Aconteceu na manhã de hoje (25 de maio de 2015) a apresentação da banda indaiatubana Corporação Musical Villa-Lobos com a presença do jornalista Roberto Tempesta e sua guitarra em uma apresentação que recebeu aclamações entusiasmadas do público presente no CIAEI na Virada Cultural.
Mas não foi apenas essa inovação - para quem espera apenas o clássico, o erudito - que a Corporação Musical Villa Lobos apresentou. A banda, que foi fundada em 1979 e desde 1994 atua sob regência de Samuel Nascimento de Lima (1) e desde 2012 sob a assistência de Tiago Morandi Roscani (2), está sob direção artística de Wladimir Soares que está fazendo uma reengenharia na corporação.
E neste clima de modificações, nomeado como "a banda in progress" a corporação apresentou seu repertório tradicional, só que de uma maneira diferente: através de células separadas. Os músicos puderam, assim, apresentar-se no que Wladimir chamou de "fragmentos", possibilitando ao público uma observação parcial de cada grupo separado de instrumentistas.
Tradicional em Indaiatuba, a banda conta com mais de 40 integrantes entre músicos (3), arquivista, montador e regentes, com repertório tradicional, MPB, música sinfônica e, se depender do público que lá esteve hoje, a partir de agora, rock clássico.
A mistura entre rock e clássico - dá resultados surpreendentes; na minha play list, entre várias, há duas especialmente fantásticas: Metallica com a Orquestra Sinfônica de San Francisco (San Francisco Symphonic Orchestra) e Scorpions com a violinista Vanessa Mae em Still Loving You.
A contar pela aceitação do arranjo de Toshiro Sahashi, que harmonizou os músicos da banda e o guitarrista Roberto Tempesta em Deep Purple Medley, penso que criou-se uma espectativa de "quero mais" do genero rock sinfônico.
E para a banda, que já apresentou Elvis, Queen, Titãs, Paralamas do Sucesso e outros, ouso a sugerir mais pacerias com Tempesta para as próximas apresentações: Canon In D Medley, de Pachelbel, Minueto em G e Cello Suite no.1 Prelude, ambas de Bach, Teh Nutcracker Suite de Tchaikovsky, e todas de Vivaldi, impossível escolher. Todas ficam um arraso com guitarra. Que tal?
Composição da banda:
(1) Samuel Nascimento de Lima: teve seu primeiro contanto com a música aos seis anos, incentivado por seu pai, violinista, que atuava em grupos de Serestas. Estudou piano no Conservatório Maestro Eleazar Carvalho e trombone de vara no Conservatório Maestro Henrique Castellari. A partir de 1987 passou a atuar como trombonista na 2a. Seção da Banda do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo. De 1995 à 1999 cursou regência na classe do Maestro Roberto Farias na Universidade Livre de Música. Em outubro de 1994 assumiu a regência da Corporação Musical Villa-Lobos em Indaiatuba e em 1998 assumiu a direção da Orquestra do Projeto Guri onde atuou até 2009. Atualmente atual também como regente assistente da Banda Sinfônica da Polícia Militar do Estado de São Paulo e como convidado dos seguinte grupos: Coral, Camerata e Seções de Banda. Também é o bandleader da Jazz Band dessa mesma corporação.
(2) Tiago Morando Roscani é formado no curso técnico de piano do Conservatório Jauense de Música, estudou também clarinete e bandolim no Conservatório Dramático e Musical "Dr. Carlos Campos" em Tatuí. É bacharel em regência plena e em regência coral pela UNICAMP. Entre os anos 2010 e 2012 atuou como curador de eventos de música erudita dentro da Unicamp, como bolsista. Em 2014 integrou o grupo "Fábrica de Óperas" na UNESP em São Paulo. Atualmente é regente assistente da Corporação Musical Villa -Lobos em Indaiatuba, regente do Coral Nossa Senhora Aparecida de Campinas, clarinetista da Orquestra Filarmônica de Valinhos, integrante do Coro Contemporâneo de Campinas e presta serviços ao Theatro São Pedro, em São Paulo, na área de legenda de óperas.
(3) Músicos:
FLAUTAS
Fabrícia Oliveira (piccolo)
Maria Alice Massoca
Maria Alice Massoca
Carolina Monteiro
Paulo Ribeiro
Edmilson dos Santos
Priscila de Morais
Vinícius Lima
OBOÉ
Victor Perroni
CLARINETES
Fábio Oliveira
Argemiro Siqueira
Laís Marina Franscischinelli
Rute Santana
Késia Damaceno
Oséas bento
Paulo Barbosa
José Tabajara
Geisa Machado
Wilton Santos (clarone)
SAXOFONES
Tadeu Bisacchi (alto)
Natã Lopes (alto)
João Victor Gomide (alto)
Natã Lopes (alto)
João Victor Gomide (alto)
José Paulino (alto)
Filipe Silva Lima (tenor)
Alef Pacheco (tenor)
Luis Henrique Pupo (barítono)
ARQUIVO E MONTAGEM
Gabriel Marcelino
Augusto Nascimento
TROMPAS
Bruno Cutolo
Priscila Silva
TROMBONES
João Verderi Júnior
Marcelo Vieira
Claudinei Nascimento
EUFONIO
Lourival Castro
TUBAS
Pablo Nunes Cabral
João Guilherme Valente
CONTRABAIXOS
William Machado
Venâncio dos Santos Neto (convidado)
PERCUSSÃO
Israel Castro
Márcio dos Santos
Rodolpho Simmel
Jonatas de Santana
Nicolas Botelho.
HISTÓRIA
A "banda" sempre esteve presente na história de nossa cidade e é citada carinhosamente pelos cronistas, memorialistas e historiadores em seus textos. Leia sobre a influência da (s) "banda (s)" na História de Indaiatuba:
óleo sobre tela do artista indaiatubano José Paulo Ifanger (in memorian)
disponível em: http://ifanger.blogspot.com.br/
" A Banda de Coreto" é tema dessa obra em óleo sobre tela do artista plástico José Paulo Ifanger, que faleceu em outubro de 2010.
Ele fez a obra após estudar sobre a Semana de Arte Moderna, quando abandonou o academicismo e adotou o modernismo. Essa foi uma de suas primeiras obras sob influência modernista. Autodidata, desde pequeno teve habilidades em desenhar, tanto é que as professoras levavam para casa seus desenhos. Desconfiou então que tinha algum talento. Aos 14 anos pintou o retrato de Leonardo da Vinci. Seguiu pintando retratos e aperfeiçoava sua técnica consultando coleções dos grandes mestres. Quando leu sobre a “Semana de Arte de 22” sua mente se libertou e passou a usar linhas retas e temas modernos. Fez sua primeira exposição em 1978 por insistência do professor da Universidade de Tóquio, Toshiasu Maqui. Nesse mesmo ano o artista uruguaio Carlos Paez Vilaró levou um quadro seu para Washington, no OEA, Museu de Arte Moderna da América Latina; o quadro foi bem recebido e hoje representa as aquisições do Brasil, ao lado de grandes nomes como Tomie Otake, Manabu Mabe e Candido Portinari. Ainda em 1978 fez outra exposição em Punta Del Leste, Uruguay, no ateliê de Vilaró, onde exibiu 14 telas. Possui quadros em vários países como Japão, Suiça, Argentina, Venezuela, entre outros. Foi publicitário durante 20 anos, mas em 1997 fechou a agência e passou a ter a pintura como estímulo de vida até quando faleceu.
Ele fez a obra após estudar sobre a Semana de Arte Moderna, quando abandonou o academicismo e adotou o modernismo. Essa foi uma de suas primeiras obras sob influência modernista. Autodidata, desde pequeno teve habilidades em desenhar, tanto é que as professoras levavam para casa seus desenhos. Desconfiou então que tinha algum talento. Aos 14 anos pintou o retrato de Leonardo da Vinci. Seguiu pintando retratos e aperfeiçoava sua técnica consultando coleções dos grandes mestres. Quando leu sobre a “Semana de Arte de 22” sua mente se libertou e passou a usar linhas retas e temas modernos. Fez sua primeira exposição em 1978 por insistência do professor da Universidade de Tóquio, Toshiasu Maqui. Nesse mesmo ano o artista uruguaio Carlos Paez Vilaró levou um quadro seu para Washington, no OEA, Museu de Arte Moderna da América Latina; o quadro foi bem recebido e hoje representa as aquisições do Brasil, ao lado de grandes nomes como Tomie Otake, Manabu Mabe e Candido Portinari. Ainda em 1978 fez outra exposição em Punta Del Leste, Uruguay, no ateliê de Vilaró, onde exibiu 14 telas. Possui quadros em vários países como Japão, Suiça, Argentina, Venezuela, entre outros. Foi publicitário durante 20 anos, mas em 1997 fechou a agência e passou a ter a pintura como estímulo de vida até quando faleceu.
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