segunda-feira, 1 de julho de 2019

Notas sobre os primeiros imigrantes italianos de Indaiatuba

Participação Comunitária 

CASAMENTOS  A comunidade italiana incorporou-se as sociedades locais em todo o Estado de São Paulo, colaborando de maneira decisiva para o seu desenvolvimento industrial, político e cultural.


Em nossa paróquia os primeiros casamentos de italianos são os de Domingos Schettini, em 1883, de Francisco Lanzi, 1881, de Sabino Tancler em 1885 e de Cesare Zoppi, em 1893, todos com moças brasileiras. O casamento de Sabino é realizado pelo nosso primeiro vigário de origem italiana, Luiz Del Giudice. A ele se seguirão muitos outros.


ECONOMIA    A grande participação dos italianos em Indaiatuba no final do século XIX reflete-se na Câmara Municipal, de que participavam ativamente como membros os Srs. Francisco Schettini, também dono do Hotel d’Italia e pai de Domingos, e o Tenente José Tancler, que é inclusive eleito presidente da Câmara em 1900.


Tenente José Tanclér, na frente da sua loja Sempre Avanti Savoia




ELEITORES   Desde a chegada dos primeiros imigrantes o número de eleitores de origem italiana não parou de crescer: em 1892 votaram na eleição para Presidente do Estado os Schettini – Francesco, José e Domingos – e os Tancler, Vicente e José. Já em 1900 assinam como eleitores Cesare Lisoni, Enrique Brazzi, Giovanno Pessoto, Angelo Pesoto, Giovanni Zamboni, Domingos Schettini, Eng. Arq. Rômulo Zambom, Lourenço e Luiz Salla, Carlo Montebello, Giovanni Panzetti, Cesare Zoppi, Paulo Barnabé, Luiz Coppini, Angelo Fanti, João Ungaretti, Andréa Tomaggio, João Panzetti, Dante Coppini, Gidio Fiorini, Luiz Pieropini, Valeriano Barnabé, Pascuale Ciampi, Luigi Mizoli, Agostino e Pietro Marcolongo, Adolfo Ferretti, Luigi Minioli, Carlos Tancler, Ferrucio Lucchesi, Francesco Zancheta, Horacio Ostranti, José Furgeri. Na virada para o século XX um terço dos eleitores de Indaiatuba era de origem italiana.


ECONOMIA   Na vida econômica urbana a presença italiana também é notável: recebemos mestres e artesãos, negociantes e construtores. Já em 1895 tínhamos um curtume e uma fábrica de cerveja do Sr. Carlo Montebello, um bilhar do Sr. José Tancler, lojas de tecidos do Srs. José Tancler e José Schettini, sapataria do Sr. Fortunato Baroni, padarias do Cesar Lisoni e de Roberto Pinfaro, lojas secos e molhados de João Sargentelli, Domingos Schettini, Luiz Brassi, Theodoro Proia, João Ungaretti, Honorato Manfredi, Jacob Campagna, Angelo Fantin, Francesco Schettini, e Vicente Tancler, que também vendia ferragens e artefatos de folha de flandres, nos sítios negociavam Júlio Bertucci, Fortunato Baroni e Bordini & Companhia.


Vistos em um contexto mais amplo, esses poucos registros nos mostram como desde os primeiros tempos a comunidade italiana abraçou a cidade e seus habitantes, incorporando-se e colaborando ativamente para sua vida pública, religiosa e social, como o faze, até hoje os seus descendentes.

Ao que os moradores locais disseram: Benvenutti!!


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