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texto de Paulo Antonio Lui*
. .Houve o francês Le Prince – o primeiríssimo, o americano Edson – o inventor empresário, o também francês Reynaud e ainda o americano Eastman – o dono do filme; mas o pontapé inicial da história (invenção) do cinema foi no ano de 1895, precisamente no dia 28 de dezembro, com uma exibição pública no centro de Paris (Salão Indiano), feita pelos Irmãos Lumière (Auguste e Louis - franceses), considerados os inventores oficiais do cinema.
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Já no Brasil, a primeira sessão de cinema realizada foi em 8 de Julho de 1896, na Rua do Ouvidor no Rio de Janeiro, menos de um ano após a sua invenção.
Já no Brasil, a primeira sessão de cinema realizada foi em 8 de Julho de 1896, na Rua do Ouvidor no Rio de Janeiro, menos de um ano após a sua invenção.
.Em nossa querida Indaiatuba, o cinema chegou por volta de 1910.
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O pioneiro foi o Sr. Domingos Gazignatto, cujo cinema foi chamado de Cine Progredior (proximidades do atual Banco Bradesco) (1).
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Como na época não havia luz elétrica, o cinema possuía um gerador a óleo para iluminação do ambiente e projeção dos filmes, que funcionava com ajuda manual (feita por trás da tela, que permanecia sempre umedecida). Os filmes eram mudos. Um grupo de músicos acompanhava as diversas cenas dos filmes. Posteriormente, a sala foi usada também para teatro, passando a chamar Cine Teatro Íris.
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Na mesma época, instalou-se do outro lado da Praça Prudente de Moraes, na Rua 15 de Novembro, um novo cinema, o segundo da cidade, com o nome de Cine Recreio, propriedade do Sr. Miguel João e que era administrado por seus filhos José e Maria.
Na mesma época, instalou-se do outro lado da Praça Prudente de Moraes, na Rua 15 de Novembro, um novo cinema, o segundo da cidade, com o nome de Cine Recreio, propriedade do Sr. Miguel João e que era administrado por seus filhos José e Maria.
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Diante da concorrência criada entre os dois cinemas, o Sr. Domingos Gazignatto encerrou as atividades de sua casa de espetáculos, vendendo os equipamentos para um grupo de pessoas: Luiz Laurenciano, Ernesto Laurenciano, Alziro Pires de Camargo (Miloca), Família Lizoni e Francisco Carlos Bento (Chico sapateiro). Surgiu assim o terceiro cinema, ou seja, o Cine Teatro Internacional no local onde atualmente é a lanchonete Pastelão (2), provavelmente entre os anos de 1918 e 1920.
Diante da concorrência criada entre os dois cinemas, o Sr. Domingos Gazignatto encerrou as atividades de sua casa de espetáculos, vendendo os equipamentos para um grupo de pessoas: Luiz Laurenciano, Ernesto Laurenciano, Alziro Pires de Camargo (Miloca), Família Lizoni e Francisco Carlos Bento (Chico sapateiro). Surgiu assim o terceiro cinema, ou seja, o Cine Teatro Internacional no local onde atualmente é a lanchonete Pastelão (2), provavelmente entre os anos de 1918 e 1920.
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Após estes três pioneiros, outros cinemas foram instalados em Indaiatuba: Cine República, de José Godoy; Cine Indaiatuba, do Sr. Almeida; Cine Variedades, da Empresa A. Marcondes.
Após estes três pioneiros, outros cinemas foram instalados em Indaiatuba: Cine República, de José Godoy; Cine Indaiatuba, do Sr. Almeida; Cine Variedades, da Empresa A. Marcondes.
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Para alguns pesquisadores, consta que o cinema falado só chegou a Indaiatuba no ano de 1933. Para outros, Indaiatuba testemunhou a primeira projeção com som no Cine Teatro Guarani, da Empresa Kalaf - administrada pelos irmãos Nassib, Nagib e Alexandre em dezembro de 1937. Esta sala, sonorizada com apenas um projetor, parava a exibição de tempos em tempos para que fosse trocado o rolo.
Para alguns pesquisadores, consta que o cinema falado só chegou a Indaiatuba no ano de 1933. Para outros, Indaiatuba testemunhou a primeira projeção com som no Cine Teatro Guarani, da Empresa Kalaf - administrada pelos irmãos Nassib, Nagib e Alexandre em dezembro de 1937. Esta sala, sonorizada com apenas um projetor, parava a exibição de tempos em tempos para que fosse trocado o rolo.
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Em 1955, durante uma reforma pela qual passou o prédio do Rex, interrompendo temporariamente suas funções, surgiu na cidade o Cine Candelária, na Rua Candelária, nos fundos do conhecido Bar do Mome (Jerônymo Perucci), com exibições de filmes em 16 mm., cujo proprietário era o Sr. Geraldo Ferreira, aposentado da Estrada de Ferro Sorocabana. Posteriormente esse cinema mudou de local (Rua 11 de Junho esquina com a Rua 5 de Julho) e fechou logo depois.
Fonte da imagem: Facebook - Imagens de Indaiatuba
Fonte da imagem: Fundação Pró-Memória
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Reformado, o Cine Teatro Rex voltou a funcionar em 22 de Setembro de 1956, encerrando suas atividades em 25 de Novembro de 1979.
Reformado, o Cine Teatro Rex voltou a funcionar em 22 de Setembro de 1956, encerrando suas atividades em 25 de Novembro de 1979.
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Ainda com o Cine Teatro Rex em funcionamento, a cidade ganhava um novo cinema, o Cine Alvorada, inaugurado em 14 de Novembro de 1963, na Praça D. Pedro II (Rua 11 de Junho, esquina da Rua Pedro de Toledo), propriedade da Empresa de Cinemas Indaiatuba Ltda. (Guerino Lui – Christiano Magnusson – Henrique Schulz). Em 24 de Agosto de 1966 sofreu um pavoroso incêndio, ficando parado por 280 dias, sendo reconstruído e reinaugurado em 31 de Maio de 1967. Encerrou suas atividades em 1º. de Fevereiro de 1989.
Cine Rex
Ainda com o Cine Teatro Rex em funcionamento, a cidade ganhava um novo cinema, o Cine Alvorada, inaugurado em 14 de Novembro de 1963, na Praça D. Pedro II (Rua 11 de Junho, esquina da Rua Pedro de Toledo), propriedade da Empresa de Cinemas Indaiatuba Ltda. (Guerino Lui – Christiano Magnusson – Henrique Schulz). Em 24 de Agosto de 1966 sofreu um pavoroso incêndio, ficando parado por 280 dias, sendo reconstruído e reinaugurado em 31 de Maio de 1967. Encerrou suas atividades em 1º. de Fevereiro de 1989.
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Após o fechamento do Cine Alvorada, a cidade ficou sem cinema por um período de 4 anos e 8 meses.
Após o fechamento do Cine Alvorada, a cidade ficou sem cinema por um período de 4 anos e 8 meses.
Saguão do Cine Alvorada - Década de 1980
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Em 29 de Setembro de 1993, com a inauguração do Shopping Center Indaiatuba, a cidade ganhava o Cine Topázio, sala com 160 lugares, propriedade da Lui Cinematográfica Ltda. (Família Lui). Em 2001 as instalações foram ampliadas para 4 novas salas no piso superior do mesmo Shopping, sendo inauguradas em 23 de Novembro de 2001 as salas 1 e 2 e em 30 de Novembro de 2001 as salas 3 e 4, no moderno conceito multiplex. Consequentemente, a primeira (antiga) sala do Cine Topázio, no piso inferior, foi fechada.
Em 29 de Setembro de 1993, com a inauguração do Shopping Center Indaiatuba, a cidade ganhava o Cine Topázio, sala com 160 lugares, propriedade da Lui Cinematográfica Ltda. (Família Lui). Em 2001 as instalações foram ampliadas para 4 novas salas no piso superior do mesmo Shopping, sendo inauguradas em 23 de Novembro de 2001 as salas 1 e 2 e em 30 de Novembro de 2001 as salas 3 e 4, no moderno conceito multiplex. Consequentemente, a primeira (antiga) sala do Cine Topázio, no piso inferior, foi fechada.
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Em 29 de Dezembro de 1998 surgia o Cine Center, propriedade também da Lui Cinematográfica Ltda., no Shopping Center Jeans (Jardim Morada do Sol), permanecendo aberto até 26 de Janeiro de 2004. Com a reestruturação daquele Shopping, reabriu suas portas em 8 de Maio de 2004, com equipamentos e programação por conta da Lui Cinematográfica Ltda. e administração a cargo dos proprietários do próprio Shopping.
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Ao escrever este artigo faço uma homenagem a um querido e saudoso amigo, Rubens Bonito (3), cuja sabedoria e conhecimento foram importantes por grande parte das informações aqui contidas, pois antes de seu falecimento, estávamos compilando dados para escrevermos um livro bem detalhado e ilustrado com inúmeras fotos, sobre a história da 7a arte em Indaiatuba.
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Em 29 de Dezembro de 1998 surgia o Cine Center, propriedade também da Lui Cinematográfica Ltda., no Shopping Center Jeans (Jardim Morada do Sol), permanecendo aberto até 26 de Janeiro de 2004. Com a reestruturação daquele Shopping, reabriu suas portas em 8 de Maio de 2004, com equipamentos e programação por conta da Lui Cinematográfica Ltda. e administração a cargo dos proprietários do próprio Shopping.
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Ao escrever este artigo faço uma homenagem a um querido e saudoso amigo, Rubens Bonito (3), cuja sabedoria e conhecimento foram importantes por grande parte das informações aqui contidas, pois antes de seu falecimento, estávamos compilando dados para escrevermos um livro bem detalhado e ilustrado com inúmeras fotos, sobre a história da 7a arte em Indaiatuba.
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* Originalmente publicado no livro "Um Olhar sobre Indaiatuba", da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba.
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.(1) O autor refere-se à unidade do Banco Bradesco situada na Rua Candelária, entre a Rua Bernardino de Campos e Rua Cerqueira César. Mas o cinema citado não ficava no local onde (mais tarde) seria instalado o Cine Rex, mas sim próximo de onde atualmente é a Óptica Ipanema, no terreno do Estacionamento Dois Irmãos.
(2) A lanchonete citada fica na Rua Cerqueira César, entre a Rua XV de Novembro e Rua Pedro de Toledo.
(3) Rubens Bonito nasceu em 20 de agosto de 1935 e faleceu em 02 de janeiro de 2006, tendo uma vida marcada pela paixão aos assuntos relacionados ao cinema, principalmente por filmes de Far-West. Foi um cineasta que produziu filmes, utilizando desde a técnica Super-8 até os recursos dos vídeos atuais. Registrou importantes passagens da vida social e cultural de Indaiatuba, gerando uma coleção que constitui o maior acervo particular do município.
(2) A lanchonete citada fica na Rua Cerqueira César, entre a Rua XV de Novembro e Rua Pedro de Toledo.
(3) Rubens Bonito nasceu em 20 de agosto de 1935 e faleceu em 02 de janeiro de 2006, tendo uma vida marcada pela paixão aos assuntos relacionados ao cinema, principalmente por filmes de Far-West. Foi um cineasta que produziu filmes, utilizando desde a técnica Super-8 até os recursos dos vídeos atuais. Registrou importantes passagens da vida social e cultural de Indaiatuba, gerando uma coleção que constitui o maior acervo particular do município.
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No recorte abaixo, Archimedes Prandini relata depredações dentro do cinema de Christiano Magnusson
Tribuna de Indaiá - Janeiro de 1962
Muito boa a reportagem, estamos fazendo um documentário para a escola sobre a cidade, e temos conseguido bastante informações em seu blog, que por sinal é muito completo. Só nos falta duas foto: do Cine Progredior e uma antiga do Mosteiro. Gostaria de saber se vc nao teria alguma
ResponderExcluirMto obg
Bella
Olá Bella, grata pelas visitas ao blog!. Infelizmente não tenho fotografia do Cine Progredior e do Mosteiro de Itaici, até agora as que eu tenho são as que estão publicadas. Caso queira publicar o resultado do seu trabalho de pesquisa com os alunos no meu blog, fique à vontade; será uma honra. Abraços. Eliana Belo
ResponderExcluirMuito obg Eliana =D, assim que o documentário estiver pronto verei com o grupo para publica-lo.
ResponderExcluirBeijos Bella