domingo, 15 de agosto de 2010

A Casa da Família Schettini



Na tarde deste domingo de frio e vento, nós, os membros do Conselho Consultivo da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba e alguns convidados fomos gentilmente recebidos pelo indaiatubano Edson, irmão gêmeo do Enio e seu pai, para fazermos uma visita a antiga casa da Família Schettini, da qual ele é descendente.

A família Schettini é antiga moradora de nossa cidade e durante muitos anos moraram em uma casa que foi construída no início do século passado (provavelmente em 1910*) na Rua 15 de Novembro. Seria apenas mais uma das pouquíssimas casas antigas que restam em nossa cidade, se não fosse uma especial raridade: ela está mantida com muitas de suas características orginiais, incluíndo belíssimas pinturas na paredes dos cômodos, que parecem papel de parede.

Neste post publicarei apenas as imagens - fotografadas por mim e autorizadas por Edson, para que vocês possam apreciar essa raridade que está no coração de nossa Indaiatuba. São testemunhas preservadas não só da história da família Squitini, mas da história de nossa cidade e principalmente de seu crescimento, que nem sempre é sinônimo de desenvolvimento. Em post que farei num futuro próximo escreverei um pouco mais sobre a família e a casa.

Com diferentes olhares podemos apreciar as imagens. Antes de mais nada, creio que são imagens de uma grata surpresa, a de desvendarmos que ainda há preciosos tesouros de nossa História preservados de forma oculta e anônima em locais onde passamos todos os dias, sem ao menos notarmos.

Particulamente, após essa inenarrável surpresa, veio a nostalgia, aquela que nos remete ao tempo passado, onde as relações sociais ocorrem em primeira instância - na família. O que tudo aquilo já testemunhou? Nossa... é um exercício e tanto...

História. Arquitetura, Memória, Patrimônio, Arte e tantas coisas mais.

E o futuro? Não sabemos.

























































Os membros do Conselho Consultivo e os convidados Aline Zanatta (historiadora, do Museu de Itu) o geógrafo Lincoln Gonçalves e Sidney Brunetti, que intermediou a visita. Também presente a conselheira do Conselho Administrativo, Deise Barnabé.
Conselho Consultivo: Sonia Benedetti Magnusson, Eliana Belo Silva, Martha Andrade Barbosa Marinho (presidente), Bernadete Ambiel, Denise Stein Rezende da Silva, Gentil Gonçales Filho (secretário), Lauro Ratti Jr., Maçaco Takahara Imanishi, Neuza Aparecida Menin, Odete Sfeir Nenov e Terezinha de Jesus Brunetti.

Edson e seu pai, que gentilmente receberam-nos na casa onde viveram os Schettini por mais de 100 anos.

Veja mais fotos da Casa da da Família Schettini no Facebook do professor Gentil

Um comentário:

  1. Maravilhoso,e resgata em mim aquilo que os outros pensam ser loucura.Quando retornei para essa cidade,eu bati o pé que eu queria morar aonde moro,uma casa muito velha,e um grande quintal.Meu marido ja queria dar no pé e eu no meio do quintal apaixonada por uma pé de manacá,hortelãs...E ele gritava lá de dentro-vamos embora Thais isso aqui é horrível...Tudo dentro caía aos pedaços,mas uma força estranha me fêz alugar,causando até nos funcionários da imobiliária um certo espanto pela minha decisão.É que eu captei no ar a história que há por aqui,eu fiquei os primeiros meses caminhando pelas imediações,deste quase fim da 15 de novembro,e também tentando dar um pouco de dignidade na casa ,ja que os próprios donos haviam esquecido dela, nem todos são Schettini.Mas eu tenho uma atração por casas antigas, eu acho que elas são mais saudáveis,e se a pessoa for sensível como sou, ai não dá outra,eu aqui fiquei para o espanto de amigos e familiares,que diziam que eu havia ficado louca.
    Passear através destas imagens,dentro desta querida casa da familia Schettini, foi uma alegria muito grande,agradeço a todos que proporcionaram a mim e a outros o prazer.
    Na casa onde eu moro , não há o que visitar,mas há o que respirar,eu estou morando num local, que eu sei, um dia todas essas casinhas serão postas no chão, e grandes e imensos prédios vão nascer de um local que havia história e tradição.Não sei, mas eu creio, que essa casa que eu moro na verdade, não era uma residência,mas uma tulha,eu sinto.Então eu captei aquilo que existe numa tulha, o local onde se armazenam a abastança do que foi colhido.Eu que cheguei aqui tão doente me vejo recuperada,de tanto que luto neste quintal.Sentirei saudade da tulha,quando eu sair daqui, eu tenho até filme desta casa e cederei a vocês,quando aqui tiver um enorme espigão,como a Eliana diz:NÃO AMEI NEM GOSTEI.Aliás vou fotografar até as outras, para enviar um dia a esse maravilhoso Blog .Essa casa dos Schettini era na verdade um palácio,devia ser a coisa mais moderna e linda pra época.Os móveis as pinturas é fantástico!
    thaisreder2006@gmail.com

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