Foi publicado na Imprensa Oficial Municipal de quinta-feira
dia 30 de novembro de 2023, o tombamento, para fins de preservação, do Muro de
Taipa, localizado do lado da Igreja Matriz Nossa Senhora da Candelária.
“Muro de Taipa”, construído
utilizando a técnica de taipa, com largura média de 0,55m e altura de 2,00m com
acabamento de respaldo e alvenaria de tijolos de barro cozido rebocados com
argamassa de cal e pintado a cal. Partes deste foram restauradas em 1999.
O muro de taipa foi construído por trabalhadores negros escravizados, possui uma estrutura com valor histórico e cultural significativo. A taipa é uma técnica de construção tradicional que representa parte relevante da identidade da comunidade indaiatubana, inclusive por estar no Centro Histórico. Esse tipo de construção pode ser feio com materiais naturais, como barro, terra, palha, bambus, sendo mais sustentável do que muitos métodos modernos de construção que consomem mais recursos; isso significa que é positivo para o meio ambiente, ao mesmo tempo que, se não cuidado, possui mais riscos de demolição. Se bem mantido, possui uma durabilidade impressionante , resistindo ao tempo e às intempéries. Preservá-lo não apenas conserva a nossa história, mas também pode ser uma forma de aprender sobre técnicas de construção antigas e adaptá-las para serem mais sustentáveis nos dias de hoje. Assim, a preservação dessa estrutura pode servir como exemplo para o uso de métodos de construção mais sustentáveis no futuro, ajudando a inspirar práticas que sejam menos prejudiciais ao meio ambiente.
A partir de agora, todos os projetos, obras e intervenções
físicas cuja realização venham a alterar ou comprometer a preservação deste muro,
deverão ser submetidos a análise da Secretaria Municipal de Cultura, nos termos
da Lei 7.628 de 12 de agosto de 2021.
Mas não é só isso. Como o muro foi formalmente elevado a um
bem de valor cultural (1) municipal, agora é de responsabilidade da Secretaria
Municipal de Cultura, através do Departamento de Preservação e Memória, preservar
o bem e tomar as medidas para garantir que o muro não seja destruído, demolido
ou mutilado.
Cabe ainda a esses responsáveis colocar uma placa, plaqueta ou etiqueta com indicação da categoria do bem tombado e da Resolução de tombamento, conforme obrigado por lei.
Dos três patrimônios tombados neste final de ano pela Secretaria da Cultura, (1) partes do Cemitério da Candelária, (2) Chafariz e (3) Muro de Taipa, o muro é o que está em maior estado de vulnerabilidade. Confira nas fotos tiradas NO MESMO DIA da declaração de seu tombamento:
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