Eliana Belo Silva
No dia 17 de dezembro de 2008, o então prefeito de Indaiatuba, José Onério da Silva ratificou, através do Decreto no. 10108, os processos de tombamento do seguintes bens de valor cultural de nossa cidade:
- Antiga sede da Fazenda Engenho D´Água, localizada na Rua Zepherino Pucinelli, no Jardim Morada do Sol;
- Matriz Nossa Senhora da Candelária, localizada na Praça Leonor de Barros Camargo, s/n.;
- Casa Paroquial, localizada na Rua Candelária, nº 399;
- Casarão Pau Preto, localizada na Rua Pedro Gonçalves, nº477;
- Busto de Dom José de Camargo Barros, localizado na Praça Leonor de Barros Camargo, s/n.;
- Caixa D´agua do Casarão, localizada na Rua Pedro Gonçalves, lote vizinho ao Casarão e;
- Hospital Augusto de Oliveira Camargo, localizado na Av. Francisco de Paula Leite.
Todos esses bens tombados (e outros, que esperamos que tenham o mesmo destino) tinham sido analisados pelo Conselho Municipal de Preservação, da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba, sob presidência do Prof. Lauro Ratti.
As análises desse conselho, validadas também pelo Conselho Administrativo e Consultivo da Fundação, consideraram as cartas do ICOMOS (Conselho Internacional de Monumentos e Sítios), que dão as diretrizes para preservação do patrimônio cultural e ambiental em áreas urbanas e rurais. Uma das cartas do ICOMOS, mais especificamente a Carta de Petrópolis, diz que
As análises desse conselho, validadas também pelo Conselho Administrativo e Consultivo da Fundação, consideraram as cartas do ICOMOS (Conselho Internacional de Monumentos e Sítios), que dão as diretrizes para preservação do patrimônio cultural e ambiental em áreas urbanas e rurais. Uma das cartas do ICOMOS, mais especificamente a Carta de Petrópolis, diz que
“ a cidade enquanto expressão cultural, socialmente fabricada, não é eliminatória, mas somatória. Nesse sentido, todo espaço edificado é resultado de um processo social, só se justificando sua substituição após demonstrado o esgotamento de seu potencial sócio-cultural. Os critérios para avaliar a conveniência desta substituição devem levar em conta o custo sócio-cultural do novo.”
Indaiatuba está tendo seu espaço urbano, principalmente nos arredores do centro da cidade, total e rapidamente remodelado – para não dizer destruído - por causa da expansão urbana, industrialização e globalização, somado ao crescimento desordenado. Basta ficarmos sem passar em uma rua ou bairro que... pronto! Ao voltarmos tempos depois...lá se foi uma casinha-do-tipo-da-vovó para o chão. Desta forma restam-nos poucos exemplares de edificações antigas; o “moderno” foi susbstituindo o “velho” sem que as consequencias desse desmanche fossem devidamente consideradas.
Mas na contramão dessa produção de sucata, ainda há algumas casas, alguns estabelecimentos comerciais, que fazem questão de manter as características originais, com as fachadas limpas, com poucas intervenções, com a visibilidade das características construtivas, sem, no entanto, deixar de fixar placas publicitárias e de identificação dos respectivos negócios instalados.
Devemos reconhecer e valorizar esses proprietários/locatários, afinal, não é preciso destruir o antigo para que o atual fique interessante.
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Imagem do HAOC capturada do site em 13/02/2009. Há outras imagens no diretório "memória": http://www.haoc.org.br/
Agradecimento à assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal de Indaiatuba.
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