quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Os Dinos do Patrick


Jovem acumula mais de 400 fotos de jovens indaiatubanos que "agitaram" as décadas de 80 e 90 em álbum no Facebook




 
No início era apenas uma brincadeira de amigos onde alguns levavam fotos "antigas" em encontros, até que Patrick Novacek Ribeiro decidiu criar um álbum no Facebook e postar algumas fotos engraçadas da época em que o grupo saia em clubes, bares ou mesmo nas casas de um ou de outro aqui em Indaiatuba.

O idealizador (e agora moderador) do grupo Dinossauros: Patrick Ribeiro e sua irmã Priscila.


A brincadeira, que começou com 20 membros, cresceu rapidamente e hoje o acervo possui aproximadamente 400 fotos com cerca de 200 membros que participam e curtem a formação do álbum, chamado de  Fotos de Indaiá - Dinossauros.

Patrick Novacek Ribeiro nasceu em 1973 em São Paulo e veio para Indaiatuba com 5 anos. Aqui cresceu, estudou e passou grande parte da adolescência e juventude; atualmente mora em São Paulo, onde é proprietário de uma agência de turismo, com foco em atendimento corporativo. "São Paulo é uma cidade onde se trabalha muito, mas se vive pouco", diz ele, que sempre vem para Indaiatuba, local que considera "seu porto seguro, sempre".

Dinossauros? Quem são eles?

Patrick os define como "os bons e velhos amigos". Para uma definição menos subjetiva, eu diria (...que atrevimento o meu, definir essa galera... mas vamos lá...) que são jovens da classe média e classe média alta de Indaiatuba que nasceram na segunda metade dos anos 60 (ou menos ou bem menos, em alguns casos) até o final da primeira metade dos anos 70 (ou mais, em alguns outros casos). Se tomarmos como referência "cronológica-histórica para assuntos de boemia" o livro recém publicado por Antônio da Cunha Penna, "Nos Tempos do Bar Rex", uma outra tentativa de definição dos dinos seria aquele grupo seleto de estrelas rodeados por vários satélites que Penna passou para Marcos Kimura continuar sua narrativa, em outro livro, algo como "Nos Tempos do Bar da Pepis". Patrick completa essa tentativa de definição indicando que muitos estudaram nas escolas Alavanca ou Monteiro Lobato, onde os laços de amizade se fortaleceram e sobreviveram até hoje.

Pois são justamente esses laços de amizade que facilitaram o garimpo das imagens, como por exemplo a da colação da faixa de judo, quando Patrick tinha sete ou oito anos: "pelo menos 70% das pessoas que ali estão, permanecem até hoje no nosso meio".

O grupo do Facebook não é aberto, mas foi crescendo na medida em que cada amigo convidava outro amigo por causa de alguma referência em comum e Patrick, que obviamente assume o papel de moderador, procura administrar os participantes usando o que chama de bom senso. Tenta parametrizar os períodos e os temas publicados para que não fujam da ideia* principal. A maioria colabora, mandando fotos eletrônicas para ele ou ainda emprestando imagens em papel para que possam ser escaneadas.

"Na maioria dos casos as pessoas do grupo circularam indiscriminadamente por praticamente todas as "turmas" e "galeras" de Indaiatuba, então, em um ou outro momento, a história de todos se cruza", diz Patrick, então ele tenta manter a brincadeira dentro o objetivo inicial, com fotos "antigas", boas memórias... e não fotos de pessoas que estão buscando auto-promoção ou algo que o valha.

"Deixo aqui, aproveitando, o convite para que as pessoas entrem em contato conosco, participem da brincadeira e compartilhem suas lembranças" disse ele, quando eu disse que escreveria este post, "como eu disse antes, em algum momento a história de todos se cruza, e este tipo de iniciatriva traz muita coisa boa, principalmente a reaproximação de pessoas que, por um motivo ou outro, se afastaram e perderam o contato. Isto é sensacional, não tem preço", completa.

O maior objetivo é levantar a história dessa juventude, manter viva suas melhores lembranças através do arquivo e compartilhamento das imagens, de maneira respeitosa, sempre considerando o direito de quem quer ou não compartilhar. Para isso, ainda como moderador, aceita sugestões e até reclamações dos dinossauros, procurando conciliar e até excluindo imagens quando é o caso.
Patrick termina dizendo que...

"Acabei de postar uma do Baile da Maria Cebola de 1991, e ali está um pessoal que, desde sempre, fez parte da minha vida. Difícil falar em algumas, pois as imagens são minha memória mais viva, cada uma delas teve seu brilho em algum momento. As campeãs de acesso são as mais engraçadas, como por exemplo uma da Constanzia Fernandes com o Alexandre Frota, em 1985, outra de uma festa Junina no Objetivo, muito tempo atrás, onde o Fernandinho Dourado Costa está de menininha, junto com Humberto Panzetti e mais alguns.... Enfim, de imediato me vem umas 15 ou 20, pelo teor de comédia. Mas as que mais me marcam são as mais antigas, justamente pela questão de serem pessoas ali com quem mantenho vínculos até hoje, o que é um privilégio enorme, no mundo individualista em que vivemos.

Esta brincadeira, que começou como uma piada, se mostrou uma ferramente poderosíssima de agregação a reaproximação das pessoas. Uma consequência muito nobre, que me trouxe muita, muita satisfação e muita gente boa de volta pra perto."


Baile da Maria Cebola, 1991


 
Dinossauro Marcos Kimura (!): parte do trabalho que Penna te incumbiu, de escrever as memórias da juventude à qual você pertence,  já está facilitado, com essa ideia super legal do Patrick. Pelo menos parte das imagens de publicação você já terá.

Patrick querido, obrigada pelas informações,

De sua "prófis",
Eliana Belo Silva.


Festival de Skate (um dos) na Praça da Estação (fim dos anos 70 início dos 80)
No centro da foto: Silvio Dominges e Luizão do Som



Os irmãos Mauro, Márcia (em pé) e Marcel Zerbini (ajoelhado)
em frente à antiga sede social do Clube 9 de Julho - início dos anos 1970.


....oooooOooooo.....

* escrever "ideia" sem acento é o "ó".

Colaborou:  Patrick Ribeiro e Marcel Zerbini.

Um comentário:

  1. Querida Eliana,
    Feliz Ano Novo (antes de mais nada). Muito legal seu artigo! Realmente, escrever ideia sem acento é quase igual entrar no mar sem boia. Beijos. Carmen

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