sexta-feira, 22 de julho de 2016

O Nascimento da República através dos Azulejos

Eliana Belo Silva
Coluna Semanal “Identidade Indaiatubana”
Jornal Exemplo de 22/07/2016


O Nascimento da República através dos Azulejos


O Museu do Casarão Pau Preto, graças a uma parceria entre a Fundação Pró-Memória e o Museu Histórico Paulo Setúbal de Tatuí, mantém até dia 30 de setembro a exposição O Nascimento da República através dos Azulejos.  A mostra é coordenada pelo documentarista e pesquisador José Antonio Barros Freire e reproduz obras fixas dos famosos azulejos do Museu Republicano de Itu – hoje integrado ao acervo do Museu Paulista (Museu do Ipiranga), mantido pela Universidade de São Paulo (USP), instalado exatamente no sobrado que era residência da família Almeida prado, onde se reuniram em 1873 os partidários da derrubada do regime monárquico brasileiro.

 

O projeto contém nove painéis (1.50 m x 1.50 m) que contam, através de desenhos feitos em azulejos, os episódios ligados à História da República. São imagens fotográficas exatamente do mesmo tamanho das obras pintadas nos azulejos acompanhadas de textos descritivos. As reproduções foram inspiradas em telas de Jean Baptista Debret, Hercule Florense e Miguelzinho Dutra.

 

Os trabalhos fotográficos são de autoria de Hélio Nobre, José Rosael, Irit Tommazini e Deborah Dubner. Os textos são assinados pelos docentes do Museu Paulista: Cecília Helena Salles Oliveira e Paulo César Garcez Marins. A curadoria é do historiador Jonas Soares de Souza e o projeto é do arquiteto Carlos Gama Chuva. 

 

A mostra é realizada com apoio do Governo de São Paulo / Secretaria da Cultura Proac (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo) - Lei do ICMS. 

 

Afonso Taunay

 

O objetivo da exposição é homenagear um dos maiores historiadores do Brasil, Afonso de Escragnolle Taunay, responsável por idealizar os painéis de azulejos do saguão do Museu Republicano. Sua intenção era exatamente essa: contar a história através de imagens. Para o historiador, desde a fundação, Itu estava predestinada a desempenhar “um papel importante na história nacional".

 

Os azulejos foram produzidos, ou melhor, pintados à mão, no ano de 1942, para compor a exposição inaugural do Museu. Para a ocasião, também foram adquiridos móveis e objetos que, segundo Taunay, pudessem oferecer aos visitantes a “ideia do que eram o mobiliário e a ornamentação de uma casa rica brasileira pelas vizinhanças de 1870”. A escolha de azulejos, e não de outro material, para a realização daquelas pinturas foi determinada a partir da constatação de que este tipo de material estava presente no revestimento externo do sobrado desde 1867.

 

Os azulejos, feitos pelo renomado ceramista Antonio Luiz Gagni, contam histórias de Itu desde a sua fundação em 1610, demonstrando o movimento bandeirista, à participação de ituanos e paulistas no processo de Independência e na construção da República mais especificamente na Primeira Convenção Republicana em 1873, convenção esta que teve a participação dos seguintes representantes de Indaiatuba: indaiatubanos: João Tibiriça Piratininga, Manoel José Ferreira de Carvalho, José de Almeida Prado Neto, Diogo do Amaral Campos, Ladislau do Amaral Campos, Luiz Augusto da Fonseca, José Vasconcellos de Almeida Prado e Theophilo de Oliveira Camargo.

 

Para quem ainda não visitou o “Museu de Itu”, vá até a mostra no Casarão para ver um pedacinho do acervo de uma das mais importantes casas de cultura da nossa região, ou melhor, do país! 




Veja mais em https://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=329902




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