"A Secretaria Municipal de Obras e Vias Públicas, em parceria com a Secretaria de Urbanismo e do Meio Ambiente, iniciou a construção de um boulevard em frente ao prédio do Casarão Pau Preto. Com o calçadão, o trecho de rua em frente ao Casarão ficará com uma única faixa de rolamento que deverá ser utilizada apenas por veículos leves. Os trabalhos foram iniciados na semana passada e a previsão é de que estejam concluídos em meados de abril."
Não deixa de ser uma boa notícia, que representa uma tentativa de manter o Casarão depois que ele quase ruiu. Na minha opinião, o boulevard deveria ser total, fechando as ruas do entorno do Casarão, da Matriz e ir assim até a Estação Ferroviária, integrando os patrimônios históricos daquela região: Casarão Pau Preto, Matriz Nossa Senhora da Candelária, a Casa número 1, o busto de Dom José e a estação ferroviária, onde está a locomotiva número 1 da Ytuana. Mas o prédio que está sendo construído na esquina, e que está prometendo preservar o muro de taipa, inviabiliza essa ideia, que deixaria nosso Centro Histórico muito charmoso.
Conforme explicou o secretário de Urbanismo, José Carlos Selone, o projeto desenvolvido pela Secretaria de Planejamento Urbano e Engenharia respeita a arquitetura do local e prevê piso de tijolo assentado em base de concreto e o espaço terá floreiras de madeira, bancos de concreto e madeira e luminárias baixas diferenciadas. O calçadão medirá 5,70 metros de largura por 65 metros de comprimento, o que totaliza uma área aproximada de 350 metros quadrados.
segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, "a proposta é criar um espaço de convivência para a população e ainda proteger o prédio histórico, utilizando uma das faixas de rolamento da rua Pedro Gonçalves. Conforme acordo feito com a Fundação Pró-Memória, em frente ao Casarão a via terá o leito estreitado definitivamente para que haja somente circulação de veículos leves."
Não deixa de ser um ganho para nosso Patrimônio e Memória.
RESTAURAÇÃO
Ainda segundo a Assessoria, "as obras de restauro do Casarão Pau Preto já estão na reta final. Depois de recuperar a fundação do prédio e restaurar as paredes de taipa, as obras estão concentradas na Tulha e nas dependências da reserva técnica."
Feita entre o final do século XIX e começo do XX para beneficiamento de café, segundo o superintendente da Fundação Pró-Memória, Carlos Gustavo Nóbrega de Jesus, a Tulha já é outro exemplo de técnica construtiva presente no complexo histórico do Casarão. “A Alvenaria Inglesa como é conhecida esse tipo de edificação, acompanhou as tecnologias trazidas pela ferrovia, com alvenaria de tijolos aparentes de barro maciços e queimados, assentados por argamassa”, completa.
Essa fase da obra é custeada pela Prefeitura Municipal, que irá fornecer os materiais, e a Fundação Pró-Memória ficará responsável por custear mão de obra especializada para o restauro.
Ainda segundo o superintendente da Fundação Pró Memória, além de restaurar as partes afetadas pelo vazamento a obra vai adaptar o espaço para o funcionamento adequado para um anfiteatro, com porta anti-pânico, palco em uma altura correta e acessibilidade. Também deverá ser recuperada parte da originalidade da Tulha que ao longo do tempo foi sendo descaracterizada por reformas.
PALMEIRA
Por questão de segurança, esta semana a Secretaria de Urbanismo e do Meio Ambiente trabalha na retirada de quatro palmeiras da espécie Areca de locuba que estavam plantadas no quintal do Casarão Pau Preto. Como as palmeiras estavam embaixo da rede elétrica de alta tensão, foi preciso fazer uma poda radical e retirá-las, o que impossibilitou que fossem transplantadas em outro local.
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As Arecas, que são plantas ornamentais, mediam cerca de 7 metros de altura e foram plantadas na frente da fachada do Casarão há cerca de três anos.
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Segundo o superintendente da Fundação Pró-Memória, Carlos Gustavo Nóbrega de Jesus, de acordo com o grupo de trabalho que optou por se fazer um restauro e não uma reforma no complexo histórico do Casarão Pau Preto, a retirada das palmeiras já estava pré-determinada, pois a sua presença naquele local não estava em consonância com o aspecto histórico da fachada do Casarão. No entanto, havia o pedido de replantio das árvores em outro local do próprio Casarão, situação que se tornou impossível devido às condições em que se encontravam as palmeiras, como constatou a Secretaria de Urbanismo e Me
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