A data do aniversário do bairro é comemorada com base na Lei nº 5.644/2009, de sua autoria e nesta ano o aniversário será marcado por diversas atividades culturais e esportivas.
“Acompanhando o crescimento do bairro percebi que havia a necessidade de marcarmos a data por atividades esportivas, informativas e que reunissem a população em torno desse bairro, mola propulsora do nosso Município”, afirma Hélio Ribeiro.
CRESCIMENTO
MEMÓRIA
Além de comandar as atividades que comemoram o aniversário do bairro, o vereador Hélio Ribeiro iniciou nos últimos anos um trabalho de resgate da memória do Jardim Morada do Sol.
“O objetivo é fazer com que todos contribuam, principalmente aqueles que moram e ajudaram no crescimento do bairro. Podem ser fotos, relatos, histórias sobre pessoas, comércios, espaços públicos, arquitetura”.
Durante a coletiva, a diretora do Museu Municipal, solicitou a participação da população no resgate da memória de Indaiatuba.
Dia 6 de março – (Domingo)
8h às 18h – Início do Torneio de Futebol de Areia
Local: Parque Corolla
9h às 18h - Torneio de Futebol de Areia
Local: Praça da Rua 29
19h30 – Homenagem aos antigos moradores do Jardim Morada do Sol
Local: Câmara Municipal
A partir das 16h – Evento Gospel
Local: Floresta Parque (área de lazer entre o Jd. Morado do Sol e Jd Paulista)
Cantores: Banda Coral e Luz, Banda Hebron, cantora Nicole, Banda Catedral, cantora Lucivânia, cantora Ester Reis, cantora Camila, André Vieira e Banda, cantora Luzia, cantor Claudemir e pregador/cantor Valter.
13h às 18h – Festa para as crianças – Final do torneio de futebol de Areia
Local: Floresta Parque
A Fundação Pró-Memória de Indaiatuba apresenta a exposição itinerante sobre a história de um dos mais importantes bairros da cidade de Indaiatuba, o Jardim Morada do Sol, que completa no ano de 2016, 36 anos de existência. Com o objetivo de rememorar a trajetória histórica desse bairro que surgiu na década de 1980 e, por meio do acervo documental do Fundo Vereador Hélio Ribeiro do Jardim Morada do Sol, pertencente ao Arquivo Público Municipal Nilson Cardoso de Carvalho, é possível conhecer a história dos primeiros moradores do local, os primeiros comércios e testemunhar o crescimento e desenvolvimento conquistado ao longo dos anos.
Atualmente o bairro abriga cerca de 15 mil habitantes e tornou-se o mais populoso da cidade de Indaiatuba. Por meio dos depoimentos dos moradores que foram pioneiros ao residir no local, podemos ver o quanto tudo foi muito difícil no início, época em que não havia infraestrutura suficiente para atender as necessidades. Para comportar todos os habitantes atuais, as melhorias foram sendo conquistadas ao longo dos anos e assim, uma vida melhor foi sendo construída, inclusive através da colaboração e reivindicação desses primeiros moradores.
No início do século XIX, mais especificamente no ano de 1809, consta que - nas margens do Ribeirão de Indaiatuba (atual Córrego do Barnabé, no Parque Ecológico) - existiam nove propriedades produtoras de açúcar, uma delas possuía um engenho movido à água e por isso, essa fazenda escravocrata recebeu o nome de Engenho D'Água. Quando Valeriano Barnabé, filho da imigrante italiana Adriana Barnabé que havia chegado no Brasil em 1885 adquiriu essa fazenda, no ano de 1907, ela já era um grande cafezal. Valeriano e mais tarde, seus herdeiros Renato e Ário, foram expandindo a propriedade a ponto de atingir 360 alqueires. A partir da década de 1970 a propriedade passou a ser fracionada e, por meio da aprovação do Decreto Municipal nº 2.081 de 19/03/201980, o então prefeito Clain Ferrari, iniciou o loteamento de parte da propriedade, que receberia o nome de Jardim Morada do Sol.
Ao longo da ocupação do bairro muitos migrantes paranaenses, principalmente de Moreira Sales, vieram em busca de melhores condições de vida, tendo em vista que o trabalho nas lavouras de café, milho e feijão estavam sendo substituídas pelo cultivo da amora, utilizada para as criações do bicho da seda, que ganhava cada vez mais espaço na economia daquela região do Paraná. Mas não foram apenas os paranaenses que vieram para Indaiatuba, também vieram para cá moradores de diferentes regiões do Brasil e, inclusive, indaiatubanos que se mudaram e passaram a viver no Jardim Morada do Sol.
Por meio de um projeto de valorização da história do Jardim Morada do Sol desenvolvido há dois anos, houve a iniciativa de gravar depoimentos dos moradores mais antigos do bairro, com objetivo de conhecer e registrar as memórias desses pioneiros, até então reservadas apenas na esfera familiar. Saber de onde vieram, os motivos que os tiraram de onde estavam, os fatores que os atraíram para cá, os caminhos que percorreram, como superaram os primeiros desafios... Todas essas memórias familiares possibilitaram a construção da História dos primeiros anos do Jardim Morada do Sol. São reminiscências que, quando resgatadas e expostas, permitem a reconstrução não só do maior bairro de Indaiatuba, mas da própria História de Indaiatuba, construída em uma perspectiva pessoal e familiar de desafios e melhorias, que aconteceram e acontecem ano após ano.
Algumas dessas histórias estão registradas aqui. Através das memórias dela, da História percorrida por ela e por sua família, convidamos para que você conheça todas as outras!
Geni Michelon nasceu em 24 de março de 1949 em Vacarias, RS. Filha de Hercolino Michelon e Mabina Mussato Michelon, tinha 13 irmãos. Foi moradora de Indaiatuba mais 32 anos. Chegou aqui no ano de 1983, e se instalou no Jardim Morada do Sol. Quando chegou no bairro ainda havia muitas áreas vazias e para fazer uso da água, ou retirava-se de poços caipiras ou aguardava-se os caminhões pipa. Participou ativamente da luta para as melhorias do bairro e viu a chegada da energia elétrica nas ruas, asfalto, água encanada, linhas de ônibus e muitos outros benefícios:
“Lembro como se fosse hoje, o medo que eu passei quando o ônibus atolou no barro e estava tudo escuro, no meio do nada. Que pavor. Hoje estamos no paraíso”
Sempre foi muito preocupada com as questões sociais e atuava voluntariamente em diversas entidades dentre elas, no Hospital Augusto de Oliveira Camargo (HAOC), Lar São Francisco de Assis e diversas associações de bairro.
José Radovanovich (Padaria Gianini)
José Radovanovich nasceu em 15 de julho de 1939 na cidade de Indaiatuba/SP. Casado com a Sra. Maria Julia Gianini, filho do Sr. Adão Radovanovich e Maria Stifter Radovanovich. Pai de três filhos: Márcio Luiz Radovanovich, Fábio Antônio Gianini Radovanovich e Mirian Cristina Radovanovich. José mudou-se para o Paraná onde permaneceu até 1980, quando retorna para Indaiatuba e adquire um terreno na Avenida Ario Barnabé, no recém-criado Jardim Morada do Sol. Decide construir um prédio e inaugura a primeira padaria do bairro com o nome de SANI, mas no ano de 1998 decide mudar o nome para Padaria Gianini, mesmo período em que seus filhos assumem a administração do negócio. José Radovanovich relembra dos primeiros anos no bairro:
“(...) Uma lembrança que marcou muito, no início do bairro, é que para realizar as entregas das encomendas com o carro nas ruas de terra, quando chovia, era necessário colocar correntes em volta dos pneus, de tanta lama...”
Maria Dirce de Carvalho
(Michelly Modas)
Maria Dirce de Carvalho, nasceu na cidade de Ibiporã, no Paraná. Filha do Sr. Antônio Cândido de Carvalho Machado e Sra. Maria Aparecida de Carvalho Machado, possui 15 irmãos e 4 filhos: Michele de Lourdes Gonzales Mussi, Simone Gonzales Clementino, Raphael C. Gonzales e Maria Danielle Carvalho Gonzales.
Há 29 anos, saía de Goioerê, também no Paraná, para se estabelecer na cidade de Indaiatuba. Veio tentar uma nova vida viajando 750 Km até Indaiatuba, e se estabeleceu especificamente no bairro Jardim Morada do Sol, com suas filhas. Começou o seu negócio revendendo roupas de porta em porta, mas logo conquistou a confiança de seus clientes e passou a atender em um local fixo.
Atualmente, a comerciante possui duas lojas localizadas na Rua Jordalino Pietro Bom, nºs. 493 e 494 (antiga 74), uma em frente à outra, no bairro Jardim Morada do Sol, e relembra:
“Me orgulho de ser moradora até hoje do bairro, onde acompanhei a luta das pessoas na superação das dificuldades com a falta de infraestrutura, como asfalto, água e, hoje, vivenciar o progresso dos moradores”
Sra. Maria Alves
A senhora Maria Alves nasceu em 13 de setembro de 1944 na cidade de Salinas, em Minas Gerais. Filha do Sr. Ozorino Alves dos Santos e Jenerina Maria de Jesus, teve um total de dez irmãos. Ficou viúva de Feliciano Maxímio, com quem teve um filho, Hélio Ribeiro. Hoje é casada com Vilson Pereira.
Antes de chegar em Indaiatuba, morou em Umuarama, PR e depois em Itu, SP. Em 1980 adquiriu seu primeiro terreno no Jd. Morada do Sol, mas somente em 1985, mudou-se para o bairro, atrás de novas oportunidades. A primeira casa localizava-se na rua 52, depois mudou-se para a rua 53, depois na rua 80. Atualmente, mora na antiga rua 49.
Lembra que na época passou por muitas dificuldades, construindo sua casa com material de segunda linha. As coisas só começaram a melhorar nos anos 90, quando abriu um bar e lanchonete na rua 80 e relembra:
“Agradeço a Deus por não pagar aluguel e ter um comércio como fonte de renda; um dos momentos mais marcantes de minha vida foi a eleição do meu filho, Hélio Ribeiro, para vereador; graças à educação que com muito sacrifício consegui dar a ele, o que me causa sempre muito orgulho”.
Pedro Lopes Leinat
Pedro Lopes Leinat, nasceu em 17 de fevereiro de 1964 na cidade de Moreira Sales/Paraná. Casado com a Sra. Iolanda Perin Rodrigues.
Filho do Sr. Diogo Lopes Brabo e Sra. Lourdes Leinat Brabo, de um total de 05 irmãos. Tem dois Filhos: Wesley Rodrigues Lopes e Bruno Rodrigues Lopes.
Veio de Moreira Sales/Paraná atraído pelas oportunidades de emprego na cidade e pelo baixo valor dos terrenos, onde existia a possibilidade de construir sua casa.
Morador do bairro há 27 anos, sempre atuou no ramo do comércio, entre 1987 e 1995 teve uma padaria e sorveteria chamada La Paloma.
Em 1996 mudou de atividade, abrindo uma mercearia e quitanda chamada Renata, onde trabalha com sua família até os dias atuais.
Pedro relembra:
“Um fato curioso que me recordo, no início do bairro, cheguei a trocar uma bicicleta por um terreno, fato inimaginável nos dias de hoje, com esta valorização dos imóveis. Hoje o bairro tornou-se um lugar bom de se viver para todos os trabalhadores, com facilidade de encontrar quase tudo no local”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário