sexta-feira, 12 de abril de 2013

Carta Aberta da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba sobre o Casarão


Fundação Pró-Memória de Indaiatuba
Comunicado Aberto à População





A Fundação Pró-Memória vem, por meio deste, prestar esclarecimentos à comunidade a respeito dos últimos acontecimentos que atingiram o Casarão Pau Preto.


A Fundação Pró-Memória foi criada segundo a Lei 3081/1993, como "pessoa jurídica de direito público interno, com autonomia administrativa" (Art. 1, Lei3081/1993) e tem como objetivo "custodiar, proteger e organizar o Arquivo Público de Indaiatuba (...) o Museu Municipal e a Biblioteca Pública Rui Barbosa" (art.2, Lei 3081/1993), além de "promover as ações destinadas a preservar o patrimônio histórico e cultural (...) de Indaiatuba" (art. 2, parágrafo II, Lei 3081/1993).
 No entanto, a gênese da instituição constituiu-se no movimento que salvou o Casarão Pau Preto, na época, inteiramente degradado, nos anos 1980. Deste movimento, nomes como Antonio Reginaldo Geiss, Antonio da Cunha Penna e Rubens de Campos Penteado, ainda fazem parte do Conselho Administrativo, complementado com outros quatro membros, Deize Clotildes Barnabé de Morais, Lauro Ratti Junior, Professor José Luiz Sigrist e Paulo Antônio Lui. De forma voluntária, tal Conselho administra e delibera as ações da entidade, além de nomear o Diretor Executivo, que é o Superintendente, a quem cabe representar e administrar a Fundação de acordo com as deliberações do Conselho em questão. Tais órgãos trabalham com o apoio de dois outros Conselhos, o Conselho Consultivo e o Conselho Municipal de Preservação que, também, de forma voluntária, contribuem com as propostas e iniciativas da Fundação.
Dito isso é importante frisar que a Fundação Pró-Memória, sempre dentro de suas limitações, buscou de forma íntegra e correta, zelar pela memória de sua cidade, buscando, cumprir seu papel legal e cultural de "guardar a memória da cidade", quer cuidando exemplarmente dos arquivos públicos, quer atuando junto à comunidade e junto ao poder público, para resgatar e divulgar a história de seu povo e de sua gente.
Por isso, diante de duas fatalidades sucessivas nos meses de fevereiro e abril de 2013, o vazamento de uma tubulação de água do SAAE, na Rua Pedro Gonçalves, a Fundação tomou rapidamente as medidas necessárias para conservar ao máximo a integridade do Casarão Pau Preto, o qual simboliza a história de Indaiatuba.
No mês de fevereiro, de forma emergencial, por decisão conjunta do Conselho e do Superintendente, a empresa Refortec foi contrata para fazer obras de fundação, que garantiram a integridade da tulha, das baias e de parte do museu. Da mesma forma, iniciativas análogas foram tomadas para socorrer a parte afetada pelo segundo vazamento, ocorrido nesta semana, próximo ao anterior, utilizando-se a totalidade dos recursos financeiros de reserva da Fundação Pró-Memória, para este exercício.
Assim, fica claro que, diante de situações emergenciais como esta, a Fundação tem cumprido o seu papel como protetora e preservadora do Patrimônio Histórico de Indaiatuba. Mas, a partir desse momento terá que contar com o apoio, ainda maior, da Prefeitura Municipal, que no momento da fatalidade, disponibilizou o corpo técnico de suas Secretarias de Obras e Engenharia, que ajudaram e continuam ajudando de forma logística e técnica. Do mesmo modo, o SAAE, por meio de seu Superintendente, por sua vez, se comprometeu em reparar as paredes danificadas pelos vazamentos e a Prefeitura, por meio da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente, no último dia 10, confirmou que só faltam detalhes administrativos e burocráticos para que seja feita a reforma no Casarão.
Gostaríamos de agradecer, também, o apoio de arquitetos voluntários que por amor à cidade, à sua memória e história, não estão medindo esforços para ajudar na preservação do Casarão.
Dessa forma, acreditamos que neste momento difícil, não nos cabe apontar culpados ou vítimas, mas deixarmos as diferenças de lado e darmos as mãos para que, em busca de um objetivo maior, recuperemos um dos bens mais preciosos de nossa história, o Casarão Pau Preto.
Conselho Administrativo da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba
Superintendência da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba
Conselho Municipal de Preservação de Indaiatuba
Conselho Consultivo da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba
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O Casarão está interditado, após sofrer com a vibração do solo no seu entorno, provocado pelo trânsito, pela construção de arranha-céus e pelo rompimento consecutivo de adutoras de água do SAAE. Por ser um prédio de taipa, que já estava vulnerável por causa de umidade e cupins, sem manutenção adequada, sofreu rachaduras, comprometendo parte de sua fundação, de seu revestimento e colocando em risco o patrimônio do Museu e da Biblioteca que ele abriga. Há voluntários colaborando na reforma emergencial e empresa da cidade contratada em regime de urgência tentando fazer um plano de contigência para a situação não se agravar.
A população, principalmente pelo facebook, cobra contenção adequada, restauro e política de preservação futura, para que essas condições de degradação não volte a acontecer.
Crédito das imagens: Yuri Fermino





Um comentário:

  1. Professora Eliana, lembrei de quando eu era seu aluno e dizia - NÃO ENTENDI DIREITO e a senhora explicava tudo de novo pacientemente as mesams coisas com outras palavras. Então agora eu pergunto onde estão os esclarecimentos nessa carta aí. NÃO ENTENDI DIREITO. Enquanto a casa cai (literalmente)os Conselheiros se auto promovem escrevendo o nominho deles, um por um. Dai dizem que fazem um trabalho voluntário. Palmas para eles, se o fazem, que fizessem direito. Por cima de tudo, saem defendendo o prefeito, o secretário. Esclarecimentos porque a casa está caindo ninguém deu. Ou eu NÃO ENTENDI DIREITO, então, professoram me explique, por favor. a única coisa de bom senso que eu vi aí foram os agradecimentos para o povo que está lá trabalhando de maneira voluntária, ou ganhando pouco, muito menos do que vale o trabalho deles, pois se tivesse sido licitado... a gente sabe né. E que eu, sinceramente, espero que sejam reconhecidos, afinal, que trabalha de graça é relógio. Desculpe viu, professora, estou revoltado. Se a senhora não quiser moderar e publicar esse comentário, vou entender, mas pelo menos a senhora leu o meu desabafo, que de esclarecimento para a população essa carta tem é NADA, ou EU NÃO ENTENDI DIREITO.

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