quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Sítio Arqueológico Fazenda Pirahy

 Sítio Arqueológico Fazenda Pirahy

  • Coordenadas (UTM zona 23K):

    • Centro (Ce.): 272190 / 7.430.819

    • Vértices (V1 a V4):

      • V1: 272069 / 7.430.962

      • V2: 272179 / 7.431.003

      • V3: 272304 / 7.430.739

      • V4: 272178 / 7.430.712

  • Descrição:  sítio histórico com edificações em alvenaria de tijolos (casa sede, casas de colono, capela, depósito etc.). Também foram identificados vestígios cerâmicos em profundidade.















Sítios arqueológicos encontrados na obra do Ribeirão Piraí

O Ministério da Cultura, através do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, através da Superintendência do IPHAN do Estado de São Paulo, comunicou o prefeito de Indaiatuba Nilson Alcides Gaspar, no mês de outubro de 2018, sobre a existência de dois sítios arqueológicos na área em que será construída a Barragem do Ribeirão Piraí Municípios de Cabreúva, Indaiatuba, Itu e Salto.

Abaixo você vê, na íntegra, o aviso sobre:

 o Sítio Arqueológico da Fazenda Pedra Branca e o

 Sítio Arqueológico da Fazenda Pirahy.




Ocio nº 2515/2018/IPHAN-SP-IPHAN Ilmo. Senhor Nilson Alcides Gaspar. Consórcio Intermunicipal do Ribeirão Piraí Praça Antonio Vieira Tavares, 20 – Centro – Salto – SP Telefone:(11) 4029-0730 C/C Clayton Galdino Origem Arqueologia – Patrimônio Cultural e Natural Avenida Marechal Castelo Branco, 519 – Jd. Bela Vista CEP: 12209-002 – São José dos Campos/SP Assunto: Relatório do Projeto de Prospecções Arqueológicas e Educação Patrimonial para a Barragem do Ribeirão Piraí Municípios de Cabreúva, Indaiatuba, Itú e Salto – SP Referência: Caso responda este, indicar expressamente o Processo nº 01506.002349/2011-19. Prezado Senhor, Cumprimentando-o, vimos informar sobre análise do Relatório do Projeto de Prospecções Arqueológicas e Educação Patrimonial para a Barragem do Ribeirão Piraí Municípios de Cabreúva, Indaiatuba, Itú e Salto – SP. Considerando que o processo antecede a publicação da IN 001/2015, a análise seguiu os parâmetros da anga Portaria 230/2002, além da Leri Federal 3.924/1961 e a Portaria 07/1988, entre outras. A análise técnica apontou que o referido projeto apresenta os itens abaixo relacionados: - Caracterização ambiental e hidrológica, levantamento de dados secundários sobre o contexto histórico do interior paulista e dos municípios de Cabreúva, Indaiatuba, Itu e Salto; contexto etno-histórico regional e contextualização arqueológica com inventário dos síos na região e nos municípios alvo do empreendimento. - Descrição das avidades realizadas durante o levantamento arqueológico, a parr dos métodos da arqueologia da paisagem, que consisu na realização de caminhamentos e de intervenções de subsupercie a parr de malha fixa, com intervalos de 50 a 100 m na ADA do empreendimento. O relatório informa que inicialmente haviam sido projetados 742 poços testes, dos quais apenas 434 puderam ser efevamente realizados. Resultado da abordagem de campo, que permiu a idenficação de 02 (dois) síos arqueológicos históricos, conforme transcrito abaixo: 1. Sío Arqueológico Fazenda Pedra Branca 01 Coordenadas: Ce. 23k 271985 / 7432160 V1 23 k 271888/ 7432189 V2 23 k 271904/ 7432073 V3 23 k 272171/ 7432196 V4 23 k 272183/ 7432097 Descrição: Sío arqueológico do po histórico composto por edificações em alvenaria de jolos, sendo casa sede, casas de colono, capela, canaletas de água, terreiro de café, entre outras. Os poços testes abertos no entorno das estruturas não apresentaram vesgios de cultura material, porém muitos deles estavam implantados em locais que não propiciavam tal abertura no momento já que encontravam-se projetados em áreas atualmente em uso pela fazenda. 2. Sío Arqueológico Fazenda Pirahy Coordenadas: Ce. 23k272190 / 7430819 V1 23 k 272069 / 7430962 V2 23 k 272179 / 7431003 V3 23 k 272304 / 7430739 V4 23 k 272178 / 7430712
Descrição: Sío arqueológico do po histórico composto por edificações em alvenaria de jolos, sendo casa sede, casas de colono, capela, depósito entre outros. A casa sede da fazenda data de 1680 e é tombada pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Arqueológico, Arsco e Turísco do Estado de São Paulo), foi idenficado também a parr das prospecções vesgios cerâmicos em profundidade. Descrição do processo curatorial dos materiais arqueológicos recuperados nos síos, os quais pertencem ao âmbito domésco, em especial, fragmentos de louças, industrializadas e artesanais, de procedência europeia, nacional e de produção regional, além de fragmentos de telha, vidro e um de metal. O programa de Educação Patrimonial consisu em apresentações dinâmicas com ajuda de power point, voltada ao público escolar, como segue: - Itu: EE Francisco Nardy Filho Pública Estadual - público: alunos - Indaiatuba: FIEC Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura – FIEC I - público: alunos - Salto: Instuto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia -São Paulo / Campus Salto - público: alunos - Cabreúva: Secretaria Municipal de Educação - público: diretores da rede municipal de ensino As avidades do PEP estão atestadas por documentação comprobatória constuída por registro fotográfico e listas de presença. O Relatório apresenta ainda: - mapa em formato shapefile com os procedimentos realizados em campo e localização dos síos idenficados; - documento que atesta o depósito dos materiais arqueológicos à Instuição de Guarda que forneceu o Endosso à pesquisa. No que se refere aos impactos do empreendimento sobre os síos arqueológicos de natureza histórica idenficados, o relatório considera o empreendimento viável, ressaltando o impacto causado por empreendimentos de grande porte no patrimônio históricoarqueológico, nesse caso, representado por síos arqueológicos ligados especialmente à história da cana de açúcar e do café, que "representam testemunhos importantes da trajetória econômica da região, além de apresentar técnicas e eslos vernáculos, cenário que impõe restrições severas à demolições e supressões. No tocante ao sío arqueológico Barra do Piraí, soma-se o fato de estar sob ação de tombamento [pelo CONDEPHAAT]" (p. 165). Na impossibilidade de registrar e preservar todos os elementos relevantes das comunidades envoltórias, o relatório propõe a adequação do projeto visando à preservação de seus bens edificados, além de possíveis bolsões de descarte de vesgios e, resgate parcial de patrimônio de menor relevância a ser impactado, de modo a reservar às gerações futuras bloco testemunho do patrimônio que se espraia pela AID. O programa prevê, ainda: - coleta e registros de supercie, elaboração de croquis.; - sinalização do sío com placa padrão, contendo abordagens sobre a situação atual dos vesgios, sua possível configuração original e elaboração de pranchas. - Análise arquitetônica, contendo : Tal subprograma será realizado correlato aos procedimentos de resgate arqueológico. As escavações em estruturas construvas derivarão de sua evidenciação, que serão objeto de análise conjunta arqueólogo - arquiteto. O conjunto de edificações será registrado por meio de análises arquitetônicas, que resultarão em . Serão elaboradas pranchas com as ações citadas, conforme ilustra-se nas imagens a seguir. - Programa Integrado de Educação Patrimonial, em razão da existência de bem arqueológico na ADA do empreendimento. A tulo de conclusão, o relatório recomenda a anuência da Licença de Instalação, e o condicionamento da Licença de Operação à execução do Programa de Resgate e Educação Patrimonial, tal como proposto acima. Não foram apresentados: a) Fichas de síos no modelo CNSA preenchida e assinada pelo arqueólogo coordenador, acompanhada de registro fotográfico e versão digital no programa Access, com vistas ao seu cadastramento; b) Inventário simples preliminar do material arqueológico recuperado nesta fase, ressaltando que junto ao relatório do Programa de Resgate deverá ser apresentado o inventário dos bens arqueológicos, composto por Ficha de cadastro de bem arqueológico móvel, Anexo II, e Termo de de Recebimento de Coleções Arqueológicas, Anexo III, de acordo com Portaria Iphan 196/2016. c) Mapa contendo o perímetro de segurança das áreas em que se situam os síos Fazenda Pedra Branca 01 e Fazenda Pirahy, com vistas à liberação das demais áreas para instalação do empreendimento. Desta feita, na perspecva da salvaguarda do Patrimônio Arqueológico e considerando os resultados apresentados, nos manifestamos pela aprovação do relatório e pela connuidade dos estudos por meio do desenvolvimento de um Programa de Resgate Arqueológico (parcial), com vistas à gestão do patrimônio arqueológico idenficado e ênfase na preservação in situ dos remanescentes arqueológicos. O projeto do referido programa deverá ser submedo à aprovação deste IPHAN, com vistas à publicação de portaria de permissão de pesquisa, acompanhado de detalhamento da adequação do empreendimento favorável à preservação do patrimônio arqueológico na ADA e AID, cujos resultados, mediante análise e aprovação por parte deste Instuto, constuirão condicionante para a anuência da Licença de Operação (LO). Anexo ao projeto do programa, solicitamos a apresentação da documentação supracitada nos itens a) e b) com vistas a concluir esta etapa de estudos. A Licença de Instalação (LI) fica condicionada à apresentação do documento mencionado no item c). Adicionalmente, solicitamos realização de vistoria dos síos arqueológicos pela equipe técnica deste IPHAN - acompanhada do arqueólogo responsável pelos estudos e representante do empreendedor - com o fim de verificar as possibilidades de adequação do projeto do empreendimento visando à preservação in situ do patrimônio arqueológico na ADA e AID do empreendimento. A portaria autorizava para esta etapa dos estudos está encerrada. Estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos necessários.
Maria Crisna Donadelli Pinto Superintendente do IPHAN/SP Documento assinado eletronicamente por Maria Crisna Donadelli Pinto, Superintendente Substuta do IPHAN-SP, em 26/11/2018, às 16:00, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015. A autencidade deste documento pode ser conferida no site hp://sei.iphan.gov.br/autencidade, informando o código verificador 0846941 e o código CRC 2E8F2345



terça-feira, 30 de outubro de 2018

Cônego Dr. Francisco de Assis Barros


Eliana Belo Silva

Francisco de Assis Barros nasceu em Indaiatuba no dia 20 de março de 1893 em uma casa na esquina das atuais ruas Candelária e Siqueira Campos onde mais tarde seria, por muitos anos, a Farmácia Candelária[1]. Consta que,[2] quando ele nasceu, o local abrigava uma botica de propriedade de seus avós maternos, “os estimados e queridíssimos” Nhô Chico e Nhá Chica boticários. Foi ele o sexto filho dos dezesseis “com que Deus favoreceu o lar abençoado e cristão” de João Batista de Barros e Dona Maria Luiza de Toledo Barros.
























IMAGEM 1
Crédito da imagem: Banco de dados biográficos do Arquivo Público Municipal “Nilson Cardoso de Carvalho” da 
Fundação Pró-Memória de Indaiatuba
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IMAGEM 2
Pharmácia Candelária, s/d.
Crédito da imagem: www.historiadeindaiatuba.blogspot.com


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Francisco de Assis Barros cursou as primeiras letras em Itu em seguida nos bancos escolares do Seminário Menor de Pirapora, onde cursou humanidades. Filho de pais extremamente religiosos, logo lhe desabrochou espontaneamente a vocação sacerdotal.

Inteligência viva e agilidade mental admirável, Francisco de Assis se distinguiu no seminário de Pirapora e no Seminário Maior de São Paulo de tal forma que certo dia foi surpreendido com um convite especial para comparecer no palácio São Luiz e abraçar a companhia de vossa excelência reverendíssima Dom Duarte Leopoldo e Silva, Arcebispo de São Paulo.

A curiosidade a apoderou-se do jovem seminarista que, surpreso no decorrer de um almoço, foi convidado a seguir para Roma onde deveria cursar a Universidade Gregoriana. Esta destinação insigne era cedida a pouquíssimos estudantes religiosos, somente aqueles que se extinguiam entre grande número de colegas. Aos alunos da Universidade Gregoriana estavam predestinados os cargos da cúpula da igreja católica, pelo aprimoramento da inteligência e dos conhecimentos humanos e religiosos que ali adquiriam.

Foi uma satisfação incontida para o jovem indaiatubano de 18 anos de idade, mas também um enorme sacrifício se ausentar da pátria e da família por 7 (sete) longos anos.

Em 29 de setembro de 1911 junto ao armazém nº 16 das Docas de Santos, achava-se atrasado o transatlântico “Tomaso di Savóia” da Compagnia  Navigazione Generale Italiana. Pela escadaria da primeira classe subiu cautelosamente Francisco de Assis Barros, seguindo para Roma para hospedar-se no Pontifício Colégio Pio Latino Americano (uma universidade eclesiástica destinada à formação de candidatos ao sacerdócio e à especialização de sacerdotes oriundos das dioceses de toda a América) a fim de matricular-se na Universidade Gregoriana onde doutorou-se em Teologia e Filosofia.

Extremamente dotado pela genialidade musical, diplomou-se também em Música Lírica, Regente de Coral, Maestro e Cantor Lírico no Conservatório Musical de Roma.

Certa vez em uma solenidade pontifícia ao Papa São Pio X na Basílica de São Pedro, o notável maestro [nome inelegível] não aparecia. Por solicitação de seus colegas, Francisco de Assis assumiu a batuta e regeu a orquestra e o coral da Capela Sistina, recebendo, inclusive, elogios do próprio maestro. Foi um fato inédito até então, e que causou grande orgulho em nossa pátria: um brasileiro (um indaiatubano!)  regendo para o Papa na Capela Sistina.

A Ordenação Sacerdotal do padre Francisco aconteceu na manhã de 07 de abril de 1917. Narra-se que naquele dia ... “10 (dez) ordenados a sacerdotes, tocados pela mais viva emoção caminhavam silenciosa e pensativamente nas pedras milenares d Via Appia por onde passaram os cristãos ao se dirigirem para as catacumbas”. Os ordenados fizeram o percurso para atingir a Arquibasílica de São João de Latrão, Catedral do Bispo de Roma.  Percorreram os 130 metros da espaçosa nave central onde receberiam a ordenação sacerdotal naquela abóboda santa.  Ali o indaiatubano Francisco de Assis Barros tornou-se padre.

As 3 (três) primeiras missas do sacerdote se revestiram de um significado todo especial. A primeira nas catacumbas de São Calixto onde a semente do evangelho foi deixada por Pedro; a segunda na Basílica de São Pedro junto ao tumulo do príncipe dos apóstolos e a terceira na igreja de São Joaquim na capela dedicada a Nosso Senhora Aparecida, a rainha que tem o seu trono no coração de cada brasileiro.

Em princípio de novembro de 1918, saindo de Roma, desembarcava em Santos, o Pe. Francisco de Assis Barros, com o “coração a transbordar de alegrias e esperanças” indo dali para São Paulo e depois para a missa em Indaiatuba, onde residiam seus pais em uma modesta casa na atual rua Pedro de Toledo, próxima a Estação.

A sua chegada foi uma festa na cidade. A banda de música desceu da prefeitura acompanhando as autoridades, os parentes e os amigos até a estação da Sorocabana.

Recebido com palmas e discursos, o Padre Francisco de Assis Barros agradeceu comovido a recepção, “falando melhor a italiano do que a português”.

Permaneceu alguns dias com a família em Indaiatuba, para depois ir lecionar no Seminário Maior de São Paulo.
Em homenagem ao Cônego conterrâneo, o maestro Nabor Pires Camargo compôs a obra “Romance”.[3]


IMAGEM 3
Crédito da imagem: Hemeroteca da Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro)
Jornal “ A União” de 3 de novembro de 1921


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Foi coadjutor de Dom Duarte Leopoldo e Silva e mais tarde nomeado pároco da Igreja da Glória no Cambuci um bairro muito pobre naquela época que necessitava de um “pastor zeloso e solicito”. Ali ele desenvolveu fecundo apostolado missionário e, até mesmo para ser melhor compreendido, fazia sermões em italiano por se tratar de um bairro essencialmente de operários imigrantes da Itália e seus descendentes.

Retira-se dessa paróquia por alguns anos por motivo de saúde e, reestabelecido, vai para Ribeirão Preto em 1931, onde Dom Alberto José Gonçalves “o acolhe com esperanças e alegrias”.

Em Ribeirão Preto, o já Cônego Dr. Francisco de Assis Barros, além de vigário da Catedral de Ribeirão Preto, foi um notável batalhador da cultura. Entre outros feitos, foi patrono da Academia Ribeirão-Pretana de Letras, fundou o Patronato Coração de Jesus e a Sociedade Lítero-Musical. Foi professor de Pedagogia e Sociologia no Colégio Santa Úrsula (criado como Instituto Santa Úrsula para meninas, das Irmãs Ursulinas), cura da catedral de São Sebastião.

Foi notável orador sacro da época e muitos dos seus discursos como paraninfo ou preferidos solenidades importantes foram publicadas e editadas como relíquias da nossa língua.

Por ocasião do 100º aniversário de Indaiatuba, foi convidado especial do então Prefeito Major Alfredo Camargo Fonseca para ser o orador oficial da solenidade, incumbência que muito o sensibilizou e que “desempenhou com notável entusiasmo para sua querida terra natal”[4]. Nos sermões da missa padroeira de Indaiatuba ele exortava a proteção da Virgem da Candelária implorando-lhe a graça de encontrar um dia com a Santa de Indaiatuba no céu.

E foi justamente no dia da Padroeira do Brasil, em 12 de outubro de 1937, com 44 anos de idade e praticamente no início da sua carreira eclesiástica, já Monsenhor, que faleceu prematuramente em São Paulo no Instituto Paulista, onde se achava em tratamento.



IMAGEM 4
Crédito da imagem: Banco de dados biográficos do Arquivo Público Municipal “Nilson Cardoso de Carvalho” da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba (recorte de jornal sem identificação/data).


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IMAGEM 5
Crédito da imagem: Banco de dados biográficos do Arquivo Público Municipal “Nilson Cardoso de Carvalho” da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba (recorte de jornal sem identificação/data).
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IMAGEM 6
Crédito da imagem: Banco de dados biográficos do Arquivo Público Municipal “Nilson Cardoso de Carvalho” da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba (recorte de jornal sem identificação/data).


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IMAGEM 7
Crédito da imagem: Banco de dados biográficos do Arquivo Público Municipal “Nilson Cardoso de Carvalho” da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba (recorte de jornal sem identificação/data).


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IMAGEM 8
Crédito da imagem: Banco de dados biográficos do Arquivo Público Municipal “Nilson Cardoso de Carvalho” da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba (recorte de jornal sem identificação/data).


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IMAGEM 9
Crédito da imagem: Hemeroteca da Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro)
Jornal: O Correio Paulistano de 13 de outubro de 1942


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O seu último desejo era ser enterrado aqui em Indaiatuba sua terra natal de que tanto se orgulhava, mas o clero as autoridades de Ribeirão Preto e o povo em massa aclamaram para a família que ele fosse sepultado em Ribeirão Preto onde tanto o estimavam. Segundo jornal ribeirão-pretense, formou-se uma Comissão Diretora para conduzir o trabalho de construção de sua herma e houve um concurso onde concorreram escultores interessados para homenageá-lo.



IMAGEM 10
Crédito da imagem: Banco de dados biográficos do Arquivo Público Municipal “Nilson Cardoso de Carvalho” da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba (recorte de jornal sem identificação/data).



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Coube afinal, à Praça da Bandeira a honra de ostentar o busto do Cônego Barros, verdadeiro bandeirante da religião, da ciência e do patriotismo. Essa escolha arrancou sinceros aplausos dos seus amigos, pois colocando o patriota na praça verde e amarela, colocaremos o sacerdote diante do templo divino e o homem ao lado de sua família.

A cidade onde tanto ele trabalhou e que tanto o estimou, atribui-lhe também uma homenagem, escolhendo-o como patrono de uma escola estadual, a Escola Estadual Cônego Barros que foi inicialmente criada em 17 março de 1932 com a denominação do 5º Grupo Escolar de Ribeirão Preto. Funcionou os primeiros anos na rua Tamandaré, 459, depois na rua Garibaldi, 26 e em 25 de abril de 1954 realizou-se a inauguração das atuais instalações.[5]



IMAGEM 11
Imagem da Escola Estadual Cônego Barros, em Ribeirão Preto
Crédito da imagem: Google Maps[6]


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IMAGEM 12
Crédito da imagem: Banco de dados biográficos do Arquivo Público Municipal “Nilson Cardoso de Carvalho” da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba (recorte de jornal sem identificação/data).


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A concorrência popular no seu velório foi tão grande que ele não pode ser velado na igreja, mas sim em praça pública, tal a afluência de fieis, alunos e amigos que desejavam dizer-lhe o último adeus.
No cemitério de Ribeirão Preto em um tumulo modesto, jaz aquele que Senhor foi tão prodigo em dons intelectuais como em virtude espirituais: o pregador da paz e das sagradas letras em nossa querida pátria brasileira.




IMAGEM 13
Crédito da imagem: Banco de dados biográficos do Arquivo Público Municipal “Nilson Cardoso de Carvalho” da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba (recorte de jornal sem identificação/data).


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[1] A Farmácia Candelária foi fundada em 1893 por Francisco Xavier da Costa, mais conhecido como Chiquinho. De acordo com arquivos, a princípio a farmácia funcionava em um prédio na Rua 15 de Novembro, esquina com a Rua 7 de Setembro. De lá, mudou-se para vários prédios na área central da cidade, até ser transferida definitivamente para a esquina da Rua Candelária com a Siqueira Campos.
[2] Parte do conteúdo desta biografia teve como referência o manuscrito “Curriculum Vitae de Cônego Doutor Francisco de Assis Barros”, sem nome de autor ou data, do “Banco de Dados Biográficos” pertencente ao acervo do Arquivo Público “Nilson Cardoso de Carvalho” da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba.
[3] BERNARDO, Marco Antônio. Nabor Pires Camargo - Uma Biografia Musical: Irmãos Vitale, 2002. Página 122.
[4] Manuscrito da Fundação Pró-Memória - s/data (cópia em anexo).
[5] Informações do blog http://conegobarros.blogspot.com/ consultado em 24/10/18 às 14:49.
[6] Consultado em 24/10/2018 às 14:46 em: https://www.google.com.br/maps/uv?hl=pt-BR&pb=!1s0x94b9befe8a439fab%3A0x5832b5eef3594980!2m22!2m2!1i80!2i80!3m1!2i20!16m16!1b1!2m2!1m1!1e1!2m2!1m1!1e3!2m2!1m1!1e5!2m2!1m1!1e4!2m2!1m1!1e6!3m1!7e115!4shttps%3A%2F%2Fpt-br.facebook.com%2FConegoBarros%2F!5sC%C3%B4nego%20Barros%20-%20Pesquisa%20Google&imagekey=!1e10!2sAF1QipO8-VOxhfbODbByA3qMU5aTo5EFO2mYQEtu28oM&sa=X&ved=2ahUKEwjo942a0J_eAhVEwlkKHQsWB6EQoiowE3oECAoQCQ

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Dia Municipal do Historiador

Foi aprovada na Sessão da Câmara Municipal de Indaiatuba de ontem (segunda-feira, 22/10/18) o projeto de lei que institui no calendário oficial do município de Indaiatuba o "Dia Municipal do Historiador" a ser celebrado anualmente no dia 19 de agosto. O Projeto de Lei (que vc pode ler aqui) é de autoria da vereadora Silene Silvana Carvalini e agora segue para a aprovação do prefeito Nilson Alcides Gaspar.

De acordo com a justificativa apresentada pela vereadora Silene, embora "a data esta já instituída no calendário nacional pelo Decreto Lei n°. 12.130, de 17 de dezembro de 2009, ainda não se encontra regulamentada no calendário do município de Indaiatuba". A vereadora defendeu no plenário que a profissão do Historiador tem um papel fundamental na sociedade sendo responsável por investigar, interpretar e preservar os acontecimentos históricos, econômicos, culturais, ideais do cotidiano da sociedade, buscando resgatar a memória da humanidade e ampliar a compreensão da condição humana. 

A vereadora Silene destacou que "a cidade de Indaiatuba é rica em toda sua história e cultura e, certamente, só está conservada até os dias de hoje pela competência dos profissionais que se dedicam em estudar e preservar nossa história. 


DIA NACIONAL

A Criação do Dia Nacional do Historiador foi aprovada em dezembro de 2009, em lei tem origem em projeto de lei do então senador Cristovam Buarque, elaborado em 2007 e identificado como PLS 570/2007. Aprovado no Senado em setembro de 2008, o projeto passou a tramitar na Câmara dos Deputados, transformando-se no PL 4102/2008. Conforme o projeto original, a data seria comemorada em 12 de setembro. Contudo, ao receber emenda do senador Augusto Botelho, a data foi alterada para 19 de agosto, dia de nascimento de Joaquim Nabuco.
Em seu parecer Augusto Botelho destacou: A disciplina científica da História, ao explorar e tentar explicar acontecimentos pretéritos fornece, ao mesmo tempo, elementos fundamentais para a projeção do futuro. E ao se colocar a serviço dessa tarefa, o historiador assume um papel social tão relevante quanto anônimo. [...] a criação de um dia dedicado ao historiador vem resgatar, em parte, o papel social e político desse profissional. Entretanto, a data proposta não está vinculada a nenhum fato significativo no que diz respeito a algum ilustre historiador brasileiro. Por esse motivo, sugerimos que a data faça referência à data de nascimento de Joaquim Nabuco, historiador, diplomata e jurista brasileiro, o dia 19 de agosto de 1849. A escolha de seu nome, além de uma homenagem a todos os historiadores brasileiros, é também uma reverência à luta de Nabuco contra a escravidão. A data, coincidindo ainda com o período letivo, poderá ser uma oportunidade para os estudantes brasileiros refletirem sobre as profundas raízes da desigualdade na sociedade brasileira.”

A HISTÓRIA COMO FERRAMENTA

A ciência, e particularmente as ciências humanas como a História, a Filosofia e a Sociologia não é um conjunto desconexo e desarticulado de informações eruditas - muito pelo contrário. As ciências humanas são ferramentas sob as quais se vê o mundo, tanto que a UNESCO reconheceu que a capacidade de produzir conhecimento é um dos aspectos para distinguir a riqueza e a pobreza de um determinado povo. No entanto, o que temos visto atualmente é o demérito da ciência enquanto meio de desenvolvimento crítico para o avanço de sua apropriação comercial e mercadológica através do uso de aspectos parciais (e muitas vezes até desonestos) do conhecimento em nome de um avanço tecnológico que substituiu o "conhecimento" pela "informação".

Por vários motivos cuja análise não cabe aqui, estamos vivendo um momento de demérito das ciências humanas, inclusive com defesa de que o ensino das mesmas deva ser reduzido nas escolas. Neste contexto avançam afirmações como "a Terra é plana", "nazismo é de esquerda", "aquecimento global é uma farsa" ou mesmo (salvaguardada as proporções) que "a Indaiatuba que temos hoje foi construída nos últimos 20 anos". Desta forma iniciativas como a da vereadora Silene, são louváveis na medida em que podem contribuir - mesmo que modestamente - para manter o reconhecimento de que o homem é um ser social e histórico, por quem e para quem se desenvolve a Ciência, com a finalidade de contribuir para a construção de uma nova ordem social.


(crédito da imagem: Senado Federal)

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Museu Histórico Sorocabano: Quinzinho de Barros: arquitetura, história e memória

ESCOLA DO PATRIMÔNIO

27/10/2018: SOROCABA/SP - Museu Histórico Sorocabano: Quinzinho de Barros: arquitetura, história e memória
Prof.ª M.ª Tami Coelho Ocar
INSCRIÇÕES: https://goo.gl/forms/rAGrox9iquyXMapB2

24/11/2018: INDAIATUBA/SP - Museu Casarão Pau Preto
INSCRIÇÕES: em breve

A Fundação Pró-Memória está comemorando o quinto ano seguido de parceria com o Departamento de História da Unicamp por meio do projeto de extensão “Escola do Patrimônio” E nesta quinta edição, a Escola reunirá especialistas, profissionais e demais interessados no patrimônio histórico cultural para dialogarem, aprenderem e discutirem acerca do universo dos museus. 

Nesse sentido, os cursos buscam temas referentes a organização desses “lugares de memória” que são os Museus, seus acervos, arquitetura e políticas públicas de preservação e gestão patrimonial. Por isso, dentro dessa proposta, esse ano a Escola do Patrimônio irá propor debates e a reflexão sobre o papel dos museus regionais, sua importância para a história e memória da comunidade em que está inserido, atentando-se para as semelhanças e, também, diferenças existentes entre instituições das cidades paulistas como Indaiatuba, Campinas, Sorocaba e Itu. 

Nesse caso, a novidade é que os cursos serão oferecidos nestas cidades, tendo a participação de profissionais que atuam diretamente com os museus locais. Para tento, a Fundação disponibilizará transporte para levar os alunos para as vistas técnicas de tais museus.

Os organismos internacionais, tais como a UNESCO, vem recentemente salientando a importância das ações dos lugares de memória em conjunto, estabelecendo redes de cooperação entre as diversas instituições. Nesse sentido o objetivo final da proposta é estabelecer uma rede de Museus da Região para concretizar tal proposta capitaneada pela Fundação Pró-Memória de Indaiatuba.

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