  • Planalto Ocidental

O município de Indaiatuba se situa sobre a divisa de duas zonas: o Planalto Atlântico (Serrania de São Roque) e a Depressão Periférica (Zona do Médio Tietê).

Integrando o Planalto Atlântico, a Serrania de São Roque é um planalto cristalino montanhoso. Suas maiores elevações alcançam cerca de 1250m. de altitude, enquanto os soalhos de seus vales se acham geralmente entre 600 e 750 m. Na faixa noroeste da Serrania de São Roque, onde se encontra a parte oriental do município de Indaiatuba, todo o relevo perde gradualmente altura (entre 900 e 600m) até se ocultarem as rochas pré-cambrianas sob a cobertura carbonífera.

A Depressão Periférica é uma área de sedimentos paleozóicos sensivelmente rebaixada pela erosão, entre as terras altas do Planalto Atlântico e as cristais, igualmente elevadas, das Cuestas Basálticas, embora não existam, em pequenas extensões, desníveis apreciáveis entre a topografia da Depressão Periférica e a Zona Cristalina Ocidental. A parte ocidental do nosso município se encontra na Zona do Médio Tietê, que é a região central da Depressão Periférica. Em sua maior parte constituída de sedimentos, apresenta áreas importantes de derrames e instrusões de rochas basálticas, que desempenham papel saliente em sua topografia. De modo geral, a topografia da zona é pouco acidentada, com desníveis locais que só excepcionalmente ultrapassam 200m. O rio Tietê penetra na Depressão Periférica ao se lançar na cacheira de Salto, após receber pela margem direita o rio Jundiaí, nas proximidades de Indaiatuba. O rio Jundiaí, que no Planalto Atlântico desenvolve curso autônomo em relação às estruturas que atravessa, ao penetrar na Depressão Periférica, em Indaiatuba, muda sua direção e adapta-se a uma condição estrutural relativamente frágil.

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(1)ALMEIDA, F.F.M de. Fundamentos Geológicos do Relevo Paulista. São Paulo: Instituto de Geografia, Universidade de São Paulo, 1964. 99p. (Série Teses e Monografias) .

domingo, 15 de fevereiro de 2009

E.F. Sorocabana - Mairinque - Itaicy

Eliana Belo Silva

O trabalho do historiador possui aspectos muitos parecidos com o de um detetive. Historiadores também investigam fontes para recompor uma história, procura pistas, compara informações com outras fontes e procura sempre apresentar uma conclusão o mais verdadeira possível.

Digo verdade "possível" porque a História, como toda ciência humana, é (re)construída com um certo grau de subjetividade advindo do historiador, que não consegue ser totalmente isento em sua prática profissional por estar inserido no objeto estudado. Em outras palavras, cada historiador, como um se humano que vive em uma determinada sociedade, possui, como todas as pessoas, muitos pressupostos, que podem ser de classe social, religião, raça, formação, costumes, etc. E em maior o menor grau, esses pressupostos podem interferir em seu trabalhado de "reconstrução" da História de diferentes formas. Ao escolher o tema, as fontes, a forma de interpretar, de concluir, de escrever...o historiador é influenciado por esses (seus) pressupostos.

Faço essa breve ação de "filosofar" por causa da imagem acima. Ela foi encontrada por Adriano Martins, um amigo lençoense que tem uma produtora de vídeo em Osasco e que vive garimpando imagens de trens, estações e igrejas. Na legenda está escrito "Kil 73 - Linha Mairink-Itaicy" e a imagem não possui data.

Tratei logo de analisar a imagem, com uma voracidade de encontrar uma pista que me desce a certeza que a imagem havia sido feita em Indaiatuba. Sou uma historiadora e como qualquer profissional tento colocar em prática os princípios técnicos e éticos do meu ofício... mas também... como está registrado no "ato filosófico" acima, sou indaiatubana e particularmente aficcionada por estações e trens. Dois "pressupostos" bastante impactantes!

Devo confessar, como qualquer outro profissional em uma cilada qualquer que o cotidiano do nosso trabalho nos prega, que minha vontade era de comemorar aos quatro ventos e bradar: é uma imagem fotografada em Indaiatuba! Mas segurei a onda (snif!).

Passado o ímpeto provinciano do qual não me livrarei nunca, e continuando minha tarefa de detetive-historiadora, olhei para a imagem demoradamente, deliciando-me à cada detalhe. Teria a locomotiva sofrido qual tipo de sinistro? Será que foi um problema técnico? Ou uma tentativa de furto? Um acidente? Atropelamento? Coisa normal não foi. Há pessoas lá, na linha, em cima do pontilhão. Uma composição parada. Teria o maquinista passado mal? Há uma pessoa, parece que até um tanto quanto escondida na sombra, do lado direito da imagem. Está fardado? Uniformizado? E esse pontilhão? E o fotógrafo?

As respostas à essas perguntas, poderiam ser respondidas, e esse episódio reconstruído, se pelo menos, soubéssemos, de início, onde é esse local.

Mas... a investigação foi truncada por um fator limitador: a imagem não tem data.

A Estrada de Ferro Sorocabana foi sendo expandida com o tempo e o quilômetro 73 da rede pode ter ficado próximo à Indaiatuba em uma determinada época, em que essa locomotiva transitou. E eu iria adorar essa certeza. Por outro lado, se a imagem foi fotografada em outra época, o quilômetro 73 ficaria, segundo Adriano e outros estudiosos desse tema (ferrovias) que eu consultei, próximo à Raposo Tavares.

Por enquanto, a tentativa de encontrar todas as pistas para a reconstrução dessa história está limitada, ou melhor, impossibilitada. E como todo historiador - nós também temos coração! - neste momento o meu fica apertado, sofrendo a influência do meu pensamento que lamenta a dúvida, reclama a chance perdida, sofre por não registrar as ações desses personagens que aí estão, e que para sempre... para sempre? ... Ficarão anônimos.
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Participaram da tentativa de desvendar o local da imagem:
  • Adriano Martins
  • Antonio Reginaldo Geiss
  • Antonio da Cunha Penna
  • Carlos Almeida
  • Coaraci Oliveira Pais de Camargo
  • Deize Clotildes Barnabé de Morais
  • Ralph M. Giesbrecht

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Patrimônio Tombado em Indaiatuba

Eliana Belo Silva
No dia 17 de dezembro de 2008, o então prefeito de Indaiatuba, José Onério da Silva ratificou, através do Decreto no. 10108, os processos de tombamento do seguintes bens de valor cultural de nossa cidade:
  1. Antiga sede da Fazenda Engenho D´Água, localizada na Rua Zepherino Pucinelli, no Jardim Morada do Sol;
  2. Matriz Nossa Senhora da Candelária, localizada na Praça Leonor de Barros Camargo, s/n.;
  3. Casa Paroquial, localizada na Rua Candelária, nº 399;
  4. Casarão Pau Preto, localizada na Rua Pedro Gonçalves, nº477;
  5. Busto de Dom José de Camargo Barros, localizado na Praça Leonor de Barros Camargo, s/n.;
  6. Caixa D´agua do Casarão, localizada na Rua Pedro Gonçalves, lote vizinho ao Casarão e;
  7. Hospital Augusto de Oliveira Camargo, localizado na Av. Francisco de Paula Leite.

Todos esses bens tombados (e outros, que esperamos que tenham o mesmo destino) tinham sido analisados pelo Conselho Municipal de Preservação, da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba, sob presidência do Prof. Lauro Ratti.

As análises desse conselho, validadas também pelo Conselho Administrativo e Consultivo da Fundação, consideraram as cartas do ICOMOS (Conselho Internacional de Monumentos e Sítios), que dão as diretrizes para preservação do patrimônio cultural e ambiental em áreas urbanas e rurais. Uma das cartas do ICOMOS, mais especificamente a Carta de Petrópolis, diz que


“ a cidade enquanto expressão cultural, socialmente fabricada, não é eliminatória, mas somatória. Nesse sentido, todo espaço edificado é resultado de um processo social, só se justificando sua substituição após demonstrado o esgotamento de seu potencial sócio-cultural. Os critérios para avaliar a conveniência desta substituição devem levar em conta o custo sócio-cultural do novo.”

Indaiatuba está tendo seu espaço urbano, principalmente nos arredores do centro da cidade, total e rapidamente remodelado – para não dizer destruído - por causa da expansão urbana, industrialização e globalização, somado ao crescimento desordenado. Basta ficarmos sem passar em uma rua ou bairro que... pronto! Ao voltarmos tempos depois...lá se foi uma casinha-do-tipo-da-vovó para o chão. Desta forma restam-nos poucos exemplares de edificações antigas; o “moderno” foi susbstituindo o “velho” sem que as consequencias desse desmanche fossem devidamente consideradas.

Mas na contramão dessa produção de sucata, ainda há algumas casas, alguns estabelecimentos comerciais, que fazem questão de manter as características originais, com as fachadas limpas, com poucas intervenções, com a visibilidade das características construtivas, sem, no entanto, deixar de fixar placas publicitárias e de identificação dos respectivos negócios instalados. Devemos reconhecer e valorizar esses proprietários/locatários, afinal, não é preciso destruir o antigo para que o atual fique interessante.

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Para saber mais, visite o site do ICOMOS no Brasil: http://www.icomos.org.br/
Imagem do HAOC capturada do site em 13/02/2009. Há outras imagens no diretório "memória": http://www.haoc.org.br/
Agradecimento à assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal de Indaiatuba.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Breve Relato sobre a História de Indaiatuba

Texto: Adriana Carvalho Koyama

O início da ocupação de Indaiatuba, como ocorre em muitas outras cidades, é povoado de mistérios e suposições. Uma história bastante difundida é a da existência de um povoado perto da foz do córrego Barnabé, chamado Votura, que teria sido abandonado após uma epidemia de varíola, em meados do século XVIII. Outra história bastante divulgada diz respeito a uma capela em devoção a Nossa Senhora da Candelária, que teria sido criada e cuidada por José da Costa, também no século XVIII.

É preciso dizer que essas duas histórias não têm nenhum registro nos textos do século XVIII sobre nosso povoado. Assim, não podemos considerá-las de fato como parte de nossa história, a não ser que surjam novos documentos que lancem luz sobre essas histórias. Infelizmente a história oral, para um período assim recuado no tempo, é de pouco ou nenhum auxílio. As pesquisas arqueológicas, que poderiam nos trazer novos dados sobre o local onde teria sido o povoado de Votura, ainda estão por serem feitas. Relataremos então, neste texto, apenas os fatos que se encontram de acordo com os documentos abrigados pelos diversos arquivos de São Paulo.

O povoado de Indaiatuba foi primeiramente um dos bairros rurais da Vila de Itu, ponto de passagem de tropas nos caminhos para o sul e para as Minas de Cuiabá e Goiás. O arraial aparece como Indayatiba já nos registros do censo de 1768, com uma pequena população que vivia, sobretudo, de suas roças de milho e feijão. Esse arraial também é citado como Cocaes, por causa dos seus campos de palmeiras Indaiá.

Nessa época o governo da Província de São Paulo implementou uma vigorosa política de incentivo à produção de açúcar para exportação, e Indaiatuba viu crescer o número de seus engenhos de tal modo que, por volta de 1850, já não havia aqui um só córrego com queda suficiente para mover uma roda d'água que não tivesse já a sua "fábrica de fazer açúcar". Em torno das fazendas de açúcar foram se fixando, desde o final do século XVIII, pessoas que viviam do comércio e da fabricação artesanal de produtos para os habitantes próximos. Mais tarde, na segunda metade do século XIX, o café substituiu o açúcar como principal produto de nossa agricultura de exportação.

A história política de Indaiatuba inicia-se com a ereção de sua capela curada, através da doação de alguns imóveis feita à capela, por Pedro Gonçalves Meira, em 1813. Por esse gesto Pedro é considerado o fundador de nossa cidade. Ter sua capela curada possibilitou ao pequeno bairro ser o centro civil local, uma vez que, a partir daí, puderam ser feitos nessa igreja os batismos, casamentos e sepultamentos, tanto da população próxima como dos habitantes dos bairros rurais vizinhos. Um fato curioso é de que a primeira padroeira dessa capela foi Nossa Senhora da Conceição. Após a morte de Pedro, seu irmão Joaquim passou a cuidar dessa capela e, devoto de Nossa Senhora da Candelária, transformou-a em sua padroeira. Essa capela, ampliada e reformada, é a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária. É uma das poucas igrejas construídas em taipa de pilão no interior de São Paulo ainda existentes, e um belo exemplo da arquitetura religiosa colonial paulista.

Em nove de dezembro de 1830 Indaiatuba tornou-se, por decreto do Imperador, sede de uma das Freguesias da Vila de Itu, englobando também os bairros de Itaici, Piraí, Mato Dentro e Buru. Em 1835 havia na sede da Freguesia, Indaiatuba, 142 habitantes, em Mato Dentro eram 454, em Itaici 625 e, em Pirahy, 805 habitantes. Sua elevação à condição de Vila ocorreu em 24 de março de 1859. Com esse novo estatuto Indaiatuba ganha autonomia política em relação a Itu, passando a ter sua própria Câmara de Vereadores. A Câmara é, desde o período colonial até o final do Império, responsável pelo poder político local no Brasil. A função de Prefeito só passará a existir a partir da República.

Em torno da Matriz foram sendo construídas as residências urbanas dos fazendeiros da Freguesia, hoje já demolidas, e em redor as casas de comerciantes, artesãos e trabalhadores livres. Com o final do Império, as funções públicas da Igreja desapareceram, e a cidade passou a contar com dois centros: um religioso, no Largo da Matriz, e um civil, no Largo da Cadeia, atualmente chamado de praça Prudente de Moraes. Nele se instalaram a Câmara, a Prefeitura e a Cadeia, em um prédio no centro da praça, demolido em 1962.

Em 1873 foram inauguradas as estações de trem de Itaici e Pimenta, pontos da ferrovia que ligava Jundiaí a Itu. A primeira estação de trem na cidade foi construída em 1880, com verba da comunidade. O prédio principal dessa estação, hoje Museu Ferroviário, foi inaugurado em 1911.
No Largo da Matriz funcionou também o primeiro grupo escolar da cidade, no início do século XX. Esse Grupo passou a chamar-se Randolfo Moreira Fernandes, em 1932, e em 1937 ganhou um prédio especialmente construído para ele na praça Dom Pedro II, que hoje é sede da Secretaria da Cultura.

A partir do final do século XIX Indaiatuba recebeu muitos imigrantes da Suíça, Alemanha, Itália, Espanha e, já no século XX, imigrantes do Japão. Esses homens e mulheres dedicaram-se principalmente à agricultura, mas também ao comércio, às oficinas e manufaturas. Com sua economia dividida entre a cultura de café e batata e algumas pequenas fábricas, a cidade cresceu pouco na primeira metade do século XX. Em 1950 havia 11.253 habitantes no município. Em 1964 eram 22.928. A partir daí o crescimento acelerou-se, baseado principalmente na expansão da indústria e de serviços. Em 1991 o censo registrou 92.700 pessoas, número que em 2000 saltou para 146.829, e continua crescendo.

O projeto urbanístico da cidade inicia-se no século XIX, com um traçado quadriculado, feito "a cordel", conforme a tradição racionalista já implantada nas cidades portuguesas desde o século XVIII. esse traçado mantém-se no centro histórico da cidade até hoje. Nos anos sessenta do século XX implantou-se um plano diretor assinado por Jorge Wilheim, que guiou ordenadamente a expansão urbana até a década de oitenta. Então, com seu crescimento acelerado por grandes ondas de migração, o projeto encontrou seu limite.
Nesse momento o arquiteto e urbanista Ruy Ohtake apresentou à cidade um projeto ousado, que propunha o traçado do Parque Ecológico como principal vetor urbanístico para o crescimento futuro da cidade. Este projeto, que irá nortear a expansão urbana de Indaiatuba até os dias atuais, ligou a cidade antiga, hoje na zona norte, à recém criada zona sul da cidade, conhecida como Morada do Sol, criando uma bela paisagem urbana e ampliando sobremaneira a qualidade de vida de toda a comunidade.

Fonte de texto e imagens: http://www.indaiatuba.sp.gov.br/cidade/historia/
Capturado em 12/02/2009.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Escola Dom José (2)

A imagem deste post foi cedida por Wayne Möller e retrata os alunos da Escola Dom José no início da década de 1970. Alguns alunos estão totalmente identificados, outros apenas parcialmente e alguns Wayne não se lembra mais. Se você reconhece algum dos estudantes, ou ainda sabe completar o nome de algum(ns) dele(s) a partir das "dicas" de Wayne, contate elianabelo@terra.com.br
São eles:

1- Júlio César (Catatau) 3- Wayne Möller 4- Paulo R. Luchetta 6- (?) Colega que morava em Cardeal 8- Sandra 9- José Roberto Bisso 10- Marco A. Zoppi 11- Renato Zaghi 12- Roque 13- Cláudio Baldini 14- Colega que morava Helvétia (genro Agenor Campregher) 15- Mário 16- (?)Aluna com sobrenome D'Albó 18- Yuri (de Itaici) 19- Rosmari 20- José P. Canavesi 22- Siegfried Ruesch 23- Walter (Lig-Bem) 25- Martinha (?) 26- Nome esquecido (casada com o Profeta) 27- Durvalina

29-Aluna com sobrenome Marachini 30- Maria Aparecida Beccari 31- Emília (?) (de Helvétia)

32- Paulo Roberto Santos 33- Nobuhira 34- Rubinho Vieira 36- Neuza (casada com Cláudio Banwart) 37- Aluno de Helvétia 38- Robson Hackman

Wayne Möller informou que essa turma cursava a primeira série ginasial na época da foto, o equivalente ao 6º ano (5ª. série) do ensino fundamental atual. Muitos alunos não moravam nas proximidades da escola, vinham da Helvetia, de Itaici – como ele - e até de Cardeal. Na época – no auge da ditadura militar – o maior interesse dos alunos - fora do cotidiano - era a copa de futebol do México, que ele conta ter assistido “obsessivamente e pela primeira vez, uma transmissão ao vivo de uma copa do mundo”.

Fora essa novidade e também por consequência do próprio período, o ambiente estudantil era “comum, com brincadeiras e conversas altas entre os extrovertidos e o silêncio ou a voz baixa, nos cantos solitários, dos mais tímidos”. “De bom”, ele diz, “havia a música”, principalmente àquelas dos festivais da Rede Globo (FIC). Uma delas serviu de inspiração para “homenagear” sua bicicleta: a música "A Charanga" defendida por Wanderléa, foi entoada por suas colegas - à revelia do interessado é claro – que partiu com a magrela “referenciada” pelo coral estridente, rapidamente após a performance, envergonhado e querendo se distanciar do pátio da escola o mais rápido possível, mas reconhecendo que a “homenagem foi justa”.

Dos professores, Wayne lembra-se de Neuza Ifanger e a descreve com reconhecida (segundo ele próprio) influência hippie-americanizada: “longos cabelos louros, sua minissaia, seu rosto angelical...” Já a professora Elvira, entrava e saia falando francês, em “performáticas aulas”... onde “fazia-nos repetir tudo o que falava”. O vocabulário era restrito, mas “algumas palavras e frases em francês foram gravadas e posso dizer que até permanecem em meu inconsciente, graças a esse método. Ce matin, Je parle français? Bonjour, Avec moi, comment ça va?, ça va?, Je ne sais quoi etc.”. “Orgulhava-me de ouvir a mim mesmo quando consegui dizer sem tropeços. Seu entusiasmo e ênfase me provocavam admiração. Fico só nessas duas professoras, por falhas de memória ou por inexplicável fixação que só os psicanalistas podem elucidar”.

E ao comentar suas lembranças, doar essa imagem (e outras que serão postadas futuramente neste blog), Wayne termina escrevendo sobre reflexões que todos nós fazemos, e por isso faço questão de aqui registrar e compartilhar: “O que foi feito de mim? O que é o tempo? Por que ele passou?”

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Chafariz

CHAFARIZ - DÉCADA DE 1970 (CEBS80)

CHAFARIZ
Athayde Puccinelli

Faz muito tempo, mas me lembro quando,
quando infantes, descendo a ribanceira,
ora correndo, ora descansando
sob a sombra da imperial palmeira!

No antigo e velho Chafariz água buscando,
ao romper da aurora em veloz carreira
e ao cair da tarde, no amanhã pensando
em carregar latões no carrinho de madeira!

Saudoso Chafariz, restaurado no presente,
é para os jovens um recanto a namorar
e para os mais velhos algo a recordar!

-Foi há tempos, ainda me lembro ó gente,
quantas saudades, recordações em mente
ao ver no Chafariz água jorrar!



Notas
(1)Retirei o poema deste post, feito por Athayde Puccinelli (in memorian) de um recorte de jornal, um dos muitos que tenho, guardados sem data da publicação. Você tem informação sobre essa data? Tem mais informações, dados e imagens sobre o Chafariz? Quer compartilhar? Contate elianabelo@terra.com.br.
(2) Imagem de arquivo pessoal, chafariz década de 1970.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Instrução Pública em Indaiatuba - TESE

Em 2007, a historiadora, arquivista e professora Silvane Rodrigues Leite Alves obteve título de Mestre em Educação apresentando uma dissertação sobre a instrução pública em Indaiatuba na Faculdade de Educação, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

Seu trabalho "A Instituição Pública em Indaiatuba - 1854-1930" tem como foco contar a história da escola pública, mais especificamente o processo de estruturação da instrução pública em nossa cidade.

Sua pesquisa teve início com o primeiro registro de existência de um professor de primeiras letras na então Vila de Indaiatuba, no ano de 1854 e prolonga-se até o fim da República Velha, em 1930. Ao ler a tese, temos a oportunidade rara - ou melhor a primeira - de conhecer uma narrativa sobre a história de Indaiatuba feita por uma historiadora, para defender uma tese.

A pesquisadora investiga fontes primárias e secundárias, ilustra a dissertação com imagens interessantes e apresenta tabelas em um texto que não se prende apenas à história da educação, mas também apresenta o contexto histórico de uma Indaiatuba desde a época em que era uma vila de Itu.
Silvane é mineira de nascimento (Corinto-MG, 1969), indaiatubana de coração (onde mora desde 1981).

É casada e mãe de dois filhos: João Pedro, 12 anos, e Fábio Henrique, 8 anos. Estudou no Randolfo e no Dom José. Licenciada em História (PUCCAMP, 1991) e Pedagogia (UNAR, 2009), com Mestrado em Educação - Área de História, Filosofia e Educação (UNICAMP, 2007). Lecionou na EE Profª Helena de Campos, EE Prof. Geraldo Enéas, Colégio Equipe, COC e Colégio Barão de Mauá. Trabalhou na Fundação Pró-Memória de Indaiatuba/ Arquivo Público Municipal, de 1994 a 2003. Desde 2003, trabalha na Secretaria de Educação de Indaiatuba.

Atualmente, é responsável pela gestão administrativa de duas creches conveniadas com a Prefeitura, através da ANAI - Associação Nazarena Assistencial e também é Tutora da FACINTER (EAD) na graduação em Pedagogia.

Para ler a tese completa, acesse: http://elianabelo.pbwiki.com/f/tese%20completa.pdf

A obra aguarda patrocínio para publicação.

Se sua empresa tiver interesse (Lei Rouanet), contate: silvaneleite@ig.com.br

O arquivo eletrônico foi disponibilizado neste blog com a autorização da autora.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Guia de Fontes para História da Educação

Eliana Belo Silva






O Guia de Fontes para a História da Educação de Indaiatuba* que foi publicado em 2004 (com distribuição gratuita) é um instrumento de pesquisa que identifica e localiza as fontes disponíveis sobre o tema no Arquivo Público Municipal, visando disponibilizá-las para grupos de pesquisa e pesquisadores.

O guia, da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba, foi elaborado por Denise Aparecida Soares de Oliveira, Silvane Rodrigues Leite Alves e Sônia Maria Fonseca.

As fontes listas no guia estão dividias em três categorias:
(a) fontes textuais (primárias e secundárias),
(b) fontes iconográficas e
 (c) fontes orais.

Entre as fontes textuais manuscritas, estão citadas cartas, circulares, coleções de leis, livros de atas e de matriculas e outros.

Entre as impressas estão projetos, relatórios, portarias, regimentos,etc, e também um elenco advindo dos seguinte periódicos: Cidade Indaiá, Cidade Notícias, Correio Popular, Jornal Cidade, Imprensa Oficial, O Indaiatubano, Tribuna de Indaiá e Votura).

Há também citações de livros, principalmente os de cronistas locais publicados pela Fundação.

As fontes iconográficas são compostas por um total de 132 fotografias da (a) Coleção Antonio da Cunha Penna, (b) Coleção DJOSE, (c) Coleção HIN e (d) Coleção PMI.

Por último, o guia é cita as fontes orais, gravações feitas com:

  • Deize Clotildes Barnabé de Morais
  • Geraldo Jolly
  • Glória Ferrarezi Martins
  • Jane Shirley Escodro Ferrett
  • Joanna Victoria Ferreira Joly
  • Lúcia Steffen
  • Maria Brizola
  • Maria Nazareth Pimentel
  • Neusa Aparecida Menin
  • Romeu Zerbini
  • Sylvia Teixeira de Camargo Sannazzaro
  • Yolanda Steffen


Este trabalho, feito de forma criteriosa e caprichosa pelas autoras, não é apenas uma lista de fontes.

É uma apresentação do trabalho que a Fundação Pró-Memória pode fazer, um verdadeiro cartão de visitas, ou mais do que isso, uma apresentação institucional e até de marketing do Arquivo Público.

Ao olhar o guia, temos a concreta dimensão da importância de sistematizar os documentos de nossa cidade, democratizar a consulta para (re)fazermos e (re)escrevermos nossa História.


"As coisas estão no mundo, só que eu preciso aprender."
(Paulinho da Vila, Coisas do mundo, minha nega)


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* OLIVEIRA, Denise Aparecida Soares de, et alii. Guia de Fontes para a História de Indaiatuba. Indaitauba-SP: Fundação Pró-Memória de Indaiatuba/Arquivo Público Municipal de Indaiatuba. 2004.

Nota: Silvane Rodrigues Leite Alves, uma das autoras do guia, elaborou também a dissertação "A Instrução Pública em Indaiatuba - 1854-1930" para obtenção de título de Mestre em Educação pela UNICAMP. A dissertação aguarda patrocínio para publicação.


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Música de Raiz - letra e música de Fábio Ambiel - "O Rouxinol"

INDAIATUBA QUERIDA

Letra e música de Fábio Ambiel (O ROUXINOL)

I
 Indaiatuba terra de moça bonita
De um povo hospitaleiro, que da gosto de se ver
Nos arredores os seus bosques verdejantes
Onde todo viajante gostaria de viver

II
Oh! Como adoro a minha cidadezinha
Quando saio à tardinha, com meus filhinhos passear
Recordo a infância quando com outras crianças
Perambulavam pelos campos guabirobas saborear.

 III
Cajus rasteiros tinham em abundância
E os cachos de coquinhos das palmeiras indaiás
Tapicurús, frutos silvestres, araticum
Espalhados pelos campos,
Deus quem fez este pomar?
Eu tenho orgulho dessa terra em que nasci
Jamais sairei, solo querido para amar


IV
Indaiatuba Terra de Gente Boa
Que acolhe os forasteiros, no fundo do coração
Quanto mais cresce em tamanho e beleza
Mais fortalece a certeza, em conviver neste rincão


V
 Foi aqui que vi meus filhos crescerem
Os meus frutos floresceram, sob um lindo céu de anil
 Desta nação convido um povo tão gentil
 Venham ver Indaiatuba, a beleza do Brasil
 E quem convida a este povo do Brasil
 É o Rouxinol de Indaiatuba...
Tem por nome “Fábio Ambiel”.



 Indaiatuba, 05 de Novembro de 1982.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Escola Dom José (1)

Eliana Belo Silva
Em 2010 a Escola Estadual Dom José de Camargo Barros vai completar seu Jubileu de Rubi.

O "Dom José" já ocupou o prédio que também foi da escola "Hélio", do "Randolfo" e "FIEC".

É deste antigo prédio as imagens abaixo, feitas exatamente no dia 8 de junho de 1970.

Não estudei nesse prédio, mas sempre estava lá - preferencialmente nos dias em que a merenda era arroz-doce, levada pela Dona Aurora, inspetora de alunos.

Ela era minha vizinha, e com sua filha Alice, muitas vezes cuidou de mim quando pequenina, enquanto minha mãe estudava na Escola de Comércio Candelária; usei muitos vestidinhos feitos por ela, de crochê. Lembro-me muito bem de quando a "Lola" sentava na mesinha da primeira foto, para carimbar as carteirinhas dos estudantes, uma por uma, para registrar a presença.

É importante registrar que o "Dom José" possui o "Centro de Memória Prof. João Baptista de Macedo", que foi inaugurado no dia 8 de junho de 2000, fruto do trabalho de professores e alunos comprometidos com a preservação da memória da escola, que foram tecnicamente orientados - durante o período de março a junho do mesmo ano - pela Fundação Pró-Memória de Indaiatuba.





Para saber mais sobre a Escola Estadual Dom José de Camargo Barros, visite o blog http://domjose.wordpress.com/ onde, entre outras informações, você poderá ver um post feito pela professora Ana Maria Soares, com imagens de professores e funcionários em 1958.



Você tem imagens do Dom José guardadas na sua "caixinha"? 
Quer compartilhar conosco? 
Contate elianabelo@terra.com.br ou os professores Gentil e/ou Ana Maria.

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