Há quase cinco décadas a BICICLETARIA AMBIEL faz da bicicleta um veículo que transpõe a passagem dos anos
Publicação original: REVISTA IMEDIATA
Coluna: Famílias Tradicionais
Texto de Beatriz Silva
(...) Os imigrantes suiços vieram para o Brasil, entre outros motivos, por causa de um período econômico de crise advindo de conflitos causados pelas "guerras nopoleônicas".
A partir daí, o Brasil tornou-se refúgio poro os imigrantes suíços, que passaram o ocupar os fazendas e empregar suas forças no agricultura, principalmente depois do abolição dos escravos. E foi atraído por melhores condições de vida, em território brasileiro, que o família Ambiel atravessou o oceano há mais de 100 anos.
A partir daí, o Brasil tornou-se refúgio poro os imigrantes suíços, que passaram o ocupar os fazendas e empregar suas forças no agricultura, principalmente depois do abolição dos escravos. E foi atraído por melhores condições de vida, em território brasileiro, que o família Ambiel atravessou o oceano há mais de 100 anos.
Em 1888, os novos colonos suíços instalaram-se também em lndaiatuba e fundaram uma colônia.
"O meu bisavô e integrantes dos famílias Amstalden, Bannwart e Wolf decidiram comprar o sítio Capivori-Mirim e parte do sítio
Serra D'Água, ao longo do Rio Capivari
Mirim e fundaram o colônia Helvetia, que há anos mantém viva os tradições
suíças", revelou o comerciante Luiz Antônio Ambiel.
A colônia dos imigrantes suíços aos poucos foi
tornando-se o berço paro os novos
membros do família Ambiel, entre eles Áureo Ambiel,
filho de Antônio Ambiel e Tereza Amstalden.
"Meu pai nasceu e cresceu no sítio, em Helvetia. Mas, em 1951, ele teve de sair de caso paro servir ao
Exército e em um de seus retornos ele participou da prova de ciclismo
do cidade", conta o comerciante.
Em 1950, ocorreu
o primeiro edição
do Prova Ciclística 1°de Maio - que continuou sendo realizada anualmente . Na segunda edição, Aureo Ambiel foi um dos
participantes do evento. "Meu pai venceu a prova de
passeio do categoria amador. No entanto, essa foi o único competição em que ele disputou", diz.
Mais
tarde, Ambiel deixou o serviço militar, começou o trabalhar numa fábrica e, em 1957, casou-se com Helena Stefanelli, com quem teve quatro filhos: Luiz, Fátima, Áureo
e Alberto.
Anos depois, o patriarca do família deixou o
emprego para trabalhar no comércio,
ao lodo de sua esposa. "Quando meus pois casaram-se minha mãe possuía uma loja que vendia
roupas, materiais para costura e peças de bicicleta. Lembro que vendiam também no feira e nos sítios mais distantes", recorda.
Até que, em 1964, o
casal decidiu fechar o loja de roupas e abrir
o Bicicletaria Ambiel.
"As vendas de
peças de bicicleta começaram o aumentar e meu pai resolveu montar a bicicletaria .
Havia outros bicicletários no cidade, porém todos fecharam
e desde aquela época apenas o nosso
continuou aberto".
Aos treze anos de idade, o primogênito do família
começou o ajudar seu pai no
comércio. "Eu estudava e nos horas vagas... brincava de soltar maranhão (pipa), andava de bicicleta e jogava bola no Praça São Benedito, além de trabalhar na bicicletaria", conta.
O
comerciante revelou ainda que no sua infância gostava muito de passear de bicicleta pelos ruas de terra do centro do
cidade. ''A bicicleta me proporcionava uma
sensação de liberdade e mesmo depois de ter
estudado, me formado e trabalhado em algumas empresas eu não consegui deixar de lodo o bicicletário".
Em 1985, Ambiel passou o cuidar do loja ao lodo de seu
irmão. Dois anos depois,
casou-se com Elisabeth, com quem tem dois filhos: Mateus e Ana Helena. E, em 1990, viu os manutenções e vendas de bicicleta em seu comércio cresceram
ainda mais. "No década de 90 surgiram os
mountain bikes e todo mundo queria comprar uma bicicleta nova. Isso sem contar o grande quantidade de consertos em bicicletas e mobiletes", lembra o comerciante, que acrescentou:
"antes o bicicleta era um meio de transporte muito utilizado, entretanto, hoje, sua função é mais paro lazer, esportes
ou para percorrer pequenos distâncias".
Mais tarde,
Ambiel tornou-se o único responsável pelo administradão do
bicicletário. "Meu irmão deixou de trabalhar no loja, mas eu continuei com meu pai sempre ao meu lado. Mesmo
aposentado ele ainda
permanece aqui", diz.
O comerciante que há mais de 47 anos tem sua loja instalada no mesmo local observa a transformação ocorrida no município e
no vida dos moradores nos últimos
décadas. ''A cidade cresceu e os distâncias aumentaram, contribuindo paro uma diminuição no uso do bicicleta. Os meios de transporte coletivos
e a compra de veículos como carros e motos também
o tornou dispensável. Ainda há quem depende dela, porém não é mais como no
passado. Apesar de tudo,
acredito que ainda há espaço
no mercado para esse tipo de comércio. Entretanto, é uma área que requer muito investimento", pondera.
Por fim, como diria Albert Einstein: "Viver é como andor de bicicleta: E preciso estar em constante
movimento paro manter o equilíbrio".
E para Ambiel movimentar-se
significa transpor o ação do tempo e manter o
legado deixado por seus antepassados entre os
novos gerações. "Meu
desejo é ver o minha família sempre unida, feliz e lutando paro preservar
os nossos tradições", finalizou.
As imagens abaixo são do acervo pessoal da Família de Áureo Ambiel
(cedidas para Revista Imediata)
NÃO UTILIZE PARA SUA PESQUISA SEM CITAR A FONTE
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